domingo, 7 de setembro de 2014

Asteroide vai passar próximo à Terra neste domingo

Espaço

Nasa afirma que aproximação não representa nenhum risco ao planeta ou aos satélites em sua órbita

asteroide

Representação artística de um asteroide (Thnikstock/VEJA)
Um asteroide vai passar próximo à Terra neste domingo, mas não apresenta risco de colapso, divulgou a Nasa, agência espacial americana, na quarta-feira. Com cerca de 20 metros de diâmetro, o asteroide 2014 RC vai se aproximar do planeta às 15h18, no horário de Brasília.
2014 RC foi descoberto em 31 de agosto por pesquisadores do projeto Catalina Sky Survey, da Universidade do Arizona, e, paralelamente, pelo telescópio Pan-STARRS 1, no Havaí, em 1.º de setembro. No momento de maior aproximação, o 2014 RC estará a 40.000 quilômetros da Terra, equivalente a um décimo da distância entre a Lua e o centro do planeta. Ele não poderá ser visto a olho nu. Embora não represente nenhuma ameaça ao globo ou aos satélites em sua órbita, a aproximação do asteroide será uma boa oportunidade para os pesquisadores entenderem mais sobre esses corpos celestes.
Veja

Rouca, Dilma diz que vai 'miar como um gato'

Maquiavel


Presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff na abertura da Expointer em Esteio (RS)
Presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff é recebida com protestos na abertura da Expointer em Esteio (RS)(Ivan Pacheco/VEJA.com)
Dilma deu sinais de cansaço nesta sexta-feira ao iniciar a entrevista coletiva com jornalistas de modo diferente: “Muito boa tarde. Como hoje é sexta-feira, eu estou com a voz um pouco fraca”, disse, em seguida dando início – sem sequer ser questionada – a uma longa repetição do pronunciamento que havia feito pouco antes a representantes do agronegócio gaúcho. Ao finalizar a série de elogios aos programas do seu governo, inovou também ao encerrar a fala e assumir a linha de frente da coordenação da imprensa: “Agora, duas perguntas, pelo amor de Deus”, disse, dirigindo-se aos jornalistas. A presidente foi questionada sobre mais um estouro do teto meta da inflação. Respondeu, mas evitou dar espaço para mais um questionamento espinhoso: “Agora eu não falo mais. Vocês conhecem miado de gato? Assim eu vou miar como um gato. Tchau”, disse, deixando a coletiva. (Marcela Mattos,de Esteio)

10 dicas para Aécio Neves falar com Homer Simpson

05/09/2014
 às 6:01 \ Mercado de ideias


Prezado Senador Aécio Neves:
Sua concorrente, a Presidente Dilma Rousseff, melhorou substancialmente no último debate.Homer
Geralmente incapaz de articular uma frase mais longa sem se perder numa redundância ou cair numa contradição, Dilma passou à ofensiva sempre que confrontada com perguntas que insistem em ser inconvenientes. As respostas ainda refletem um descolamento da realidade, mas isso é outro problema.
Agora é sua vez de melhorar.
Abaixo, dez dicas para o senhor conseguir falar com o eleitor médio, o Homer Simpson sentado em seu sofá inercial, anestesiado pela política e pronto pra ‘marinar’.

1) Pare de falar em “política fiscal.” Só gente com formação em economia ou ampla leitura dos jornais sabe o que é isso, e os votos deles o senhor já tem. Eles estão carecas de saber o que o Armínio tem que fazer na economia. Dizer que vai fazer uma ‘sólida política fiscal’ não lhe ganha nem mais um voto, a menos que o senhor tenha à mão um infográfico.
2) Antes de questionar se Marina Silva representa, de fato, mudança, olhe para a câmera e diga, com sinceridade transbordante, que entende porque o povo gosta dela e vê nela “a cara” da mudança. Há uma diferença sutil mas importante aí. É a seguinte: Ao apenas questionar a imagem de Marina, o senhor está reclamando do eleitor e batendo de frente com ele. Ao mostrar empatia com o ponto de vista dominante, o senhor abre caminho para um diálogo sobre a mudança, e tem a oportunidade de desconstruir a imagem que considera equivocada.
3) Seja leve. Quando for à CBN e o âncora perguntar sobre as dificuldades da eleição em Minas, não responda com ironia. Soa agressivo. Tome maracujina ou chá de camomila antes.
4) Mostre a importância de ser leve. Lembre ao eleitor que a Presidente Dilma é uma figura pesada, que intimida auxiliares e está sempre carrancuda. Mostre também que uma presidente religiosa, se cooptada pelos vendilhões do templo, pode também se tornar uma presidente pesada, outra mala sem alça. Diga ao eleitor que este País merece sorrir. Explique que, antes de virar pai, o senhor curtia a noite do Rio, comia sushi no Leblon e gostava da boa vida. Conte pra todo mundo que o senhor não atende celular no fim de semana — e, claro, prometa mudar isso, se eleito.
5) Diga que nem toda eleição tem que ser um ajuste de contas com um passado de lutas, nem uma tentativa de redimir simbolicamente o abismo social que separa os que têm muito dos que têm nada. Diga que, melhor que uma redenção simbólica, é a redenção real que vem com a organização da economia e a volta do crescimento.
6) Se for inevitável falar em política internacional, limite-se a usar a expressão “mandou dinheiro para Cuba.” É a única coisa que as pessoas vão entender. O resto é um grande borrão para o eleitor médio.
7) Não fale em “centro da meta” para um eleitor que só entende de “tiro de meta”. Fale do preço do feijão, da carestia na feira. O senhor já fez isso antes e foi bem. Pratique em casa.
8) Pare de dizer “caro candidato” nas respostas. Isso mostra que o senhor é um homem educado, até elegante, mas também evoca o político tradicional que ninguém quer eleger.
9) Ria de si mesmo. Invente alguma piada sobre o terceiro lugar nas pesquisas. Os políticos americanos usam o humor autocrítico, com sucesso, há décadas. Rir de si mesmo demonstra humildade, e as pessoas o ouvirão com mais boa vontade. Na tabela periódica dos elementos da política, a esperança tem mais massa que o medo, e a leveza sempre vence a dureza.
10) Sorria, mas seja capaz de se mostrar indignado. Denuncie o BNDES como um Robin Hood às avessas, e erga os punhos no ar para reclamar do FGTS, este assalto ao trabalhador. Mas, como sempre, leve infográficos.
Por Geraldo Samor

sábado, 6 de setembro de 2014

Europa oferece tours com moradores de rua e 'experiência mendigo'

05/09/2014

Passeios guiados mostram lado pouco conhecido de quatro cidades.
Em Praga, turistas pagam para dormir na rua e conseguir comida.

Flávia Mantovani
Do G1, em São Paulo



Mike, um dos guias do Unseen Tours, em Londres
(Foto: Unseen Tours/Divulgação)

Abandonar o hotel e as roupas limpas para dormir na rua por uma noite não parece um programa ideal de férias, mas há turistas pagando para isso em Praga, na República Tcheca. A Pragulic, uma empresa que organiza tours guiados por moradores de rua, oferece um pacote para quem quer passar 24 horas vivendo como um deles.

Sem os objetos pessoais e vestindo “roupas de mendigo”, o visitante precisa encontrar lugar para dormir, comida e algum dinheiro. Ele é acompanhado por um dos guias da empresa (todos moram ou moraram na rua por algum período).

A ideia, segundo os organizadores, é que o turista viva uma experiência pessoal intensa e possa entender na prática o que significa viver nas ruas, deixando de lado preconceitos e levando o aprendizado para sua vida.

O pacote, batizado de “Homeless Experience” (experiência de morador de rua), é a opção mais extrema de uma modalidade que está ganhando adeptos entre os turistas na Europa: passeios guiados por pessoas que moram ou já moraram nas ruas. A Pragulic, fundada em 2012, já recebeu mais de 5 mil visitantes em seus tours. Alem de Praga, Londres, Amsterdã e Barcelona são outros destinos que já oferecem essa possibilidade.
Ramón, guia da Hidden City, em Barcelona (Foto: Hidden City Tours/Barcelona)Ramón, guia da Hidden City, mostra Barcelona a
turistas (Foto: Hidden City Tours/Barcelona)
Em geral, os passeios vão a pontos fora do circuito turístico tradicional: vielas, pontes, becos de prostituição, bairros degradados e refeitórios populares são alguns exemplos. Alguns deles até passam por marcos conhecidos e tradicionais, mas o foco é sempre no mundo dos moradores de rua daquela cidade. Os guias também contam sua história de vida e respondem a perguntas e curiosidades dos turistas.

“Você é guiado por alguém que realmente conhece a cidade, que pode te mostrar esquinas e lugares escondidos que normalmente não são conhecidos pelos turistas. É uma chance de conversar com pessoas que normalmente são ignoradas pela sociedade e entrar no mundo delas,”, afirma Ondřej Klügl, cofundador da Pragulic.

Tanto na empresa de Praga quanto nos outros projetos citados nesta reportagem os guias são indicados por associações e entidades que trabalham com moradores de rua. Eles recebem treinamento para criar o tour e orientações ao longo do trabalho.

Para Dominic Stevenson, voluntário no projeto Unseen Tours, de Londres, o trabalho de guia faz bem aos moradores de rua. “Acreditamos que eles são encorajados a reconstruir suas vidas e a conquistar um senso de independência que não tinham antes”, diz.

Londres, Inglaterra
Um dos guias de Londres (Foto: Unseen Tours/Divulgação)Um dos guias de Londres (Foto: Unseen Tours/Divulgação)



A Unseen Tours oferece passeios em quatro áreas da cidade: Camden Town, Shoreditch, Covent Garden e London Bridge. Todos passam por alguns marcos famosos, mas junto com os cartões-postais também é mostrado o “lado B” da cidade. “Queremos que as pessoas vejam que o mundo do dinheiro e do turismo não fica longe do mundo dos moradores de rua”, diz Dominic Stevenson, voluntário no projeto.

Segundo Stevenson, os guias levam os visitantes “para uma jornada muito pessoal, revelando suas histórias e mostrando os lugares que moldaram sua vida”.

Ele conta que costumam ter muitos clientes do Brasil. “É sempre divertido quando os brasileiros participam. São pessoas que gostam de uma aventura, de aprender sobre gente e sobre história”, diz.

O voluntário diz que o passeio faz os turistas refletirem. “Os tours podem ter um efeito profundo sobre como as pessoas tocam sua vida. Esperamos que eles inspirem a bondade e a empatia e que sejam muito divertidos também”, completa.

Site: http://sockmobevents.org.uk
Preço: 10 libras (cerca de R$ 36)
Barcelona, Espanha
Jose, um dos guias do Hidden City em Barcelona (Foto: Hidden City Tours/Divulgação)Jose, um dos guias do Hidden City em Barcelona (Foto: Hidden City Tours/Divulgação)



O Hidden City começou em setembro de 2013 em fase de testes, com um guia que falava apenas espanhol. Como a procura foi muito maior do que o esperado, foram recrutados mais guias fluentes em inglês, francês e alemão, e o trabalho multilíngue recomeçou em março deste ano.

Os passeios são pelo Bairro Gótico da cidade catalã. Segundo a fundadora, Lisa Grace, eles são adequados tanto para visitantes de primeira viagem quanto para os que já conhecem Barcelona. “Passamos pelos lugares clássicos, muitos deles com histórias escondidas, e por lugares menos conhecidos, alternativos”, diz. Um exemplo: há paradas em alguns refeitórios populares para discutir o sistema de ajuda a moradores de rua na Espanha.

Site: www.hiddencitytours.com
Preço: 14 euros (cerca de R$ 40)

Praga, República Tcheca
Um dos guias de Praga (Foto: Michal Cetkovský/Pragulic/Divulgação)Um dos guias de Praga (Foto: Michal Cetkovský/Pragulic/Divulgação)



A Pragulic oferece duas possibilidades, ambas orientadas por moradores de rua: passeios guiados ou uma imersão em que o turista passa 24 horas vivendo como um morador de rua.

A primeira modalidade tem roteiros variados, de acordo com a experiência de vida e com os gostos do guia. “Abordamos o mundo das drogas, criminalidade, prostituição, vida noturna, literatura, transporte público... Os passeios não são focados em monumentos tradicionais e prédios históricos, são mais alternativos”, diz Ondřej Klügl, cofundador da Pragulic.

Já a segunda modalidade, a “Homeless Experience” (experiência de morador de rua), é para quem quer se aprofundar no assunto. O turista precisa deixar todos os seus objetos pessoais em um ponto de encontro e mantém apenas a identidade, o equivalente a R$ 2 e um celular para fazer contato com a empresa caso necessário.

Vestindo “roupas de mendigo”, ele precisa encontrar lugar para dormir, conseguir algum dinheiro e comida. Para isso, conta com a ajuda de um dos guias moradores de rua. No final, recebe seus objetos de volta e um certificado.

Site: http://pragulic.cz/?lang=en
Preço: 250 coroas tchecas (cerca de R$ 26)

Amsterdã, Holanda

O Amsterdam Underground tem passeios focados na vida pessoal dos guias. “Eles contam como sobrevivem na rua e levam as pessoas aos pontos onde dormem, a bairros que no passado concentravam usuários de drogas, esse tipo de lugar. Mostram a cidade de uma perspectiva totalmente diferente”, diz Freek Jalhay, porta-voz do grupo.

Os guias recebem um treinamento para criar seu tour e têm orientação durante o trabalho. Para participar, precisam ser “confiáveis, estar dispostos a contar sobre sua vida, a guiar um tour de forma segura e prazerosa e a cuidar dos clientes”, afirma Jalhay.
Sitewww.amsterdamunderground.org
Preço: 10 euros (cerca de R$ 29)

Com melhora de Dilma, ações da Petrobras despencam na Bolsa

Mercado de capitais

Mesmo movimento de baixa é visto em outros papéis ligados ao governo, como os do Banco do Brasil e da Eletrobras

O "Kit eleições" é formado por empresas estatais
O "Kit eleições" é formado por empresas estatais (Reinaldo Canato/VEJA)
As ações do chamado "kit eleições", jargão usado pelo mercado financeiro para se referir às empresas estatais, fecharam com forte desvalorização na BM&FBovespa nesta quinta-feira, pressionadas por especulações eleitorais, em especial a melhora do desempenho da presidente Dilma nas pesquisas Ibope e Datafolha. As ações ordinárias (ON, com direito a voto) da Petrobras caíram 4,74%, enquanto os papéis do Banco do Brasil recuaram 5,34%. Já as ações ordinárias da Eletrobras, estatal do setor elétrico, caíram 4,35%. Com isso, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, recuou 1,68%, para 60.800 pontos.
Assim como em outros pregões nos últimos meses, os movimentos na bolsa brasileira estão muito ligados ao cenário eleitoral. O avanço da presidente Dilma Rousseff na última pesquisa eleitoral Datafolha, divulgada na quarta-feira, foi interpretado pelo mercado como uma possível continuidade da atual política econômica. O levantamento mostrou que Dilma oscilou um ponto para cima, para 35%, mas mantendo o empate técnico com a candidata do PSB, Marina Silva, cuja estimativa aponta para 34% das intenções de voto. Marina, contudo, venceria Dilma em um eventual segundo turno, com uma diferença de 7 pontos percentuais, contra 10 pontos percentuais no levantamento anterior, realizado no fim de agosto.
Não é novidade que o mercado financeiro está reagindo positivamente a uma mudança no governo federal. Nos últimos dois meses, quando começou a ficar clara a perspectiva de que a presidente Dilma não venceria em primeiro turno, o Ibovespa subiu mais de 7%. Desde março, período em que os investidores começaram a movimentar a bolsa devido ao cenário eleitoral, as ações preferenciais (PN, sem direito a voto) da Petrobras subiram 56% e as ordinárias (ON, com direito a voto)  tiveram alta de 51%. Contudo, todas as ações do "kit eleições" acumulam valorizações de dois dígitos nesses cinco meses. 
Em agosto, a Bovespa teve o melhor desempenho para o mês desde 2003, ao registrar valorização de 9,78%. Os papéis do chamado "kit eleições", composto por empresas estatais, tiveram uma contribuição importante para o avanço acumulado do mês. As ações preferenciais da Petrobras encerraram agosto com avanço acumulado de 22,25%, enquanto as ordinárias subiram 23,07%. O Banco do Brasil subiu 26,55%, enquanto a Eletrobras PN avançou 13,41% e ON ganhou 30,4%. O peso total dos papéis dessas estatais no índice é de 15%. 
Câmbio — Também impulsionado pela cena eleitoral, o dólar fechou em alta ante o real nesta quinta-feira. A moeda norte-americana subiu 0,32%, a 2,2434 reais na venda. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 1,1 bilhão de dólares.
VEJA
Pesquisa Datafolha 3/9/2014

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