domingo, 14 de setembro de 2014

Venezuela agora virou prisão mesmo: companhias aéreas param de funcionar

Segundo o site Spotniks, a Venezuela realmente está cada vez mais se solidificando como o maior líder das implementações bolivarianas. Nunca um país foi saqueado pelos detentores do poder com tanta eficiência. Com resultado, várias companhias aéreas estão parando de operar no país, o que para a turma de Maduro deve ser ótimo, pois assim eles conseguem manter sua população como refém, como ocorre há décadas em Cuba. Leia mais:
Assolados por uma inflação anual de 60% e uma escassez de insumos básicos, os venezuelanos se veem cercados cada vez mais pelas fronteiras do país. O rígido controle aplicado ao dólar está fazendo com que companhias aéreas como a Air Canada parem de operar no país. Outras como a Delta Air Lines, a American Airlines e a Lufthansa reduziram o número de voos. As poucas empresas que restam operando no país estão cobrando cada vez mais caro pelo serviço.
Para se ter uma ideia, um voo de classe econômica para Nova York pode custar até US$ 3 mil e deve ser agendado com pelo menos 3 meses de antecedência. O custo é muito acima da cota anual de US$400 para compras online imposta pelo governo, o que torna o acesso aos voos impossível para quem não se dispor a comprar dólares através do mercado negro.
Como forma de fugir dos altos preços, muitas pessoas tem optado por uma viagem de ônibus até Lima, capital do Peru, como rota de fuga do chavismo. A viagem dura 5 dias e é composta, em sua maioria, por pessoas de classe média que costumavam fazer a rota de avião antes da disparada dos preços.
“Na Venezuela, você tem a sensação de que não poderá sair”, disse Virginia Hernández numa entrevista ao Wall Street Journal. Virginia é estudante de ortodontia e atualmente reside na Argentina. Em uma viagem recente à Venezuela, quando voltou ao país para rever familiares, a estudante conta que levou um susto ao não conseguir mais sair. A linha aérea estatal Conviasa não realizava a rota Caracas-Buenos Aires e as outras companhias aéreas já tinham vendido todas as passagens.
Pesquisas da Datanalisis, uma empresa especializada em análises de mercado e tomada de decisões, revelou que 79,5% dos venezuelanos acreditam que o país está mal e 1 em cada 10 estão tentando fugir do país.
“Todos os meus amigos querem sair daqui”, disse Roberto Villarroel, um universitário de 19 anos. O estudante disse que pretende se mudar para a Argentina. “Eu ainda estou procurando uma passagem, entretanto. Os preços sobem todo dia.”
Apesar da dificuldade, algumas pessoas ainda dispõem-se a pagar o preço exigido pelas viagens.
Rafael Larrazabal, um empresário de 44 anos conta que só conseguiu encontrar passagens da primeira classe da Delta Airlines para Berlim. Segundo ele, as passagens tiveram que ser compradas com meses de antecedência.
“O país não está funcionando. Há criminalidade. Eu disse ‘deixe-me primeiro ver se consigo sair daqui vivo e depois veremos o que acontecerá’.”
O empresário recentemente embarcou para Atlanta, de onde fez uma escala para Berlim. Ele, sua esposa e seus dois filhos pretendem começar uma nova vida na capital alemã, longe da repressão do governo chavista.
O objetivo do Foro de São Paulo é exatamente esse: conseguir colocar no poder tiranetes que governem com o uso de milícias, tenham a mídia controlada e possam usar seus coletivos não-eleitos como um quarto poder. Com isso, fica difícil que o saqueamento do estado seja percebido.
Que tal lembrarmos de quem apoiou tudo isso?
by lucianoayan.com

Prefeito usa tanque em carro na ciclovia


Político da Lituânia cansou de ver motoristas desrespeitando as ciclovias e tomou uma atitude radical
Prefeito sorri e posa para fotos ao pasar pelo tanque - Reprodução
Reprodução
Prefeito sorri e posa para fotos ao pasar pelo tanque


Arturas Zuokas, prefeito de Vilnius, capital da Lituânia, um cicloativista nada moderado, tomou uma atitude que surpreendeu até o seu apoiador mais radical. Indignado por continuar a ver carros estacionados nas ciclovias de "sua" cidade, o político passou por cima de um Mercedes-Benz com um tanque de guerra.
Esse ato, segundo o político, teve como objetivo mostrar que desrespeitos não ficarão sem punição. "Isso é o que acontece com quem estaciona em local proibido", escreveu Zuokas na página da prefeitura.



No fim do vídeo, o prefeito dá uma lição de moral no dono do carro com a frase "na próxima vez, pare seu carro legalmente" e limpa da rua os pedaços do Mercedes que se partiram com o impacto. Confira as imagens:

by Estadão

Xeque mate humano em Maróstica


FERNANDA MASSAROTTO
13.09.2014 



São exatos 60 anos que em Marostica, cidade medieval da região do Vêneto, no norte da Itália, realiza a sua tradicional partida de xadrez. O mais curioso e excêntrico é que as peças, que se movem em um tabuleiro gigante, são de carne e osso.
Homens e mulheres se transformam em torres, bispos, rei e rainha. Os cavalos também são autênticos e não perdem nenhuma jogada. A partida relembra uma disputa amorosa, de 1454, quando a cidade ainda pertencia à República Veneziana.Taddeo Parisio, proprietário do castelo de Marostica, para evitar um confronto sangrento entre os dois pretendentes à mão de sua filha Lionora, decidiu que o vencedor de uma partida de xadrez com integrantes do reino,  casaria com sua primogênita. 



Desde então, todo segundo final de semana do mês de setembro, o evento se repete na mesma praça Castello onde 600 atores se vestem com roupas medievais e realizam um espetáculo de mais de duas horas. Marostica, com suas muralhas, seu castelo e famosa praça, que ostenta o tabuleiro gigante, vale uma visita, em qualquer época do ano. Sem falar na gastronomia. Impossível resistir ao delicioso Maccafame, um doce realizado com pão, leite, ovos e mel. 


Fotos: Divulgação - Crédito: Sergio Sartori

sábado, 13 de setembro de 2014

Com medo de condenação, empreiteiras propõem acordo para revelar corrupção na Petrobras Por leniência, empresas terão de confessar participação em desvio de dinheiro da estatal


POR JAILTON DE CARVALHO E ANDRÉ DE SOUZA
13/09/2014 7:00

Alberto Youssef: empresas vinculadas a ele teriam recebido depósitos das empreiteiras - Agência O Globo / Geraldo Magela/Agência Senado/18-10-2005


CURITIBA e BRASÍLIA
— Pressionadas pelo volume de provas e pelo alto risco de condenação, pelo menos duas grandes empreiteiras que têm contratos com o governo estão negociando com o Ministério Público Federal um acordo de leniência para confessar participação em desvios de dinheiro da Petrobras e, a partir daí, obter redução de penas em processos criminais.

Essa é a primeira vez na História do país em que emissários de grandes empreiteiras manifestam interesse em colaborar com a Justiça em um caso relevante de corrupção. O acordo de leniência é uma espécie de delação premiada para empresas acusadas de crimes.

Se concretizado, o acordo pode ajudar o MPF e a Polícia Federal a desvendarem toda a estrutura da corrupção em torno de contratos e obras da Petrobras que já vem sendo denunciada por Paulo Roberto Costa, ex-diretor da estatal, e por ex-auxiliares do doleiro Alberto Youssef.

A iniciativa de propor o acordo de leniência partiu das empreiteiras. Representantes de pelo menos duas delas fizeram contatos com integrantes da força-tarefa encarregada das investigações da Operação Lava-Jato, oferecendo-se para uma possível delação. Os procuradores gostaram da ideia, mas advertiram que as empresas precisarão de fato colaborar com as investigações se quiserem se livrar de parte de futuras punições.

— Estamos conversando com mais de uma (empreiteira). Não negamos a possibilidade de um acordo de leniência. Mas as exigências são grandes. Só vamos aceitar se as exigências forem cumpridas — disse ao GLOBO uma das autoridades responsáveis pelas investigações.

EMPREITEIRAS TERÃO DE CONFESSAR CRIMES

Nos primeiros contatos, os procuradores explicaram aos representantes das empresas que elas terão de confessar os crimes cometidos, pagar multas proporcionais aos danos causados aos cofres públicos e se comprometer a não cometer novos delitos. As empresas teriam que adotar práticas de boa governança como transparência, lisura e retidão. A Siemens, envolvida em fraudes no metrô de São Paulo, já fez esse acordo na Alemanha.

As duas empreiteiras interessadas no acordo de leniência estão entre as sete maiores do país, segundo a fonte do GLOBO. Representantes dessas construtoras procuraram o Ministério Público porque sabem que têm poucas chances de escapar de pesadas condenações. Os procuradores já estão, inclusive, preparando ações para responsabilizar empreiteiras por lavagem de dinheiro. A acusação terá como base os depósitos das empreiteiras na MO Consultoria e na GFD, empresas vinculadas ao doleiro Alberto Youssef.


Não há prazo para os acordos de leniência serem fechados. O resultado final depende do grau de colaboração de cada empresa com as investigações da Operação Lava-Jato.

As revelações da contadora Meire Poza de que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o deputado André Vargas (sem partido-PR) ajudaram o doleiro Alberto Youssef nas negociações com fundos de pensão de empresas estatais serão a nova munição da oposição na CPI mista da Petrobras.

O líder do Solidariedade na Câmara, Fernando Francischini (PR), disse que vai apresentar requerimentos para ouvir os diretores do Postalis, fundo de pensão dos Correios, e do Funcef, da Caixa Econômica. Mesmo o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), não descartou que a CPI venha a investigar o caso, embora tenha destacado que o foco da CPI hoje é outro.

Meire Poza já trabalhou para Youssef e, em agosto, prestou depoimento à Polícia Federal indicando que teria sido feito um acordo para que Renan Calheiros e André Vargas, na época filiado ao PT, ajudassem o doleiro a fechar negócios com os dois fundos. As negociações, que renderiam R$ 50 milhões a Youssef, não foram adiante porque o doleiro acabou preso em março, durante a Operação Lava-Jato, da PF. O teor do depoimento de Meire foi revelado ontem pelo GLOBO.

— Vamos apresentar requerimentos para saber com quem (entre os políticos) os diretores dos fundos falaram — disse Francischini.

O líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR), defendeu que o caso dos fundos de pensão também seja investigado na CPI. O partido já pediu que Meire Poza preste depoimento na comissão, mas o requerimento até agora não foi votado.

Ontem, o fundo de pensão dos Correios, o Postalis, confirmou, em nota, que havia recebido proposta para que fizesse um investimento Marsans Viagens, uma das empresas de Youssef. O Postalis afirmou, no entanto, que a proposta foi rejeitada, e que a decisão não foi tomada por conta da prisão doleiro, cuja ligação com a Marsans nem seria de conhecimento do fundo de pensão. “A decisão foi eminentemente técnica”, diz a nota.

Segundo o Postalis, no dia 28 de março, 11 dias após a prisão do doleiro Youssef, um parecer técnico recomendou a rejeição da proposta. A negativa foi referendada em reunião do comitê de investimentos um mês depois.

“O investimento teve parecer negativo por parte da equipe de analistas da área financeira e, em seguida, pelo Comitê de Investimentos do Postalis, conforme ata de 28/04/2014 daquele comitê. Não havia nada na documentação analisada que pudesse ligar o papel aos senhores Paulo Roberto Costa e/ou Alberto Youssef. O Postalis nunca teve conhecimento de que o investimento tivesse qualquer relação com essas pessoas”, diz a nota.

RENAN DIZ QUE NUNCA OUVIU FALAR DE YOUSSEF

Renan Calheiros negou, em nota, conhecer Youssef. Disse também que sequer tinha ouvido falar do doleiro antes dos fatos relacionados a ele se tornarem públicos. “Portanto, a possibilidade de ter me encontrado com a referida pessoa a qualquer pretexto é zero. Também é zero a chance de ter tratado de temas não republicanos com qualquer pessoa”, afirmou Renan, na nota.

O ministro Teori Zavascki, do STF, informou que a CPI da Petrobras tem o direito de convocar quem quiser para prestar depoimento, inclusive Paulo Roberto Costa. Segundo o ministro, não cabe a ele autorizar ou vetar a presença de alguém na comissão. A explicação foi dada em resposta a pedido de autorização feito pelo presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), para o depoimento de Costa ao Congresso na próxima quarta-feira.


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Paulo Roberto Costa tem sete contas na Suíça



FELIPE PATURY E TERESA PEROSA
13/09/2014 09h30

ARQUIVO Paulo Roberto Costa, ex-executivo  da Petrobras.  Ele guardava provas de suas transações (Foto: Blenda Souto Maior/DP/D.A Press)
O ex-diretor de Abastecimento da PetrobrasPaulo Roberto Costa mantinha nada menos do que sete contas na Suíça. Todas estavam em seu nome, com seus dados, documentos e endereços verdadeiros. É o contrário do que faz a maioria dos profissionais que atuam no, digamos, mesmo ramo em que Costa é acusado de operar. O mais comum é colocar as contas em nome de empresas de paraísos fiscais. Como se vê, ninguém pode acusá-lo de não ser transparente, ao menos nesse caso. Os advogados de Paulo Roberto não se manifestaram até o fechamento desta edição.

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