quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Relatos de terror

 

Documento encontrado no acervo de Prestes traz, além da lista de 233 torturadores, descrições de sequestros, falsos suicídios e ligações de grupos paramilitares clandestinos com milícia argentina

 
  • O relatório da IV Reunião Anual do Comitê de Solidariedade aos Revolucionários do Brasil, preparado por presos políticos no início da década de 1970, conta com detalhes vários episódios ocorridos durante o regime militar naquele período. Além de identificarem 233 torturadores, há capítulos dedicados aos “desaparecidos políticos”, à “farsa dos suicídios” e ao “braço clandestino da repressão” – com direito a descrições minuciosas de sequestros e sessões de tortura.
    O documento começa contando casos de militantes que desapareceram misteriosamente - ressaltando que, em 1976, as táticas tinham mudado. Até então, a vítima chegava a comparecer aos órgãos de repressão antes de “desaparecer”; mas, a partir daquele ano, os militantes não seriam mais vistos “por outros presos, fazendo crer que tenham sido torturados até a morte em localidades de endereço ainda não conhecidos pela opinião pública nacional”.
    Em 1975, um jornalista, depois de ter sido preso e torturado, resolveu denunciar à imprensa os maus tratos que sofrera. Dias depois, recebeu uma carta, feita por um grupo autointitulado “braço clandestino da repressão”, contendo uma série de ameaças a ele e sua família, incluindo o aviso: “você é um, nós somos milhares”.
    A suspeita, segundo os autores do relatório, é de que tal grupo de extermínio teria ligações com a sanguinária Aliança Anticomunista Argentina (AAA). Outra vítima foi o advogado e professor Afonso Celso Nogueira Monteiro, ex-vereador de Niterói e ex-deputado estadual do Rio, cujo sequestro e tortura são contados com riqueza de detalhes. Devido à repercussão de seu “desaparecimento”, Afonso acabou sendo libertado, e seu caso divulgado pelo comitê.
    Os autores do documento contam que venceram “obstáculos aparentemente intransponíveis” ao conseguirem se reunir pela quarta vez em quatro anos. A primeira reunião foi em fevereiro de 1973, quando elaboraram o primeiro relatório no qual constam 28 casos de presos políticos assassinados sob tortura, descrevendo os episódios “com minúcias”. A segunda, no ano seguinte, contou com revelações de “elementos [...] vinculados profissionalmente à máquina militar de sustentação do regime” – que, inclusive, ajudaram a levantar os primeiros nomes de torturadores. Já o terceiro relatório, de 1975, fala das tentativas de camuflar ações repressivas do regime – a partir de sequestros, assassinatos e desaparecimento de cadáveres.

    Confira abaixo o relatório completo.





  • Fonte: História do Brasil por quem mais entende do assunto

A lista dos acusados de tortura

 

by Alice Melo e Vivi Fernandes de Lima


Dos papéis de Luiz Carlos Prestes consta um relatório do Comitê de Solidariedade aos Revolucionários do Brasil, de 1976. O documento traz uma lista de 233 torturadores feita por presos políticos em 1975


  • O acervo pessoal de Luiz Carlos Prestes, que será doado por sua viúva, Maria Prestes, ao Arquivo Nacional, traz entre cartas trocadas com os filhos e a esposa, fotografias e documentos que mostram diferentes momentos da história política do Brasil. Entre eles, o “Relatório da IV Reunião Anual do Comitê de Solidariedade aos Revolucionários do Brasil”, datado de fevereiro de 1976.
    Neste período Prestes vivia exilado na União Soviética e, como o documento não revela quem são os membros deste Comitê, não se pode afirmar que o líder comunista tenha participado da elaboração do relatório. De qualquer forma, é curioso encontrá-lo entre seus papéis pessoais.
    O documento é dividido em seis capítulos, entre eles estão “Mais desaparecidos”, “Novamente a farsa dos suicídios”, “O braço clandestino da repressão” e “Identificação dos torturadores”, que traz uma lista de 233 militares e policiais acusados de cometer tortura durante a ditadura militar. Esta lista foi elaborada em 1975, por 35 presos políticos que cumpriam pena no Presídio da Justiça Militar Federal. Na ocasião, o documento foi enviado ao presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Caio Mário da Silva Pereira, mas só foi noticiado pela primeira vez em junho de 1978, no semanário alternativo “Em Tempo”. Segundo o periódico, “na época em que foi escrito, o documento não teve grandes repercussões, apenas alguns jornais resumiram a descrição dos métodos de tortura”. O Major de Infantaria do Exército Carlos Alberto Brilhante Ustra é o primeiro da lista de torturadores, segundo o relatório. A Revista de História tentou ouvi-lo, mas segundo sua esposa, Joseita Ustra, ele foi orientado pelo advogado a não dar entrevista. “Tudo que ele tinha pra dizer está no livro dele”, diz ela, referindo-se à publicação “A verdade sufocada: a história que a esquerda não quer que o Brasil conheça” (Editora Ser, 2010).
    A repercussão da lista em 1978
    A Revista de Históriaconversou com um jornalista que integrava a equipe do “Em Tempo”. Segundo a fonte – que prefere não ser identificada – a redação tinha um documento datilografado por presos políticos. Era uma “xerox” muito ruim do texto, reproduzido em uma página A4. Buscando obter mais informações sobre o documento, os jornalistas chegaram ao livro “Presos políticos brasileiros: acerca da repressão fascista no Brasil” (Edições Maria Da Fonte, 1976, Portugal). Depois desta lista, o “Em Tempo” publicou mais duas relações de militares acusados de cometerem tortura.
    Na época, a tiragem do semanário era de 20 mil exemplares, rapidamente esgotada nas bancas, batendo o recorde do jornal. A publicação fechou o tempo para o jornal, que sofreu naquela semana dois atentados. A sucursal de Curitiba foi invadida e pichada. Na parede, os vândalos deixaram a marca em spray “Os 233”. O outro atentado aconteceu na sucursal de Belo Horizonte: colocaram ácido nas máquinas de escrever. Na capital mineira, a repercussão foi maior porque os militantes de esquerda saíram em protesto a favor do jornal. O próprio “Em Tempo” publicou esses dois casos, com fotos.
    Os autores da lista
    As assinaturas dos 35 que assumem a autoria também foram publicadas no “Em Tempo”. Hamilton Pereira da Silva é um deles. O poeta – conhecido pelo pseudônimo Pedro Tierra e hoje Secretário de Cultura do Distrito Federal – fez questão de conversar com a Revista de História sobre o assunto, afirmando que a lista não foi fechada em conjunto. Os nomes e funções dos torturadores do documento teriam sido informados pelas vítimas da violência militar em momentos distintos de suas vidas durante o cárcere.
    “Essas informações saíam dos presídios por meio de advogados ou familiares. A esquerda brasileira, neste período, não era unida, era formada por vários grupos isolados, que não tinham muito contato entre si por causa da repressão”, conta Tierra. “Quando a lista foi publicada no ‘Em Tempo’, eu já estava em liberdade. Sei que colaborei com dois nomes: o major, hoje reformado, Carlos Alberto Brilhante Ustra, e o capitão Sérgio dos Santos Lima – que torturava os presos enquanto ouvia música clássica”.
    Hamilton lembra ainda que, após a publicação da lista no periódico, a direita reagiu violentamente realizando ataques a bomba em bancas de jornal e até uma bomba na OAB, além de ameaças à sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI).
    Em 1985, já em tempos de abertura política, a equipe do projeto Brasil: Nunca mais divulgou uma lista de 444 nomes ou codinomes de acusados por presos políticos de serem torturadores. Organizado pela Arquidiocese de São Paulo, o trabalho se baseou em uma pesquisa feita em mais de 600 processos dos arquivos do Superior Tribunal Militar de 1964 a 1979. Os documentos estão digitalizados e disponíveis no site do Grupo Tortura Nunca Mais.
    Entre os autores da lista de acusados de tortura feita em 1975, além de Hamilton Pereira da Silva, estão outros ex-presos políticos que também assumem cargos públicos, como José Genoino Neto, ex-presidente do PT e assessor do Ministério da Defesa, e Paulo Vanucchi, ex-ministro dos Direitos Humanos e criador da comissão da verdade. Os outros autores da lista são: Alberto Henrique Becker, Altino Souza Dantas Júnior, André Ota, Antonio André Camargo Guerra, Antonio Neto Barbosa, Antonio Pinheiro Salles, Artur Machado Scavone, Ariston Oliveira Lucena, Aton Fon Filho, Carlos Victor Alves Delamonica, Celso Antunes Horta, César Augusto Teles, Diógenes Sobrosa, Elio Cabral de Souza, Fabio Oascar Marenco dos Santos, Francisco Carlos de Andrade, Francisco Gomes da Silva, Gilberto Berloque, Gilney Amorim Viana,Gregório Mendonça, Jair Borin, Jesus Paredes Soto, José Carlos Giannini, Luiz Vergatti, Manoel Cyrillo de Oliveira Netto, Manoel Porfírio de Souza, Nei Jansen Ferreira Jr., Osvaldo Rocha, Ozeas Duarte de Oliveira, Paulo Radke, Pedro Rocha Filho, Reinaldo Moreno Filho e Roberto Ribeiro Martins.

    A seguir, a reprodução de parte do “Relatório do Comitê de Solidariedade aos Revolucionários do Brasil”, com as páginas que trazem os 233 nomes dos acusados de praticarem tortura direta ou indiretamente.




Tudo Juntö & Misturado. by Deise

 Eis que chega 2012. Eu vi. vim e Venci.
 Meus novos companheiros de Casa & Cruz 
 Sai prá la. eu cheguei primeiro... folgado.
 Oi Tata... 
 Ainda bem que o joelho é recapado... 



                                               Sempre tentando pegar o time.
                                Varias tentantivas se fizeram..
                                                               Registrando a Visita
Pendurando uma colcha nos dias entre natal e ano Novo.
O inchaço das praias no verão é de matar quem optou por ser morador. A vida vira um inferno: filas, preços abusivos, sujeira, estress com nossos animais, tranqueira nas ruas e estradas.
Tem os que ficam os " zóio" dentro das casas.
Odeio  não saber quem esta olhando para cá.
Nas temporadas não arrisco, pois nao conheço quem é quem.
Ok. tem a minha paranóia.
Mas como ja disse, ela, a paranoia,
 pode me garantir uma vida mais longa...
                        Berenice avisando que algo tinha ali.. 
 Dias de chuva..e mais chuva.. 
 Enquanto Berenice trabalha... "Amigo" dorme... Novas....
 Tata... vem cá... tem algo nao legal aqui fora...
E tinha... um filhotinho de cobra mateira.
cuja maquina esta com a vizinha e a foto, pois quis mostrar.
Quando pegar a maquina hoje posto a foto.
Berenice é valente. E não dorme em serviço... 
 Mike visitando, e querendo pegar a Berenice... 
 Tá, nao deixa casar então... mas deixa eu pegar ela..
Mike é Ninja.. Escala o muro e se ele quer sair, sai.
Odeia ficar preso.
E eu brigo com a dona dele para nao prender.
Sem sombra de duvida, é o chefe da quadrilha...
Só ensina coisas que não deve. Eles cavam buracos gigantes em meu pátio. Deduzo que é um túnel.
Enquanto não sei onde eles querem chegar, uso os buracos como armadilhas.
Se  cairem com um pé ali,  quebram o pé.Na verdade acima da canela. Dá fratura exposta..
E pensando bem, são bons  meninos na verdade, bons meninos...
É so entender a lingua deles.
Junto a "Biscatinha"... que não perde em nada pra ele...
Imaginem o porque do nome dela.
                                                   na na ni na não, Mr. Mike...
                                 Enquanto isso, eu cresço..
... porque eu sou só um "mininu"... 
 Comentando a nova vida.
E muito ainda há que aprender. 
                                                     Virada 2012
                                       E na Ilha a gente se acostuma com elas...
                                        e com todos...
                                                                     Virada 2011
                                         Encerrando  com chave de ouro
                                             De todos, talvez o melhor.
                          Foi o último em "The Family".
                                         Teremos sempre boas lembranças
 Chega um dia que a gente se dá conta,
que a Estrada realmente tem um fim.

E ninguem escapa de prestar contas...

Enfim... começo a encontrar minha recompensa. by Deise

by Daltro Halla


INCOERÊNCIA
Incompreensível, quase inacreditável é a reação frente à inércia e apatia da sociedade e seus líderes. Refiro-me a insana imunidade legal que eles próprios estabeleceram isentando, na prática, os jovens adolescentes de qualquer responsabilidade frente a todo e qualquer delito por eles praticados. Não dá para entender que em recente Audiência Pública respaldaram-se as barbáries que as legitima, conforme preceitua a lei que rege a maioridade penal. Concluíram de forma acadêmica e simplista que a solução para resolver os gravíssimos problemas como roubos, assaltos, estupros e assassinatos passe simplesmente pela ressocialização, sem qualquer punição que possa intimidar a incidência destes crimes. Ora, nada contra, mas os doutos legisladores parecem que vivem num mundo de fantasia... em outra realidade, conquanto tal pretensão exija, além de uma estrutura física altamente dispendiosa, sempre indisponível, resultados a longo prazo discutível. Tais quais(?) as falaciosas leis que regulamentam Estatuto da Criança e do Adolescente, que deveriam protegê-los e assisti-los permanentemente. As emendas parlamentares engessam inviabilizando o país avançar socialmente. A verba destinada ao gasto publico e o voltado a educação encolheu e sete para 5% do PIB. E os teóricos adotam a retórica de criar centros de reabilitação? Pura utopia. De onde acham que vão tirar tais recursos. Mais tributos? O que se necessita é mais rigor criando, isto sim, reformatórios austeros e que também recuperem, garantindo ao mesmo tempo tranquilidade a uma sociedade,que hoje vive insegura e sobressaltada.
Que faremos pela proposta em curso, neste longo período de ressocialização sugerida, frente ao incremental recrudescimento do crime? Deixaremos está juventude criminosa prosseguir e valerem-se de seu vandalismo irrefreado, cometendo atos delituosos com requintes de crueldade cada vez maior? Assim agem na certeza da impunidade e reincidem em sucessivas ações criminosas frente à uma polícia e sociedade impotentes, que inertes nada podem fazer devido suas próprias omissões e negligências.

FONTE: MM

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