sábado, 26 de janeiro de 2013
Uma operação destas, não acontece do dia para noite. Avisos não faltaram. Trouxe este assunto, após ter sido torpedeada no RS com propaganda relativa aos 90 anos do PCdoB. Começaram a abrir. Estão a cada dia mais ousados e explicitos. O socialismo/comunismo esta ai. Quem SOBREviver, verá. by Deise
26.Mar.08
O Brasil tem guerrilha
ISTOÉ entra na base da Liga dos Camponeses Pobres, um grupo armado com 20 acampamentos em três Estados, que tem nove vezes mais combatentes que o PCdoB na Guerrilha do Araguaia e cujas ações resultaram na morte de 22 pessoas no ano passado
O Brasil tem guerrilha
ISTOÉ entra na base da Liga dos Camponeses Pobres, um grupo armado com 20 acampamentos em três Estados, que tem nove vezes mais combatentes que o PCdoB na Guerrilha do Araguaia e cujas ações resultaram na morte de 22 pessoas no ano passado
O barulho de dois tiros de revólver quebrou o silêncio da noite na pacata comunidade rural de Jacilândia, distante 38 quilômetros da cidade de Buritis, Estado de Rondônia. Passava pouco das 22 horas do dia 22 de fevereiro quando três homens encapuzados bloquearam a estrada de terra que liga o lugarejo ao município e friamente executaram à queima-roupa o agricultor Paulo Roberto Garcia. Aos 28 anos, ele tombou com os disparos de revólver calibre 38 na nuca. Dez horas depois do crime, o corpo de Garcia ainda permanecia no local, estirado nos braços de sua mãe, Maria Tereza de Jesus, à espera da polícia. Era o caçula de seus três filhos. Um mês depois do assassinato, o delegado da Polícia Civil de Rondônia que investiga o caso, Iramar Gonçalves, concluiu: "Ele foi assassinado pelos guerrilheiros da LCP."
A sigla a que o delegado se refere, com estranha naturalidade, quer dizer Liga dos Camponeses Pobres, uma organização radical de extrema esquerda que adotou a luta armada como estratégia para chegar ao poder no País através da "violência revolucionária". Paulo Roberto foi a mais recente vítima da LCP, que, sob a omissão das autoridades federais e o silêncio do resto do Brasil, se instalou há oito anos na região e, a cada hora, se mostra mais violenta. Apenas em 2007, as operações do grupo produziram 22 vítimas - 18 camponeses ou fazendeiros e quatro guerrilheiros. Amplamente conhecidos em Rondônia, os integrantes da LCP controlam hoje 500 mil hectares. Estão repartidos em 13 bases que se estendem de Jaru, no centro do Estado, às cercanias da capital Porto Velho, se alongando até a fronteira com a Bolívia, região onde eles acabaram de abrir uma estrada. O propósito dos guerrilheiros seria usá-la como rota de fuga, mas, enquanto não são incomodados nem pela Polícia Federal nem pelo Exército, a trilha clandestina está sendo chamada de transcocaineira - por ela, segundo a polícia local, passam drogas, contrabando e as armas da guerrilha.
ÁREA PROIBIDA
A nenhuma dessas colônias o poder público tem acesso. Sob o manto da "revolução agrária", a LCP empunha as bandeiras do combate à burguesia, ao imperialismo e ao latifúndio, enquanto seus militantes assaltam, torturam, matam e aterrorizam cidades e zonas rurais nessas profundezas do Brasil. Encapuzados, armados com metralhadoras, pistolas, granadas e fuzis AR-15, FAL e AK-47 de uso exclusivo das Forças Armadas, eles já somam quase nove vezes mais combatentes que os 60 militantes do PCdoB que se embrenharam na Floresta Amazônica no início dos anos 70 na lendária Guerrilha do Araguaia. "A Colômbia é aqui", diz o delegado Gonçalves, numa referência às Farc.
NO CORAÇÃO DA GUERRILHA Armado de AR-15, policial entra em território dominado pela LCP e uma barreira que proíbe o acesso ao centro de treinamento militar. "Não dá para observá-los, mas estamos sob sua mira", diz à reportagem de ISTOÉ um sargento da PM de Rondônia
A reportagem de ISTOÉ entrou nessa área proibida. No distrito de Jacinópolis, a 450 quilômetros de Porto Velho, bate o coração da guerrilha. Segundo o serviço secreto da Polícia Militar de Rondônia, é ali que está o campo de treinamento. "Nem com 50 homens armados eu tenho coragem de entrar na invasão deles", admite o delegado. Caminhar pelas hostis estradas enlameadas é como pisar em solo minado. A todo momento e com qualquer pessoa que se converse, o medo de uma emboscada é constante. Os militantes adotam as táticas de bloqueio de estradas e seqüestro das pessoas que trafegam pela área sem um salvo-conduto verbal liberado pela LCP. "É a forma de combater as forças inimigas", escreveram eles num dos panfletos que distribuíram na região. "Esses bandoleiros foram muito bem treinados pelos guerrilheiros das Farc", revela o major Enedy Dias de Araújo, ex-comandante da Polícia Militar de Jaru, cidade onde fica a sede da Liga.
Para se chegar à chamada "revolução agrária", dizem os documentos da LCP aos quais ISTOÉ teve acesso, a principal ação do grupo é pôr em prática a chamada "violência revolucionária". E, para os habitantes locais, essa tem sido uma violência fria e vingativa. No caso da sua mais recente vítima, o que a LCP fez foi uma execução sumária, após um julgamento interno suscitado pela desconfiança sobre o real propósito da presença de Paulo Roberto Garcia na região. "Eles acreditam que o rapaz era um agente infiltrado como agricultor e não tiveram dúvida em matálo", disse o delegado. Dos 22 mortos de 2007, quatro eram fazendeiros e 14 eram funcionários das fazendas, que a liga camponesa classifica como paramilitares. Na parte dos guerrilheiros, quatro foram enterrados - assassinados em circunstâncias distintas por jagunços das fazendas da região.
Além de matar, a LCP é acusada pela polícia de incendiar casas, queimar máquinas e equipamentos e devastar a Floresta Amazônica. Os moradores da comunidade onde vivia Garcia não sabem o que é luta de classe, partido revolucionário e muito menos socialismo. Mas eles sabem muito bem que, desde a chegada da LCP naquelas bandas, a morte matada está vencendo a morte morrida.
ALERTA NA SELVA
Só quem consegue transitar livremente no território da guerrilha são os caminhões dos madeireiros clandestinos, que pagam um pedágio de R$ 2 mil por dia à LCP para rodar nas estradas de terras controladas pela milícia. Em troca do pedágio, os guerrilheiros dão segurança armada aos madeireiros para que eles possam roubar árvores em propriedades privadas, áreas de conservação e terras indígenas. São terras que a LCP diz ter "tomado" - e o verbo tomar, no lugar de "invadir" ou "ocupar", como prefere o MST, não é mera semântica, mas uma revelação do caráter belicoso do grupo. "A falha é do Exército brasileiro, que deixa esses terroristas ocuparem nossa área de fronteira", acusa o major Josenildo Jacinto do Nascimento. Comandante do Batalhão de Polícia Militar Ambiental, Nascimento sente na pele o poder e a arrogância desse bando armado.
No ano passado, eles derrubaram uma base militar da Polícia Ambiental dentro de uma unidade de conservação e seqüestraram seus soldados. "A tática utilizada pela LCP para as emboscadas é certeira", admite um dos militares, mantido preso por sete horas. "Como são estradas de terras, no meio da floresta, eles derrubam árvores, que fecham o caminho. Quando as pessoas descem do carro para retirar a tora, são rendidas", diz E. S., militar da Polícia Ambiental, que recorre ao anonimato para se proteger. "Essa guerra é um câncer que está se espalhando pelo Estado", alerta Nascimento.
Assim como consta nos panfletos da Liga, os guerrilheiros postam homens em bases nos morros com binóculos e rojão para anunciar a "invasão" de sua área por "forças inimigas". Depois de sermos monitorados de perto por grupos de motoqueiros, durante os 38 quilômetros que levamos uma hora e meia para percorrer no território dominado pela LCP, ouvimos uma saraivada de rojões anunciando nossa presença. Estávamos próximos a uma base. O alerta serve também para que os homens armados se infiltrem na mata ocupando as barricadas montadas com grandes árvores nas cercanias dos acampamentos.
MORTE NO CAMPO
O agricultor Garcia (à dir.) foi morto com dois tiros na nuca. "Os guerrilheiros achavam que ele era um agente infiltrado na área da guerrilha", disse o delegado Iramar Gonçalves. Os líderes da LCP acusados de assassinato são Russo (à esq.) e Caco, foragido
"O fato é que não dá para observá-los, mas estamos sob sua mira", adverte o militar da Polícia Ambiental que nos acompanha. Na verdade, a PM Ambiental é a única força do Estado cuja presença ainda é tolerada pela guerrilha. A explicação é simples: com apenas oito agentes para cuidar de quase 900 mil hectares naquela região, eles não representam ameaça ao grupo. Antes, serão presas fáceis se assim os militantes o desejarem.
A BASE
Logo que o barulho dos rojões reverbera na imensidão da selva, as mulheres e crianças vestem seus capuzes e assumem a linha de frente. Quando se chega ao topo de um morro, depois de passar por uma barricada construída com o tronco de uma imensa árvore com a inscrição da Liga, avista-se uma bandeira vermelha tremular na franja de um acampamento de casas com cobertura de palha. Pouco tempo depois, outra barricada e chega-se a uma parada obrigatória. Do outro lado da porteira, transcorreu o seguinte diálogo com uma trupe maltrapilha, encapuzada e arredia.
- O que vocês vieram fazer aqui? - disse um nervoso interlocutor mascarado.
- Somos jornalistas e queremos saber o que vocês têm a dizer sobre a reforma agrária e a Liga dos Camponeses Pobres.
- Podem ir embora, não temos nada a dizer. Vocês só atrapalham.
- Quantas famílias estão nesta invasão?
- 300.
- Podemos falar com o líder de vocês?
- Aqui não existe líder, todos somos iguais.
- Por que vocês ficam mascarados?
- A máscara é nossa identidade.
- Vocês acreditam que podem fazer uma revolução?
- Não temos que dar satisfações à imprensa burguesa.
- De quem vocês recebem apoio?
- Não interessa.
- Podemos entrar no acampamento?
De forma alguma. Vão embora daqui!
- Somos jornalistas e queremos saber o que vocês têm a dizer sobre a reforma agrária e a Liga dos Camponeses Pobres.
- Podem ir embora, não temos nada a dizer. Vocês só atrapalham.
- Quantas famílias estão nesta invasão?
- 300.
- Podemos falar com o líder de vocês?
- Aqui não existe líder, todos somos iguais.
- Por que vocês ficam mascarados?
- A máscara é nossa identidade.
- Vocês acreditam que podem fazer uma revolução?
- Não temos que dar satisfações à imprensa burguesa.
- De quem vocês recebem apoio?
- Não interessa.
- Podemos entrar no acampamento?
De forma alguma. Vão embora daqui!
Com colete à prova de balas sob a camisa, saímos da porteira do acampamento por uma questão de segurança e voltamos a percorrer de carro, numa estrada precária, mais uma hora e meia até o primeiro ponto de pedágio da LCP. "No ano passado, fomos presos por eles, éramos oito militares e eles tinham mais de 50 homens armados com metralhadoras", conta o sargento da tropa. "Não tem jeito, para resolver o problema com esse bando só com uma ação conjunta do Exército, da Polícia Federal e das forças do Estado."
TERROR O fazendeiro Sebastião Conte (à esq.) teve a sede, os tratores e seu plano de manejo incendiados. Os guerrilheiros não pouparam nem mesmo o posto da Polícia Ambiental, que foi destruído. Nos acampamentos, eles colocam crianças na linha de frente e usam capuzes
Ao voltar da área dominada pela LCP, fica claro, nas reservadas conversas com alguns poucos moradores dispostos a contar algo, que o terror disseminado pela guerrilha se mede pelo silêncio dos camponeses. Os revoltosos controlam a vida das pessoas, além de investigar quem é quem na região. Quem não "colabora" com eles - fornecendo dinheiro, gado ou parte da produção - vira alvo de ataques covardes. Histórias de funcionários das fazendas da região que foram colocados nus sobre formigueiros ou que apanharam até abandonar o local estão muito presentes na memória dos moradores. As torturas praticadas pelos bandoleiros contra trabalhadores rurais dificultam até contratação de mão-de-obra na região. "Ninguém quer trabalhar mais na minha fazenda", admite Sebastião Conte, proprietário de 30 mil hectares de terra. Ele teve parte de sua terra "tomada" há dois anos pela LCP, a sede da fazenda foi queimada, assim como seus tratores, alojamentos e área do manejo florestal. O fazendeiro, acusado pela Liga de ser um latifundiário, é prova de que o terror da guerrilha é igual para todos. Segundo ele, nos últimos dois anos, teve que enterrar três de seus funcionários. "Todos eles assassinados barbaramente", diz Conte. "Estou pedindo socorro. Não sei mais a quem recorrer."
Longe de lá, na cidade de Cujubim, os trabalhadores rurais empregados das fazendas não dispensam o porte de armas. "Aqui ou você anda armado ou está morto", diz M.L. O capataz da fazenda e seu filho já perderam a conta de quantas vezes trocaram chumbo com os mascarados que tentam invadir a fazenda. Tratados como paramilitares, os funcionários das fazendas são, depois dos fazendeiros, os alvos prediletos dos ataques da Liga. Nelson Elbrio, gerente da Fazenda Mutum, teve o azar de cair nas mãos da "organização". Ele foi rendido exatamente como os militares da Polícia Ambiental e ficou preso sob a mira de uma arma por seis horas. "Assim que eu fiz a curva na estrada dei de cara com uns 15 homens encapuzados e fortemente armados. Eles me tiraram do carro e a partir daí vivi um inferno", conta Elbrio. "Eles queriam que eu revelasse os segredos da fazenda: quantas pessoas trabalhavam lá, depósito de combustível, se tinha seguranças armados." O sofrimento do funcionário se estendeu até o final da tarde, quando o grupo o arrastou até a sede da fazenda, dando tiros de escopeta próximo a seu ouvido. Em seguida, o obrigaram a assisti-los incendiando a propriedade e os tratores. "Nunca mais dormi bem", diz Elbrio.
Com a morte à espreita, o medo transformou distritos inteiros em zonas despovoadas - verdadeiras vilas fantasmas - e criou uma massa de gente refugiada de sua própria terra, expulsa pela guerrilha. Em Jacilândia, das 25 casas de madeira da única rua do distrito, só oito estão habitadas. Até a igreja fechou suas portas. "O povo foi embora com medo dos guerrilheiros", conta um dos moradores, um ancião que só admite a entrevista sob o anonimato. "Aqui não podemos falar nada. Para ficar de pé tem que se aprender a viver", diz o velho agricultor. O silêncio e o abandono das terras são a mais dura tradução desse novo modo de viver. Maria, a mãe do agricultor assassinado, não esperou a missa de sétimo dia do caçula. Deixou para trás os 100 hectares, onde tinha 100 cabeças de gado e a casa recém-construída. Partiu para um lugar ignorado, sob a proteção de outro filho.
O SILÊNCIO
Naquele pedaço de terra, os poucos que, apesar de tudo, permanecem na área não têm rostos ou nomes. Quando interrogados pela polícia na apuração dos crimes, eles se tornam também cegos e surdos. "Não existe testemunha de nada", reclama o delegado Gonçalves. A razão das infrutíferas apurações policiais é que os insurgentes presos são facilmente liberados pela Justiça. "Como eles usam a tática guerrilheira do uso de máscaras em suas ações, nós ficamos de mãos atadas para puni-los. Nunca se sabe quem de fato matou", queixa-se o delegado. As únicas lideranças da LCP a enfrentar a prisão por causa de assassinatos foram Wenderson Francisco dos Santos (Russo) e Edilberto Resende da Silva (Caco), que se encontra foragido. Os dois foram acusados de participar do assassinato do trabalhador rural Antônio Martins, em 2003. Russo foi absolvido em primeira instância e os promotores recorreram da decisão ao Tribunal de Justiça.
Naquele pedaço de terra, os poucos que, apesar de tudo, permanecem na área não têm rostos ou nomes. Quando interrogados pela polícia na apuração dos crimes, eles se tornam também cegos e surdos. "Não existe testemunha de nada", reclama o delegado Gonçalves. A razão das infrutíferas apurações policiais é que os insurgentes presos são facilmente liberados pela Justiça. "Como eles usam a tática guerrilheira do uso de máscaras em suas ações, nós ficamos de mãos atadas para puni-los. Nunca se sabe quem de fato matou", queixa-se o delegado. As únicas lideranças da LCP a enfrentar a prisão por causa de assassinatos foram Wenderson Francisco dos Santos (Russo) e Edilberto Resende da Silva (Caco), que se encontra foragido. Os dois foram acusados de participar do assassinato do trabalhador rural Antônio Martins, em 2003. Russo foi absolvido em primeira instância e os promotores recorreram da decisão ao Tribunal de Justiça.
MEDO OU CAUTELA?
"Nem com 50 homens armados eu tenho coragem de entrar nas terras deles", diz o delegado Gonçalves
"Nem com 50 homens armados eu tenho coragem de entrar nas terras deles", diz o delegado Gonçalves
A ABIN SABE
Essa tensão é o pano de fundo de uma guerra psicológica que os ideólogos da organização avaliam como a ideal para que a área seja abandonada pelos fazendeiros. "A melhor forma de desocupar a área é destruindo o latifúndio", nos disse um dos mascarados, chamado de Luiz por um colega. Na lógica da LCP, os fazendeiros têm que tomar prejuízo sempre, senão eles não abandonam a terra. À frente de 300 famílias da invasão da Fazenda Catanio, uma propriedade de 25 mil hectares, o guerrilheiro Luiz defende o confisco do gado para matar a fome dos invasores e considera que a "tomada" de terra é a forma legal de fazer uma "revolução agrária". "Se esperarmos a Justiça, ficaremos anos plantados aqui", diz ele.
Essa tensão é o pano de fundo de uma guerra psicológica que os ideólogos da organização avaliam como a ideal para que a área seja abandonada pelos fazendeiros. "A melhor forma de desocupar a área é destruindo o latifúndio", nos disse um dos mascarados, chamado de Luiz por um colega. Na lógica da LCP, os fazendeiros têm que tomar prejuízo sempre, senão eles não abandonam a terra. À frente de 300 famílias da invasão da Fazenda Catanio, uma propriedade de 25 mil hectares, o guerrilheiro Luiz defende o confisco do gado para matar a fome dos invasores e considera que a "tomada" de terra é a forma legal de fazer uma "revolução agrária". "Se esperarmos a Justiça, ficaremos anos plantados aqui", diz ele.
A audácia dos militantes da LCP é tanta que no ano passado mais de 200 deles marcharam encapuzados pelas ruas do município de Buritis, a 450 quilômetros de Porto Velho, até parar na porta da delegacia, onde exigiram a saída do delegado Gonçalves da comarca. Motivo: ele tinha prendido um dos líderes da facção guerrilheira. Não satisfeitos, os bandoleiros bateram às portas do Ministério Público e da Justiça exigindo que os titulares dos órgãos também se afastassem. O fato foi reportado ao Ministério da Justiça, ao presidente Lula e ao governo estadual. Até agora, não houve nenhuma resposta. "Ninguém leva a sério nossas denúncias. Eles pensam que estamos brincando, que a denúncia de guerrilha é um delírio", indigna-se o delegado Gonçalves. "Isso vai acabar numa tragédia de proporções alarmantes, e aí sim vão aparecer os defensores dos direitos humanos", critica ele. É exatamente nessa desconsideração das denúncias de promotores, juízes e militares que a Liga ganha força e cresce impunemente.
Tão trágica quanto o terror que esse grupo armado impõe às comunidades rurais é o fato de os governos estadual e federal saberem da existência desse bando armado - e não fazerem nada. Segundo o Dossiê LCP, um relatório confidencial da polícia de Rondônia, com 120 páginas, encaminhado em dezembro passado à Agência Brasileira de Inteligência (Abin), ao Exército e ao Ministério da Reforma Agrária, o grupo armado, além de cometer todo tipo de barbaridade, é financiado por madeireiros ilegais. Conforme o documento, a LCP controla uma área estimada em 500 mil hectares, onde doutrina mais de quatro mil famílias de camponeses pobres espalhadas por mais de 20 assentamentos da reforma agrária distribuídos pelos Estados de Minas Gerais, Pará e Rondônia. "Eles estão na contramão do que é contemporâneo. Mas, de fato, formaram um 'Estado' paralelo", entende Oswaldo Firmo, juiz de direito da Vara especializada em Conflito Agrário do Estado de Minas Gerais.
FORÇA-TAREFA
Documentos em poder de ISTOÉ comprovam que as autoridades federais têm feito ouvidos de mercador para o problema. No dia 11 de janeiro de 2008, o ouvidor agrário do governo federal, desembargador Gercino José da Silva Filho, acusou o recebimento das denúncias encaminhadas a ele sobre as ilegalidades cometidas por integrantes da Liga dos Camponeses Pobres. Mais uma vez, nada foi feito. "Eles dizem que sabem de tudo, mas cadê a ação?", questiona o major Nascimento, comandante da Polícia Militar Ambiental de Rondônia. "Essa situação aqui só será resolvida em conjunto com outras forças militares", admite o major. Foi o que aconteceu no Estado do Pará, em novembro passado, na chamada Operação Paz no Campo, quando uma ação envolvendo o Exército, as polícias civil e militar e a Polícia Federal desocuparam um acampamento da LCP na Fazenda Fourkilha, no sul do Estado. Com dois helicópteros, 200 homens e 40 viaturas, a força-tarefa cercou o local, prendeu cerca de 150 militantes e recolheu um verdadeiro arsenal de guerra. "Precisamos da mão forte do Estado. Aqui somos tratados como cidadãos marginais", emenda o fazendeiro Sebastião Conte.
Documentos em poder de ISTOÉ comprovam que as autoridades federais têm feito ouvidos de mercador para o problema. No dia 11 de janeiro de 2008, o ouvidor agrário do governo federal, desembargador Gercino José da Silva Filho, acusou o recebimento das denúncias encaminhadas a ele sobre as ilegalidades cometidas por integrantes da Liga dos Camponeses Pobres. Mais uma vez, nada foi feito. "Eles dizem que sabem de tudo, mas cadê a ação?", questiona o major Nascimento, comandante da Polícia Militar Ambiental de Rondônia. "Essa situação aqui só será resolvida em conjunto com outras forças militares", admite o major. Foi o que aconteceu no Estado do Pará, em novembro passado, na chamada Operação Paz no Campo, quando uma ação envolvendo o Exército, as polícias civil e militar e a Polícia Federal desocuparam um acampamento da LCP na Fazenda Fourkilha, no sul do Estado. Com dois helicópteros, 200 homens e 40 viaturas, a força-tarefa cercou o local, prendeu cerca de 150 militantes e recolheu um verdadeiro arsenal de guerra. "Precisamos da mão forte do Estado. Aqui somos tratados como cidadãos marginais", emenda o fazendeiro Sebastião Conte.
by IstoÉIndependente
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
Num passado nem tão pretérito assim.... by Deise
GUERRILHA EM RONDÔNIA?
LCP fecha ponte do rio Jaru para reivindicar anulação de reintegração de posse do assentamento Canaã
Um grupo de integrantes do movimento Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia (LCP-RO) interditaram na madrugada desta segunda-feira (19)
Um grupo de integrantes do movimento Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia (LCP-RO) interditaram na madrugada desta segunda-feira (19) a ponte sobre o rio Jaru para reivindicar a anulação do mandado de Reintegração de Posse do assentamento Canaã, no município de Ariquemes. Membros da União Nacional dos Caminhoneiros do Brasil (Unicam) também aderiram ao manifesto para protestar contra as péssimas condições da rodovia federal BR-364.
A interdição teve início por volta das 4h30 horas desta segunda e os manifestantes fizeram uma espécie de barreira de pneus nas duas cabeceiras da ponte e atearam fogo. Legumes, frutas e cereais também foram utilizados na barreira como forma de mostrar que a área onde vivem cerca de 600 pessoas de 126 famílias, e que está para ser reintegrada, é produtiva.
No início nem pedestres passavam pelo local, mas depois de conversa com o Comando da Polícia Militar, o trânsito foi interditado apenas para veículos. A Polícia Rodoviária Federal também está no local.
O motivo do manifesto seria por causa de um mandado de Reintegração de Posse expedido pelo juiz José Augusto Alves Martins da Comarca de Ariquemes que determina novo despejo para os camponeses da Área Canaã, que deveria ser cumprido nesta segunda-feira. Os manifestantes alegam que moram no local desde 2001 e que quando lá chegaram só havia plantações de cacau abandonadas e carreadores de madeireiros.
Os manifestantes alegam ainda que o Incra já teria realizado vistoria na propriedade rural e comprovado que era área improdutiva e inadimplente. Desde então os membros da LCP sofreram vários despejos, mas sempre retornando ao local, onde há residências, roças e criações variadas. Segundo eles a produção de alimentos na área é grande, sendo o maior produtor de banana de Rondônia.
Os manifestantes declararam que o manifesto vem sendo realizado de forma pacífica e que só desocupam a ponte após serem ouvidos por autoridades competentes e que estão decididos, não sairão de suas terras e estão dispostos a defendê-las até as últimas consequências e que qualquer conflito que ocorrer no local será de inteira responsabilidade do juiz de Ariquemes.
Postado por CSIE - ESG
LCP fecha ponte do rio Jaru para reivindicar anulação de reintegração de posse do assentamento Canaã
Um grupo de integrantes do movimento Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia (LCP-RO) interditaram na madrugada desta segunda-feira (19)
Um grupo de integrantes do movimento Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia (LCP-RO) interditaram na madrugada desta segunda-feira (19) a ponte sobre o rio Jaru para reivindicar a anulação do mandado de Reintegração de Posse do assentamento Canaã, no município de Ariquemes. Membros da União Nacional dos Caminhoneiros do Brasil (Unicam) também aderiram ao manifesto para protestar contra as péssimas condições da rodovia federal BR-364.
A interdição teve início por volta das 4h30 horas desta segunda e os manifestantes fizeram uma espécie de barreira de pneus nas duas cabeceiras da ponte e atearam fogo. Legumes, frutas e cereais também foram utilizados na barreira como forma de mostrar que a área onde vivem cerca de 600 pessoas de 126 famílias, e que está para ser reintegrada, é produtiva.
No início nem pedestres passavam pelo local, mas depois de conversa com o Comando da Polícia Militar, o trânsito foi interditado apenas para veículos. A Polícia Rodoviária Federal também está no local.
O motivo do manifesto seria por causa de um mandado de Reintegração de Posse expedido pelo juiz José Augusto Alves Martins da Comarca de Ariquemes que determina novo despejo para os camponeses da Área Canaã, que deveria ser cumprido nesta segunda-feira. Os manifestantes alegam que moram no local desde 2001 e que quando lá chegaram só havia plantações de cacau abandonadas e carreadores de madeireiros.
Os manifestantes alegam ainda que o Incra já teria realizado vistoria na propriedade rural e comprovado que era área improdutiva e inadimplente. Desde então os membros da LCP sofreram vários despejos, mas sempre retornando ao local, onde há residências, roças e criações variadas. Segundo eles a produção de alimentos na área é grande, sendo o maior produtor de banana de Rondônia.
Os manifestantes declararam que o manifesto vem sendo realizado de forma pacífica e que só desocupam a ponte após serem ouvidos por autoridades competentes e que estão decididos, não sairão de suas terras e estão dispostos a defendê-las até as últimas consequências e que qualquer conflito que ocorrer no local será de inteira responsabilidade do juiz de Ariquemes.
Postado por CSIE - ESG
A interdição teve início por volta das 4h30 horas desta segunda e os manifestantes fizeram uma espécie de barreira de pneus nas duas cabeceiras da ponte e atearam fogo. Legumes, frutas e cereais também foram utilizados na barreira como forma de mostrar que a área onde vivem cerca de 600 pessoas de 126 famílias, e que está para ser reintegrada, é produtiva.
No início nem pedestres passavam pelo local, mas depois de conversa com o Comando da Polícia Militar, o trânsito foi interditado apenas para veículos. A Polícia Rodoviária Federal também está no local.
O motivo do manifesto seria por causa de um mandado de Reintegração de Posse expedido pelo juiz José Augusto Alves Martins da Comarca de Ariquemes que determina novo despejo para os camponeses da Área Canaã, que deveria ser cumprido nesta segunda-feira. Os manifestantes alegam que moram no local desde 2001 e que quando lá chegaram só havia plantações de cacau abandonadas e carreadores de madeireiros.
Os manifestantes alegam ainda que o Incra já teria realizado vistoria na propriedade rural e comprovado que era área improdutiva e inadimplente. Desde então os membros da LCP sofreram vários despejos, mas sempre retornando ao local, onde há residências, roças e criações variadas. Segundo eles a produção de alimentos na área é grande, sendo o maior produtor de banana de Rondônia.
Os manifestantes declararam que o manifesto vem sendo realizado de forma pacífica e que só desocupam a ponte após serem ouvidos por autoridades competentes e que estão decididos, não sairão de suas terras e estão dispostos a defendê-las até as últimas consequências e que qualquer conflito que ocorrer no local será de inteira responsabilidade do juiz de Ariquemes.
Postado por CSIE - ESG
Abril de 2012
PROFESSOR DA LCP É
ASSASSINADO EM BURITIS
POLÍCIA APREENDE MATERIAL COM TÁTICAS DE GUERRILHA
As Polícias Civil e Militar de Buritis foram acionadas na manhã de ontem (10) a comparecerem na linha 03, distrito de Jacinópolis, pois lá havia um cadáver próximo a uma ponte, ao chegarem no local os policiais identificaram a vítima por nome Renato Nathan Gonçalves Pereira, 28 anos, morto com três tiros na cabeça, e na cintura havia uma trena e um GPS de última geração, no bolso de suas vestes foi encontrado um rascunho escrito em código a pauta de uma reunião do movimento camponês LCP, nele tinha a apresentação de objetivos sendo um deles o adestramento “AD das massas”, ou seja seria um treinamento aos camponeses durante uma invasão e até mesmo como se comportar na cadeia em caso de prisão, também foi citado orientações sobre a resistência à desocupação na fazenda Canaã, em Jaru.
No próprio local foi iniciado as investigações sobre o crime, os policiais chegaram até a residência da vítima que fica na BR 421, distante 6 Km de Jacinópolis, e lá descobriram um farto material didático com instruções de táticas de guerrilha, uma farda da força aérea americana e outra do exército Boliviano, impressos e jornais da Liga dos Camponeses Pobres – LCP que incitam a invasão de terras.
Com base em todo o material apreendido a polícia conclui que Renato era um dos articuladores da LCP, tanto que tinha o apelido de “professor”, a referência segundo a polícia é que ele tinha a missão de doutrinar e organizar um suposto grupo comunista de guerrilha revolucionária inspirado nas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – FARC. Clique aqui e entenda a origem da FARC.
Através do belo trabalho integrado entre a Polícia Civil e Militar foi descoberto que vizinho ao sítio de Renato morava Sebastião Cícero Sousa e Silva, vulgo Tiãozinho que foi morto na chacina da última semana na linha C-34 em Buritis.
Somente neste ano foram registrados 22 homicídios na região de Buritis e segundo a polícia mais de 80% dos casos estão ligados à LCP, as investigações sobre este caso prossegue e prisões podem ocorrer a qualquer momento, informou o Delegado de Policia Civil de Buritis Dr. Lucas, “Onde existe a presença da LCP os índices de criminalidades são alarmantes” disse o Comandante do 7°Batalhão BPM Tenente Coronel Ênedy que também esteve em Buritis durante a apreensão do material, para o Coronel existe grande armamento na região e que a entrada dessas armas se dá pela fronteira com a Bolívia, “Isto é uma questão de perigo à segurança nacional, pois envolve fronteiras” Disse Ênedy.
Fonte: RONDONIA VIP
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by anovademocracia.com.br
Está tudo podre por trás da maquiagem petista
A estabilidade do oportunismo petista na cabeça do velho Estado semifeudal e semicolonial brasileiro está cada dia mais próxima do ocaso. E não por causa do show de denúncias de corrupção que a extrema direita e seus veículos de imprensa promovem aos borbotões, possibilitando que PT e congêneres se aproveitem para levantar a bandeira do "perigo de golpe", que ainda é capaz de mobilizar incautos.
O fato é que as incontáveis manobras marqueteiras acerca das "realizações" de Luiz Inácio e Rousseff já não dão conta de encobrir a real situação do país e do povo brasileiro, acossado pela crise geral de superprodução relativa do capital cada vez mais profunda, embora ainda não tenha se manifestado de maneira tão dramática quanto na Europa.
De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal, do IBGE, a produção industrial recuou 0,6 % em novembro, em relação a outubro; e 1 %, se comparada a novembro de 2011. De janeiro a novembro de 2012, a produção foi reduzida em 2,6 %, voltando aos patamares de 2009, quando houve recessão.
Considerando que a previsão de crescimento do PIB para 2012 era de pífio 1% (especialistas duvidam que tenha chegado a tanto), é fácil perceber a aposta do gerenciamento oportunista nos setores extrativista e agrícola para sustentar a propaganda de crescimento, ainda que seja falsa.
Mas a situação é muito pior que essa.
Como para o oportunismo "imagem é tudo", visando dar um freio no Índice de Preços ao Consumidor-Ampliado, usado para o cálculo da inflação, Dilma mexeu os pauzinhos para que as prefeituras de Rio de Janeiro e São Paulo não autorizassem reajustes nos transportes públicos em janeiro. No Rio a passagem passaria de R$ 2,75 para 3,05, e desde novembro estudantes e trabalhadores já protestavam nas ruas. E como em toda propaganda enganosa, a letra miúda já decretou a efetivação desses aumentos para o final do primeiro semestre.
Mas mesmo sem isso a vida das massas trabalhadoras já beira o insuportável. O Dieese, em recente pesquisa, apontou que o preço da cesta básica aumentou acima da inflação em 10 capitais, sendo que em todo o país o preço subiu. Em Recife, o reajuste foi de 15,26 %.
Para sustentar a contra-propaganda do governo de que a economia vai bem e de que parte da população saiu da pobreza, os brasileiros são cada vez mais estimulados a comprar, se endividando até os cabelos e, conseqüência natural, não conseguindo pagar suas contas. Dados da empresa Serasa-Experiam, de início de janeiro de 2013, apontam que a inadimplência cresceu 15% em 2012, comparado com 2011, entre as pessoas físicas.
Na surdina, o PT e seus aliados promoveram em 2012 e certamente aprofundarão em 2013, uma contra-reforma trabalhista que retirou direitos e desregulamenta milhões de empregos, meteu a mão, mais uma vez, na previdência dos trabalhadores e diminuiu o rendimento da poupança (única alternativa para poucos que conseguem poupar), entre outros ataques.
Para "ajudar", a Confederação Nacional da Indústria entregou ao Palácio do Planalto um rol de "101 medidas para modernização trabalhista". Como era de se esperar, o documento já está redigido na forma de projetos de emenda constitucional, projetos de lei, revisões de súmulas do TST, etc., bastando ao gerenciamento petista dar início aos trâmites. Tudo visando reduzir salários, direitos e garantias, precarizar e piorar condições de trabalho, tudo tratado como "modernização", em substituição às "irracionalidades" vigentes.
A par disso, o povo brasileiro precisa viver com o aumento da violência estatal (militar e para-militar), a criminalização das suas estratégias de sobrevivência (como o comércio ambulante), o encarceramento em massa da população mais pobre, a especulação imobiliária desenfreada até mesmo nas favelas, etc.
Tudo isso conduzido por um governo que se diz dos trabalhadores e que se propõe reescrever a história com a sua versão dos fatos, secundado por centrais sindicais e "movimentos sociais" chapa branca, patrocinado por empreiteiras, bancos e demais monopólios, que viram as portas do país abertas de par em par para que extraíssem até a última gota de sangue de nosso povo.
Resulta claro que não existe democracia para o povo. Somente com duro combate dos setores mais classistas e combativos, derrotando o oportunismo e apontando o caminho democrático-revolucionário, o proletariado e as massas trabalhadoras do campo e da cidade serão capazes de libertar sua força revolucionária e destruir esse atual estado de coisas.
by anovademocracia.com.br
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Meus achados.
5º Congresso da LCP de Rondônia: "Guerrilheiros" da LCP tomam as ruas de Porto Velho |
Mário Lúcio de Paula | Paulo Prudêncio |
A Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia (LCP-RO) realizou nos dias 22 e 23 de agosto o seu 5º Congresso. Mil vezes atacada pelo latifúndio, odiada e temida pelas classes reacionárias, difamada pela imprensa monopolista que a acusa de "organização guerrilheira" e "subversiva", a LCP reuniu mais de 400 camponeses e apoiadores da Revolução Agrária que tomaram as ruas da capital Porto Velho em uma demonstração de vigor, massividade e disposição de luta. AND publica com exclusividade o relato deste Congresso, rompendo o silêncio sepulcral da imprensa venal de Rondônia e nacional, que preocupada em mentir e atacar a luta camponesa, se cala diante da força e organização das massas dirigidas pela LCP.
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