terça-feira, 16 de setembro de 2014

Com medo de condenação, empreiteiras propõem acordo para revelar corrupção na Petrobras Por leniência, empresas terão de confessar participação em desvio de dinheiro da estatal


POR JAILTON DE CARVALHO E ANDRÉ DE SOUZA
13/09/2014

Alberto Youssef: empresas vinculadas a ele teriam recebido depósitos das empreiteiras - Agência O Globo / Geraldo Magela/Agência Senado/18-10-2005


CURITIBA e BRASÍLIA
— Pressionadas pelo volume de provas e pelo alto risco de condenação, pelo menos duas grandes empreiteiras que têm contratos com o governo estão negociando com o Ministério Público Federal um acordo de leniência para confessar participação em desvios de dinheiro da Petrobras e, a partir daí, obter redução de penas em processos criminais.

Essa é a primeira vez na História do país em que emissários de grandes empreiteiras manifestam interesse em colaborar com a Justiça em um caso relevante de corrupção. O acordo de leniência é uma espécie de delação premiada para empresas acusadas de crimes.

Se concretizado, o acordo pode ajudar o MPF e a Polícia Federal a desvendarem toda a estrutura da corrupção em torno de contratos e obras da Petrobras que já vem sendo denunciada por Paulo Roberto Costa, ex-diretor da estatal, e por ex-auxiliares do doleiro Alberto Youssef.

A iniciativa de propor o acordo de leniência partiu das empreiteiras. Representantes de pelo menos duas delas fizeram contatos com integrantes da força-tarefa encarregada das investigações da Operação Lava-Jato, oferecendo-se para uma possível delação. Os procuradores gostaram da ideia, mas advertiram que as empresas precisarão de fato colaborar com as investigações se quiserem se livrar de parte de futuras punições.

— Estamos conversando com mais de uma (empreiteira). Não negamos a possibilidade de um acordo de leniência. Mas as exigências são grandes. Só vamos aceitar se as exigências forem cumpridas — disse ao GLOBO uma das autoridades responsáveis pelas investigações.

EMPREITEIRAS TERÃO DE CONFESSAR CRIMES


Nos primeiros contatos, os procuradores explicaram aos representantes das empresas que elas terão de confessar os crimes cometidos, pagar multas proporcionais aos danos causados aos cofres públicos e se comprometer a não cometer novos delitos. As empresas teriam que adotar práticas de boa governança como transparência, lisura e retidão. A Siemens, envolvida em fraudes no metrô de São Paulo, já fez esse acordo na Alemanha.

As duas empreiteiras interessadas no acordo de leniência estão entre as sete maiores do país, segundo a fonte do GLOBO. Representantes dessas construtoras procuraram o Ministério Público porque sabem que têm poucas chances de escapar de pesadas condenações. Os procuradores já estão, inclusive, preparando ações para responsabilizar empreiteiras por lavagem de dinheiro. A acusação terá como base os depósitos das empreiteiras na MO Consultoria e na GFD, empresas vinculadas ao doleiro Alberto Youssef.

Não há prazo para os acordos de leniência serem fechados. O resultado final depende do grau de colaboração de cada empresa com as investigações da Operação Lava-Jato.

As revelações da contadora Meire Poza de que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o deputado André Vargas (sem partido-PR) ajudaram o doleiro Alberto Youssef nas negociações com fundos de pensão de empresas estatais serão a nova munição da oposição na CPI mista da Petrobras.

O líder do Solidariedade na Câmara, Fernando Francischini (PR), disse que vai apresentar requerimentos para ouvir os diretores do Postalis, fundo de pensão dos Correios, e do Funcef, da Caixa Econômica. Mesmo o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), não descartou que a CPI venha a investigar o caso, embora tenha destacado que o foco da CPI hoje é outro.

Meire Poza já trabalhou para Youssef e, em agosto, prestou depoimento à Polícia Federal indicando que teria sido feito um acordo para que Renan Calheiros e André Vargas, na época filiado ao PT, ajudassem o doleiro a fechar negócios com os dois fundos. As negociações, que renderiam R$ 50 milhões a Youssef, não foram adiante porque o doleiro acabou preso em março, durante a Operação Lava-Jato, da PF. O teor do depoimento de Meire foi revelado ontem pelo GLOBO.

— Vamos apresentar requerimentos para saber com quem (entre os políticos) os diretores dos fundos falaram — disse Francischini.

O líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR), defendeu que o caso dos fundos de pensão também seja investigado na CPI. O partido já pediu que Meire Poza preste depoimento na comissão, mas o requerimento até agora não foi votado.

Ontem, o fundo de pensão dos Correios, o Postalis, confirmou, em nota, que havia recebido proposta para que fizesse um investimento Marsans Viagens, uma das empresas de Youssef. O Postalis afirmou, no entanto, que a proposta foi rejeitada, e que a decisão não foi tomada por conta da prisão doleiro, cuja ligação com a Marsans nem seria de conhecimento do fundo de pensão. “A decisão foi eminentemente técnica”, diz a nota.

Segundo o Postalis, no dia 28 de março, 11 dias após a prisão do doleiro Youssef, um parecer técnico recomendou a rejeição da proposta. A negativa foi referendada em reunião do comitê de investimentos um mês depois.

“O investimento teve parecer negativo por parte da equipe de analistas da área financeira e, em seguida, pelo Comitê de Investimentos do Postalis, conforme ata de 28/04/2014 daquele comitê. Não havia nada na documentação analisada que pudesse ligar o papel aos senhores Paulo Roberto Costa e/ou Alberto Youssef. O Postalis nunca teve conhecimento de que o investimento tivesse qualquer relação com essas pessoas”, diz a nota.


RENAN DIZ QUE NUNCA OUVIU FALAR DE YOUSSEF

Renan Calheiros negou, em nota, conhecer Youssef. Disse também que sequer tinha ouvido falar do doleiro antes dos fatos relacionados a ele se tornarem públicos. “Portanto, a possibilidade de ter me encontrado com a referida pessoa a qualquer pretexto é zero. Também é zero a chance de ter tratado de temas não republicanos com qualquer pessoa”, afirmou Renan, na nota.

O ministro Teori Zavascki, do STF, informou que a CPI da Petrobras tem o direito de convocar quem quiser para prestar depoimento, inclusive Paulo Roberto Costa. Segundo o ministro, não cabe a ele autorizar ou vetar a presença de alguém na comissão. A explicação foi dada em resposta a pedido de autorização feito pelo presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), para o depoimento de Costa ao Congresso na próxima quarta-feira.

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Lula logo dirá que nem sabe o nome do meliante que chamava de ‘Paulinho’

15/09/2014
 às 20:24 \ Direto ao Ponto
Brazil's former president da Silva gives the thumbs-up during a demonstration in Rio de Janeiro
Lula veste macacão da Petrobras no comício diante da sede da estatal. Foto: Sergio Moraes/Reuters
Na discurseira diante do prédio da Petrobras, Lula prorrogou o prazo de validade do Glossário da Novilíngua Companheira, adotado pelo PT há 12 anos para substituir termos muito chocantes por outros que podem ser pronunciados sem que antes se tire as crianças da sala. Os bandidos de estimação do mestre, por exemplo, jamais praticam crimes. Apenas cometem, de vez em quando, um ou outro “erro”, palavrinha que parece reduzir a pecado venial até um matricídio consumado a machadadas.
Nesta segunda-feira, durante a escala no centro do Rio, o palanque ambulante ensinou que foi isso ─ na pior das hipóteses ─ o que aconteceu na estatal transformada em sucursal de quadrilha. Se alguém errou, concedeu, deve ser investigado. O que Lula não tolera é ver a Petrobras alvejada por “ataques” que comprometem a excelente imagem da empresa. “Ataque”, segundo o glossário dos linguistas de porta de cadeia, é qualquer espécie de crítica a sacerdotes da seita lulopetista. Era, portanto, um recado enviesado a Aécio Neves, Marina Silva e outros inimigos da pátria.
Em países civilizados, o criminoso só volta ao local do crime em romances policiais. No Brasil, o chefe do bando se enfia num uniforme usado pelos funcionários da vítima, aparece sem algemas no cenário das muitas delinquências e ameaça aos berros quem ousa espantar-se com um portentoso caso de polícia. Para Lula, atacantes são os defensores da lei e da empresa atacada desde 2004 pela turma que nomeou e a afilhada manteve. Desta vez, o palavrório não convenceu sequer os nacionalistas de galinheiro.
A Polícia Federal, o Ministério Público e o Judiciário já sabem o suficiente para induzir a um acordo de delação premiada o ex-diretor Paulo Roberto Costa. Dilma garante que nunca teve intimidade com o amigo que fez questão de convidar para o casamento da filha. Lula logo estará jurando que não conhece nem de vista o companheiro que chamava de “Paulinho” nas frequentes conversas no Planalto. As revelações do ex-diretor estão longe do fim. É bom que os quadrilheiros se cuidem.
O juiz federal Sérgio Moro, que cuida do caso, é homem íntegro. Ao contrário do que ocorreu na última etapa do julgamento do mensalão, não pode ser substituído por algum magistrado que, em vez de cumprir a lei, cumpre ordens.

Cidade chinesa cria faixa exclusiva para usuários de celular

Por Bruno Capelas, estadao.com.br
Em Chongqing, pedestres podem escolher entre calçada normal ou 'pista' voltada para usuários de celular

Cidade chinesa cria faixa exclusiva para usuários de celular (© Reprodução Twitter)
Cidade chinesa cria faixa exclusiva para usuários de celular



CHONGQING - Quem nunca tropeçou, quase bateu a cabeça no poste ou esbarrou em ninguém enquanto andava na rua usando seu smartphone? Buscando prevenir esse tipo de acidentes, uma cidade chinesa teve uma ideia criativa: a partir de agora, pedestres de uma rua de Chongqing têm opções no percurso de uma calçada de 165 metros, podendo andar em uma faixa normal ou em uma faixa exclusiva para quem está usando seu celular.

"Existem muitos idosos e crianças na nossa rua, e andar com um celular pode causar acidentes desnecessários por aqui", disse Nong Cheng, responsável pelo marketing do grupo responsável pela área central de Chongqing.

A ideia é baseada em um experimento conduzido pela National Geographic no começo desse ano em Washington DC (EUA), supostamente feito para aumentar os cuidados com a falta de atenção que muitas pessoas têm ao usar seus smartphones enquanto andam por aí.

O problema de se andar por aí sem prestar atenção em nada além da telinha à frente não é exclusivo da China. De acordo com a Universidade de Washington, um em cada três americanos está ocupado com um smartphone ou outro tipo de dispositivo enquanto atravessa a rua em cruzamentos perigosos. Além disso, o departamento de transportes dos EUA estabeleceu recentemente uma conexão entre a quantidade de atropelamentos e mortes de pedestres e o uso de smartphones.

Entretanto, a prática de faixas exclusivas para quem está usando um smartphone não parece bem sucedida: logo após a introdução da faixa em Chongqing, ela parecia não fazer muito sucesso. "Quem está usando smartphones não usou a faixa exclusiva na calçada. Eles nem notaram que ela existia!", dizia Nong.

Surfista é atacado por tubarão voador na Califórnia


Animal destrói prancha e quase mata surfista norte-americano

Surfista é atacado por tubarão voador na Califórnia
Felizmente, apenas a prancha sofreu danos.


Santa Cruz, Califórnia[EUA]. Beau Browning surfava em Manresa State Beach e pegou sua segunda onda por volta das 7hrs quando, de repente, o que foi descrito como um tubarão branco, de 3,5 m a 4,5 m saltou do nada, ou melhor, do mar e aterrissou direto sobre sua prancha.

“Fui lançado ao ar, provavelmente uns 10 a 15 pés (entre 3 m e 4,5 m). Quando olhei para baixo vi o tubarão que mordeu minha prancha quando submergia”, declarou o surfista assustado à TV local.

Browning disse que passou mais perigo de afogamento do que de sofrer uma mordida do “tubarão voador”. Preso à prancha durante todo o ataque surpresa, ele foi arrastado por baixo d’água pelo tubarão que carregou sua prancha. Depois de uma eternidade de alguns segundos, o bicho soltou a prancha e Browning estava salvo, mas o tubarão era tão pesado que a prancha ficou detonada e foi para o lixo. Que história.


by MSN

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Curriculum Vitae

I – Dados Pessoais:
Meu nome é Otimismo.
Tenho a idade necessária pra saber distinguir quando alguém quer comprar meus princípios mesmo quando eu não os queira vender. Mas isso não me oprime, nem me deixa tolhida;
Sou um mulher de palha: Quando chove, fico flexível; quando o sol esquenta o meu dia, fico seca & rígida; e me dobro apodrecida quando chega a noite eterna.
Isso, porque apodrecer faz bem a alma!
Sou otimista – digo – acredito no mundo e nas pessoas.
Acredito também que apesar da conveniência atual me levar a dizer isso, o meu cerne não fica corrompido.


II – Área de Atuação:

Minha área de atuação é a alma humana, mas também pode ser o coração, ou o espírito. Não tenho restrições. Sou a chamada Malabarista de Plantão!
Não que eu seja pedante!
(Na verdade o que me importa é o trabalho. Por isso quero mentir! Mentir deslavadamente! Mas sem me corromper, insisto). Procuro me informar.
Também me mantenho informatizada
e falo as línguas estrangeiras de cada indivíduo em particular.
Estou personalizada, configurada, mas não ajustada ao sistema. Minhas impressões digitais mudam como as cores do camaleão. Sou uma peça de quebra-cabeças que se encaixa em qualquer lugar.
Sou como um gás. Que por nao ter forma alguma, pode obter qualquer forma.
Sou volátil.



III – Formação:

Na maior parte das vezes sou autodidata.
A solidão me ensina muita coisa, me revela mundos!
Tenho uma vasta formação acadêmica que faz de minh’alma anêmica, uma sublime alma. Precipito-me sempre em erudição no solo erodido do meu coração, pra ir ter com as trevas – a luz.
Sei de tanta coisa!... que as mantenho esquecidas no escuro.
Na universidade, uni meus versos sem idade e descobri a ignorância.
Desenvolvi a arte de mentir melhor, enganar com palavras e a fazer trocadilhos irritantes. (Dever também se aprende).
Saí com um curriculum vitae em latim dos cachorros
e caí num grande mercado turco – o mundo.
A depressão parece ser endêmica,
isso porque a vi somente em meus companheiros
que se importam com os resultados
dos quatro anos de labuta e descontentamento.


IV – Experiência Profissional:

Tenho experiência com sistemas operacionais que excluíram meus desejos e ambições. Vendo produtos que sugam a essência da alma e do espírito humano para dentro das máquinas, das placas e cartazes de propaganda.
Também já manipulei opiniões e vendi mentiras, não as minhas mentiras, o que é muito pior!
As falsidades que vendi furtaram minha dignidade, hoje minha alma corrupta arrasta em silêncio as correntes da minha escravidão. Entrego-me.
Minha vontade está à venda nas esquinas. O mundo prostituto violou minhas esperanças.
A Política a qual tive a experiência de namorar, tornou-se uma cafetina depravada e sem escrúpulos.
Tenho experiência com máquinas, mas ainda não me tornei uma, resta-me o sangue e a carne em meio aos meus fios e parafusos, resta-me o suor.


V – Atividades Extra-Curriculares:

Faço trabalhos voluntários numa pedreira, marretando palavras como pedras duras. O sol infernal frita as imagens em meu cérebro, imagens que me espetam o coração e molham versos nos lábios dos meus anjos mudos e vazios.

VI – Assinatura:

Assino o meu nome embaixo de tudo que leve sinceridade e descanso a sepultura. De tudo o que deva ser a verdade sem demagogia.
Meu epitáfio não será um poema ilustre, nem uma frase de emoção ou impacto n’alma.
Será apenas um digno “adeus” aos que Amo, seguido de meu nome: 'Deise'
Algo que não importa.
O que sempre importou, foi minha vontade inabalável.
E minha Capacidade genuína de transformação.

Desconheço a Autora...

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