sábado, 13 de setembro de 2014

Pesquisas do PMDB mostram que Marina encara onda de críticas com resiliência

FELIPE PATURY


A candidata do PSB, Marina Silva, apresenta seu programa de governo em reunião em São Paulo (Foto: Adriana Spaca/Brazil Photo Press/Agência O Globo)
O PMDB reagiu com menos otimismo do que o PT ao Ibope que deu a presidente Dilma Rousseff com oito pontos na frente de Marina Silva (PSB). Suas pesquisas não registradas constataram que a onda em torno de Marina parou três dias antes de ela começar a ser alvejada por Dilma e Aécio Neves (PSDB). Os levantamentos feitos até a semana passada indicam que Marina se manteve estável durante o tiroteio. Ou seja, que demonstrou resiliência.


Parece mais recente, mas…

12:38 \ Eleições 2014







O Ibope divulgou uma pesquisa agora há pouco. Por ela,  Dilma Rousseff tem 39%, Marina, 31%, e Aécio, 15% das intenções de voto.
Anteontem, o Datafolha cravou Dilma com 36%, Marina com 33%, e Aécio com  15%.
Qual das duas pesquisas é a mais atual?
Apesar da pesquisa Ibope ter sido apresentada há algumas horas, as entrevistas com os eleitores foram feitas entre sexta-feira passada e segunda-feira. A pesquisa Datafolha foi realizada entre segunda-feira e terça-feira.  É, portanto, mais atual.
Para o distinto público, no entanto,  a do Ibope fica parecendo mais recente, pois apenas uma minoria está atenta para as datas de realização das entrevistas.
Quem encomendou a pesquisa divulgada hoje foi a CNI, de Robson Andrade. A entidade não deve estar preocupada de ser acusada de manipulação.
Por Lauro Jardim

Marina e a arte da vitimização


SAB, 13/09/2014 



A candidata Marina Silva (PSB) chorou, na noite de quinta--feira (11), ao desabafar junto à Folha sobre a série de ataques que está sofrendo desde que entrou na disputa presidencial e virou uma ameaça verdadeira à campanha de reeleição de Dilma Rousseff (PT). No banco de trás do carro que a levava de volta ao hotel após um dia longo de agendas no Rio de Janeiro, Marina disse à Folha que irá reagir conforme aprendeu com Lula "lá atrás", quando era do PT: não vai se render às "mentiras" propagandas pelos adversários.
Por Marina Dias, na Folha de S. Paulo
Alvo de uma série de ataques desde que entrou na corrida pelo Palácio do Planalto e virou uma ameaça para a presidente Dilma Rousseff (PT), a ex-senadora Marina Silva (PSB) fez um desabafo e chorou ao ser questionada pela Folha sobre as críticas que recebeu do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de quem foi aliada por 24 anos.
"Eu não posso controlar o que Lula pode fazer contra mim, mas posso controlar que não quero fazer nada contra ele", disse na noite de quinta-feira (11), no banco de trás do carro que a levava ao hotel após mais de 13 horas de campanha no Rio de Janeiro.
Emocionada, disse ser quase impossível acreditar que o petista esteja fazendo isso, mas demonstrou que ainda nutre admiração pelo ex-presidente.
"Quero fazer coisas em favor do que lá atrás aprendi, inclusive com ele [Lula], que a gente não deveria se render à mentira, ao preconceito, e que a esperança iria vencer o medo. Continuo acreditando nessas mesmas coisas", afirmou.
Marina, que frequentemente se declara "injustiçada" pelos ataques do PT, lembrou o que aconteceu com Lula nas eleições de 1989, quando ele disputou a Presidência da República e perdeu para Fernando Collor.
"Sofri muito com as mentiras que o Collor dizia naquela época contra o Lula. O povo falava: Se o Lula ganhar, vai pegar minhas galinhas e repartir'. Se o Lula ganhar, vai trazer os sem-teto para morar em um dos dois quartos da minha casa'."
Em seguida, acrescentou: "Aquilo me dava um sofrimento tão profundo, e a gente fazia de tudo para explicar que não era assim. Me vejo fazendo a mesma coisa agora".
Na porta do hotel em Copacabana, após alguns segundos em silêncio, Marina desceu do carro recomposta. Virou o rosto e disse à reportagem: "Mas não tenho raiva de ninguém, não, nem da Dilma. Vou continuar lutando".
Desde que subiu nas pesquisas, Marina está sob ataques do PT, partido ao qual foi filiada de 1985 a 2009.
Ela deixou a legenda depois de se afastar do Ministério do Meio Ambiente, que comandou por cinco anos no governo de Lula. Marina teve várias divergências com o ex-presidente nesse período. A principal, alega, era a dificuldade para desenvolver sua agenda ambiental.
ESPETÁCULO
Em maio de 2008, ela entregou sua carta de demissão a Lula, que avaliou que a aliada estava fazendo de sua saída do governo um "espetáculo desnecessário". Era o primeiro atrito público entre os dois.
Pouco mais de um ano depois, ao se desfilar do PT, comparou sua saída a um "divórcio" e disse que nem a legenda nem o governo haviam avançado no tema da sustentabilidade". Mais desconforto com Lula.
Nos últimos dias, o PT iniciou uma campanha para desconstruir Marina, afirmando que ela não vai dar prioridade à exploração do petróleo do pré-sal e sugerindo que ela é sustentada por banqueiros, numa referência a Neca Setubal, herdeira do banco Itaú que coordena o programa de governo da candidata.
A propaganda petista também apontou problemas de governabilidade numa eventual gestão Marina, associando a candidata a presidentes que não terminaram os mandatos, como Jânio Quadros (1961) e Collor (1990-1992).
A candidata do PSB diz que é vítima de uma "indústria de boatos e mentiras", que tem o objetivo de "fazer terrorismo" com os eleitores.
CAMPANHA CRUEL
Em seus discursos e entrevistas, porém, a ex-senadora costuma poupar Lula. O petista, por sua vez, usou um comício em Recife (PE), na semana passada, para atacar Marina indiretamente, dizendo que "tem gente querendo acabar com o pré-sal". "Se for necessário, Dilma, me fale que vou mergulhar e buscar lá no fundo [do mar] o petróleo."
Aliados afirmam que o petista ainda se constrange ao criticar a ex-companheira de partido, mas ponderam que a disputa eleitoral é mesmo "bastante cruel"
by jornalggn.com.br

O PT sob chantagem

Em VEJA desta semana


Para evitar que o partido e suas principais lideranças sejam arrastados ao epicentro do escândalo da Petrobras às vésperas da eleição, a legenda comprou o silêncio de um grupo de criminosos — e pagou em dólar

Robson Bonin
O PODER E O CRIME - Enivaldo Quadrado (à direita), o chantagista, é pago pelo PT para manter em segredo o golpe que resultou no desvio de 6 milhões de reais da Petrobras, em outro caso de chantagem que envolve o ministro Gilberto Carvalho, o mensaleiro José Dirceu e o ex-presidente Lula
O PODER E O CRIME - Enivaldo Quadrado (à direita), o chantagista, é pago pelo PT para manter em segredo o golpe que resultou no desvio de 6 milhões de reais da Petrobras, em outro caso de chantagem que envolve o ministro Gilberto Carvalho, o mensaleiro José Dirceu e o ex-presidente Lula (Montagem com fotos de Ailton de Freitas-Ag. O Globo/Joel Rodrigues-Folhapress/Rodolfo Buhrer-Estadão Conteúdo/Jeferson Coppola/VEJA)
Desde que estourou o escândalo da Petrobras, o PT é vítima de uma chantagem. De posse de um documento e informações que comprovam a participação dos principais líderes petistas num desfalque milionário nos cofres da estatal, chantagistas procuraram a direção do PT e ameaçaram contar o que sabiam sobre o golpe caso não fossem devidamente remunerados. Às vésperas da corrida presidencial, essas revelações levariam nomes importantes do partido para o epicentro do escândalo, entre eles o ex-presidente Lula e o ministro Gilberto Carvalho, um dos coordenadores da campanha de Dilma Rousseff, e ressuscitariam velhos fantasmas do mensalão. No cenário menos otimista, os segredos dos criminosos, se revelados, prenunciariam uma tragédia eleitoral. Tudo o que o PT quer evitar. Dirigentes do partido avaliaram os riscos e decidiram que o melhor era ceder aos chantagistas — e assim foi feito, com uma pilha de dólares.
O PT conhece como poucos o que o dinheiro sujo é capaz de comprar. Com ele, subornou parlamentares no primeiro mandato de Lula e, quando descoberto o mensalão, tentou comprar o silêncio do operador do esquema, Marcos Valério. Ao pressentir a sua condenação à prisão, o próprio Valério deu mais detalhes dessa relação de fidelidade entre o partido e os recursos surrupiados dos contribuintes. Em depoimento ao Ministério Público, ele afirmou que o PT usou a Petrobras para levantar 6 milhões de reais e pagar um empresário que ameaçava envolver Lula, Gilberto Carvalho e o mensaleiro preso José Dirceu na teia criminosa que resultou no assassinato, em 2001, do petista Celso Daniel, então prefeito de Santo André. A denúncia de Valério não prosperou. Faltavam provas a ela. Não faltam mais. Os dólares serviram para silenciar o chantagista Enivaldo Quadrado, ele próprio participante da engenharia financeira do golpe contra os cofres da maior estatal brasileira — e agora o personagem principal de mais uma trama que envolve poder e dinheiro.
Quadrado deu um ultimato ao tesoureiro do PT, João Vacari Neto: ou era devidamente remunerado ou daria à polícia os detalhes de documento apreendido no escritório do doleiro Alberto Youssef. O documento era um contrato de empréstimo entre a 2 S Participações, de Marcos Valério, e a Expresso Nova Santo André, de Ronan Maria Pinto. O valor desse contrato é de 6 milhões de reais, exatamente a quantia que Valério dissera ao MP que o PT levantara na Petrobras para abafar o escândalo em Santo André. É esse o contrato que prova a denúncia de Valério. É esse o contrato que, em posse de Quadrado, permitia ao chantagista deitar e rolar sobre os petistas.
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Outros destaques de VEJA desta semana

Senado engaveta investigação sobre farsa na CPI da Petrobras

Petrobras

Ignorando vídeo de vinte minutos que comprova a fraude, comissão avaliou que 'não havia indícios' do vazamento de informações. Investigados receberam gabarito de questões

Marcela Mattos, de Brasília
Reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras para análise do plano de trabalho e de requerimentos - (14/05/2014)
Reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras para análise do plano de trabalho e de requerimentos - (14/05/2014) (Geraldo Magela/Agência Senado/VEJA)
A comissão de sindicância instaurada no Senado para apurar a farsa montada pelo governo e pelo PT na CPI da Petrobras decidiu arquivar as investigações sobre o caso. Conforme revelou VEJA, os investigados recebiam as perguntas dos senadores com antecedência e eram treinados para responder a elas, a fim de evitar que entrassem em contradição ou dessem pistas capazes de impulsionar a apuração de denúncias de corrupção na companhia - a trapaça foi documentada em um vídeo com 20 minutos de duração.   
Ignorando a gravação, a comissão de sindicância alega que “não houve qualquer indício de vazamento de informações privilegiadas, de documentos internos da CPI ou de minutas de questionamentos que seriam formulados aos depoentes”. Em nota, a Diretoria-Geral do Senado afirmou que a comissão funcionou ao longo de 37 dias, ouviu catorze depoimentos, investigou caixas-postais de correio eletrônico dos envolvidos e analisou os vídeos dos depoimentos. A investigação, ainda de acordo com a diretoria, foi comandada por servidores com “notável formação acadêmica”.
Obtida por VEJA, a gravação mostra uma reunião entre o chefe do escritório da Petrobras em Brasília, José Eduardo Sobral Barrocas, o advogado da empresa Bruno Ferreira e Calderaro Filho para tramar a fraude no Congresso. Barrocas revela no vídeo que um gabarito foi distribuído aos depoentes mais importantes para que não entrassem em contradição. Paulo Argenta, assessor especial da Secretaria de Relações Institucionais, Marcos Rogério de Souza, assessor da liderança do governo no Senado, e Carlos Hetzel, secretário parlamentar do PT na Casa, são citados como autores das perguntas que acabariam sendo apresentadas ao ex-diretor Nestor Cerveró, apontado como o autor do “parecer falho” que levou a estatal do petróleo a aprovar a compra da refinaria de Pasadena, no Texas, um negócio que impôs prejuízo de pelo menos 792 milhões de dólares à empresa.
Segundo conta Barrocas, Delcídio Amaral (PT-MS), ex-presidente da CPI dos Correios, encarregou-se da aproximação com Cerveró. Relator da comissão, José Pimentel (PT-CE), a quem respondem Marcos Rogério e Carlos Hetzel, formulou 138 das 157 perguntas feitas a Cerveró na CPI e cuidou para que o gabarito chegasse ao ex-presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli.
Mais de um mês após o caso ter vindo à tona, não houve nenhuma resposta contundente das autoridades. A única providência foi tomada pela Petrobras, que transferiu José Eduardo Sobral Barrocas do cargo de gerente do escritório da companhia em Brasília para o de assistente do chefe de gabinete da presidente Graça Foster, no Rio de Janeiro. A oposição também solicitou ao Ministério Público a investigação sobre o caso, mas ainda não houve manifestação dos procuradores.

Como a caneta espiã chegou à sala

  • 00:00 a 00:30
    Uma funcionária da sede da Petrobras em Brasília pega um calhamaço de documentos e avisa a um colega, a quem chama de Dudu, que está indo entregar o material a Bruno Ferreira, advogado da estatal. Bruno estava em reunião em outra sala. Foi o próprio advogado quem pediu à funcionária que levasse o material até ele. A caneta-gravador está junto com os papéis. E já em funcionamento.
  • 00:31 a 02:26
    A funcionária caminha pelos corredores do prédio da Petrobras em Brasília. A caneta está ligada. A mulher se dirige para a sala onde Bruno Ferreira estava reunido com o chefe do escritório brasiliense da Petrobras, José Eduardo Barrocas, e o coordenador do departamento jurídico, Leonan Calderaro Filho. Bruno Ferreira estava aguardando a funcionária à porta.
  • 02:27 a 02:39
    A funcionária chega à sala onde Bruno está. Ele recebe das mãos dela os papéis — e a caneta-gravador, ligada. “Dá uma conferida se era esse arquivo... Eu tô vendo aqui falando da história do Gabrielli, aí... Só que é no fnal que vêm as perguntas, né?”, diz a moça. “Obrigado, querida”, responde Bruno.

A fraude se desenrola

  • 02:40 a 03:55
    Bruno volta para a reunião. A caneta é manuseada o tempo todo por ele. Por isso, na maior parte do tempo as imagens são trêmulas. O áudio, porém, é captado com clareza. Barrocas está ao telefone tratando da visita de um grupo de parlamentares a uma refinaria que está sendo construída no Maranhão. Enquanto isso, Bruno e Calderaro folheiam os papéis. Eles conversam sobre as perguntas.
  • 05:00 a 07:10
    Barrocas sai do telefone e passa a conversar com Bruno e Calderaro sobre o assunto da ligação. É interrompido pelo telefone celular. E diz para a pessoa do outro lado da linha que não podia falar porque estava atarefado com assuntos relativos à CPI: “Ô Cristina, me dá um tempo aí. Eu tô com a CPI aqui nas minhas costas que tá danado”. Em seguida, retoma a conversa com Bruno e Calderaro.
  • 07:11 a 07:47
    O grupo passa a falar da CPI. Eles estavam comparando as perguntas que seriam feitas a Cerveró com as que haviam sido feitas ao ex-presidente da estatal José Sergio Gabrielli, ouvido na véspera pela comissão. “E aí, o que você está achando aí?”, pergunta Barrocas. “Na verdade, estão repetindo bastante as perguntas em relação ao Gabrielli”, afirma Bruno. “Bastante, bastante pergunta repetida, assim como para a Graça vão repetir também”, diz Barrocas.
  • 07:48 a 08:30
    Barrocas revela a origem das perguntas preparadas para o depoimento de Cerveró e expõe a fraude: “Eu perguntei da onde, quem é o autor dessas perguntas. Oitenta por cento é o Marcos Rogério (assessor da liderança do governo no Senado). Ele é o responsável por isso aí. Ele disse hoje que o Carlos Hetzel (assessor da liderança do PT) fez alguma coisa, o Paulo Argenta (assessor da Presidência da República) fez outras”, relata Barrocas.

A ajuda a Cerveró

  • 08:31 a 10:47
    Barrocas quer saber quais advogados o departamento jurídico da Petrobras mobilizaria para acompanhar o depoimento de Cerveró à CPI, no dia seguinte. O grupo continua falando das estratégias para o depoimento.
  • 10:48 a 12:50
    A exemplo das perguntas, outros detalhes do depoimento haviam sido previamente acertados. “Me pediram para falar para o Cerveró não fazer apresentação. O Marcos Rogério falou: ‘Vocês têm como falar para o Cerveró para ele não fazer a apresentação? Para entrar direto no assunto...’”, diz Barrocas.
  • 12:51 a 13:37
    Aqui a prova da combinação. O advogado Bruno Ferreira consulta o chefe Barrocas sobre as orientações que deveriam ser dadas a Cerveró. Uma reunião com o ex-diretor estava marcada para aquele dia, também na sede da Petrobras em Brasília. “Barrocas, qual a estratégia em termos de orientação ao Cerveró?”, perguntou. “A gente vai prestar o apoio possível”, diz Calderaro.
  • 13:38 a 14:10
    O nome do senador petista Delcídio Amaral (MS) aparece na trama. Amigo de Cerveró, Delcídio fora escolhido como um dos canais de comunicação com o ex-diretor. “Como nós soubemos que a gente não podia fazer contato com ele (Cerveró), o pessoal do Senado pediu pro Delcídio fazer. Aí ao Delcídio eu falei: é o seguinte, compacta aí. Chamaram ele, deram curso pra ele, media training...” Calderaro reforça: “Ontem a tarde toda. E o Jurídico da Petrobras do lado”. “O pessoal não queria fcar de conversa com ele. Nós pedimos ao Delcídio pra conversar com ele”, afrma Barrocas.

O medo de serem descobertos

  • 14:11 a 14:46
    O grupo passa a discutir a forma mais segura de enviar à sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, as perguntas a Cerveró. “Vou passar pro Salles (Jorge Salles Neto, assessor direto de Graça Foster), pra ele...”, diz Barrocas. (...) As do Gabrielli eu digitalizei e passei pra Graça. Por quê? Porque eu não sabia que aquilo era o ‘gabarito’, vamos chamar assim. Eu achei que o Dutra (o petista José Eduardo Dutra, também ex-presidente e atual diretor da Petrobras) tinha trazido aquilo pra ele (e dito), como em escola: ‘Estuda aí’. Depois que eu vi que era o gabarito”, relata Barrocas.
  • 14:58 a 17:48
    Os funcionários da Petrobras estão preocupados com o sigilo. “Qual o acesso mais discreto aqui pra ele (Cerveró)? Não tem muita alternativa, não, né?”, indaga Calderaro. É o próprio Barrocas quem defne a gravidade da situação: “O antes é que eu acho perigoso”. “A questão do preparo, né?”, engata Calderaro. “Não tem como, só tem uma entrada aqui”, lembra Calderaro.

A ordem de cima

  • 17:49 a 19:25
    Na última parte da reunião, o grupo narra que houve uma ação para afastar o advogado de Cerveró. “O pessoal deu uns toques nele que o advogado dele estava atrapalhando”, diz Barrocas. O advogado de Cerveró havia ameaçado envolver mais gente no escândalo de Pasadena. Era, portanto, uma voz dissonante do enredo que estava sendo montado. O vídeo termina com os advogados falando de como operacionalizar a orientação “lá de cima”

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