segunda-feira, 3 de maio de 2021

Acusados de Pedofilia impõem terror e silêncio no Amazonas

Por Kátia Brasil
06/03/2014
A recente passagem da CPI da Pedofilia da Câmara Federal pelo Amazonas revelou que os políticos, empresários, comerciantes e servidores públicos, todos acusados de suposto envolvimento em crimes de abusos sexuais contra crianças e adolescentes nas cidades de Manaus e Coari, estão utilizando de artifícios como ameaças de morte a uma delegada, intimidações às vítimas, compra do silêncio de testemunhas, sumiço de processos, vazamentos de informações e até saques milionários para pagamentos de soltura no intuito de se manterem na impunidade. O cenário das investigações é de terror.

Em Manaus, 20 pessoas, entre eles, o deputado estadual Fausto Souza e irmão do deputado federal Carlos Souza, ambos do PSD, o ex-prefeito do município Jutaí, Asclepíades da Costa (PR), os empresários Waldery Areosa Ferreira, do ramo de educação e turismo, e o empresário do setor de transportes José Roberto Afonso (veja correção abaixo), além de agenciadores de meninas, são réus em uma ação resultada da Operação Estocolmo da Polícia Civil, realizada em 2012. A operação desmontou um esquema de corrupção de menores, favorecimento à prostituição infantil, estupro de vulnerável e rufianismo, que é a obtenção de lucro mediante exploração sexual.

Depois de obter a liberdade por cinco anos e se beneficiar da morosidade do trâmite das ações na Justiça do Amazonas, o prefeito de Coari, Adail Pinheiro (PRP), amplamente apoiado pelo PT, PMDB e PSD, e mais cinco servidores de confiança estão presos há 17 dias em Manaus por acusações de lideraram na cidade um esquema de favorecimento à prostituição infanto-juvenil. O esquema de abusos de menores foi revelado pela Operação Vorax da Polícia Federal, em 2009, durante investigações de desvio de dinheiro público do município pobre de 80 mil habitantes, mas que recebe royalties, R$ 82,5 milhões só em 2013, pela produção de gás natural na região.

Ameaças e compra de testemunhas

Na sexta-feira (21), durante reunião com a presidente da CPI, deputada Érika Kokay (PT-DF), o procurador geral de Justiça, Francisco Cruz, afirmou que a delegada Linda Glaucia de Moraes, que coordena as investigações da Operação Estocolmo, está recebendo ameaças de morte. Ele disse também que a investigação detectou pagamentos para testemunhas mudarem os depoimentos.

“Estamos investigando informações de que a delegada Linda Glaucia está sofrendo ameaças de pessoas influentes. Se confirmar isso, vou requerer prisão preventiva dessas pessoas. Recebemos também informações de depósito bancários para que, possivelmente, testemunhas desfaçam seus depoimentos. Estou analisando e não posso dar mais detalhes pelo segredo da investigação”, afirmou Cruz, destacando que 20 denunciados da Estocolmo serão ouvidos num único dia. “Eu irei fazer essa audiência para imprimir ritmo de celeridade e buscar uma resposta de uma maneira mais efetiva”.

Saques milionários

O procurador geral de Justiça trouxe informações ainda mais preocupantes das investigações com relação ao prefeito Adail Pinheiro. Segundo Francisco Cruz, nas contas bancárias da Prefeitura de Coari (a 370 quilômetros de Manaus) foram detectados saques milionários para iniciar “uma operação de soltura” do prefeito.

“Na semana passada recebemos a informação de saques vultosos das contas (da Prefeitura) de Coari. Pessoas estariam trazendo valores altos para iniciar uma operação de soltura do prefeito de Coari. Adotamos uma providência e monitoramos o aeroporto e os barcos. Não conseguimos pegar essas pessoas que estariam vindo com o dinheiro, inclusive, dentro de mochilas”, afirmou o procurador Francisco Cruz.

Ele disse que o Ministério Público tentou fazer escutas telefônicas autorizadas pela Justiça nos telefones das pessoas que traziam as remessas de dinheiro para a operação de soltura de Pinheiro, mas os promotores descobriam que o grupo passou a usar rádios transmissores para driblar a investigação.

“Nós entramos com o pedido de escuta também, mas depois disso, não sabemos se houve vazamento. As informações que nos chegaram é que eles não estão usando mais telefones, estão usando rádios transmissores. Então é um confronto de pessoas poderosas, acostumadas com a impunidade. De pessoas que tinham a certeza da impunidade, mas agora o cenário está mudando, estamos com duas prisões preventivas”, afirmou o procurador geral de Justiça, Francisco Cruz.

Sumiço de processo

Ainda na reunião no Ministério Público Estadual, a presidente da CPI da Pedofilia (Comissão Parlamentar de Inquérito que apura denúncias de Turismo Sexual e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes), Érika Kokay, revelou um fato inusitado sobre as diligências na quinta-feira (20) no município de Coari. O processo (nº 0004800-98.2014.8.04.0000) que envolve o prefeito Adail Pinheiro em crime de favorecimento à prostituição contra menores do município, aberto em 2008, e que era dado como sumido pela fiscalização do Conselho Nacional de Justiça, foi encontrado na Justiça Federal de Roraima.

Kokay recebeu informações do reaparecimento do processo do presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas, desembargador Ari Moutinho, que havia negado durante as duas diligências da CPI no Amazonas, em 2013. O processo em questão se resume em dois envelopes contendo fitas de áudio e CDs com as seguintes frases: “Garotas a Mega Model” ou “Garotas do Fabinho”. Os documentos estavam há 50 dias Justiça Federal de Roraima parado. Antes tramitou em Brasília e, em Tefé (município próximo a Coari).

“Fabinho” é o apelido de Fábio Souza de Carvalho, um dos 23 presos da Operação Vorax em 2008 quando a PF apurou um esquema de fraudes em licitações de mais de R$ 50 milhões na administração de Pinheiro. De acordo com as investigações, Fábio Souza de Carvalho era o proprietário da agência Mega Models, em Manaus. Escutas telefones revelaram conversas entre ele e Adriano Salan, homem de confiança do prefeito, para contratação de meninas.

A deputada Érika Kokay disse que com o reaparecimento dos documentos da Operação Vorax, agora, Adail Pinheiro é acusado em seis processos de abusos contra menores, sendo cinco de favorecimento à prostituição infantil e um de estupro de vulnerável. Os julgamentos dos processos estão previstos para o segundo semestre deste ano. “O presidente do Tribunal (Ari Moutinho) nos disse que foi houve um equívoco o processo ser remetido para Roraima. O erro foi detectado e o processo resgatado”, afirmou a parlamentar.

Suspeição de magistrados

Há 17 dias, Adail Pinheiro cumpre duas prisões preventivas por determinação do Tribunal de Justiça do Amazonas. A primeira ocorreu no dia 08 por ordem do desembargador Djalma Martins da Costa em ação penal proposta pelo pedido do Ministério Público Estadual.
Desembargadores do TJ receberam orientação do Conselho Nacional de Justiça (Foto: Divulgação TJ-AM)

Antes, o Conselho Nacional de Justiça já tinha aberto sindicância para investigar a morosidade em ações que tramitavam no tribunal, envolvendo o prefeito. No dia 18 deste mês, na antevéspera da chegada da CPI da Pedofilia, o desembargador e relator do processo criminal deixou o caso justificando suspeição, sem condições de apreciar a ação. Outros dois magistrados se negaram a assumir o caso. O processo (nº. 0003606-63.2014.8.04 .0000) em segredo de justiça e indisponível para leitura, está sem relator.

“O presidente do Tribunal (Ari Moutinho) diz que foi é uma questão de foro íntimo. Mas, isso indica o nível de influência e ramificação do seu Adail. Uma pessoa com esse nível de denúncias, estando presa e com evidência de que é um criminoso, é uma pessoa que construiu uma rede de retaguarda. Ele não é o único culpado, temos pessoas que representam instituições e que alimentam essa teia de impunidade”, disse Kokay.

A segunda prisão preventiva do prefeito Adail Pinheiro foi decretada pelo desembargador Rafael Romano, especialista no direito das crianças e adolescentes, com base no processo (nº. 0007428-94.2013.8.04 .0000) que envolve o prefeito em acusação de crime de favorecimento à prostituição. A investigação foi aberta durante a Operação Vorax da Polícia Federal, em 2008. Em 2009 o prefeito foi preso, mas ganhou uma liminar do Supremo Tribunal Federal, o que lhe garantiu a liberdade por cinco anos.

No dia 14 último, o ministro Roberto Barros cassou o habeas corpus de Pinheiro e recomendou a decretação novamente da prisão do prefeito, o que Romano acatou. Agora, o desembargador enfrenta a reação da defesa do político que tenta afastar o magistrado do processo alegando impedimento e suspeição, mas não obtiveram sucesso ainda.

Terror em Coari
Membros da CPI da Pedofilia durante diligência em Coari (Foto: Alberto César Araújo/Aleam)

Para a deputada Érika Kokay, a prisão de Adail Pinheiro ainda não foi suficiente para restabelecer a democracia e a lei em Coari. Na quinta-feira (20) em diligência na cidade ela e a deputada Liliam Sá (Pros-RJ) ouviram depoimentos de nove pessoas ameaçadas de morte. A casa de um conselheiro tutelar foi alvejada por tiros.

“Temos um estado de terror estabelecido no município de Coari. Nós ouvimos uma adolescente ameaçada, que teve que sair de sua cidade. E onde ela continua ameaçada onde está. Temos um conselheiro que está sendo ameaçado por parentes das pessoas que estão presas. São pessoas que têm medo de sair nas ruas. O que percebemos é o Estado Democrático de Direito ameaçado ou rasgado no município de Coari”, afirmou.

A deputada Érika Kokay pediu ao procurador geral de Justiça, Francisco Cruz, que ampliasse a justificativa de um pedido de intervenção no município de Coari, encaminhado ao Tribunal de Justiça do Amazonas pelo MPE na semana passada, para o afastamento de todo secretariado de Adail Pinheiro da prefeitura, inclusive com decretações de prisões. No pedido, o procurador-geral alegou que o prefeito Adail Pinheiro estava interferindo nos trabalhos do Conselho Tutelar.

“Me parece que o objetivo da intervenção é muito pontual, restrito. Nós temos secretários e grupos que se alimentam dos recursos da prefeitura, que ameaçam testemunhas e violam os direitos das crianças e dos adolescentes. Então há a necessidade de trabalharmos juntos nesse processo do MPE”, afirmou a deputada, que recebeu aval de Francisco Cruz para repassar as novas denúncias.

Regalias na prisão

Em 2009, o prefeito ficou preso no mesmo quartel (Foto: Alberto César Araújo)

O prefeito de Coari, Adail Pinheiro cumpre as duas prisões preventivas no Batalhão de Cavalaria da Polícia Militar, na zona oeste de Manaus, por medida de segurança a pedido da defesa dele. Como o portal Amazônia Real adiantou, ele divide a cadeia, com televisor e frigobar, com dois militares acusados de homicídio.

O almoço e jantar do prefeito são levados pela família de restaurantes. Também recebe visitas e usa celular. O Ministério Público Estadual já enviou dois promotores para investigar as denúncias. Mas, como o Batalhão é avisado antes da vistoria acontecer, os promotores só encontram o frigobar, que foi retirado da cela do prefeito. A reportagem apurou que Cao-Crimo (Coordenação da Promotoria de Combate ao Crime Organizado) ainda não foi requisitado por portaria do procurador geral de Justiça, Francisco Cruz, para investigar essas denúncias.

Segundo Érika Kokay, o esquema de Coari continua sendo comandado por Adail. “Como ele comando isso? A população já constatou que malas de dinheiro partem de avião do aeroporto de Coari. Então, a prisão não está sendo um elemento que impeça ele de comandar esse esquema”, disse.

Cobrança ao Amazonas

Durante as diligências em Coari, a deputada da CPI da Pedofilia, Érika Kokay, também confirmou que policiais militares estão ameaçando testemunhas, inclusive menores, e protegendo envolvidos nos crimes. Ela cobrou uma posição do governador Omar Aziz, líder do PSD no Norte. “O governador do Amazonas (Omar Aziz) poderia cumprir uma função mais efetiva e mais clara no enfrentamento a exploração sexual e a situação de Coari. As pessoas que estão ameaçadas serão ouvidas daqui a sete dias na Justiça, e elas relatam dificuldades de registrar ocorrências na polícia. Há muitas denúncias que muitos os boletins fiquem sem providência. Então tem uma falência do Estado, que envolve uma postura dos representantes do Estado com firmeza necessária”, disse a deputada Érika Kokay.

O Amazônia Real errou ao publicar nesta reportagem que o deputado estadual Adjuto Afonso (PP) é irmão do réu José Roberto Afonso no dia 24/02/2014. Segundo a assessoria de imprensa do deputado, não existe parentesco entre o parlamentar e o empresário. A informação errada foi retirada desta reportagem nesta quinta-feira, 06 de março de 2014. Comunicamos a correção do texto aos nossos leitores e republicadores.




Kátia Brasil é jornalista formada pela Faculdade de Comunicação e Turismo Hélio Alonso, no Rio de Janeiro, em 1990. Tem experiência em jornal, rádio, e TV em pautas investigativas de política, economia, direitos humanos e meio ambiente. Em março de 1990 mudou-se para a Amazônia. Em Roraima trabalhou nos jornais O Estado de Roraima e A Gazeta de Roraima, TV Educativa, e no O Globo. No Amazonas, onde reside, trabalhou no Amazonas Em Tempo, TV Cultura, O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo Entre os prêmios que ganhou está o Esso de Jornalismo Região Norte com reportagem “Bandeira do Brasil Hasteada na Fronteira”, publicada pelo jornal A Gazeta de Roraima. É cofundadora e editora-executiva da agência Amazônia Real. (katia@amazoniareal.com.br)

domingo, 2 de maio de 2021

Entrevista fictícia de Marcola, chefe máximo do PCC, ao jornalista Arnaldo Jabor: “estamos no inferno”


Numa entrevista fictícia o “capo” supremo do PCC, Marcola, diz profeticamente que não há mais solução para o problema chamado “Brasil”. Dante dizia: “Percam todas as esperanças. Estamos todos no inferno”.

Segue a entrevista irreal, mas mais real que nunca (as notas entre colchetes são minhas):

O Globo:
Você é do Primeiro Comando da Capital (PCC)?

Marcola: Mais que isso, eu sou um sinal dos novos tempos [anúncio profético; posicionamento de profeta]. Eu era pobre e invisível. Vocês nunca nos miraram durante décadas e antigamente era fácil resolver o problema da miséria. O diagnóstico era obvio: migração rural, desnível de renda, poucas favelas, discretas periferias. A solução nunca aparecia. Que fizeram? Nada. O Governo Federal alguma vez reservou algum dinheiro para os pobres? [há programas de distribuição de renda no Brasil que estão sendo citados pela ONU, mas a miséria, realmente, continua]. Nós somente éramos notícia nos escombros das favelas nas montanhas ou na música romântica sobre “a beleza dessas montanhas no amanhecer”; essas coisas... Agora estamos ricos com a multinacional da droga. E vocês estão morrendo de medo. Nós somos o início tardio da vossa consciência social.

O Globo: A solução seria...

Marcola: Solução? Não há solução, irmão. A própria ideia de “solução” já é um erro. Você já viu o tamanho das 560 favelas do Rio de Janeiro? Já andou de helicóptero sobre a periferia de São Paulo? Solução? Como? Isso só haveria com muitos milhões de dólares gastos organizadamente, com um governante de alto nível, uma imensa vontade política, crescimento econômico, revolução na educação, urbanização geral e tudo teria que ocorrer sob o comando de uma “tirania esclarecida” que sobrevoasse a paralisia burocrática secular, que passasse por cima do Legislativo cúmplice. E do Judiciário que impede punições. Teria que haver uma reforma radical do processo penal do país, teria que haver comunicações e inteligência entre as polícias municipais, estaduais e federais (nós fazemos dentro dos presídios até “conference call” entre os presidiários). E tudo isso custaria bilhões de dólares e implicaria uma mudança psicossocial profunda na estrutura política do país. Ou seja: é impossível. Não há solução.

O Globo: Você tem medo de morrer?

Marcola: Vocês são os que têm medo de morrer, eu não. Ou melhor, aqui no presídio vocês não podem entrar e me matar, porém, eu posso de dentro do presídio mandar matá-los aí fora. Nós somos homens-bombas. Nas favelas existem milhares de homens-bomba. Estamos no centro do insolúvel mesmo. Entre o bem e o mal, no meio, está a fronteira da morte, a única fronteira. Já somos uma nova “espécie”, já somos outros bichos, diferentes de vocês. A morte para vocês é um drama cristão, em uma cama, por um ataque cardíaco. A morte para nós é a comida diária, atirados [os corpos] em uma fossa comum. Vocês intelectuais não falam em luta de classes, de ser marginal, ser herói? Então, nós chegamos! Eu leio muito; li 3 mil livros e leio Dante, porém, meus soldados são estranhas anomalias do desenvolvimento errado do país. Não existem mais proletários, ou infelizes, ou explorados. Existe uma terceira coisa crescendo aí fora, cultivada no barro, educando-se no mais absoluto analfabetismo, diplomando-se nos presídios, como um monstro Alien escondido nos rincões da cidade. Já surgiu uma nova linguagem. Isso. É outra língua. Você está diante de uma espécie da post-miséria. A post miséria gera uma nova cultura assassina, ajudada pela tecnologia, satélites, celulares, internet, armas modernas. É a merda com chips, com megabytes.

O Globo: O que mudou nas periferias?

Marcola: Dinheiro. Agora nós temos dinheiro. Você acredita que quem tem 40 milhões de dólares, como o Beira Mar, não manda? Com 40 milhões de dólares a prisão se torna um hotel, um escritório. Qual é o policial que vai queimar essa mina de ouro. Entende? Nós somos uma empresa moderna, rica. Se o funcionário vacila, é despedido e “colocado no microondas” [daquele tipo que vimos no filme Tropa de Elite]. Vocês são o estado quebrado, dominado por incompetentes. Nós temos métodos ágeis de gestão. Vocês são lentos, burocráticos. Nós lutamos em terreno próprio. Vocês, em terra estranha. Nós não tememos a morte. Vocês morrem de medo. Nós estamos bem armados. Vocês têm um calibre 38. Nós estamos no ataque. Vocês na defesa. Vocês nos transformaram em “super stars” do crime. Nós temos vocês como palhaços. Nós somos ajudados pela população das favelas, por medo ou por amor. Vocês são odiados. Vocês são regionais, provincianos. Nossas armas e produtos vêm de fora, somos “globais”. Nós não nos esquecemos de vocês, são nossos “clientes”. Vocês nos esquecem quando passa o susto da violência que provocamos.

O Globo: Porém, que devemos fazer?

Marcola: Vou dar uma ideia para vocês, ainda que seja contrária aos meus interesses. Agarrem “os barões da cocaína”! Há deputados, senadores, empresários, há ex-presidentes no meio da cocaína e das armas. Porém, quem vai fazer isso? O Exército? Com que dinheiro? Não tem dinheiro nem para a comida dos recrutas. Estou lendo “Sobre a guerra”, de Klausewitz. Não existe perspectiva de êxito. Nós somos formigas devoradoras, escondidas nos rincões. Temos até mísseis anti-tanque. Se vacilam, vão sair uns Stinger. Para acabar conosco, somente uma bomba atômica nas favelas da miséria. Já pensou nisso? Ipanema radioativa?

O Globo: Porém, não haverá solução?

Marcola: Vocês só podem chegar a algum sucesso se desistirem de defender a “normalidade”. Não existe mais normalidade alguma. Vocês precisam fazer uma autocrítica da própria incompetência. Devem ser francos, sérios, na moral. Estamos todos no centro do insolúvel. A diferença é nós vivemos dele e vocês não têm saída. Só a merda! Nós já trabalhamos dentro dela. Entenda-me, irmão, não há solução. Sabem por quê? Porque vocês não entendem nem a extensão do problema.



O internauta Roberto Motta postou em seu Twitter uma sucinta linha do tempo de como a "pandemia" foi tratada e abordada pela OMS e MIDIA. Fará parte de meu acervo. Obrigada Patriota!


by Roberto Motta
@rmotta2

Para quem ainda não se convenceu de que a pandemia foi tratada com uma mistura inacreditável de incompetência, populismo e obscurantismo por líderes incapazes e ideologizados, e por uma mídia leviana, vamos relembrar alguns FATOS. Vejam o que disseram a OMS e a mídia:

8:21 PM · 2 de mai de 2021·Twitter Web App


-OMS: Vírus Não é Transmissível Entre Humanos (23/01/20) [https://is.gd/r1jkn8] -Vírus é Transmissível Entre Humanos (04/02/20) [https://is.gd/IVDp3l]


OMS ainda não considera novo coronavírus como pandemia [04/02/2020]
A OMS (Organização Mundial da Saúde) estimou hoje que a epidemia de pneumonia viral que su...
noticias.uol.com.br


-OMS: Não Fechem Fronteiras! (31/01/20) [https://is.gd/SiyPOp] -Europa fecha Fronteiras. (16/03/20) [https://is.gd/2Ui7Cn]


Europa fecha fronteiras por 30 dias para conter avanço do coronavírus | GZH
A União Europeia (UE) vai proibir a entrada de todos os estrangeiros por ao menos 30 dias, como medida de combate à pandemia de coronavírus. A medida, anunciada nesta segunda-feira (16), engloba os...
gauchazh.clicrbs.com.br


-Prefeito de Florença lança a campanha "Abrace um chinês” [https://is.gd/Fv8U58] -Especialista recomenda evitar abraços e beijos [https://is.gd/HvOCPI]


Coronavírus: especialista recomenda evitar 'abraços e beijos'
Segundo John Oxford, da Universidade Queen Mary de Londres, o novo coronavírus é um 'vírus social'; alerta coincide com proximidade do Dia de São Valentim (Dia dos Namorados) e ocorre depois de...
g1.globo.com


-OMS rebate governo do Brasil: Não Precisa Declarar Pandemia (03/03/20) [https://is.gd/uQyfE7] -OMS declara pandemia (11/03/20) [https://is.gd/4fcmtF]


OMS declara pandemia de coronavírus
Diretor-geral da OMS disse que declaração não muda o que a Organização e os países devem fazer para 'detectar, proteger, tratar e reduzir a transmissão' do novo coronavírus (Sars-Cov-2), causador da...
g1.globo.com


-OMS: Isolamento Social: Fechem Tudo! (13/03/20) [https://is.gd/JWl6PS] -OMS: Pessoas Precisam Trabalhar (30/03/20) [https://is.gd/sNaWkp]


ONU afirma que pessoas precisam trabalhar e novamente Bolsonaro tem razão.
Diretor-geral da OMS diz que lockdown fará pessoas passarem fome pela crise econômica e desemprego
msconservador.com.br


-OMS recomenda: Não Vá a Manifestações (16/03/20) [https://is.gd/vJuS6X] -OMS diz: Vírus Não Se Transmite Pelo Ar (31/03/20) [https://is.gd/TIRdZc] -O Vírus Se Transmite Pelo Ar (28/04/20) [https://bit.ly/2BPeorq]


Estudo chinês diz que ar-condicionado pode espalhar coronavírus [19/04/2020]
Um novo estudo feito por cientistas chineses mostra que a ventilação realizada por aparelh...
noticias.uol.com.br


-OMS: O Vírus É Transmitido por Superfícies (27/02/20) [https://is.gd/CUu35M] -OMS: O Vírus Não Se Transmite por Superfícies (18/05/20) [https://is.gd/hj3DUZ]


OMS: vírus pode não ser transmitido através de superfícies e objetos | MAISFUTEBOL
«Contágio com uma superfície ambiental contaminada não estava conclusivamente relacionado», refere a agência
maisfutebol.iol.pt


-OMS: Não Precisa Usar Máscara (06/04/20) [https://is.gd/SNcTpG] -OMS: Usem Máscara! (05/06/20) [https://is.gd/h8uExi]


OMS revisa orientações e manda todo mundo usar máscaras
População de regiões com transmissão comunitária ativa, como a América Latina, deve usar o equipamento no transporte público e lojas
noticias.r7.com


-OMS: Hidroxicloroquina Assassina, (25/05/20) [https://is.gd/Y0pWlN] -OMS: Hidroxicloroquina Pode Funcionar (05/06/20) [https://is.gd/msK857]


OMS se desculpa por controvérsias em pesquisas sobre hidroxicloroquina – Jovem Pan
A Organização Mundial de Saúde (OMS) pediu desculpas nesta sexta-feira (5) pela controvérsia gerada com o posicionamento da entidade em relação a pesquisas sobre a eficácia da hidroxicloroquina no...
jovempan.com.br


-Assintomáticos São os Maiores Responsáveis Pela Disseminação ! #FIQUEEMCASA
 
(18/03/20) [https://is.gd/5163kB] -OMS: Assintomáticos Não Transmitem o Vírus (08/06/20) [https://is.gd/7TAnBC]


Covid-19: Pacientes assintomáticos não contribuem para a propagação do
Pacientes infectados com a Covid-19, que não apresentam sintomas, não estão a contribuir para a propagação do vírus.
executivedigest.sapo.pt


Você decide se é só incompetência ou algo mais.


***Roberto Motta é Engenheiro, executivo e autor de 3 livros. Suplente de deputado federal e de vereador. Ex-consultor do Banco Mundial e ex-Secretário de Estado. Criador do Novo.

terça-feira, 27 de abril de 2021

SENADORES, EMAIL E TELEFONE.


  • CIDADANIA - CIDADANIA
Alessandro Vieira CIDADANIA SE 2019 - 2027 (61) 3303-9011 / 9014 / 9019 sen.alessandrovieira@senado.leg.br

Eliziane Gama CIDADANIA MA 2019 - 2027 (61) 3303-6741 / 6703 sen.elizianegama@senado.leg.br

  • DEM - Democratas |
Chico Rodrigues DEM RR 2019 - 2027 (61) 3303-2281 sen.chicorodrigues@senado.leg.br

Davi Alcolumbre DEM AP 2015 - 2023 (61) 3303-6717 / 6720 / 6722 / 6723
sen.davialcolumbre@senado.leg.br

Jayme Campos DEM MT 2019 - 2027 (61) 3303-2390 / 2384 / 2394 Sen.JaymeCampos@senado.leg.br

Marcos Rogério DEM RO 2019 - 2027 (61) 3303-6148 sen.marcosrogerio@senado.leg.br

Maria do Carmo Alves DEM SE 2015 - 2023 (61) 3303-1306 / 4055 / 2878 sen.mariadocarmoalves@senado.leg.br

Rodrigo Pacheco DEM MG 2019 - 2027 (61) 3303-2794 / 2795 sen.rodrigopacheco@senado.leg.br

  • MDB - Movimento Democrático Brasileiro 
Confúcio Moura MDB RO 2019 - 2027 (61) 3303-2470 / 2163 sen.confuciomoura@senado.leg.br

Dário Berger MDB SC 2015 - 2023 (61) 3303-5947 / 5951 sen.darioberger@senado.leg.br

Eduardo Braga MDB AM 2019 - 2027 (61) 3303-6230 sen.eduardobraga@senado.leg.br

Eduardo Gomes MDB TO 2019 - 2027 (61) 3303-6349 / 6352 sen.eduardogomes@senado.leg.br

Fernando Bezerra Coelho MDB PE 2015 - 2023 (61) 3303-2182 / 4084
sen.fernandobezerracoelho@senado.leg.br

Jader Barbalho MDB PA 2019 - 2027 (61) 3303-9831 / 9827 / 9832 sen.jaderbarbalho@senado.leg.br

Jarbas Vasconcelos MDB PE 2019 - 2027 (61) 3303-3522 / 3593 / 3475 sen.jarbasvasconcelos@senado.leg.br

Luiz do Carmo MDB GO 2015 - 2023 (61) 3303-6439 / 6440 / 6445 sen.luizcarlosdocarmo@senado.leg.br

Marcelo Castro MDB PI 2019 - 2027 (61) 3303-6130 / 4078 sen.marcelocastro@senado.leg.br

Marcio Bittar MDB AC 2019 - 2027 (61) 3303-2115 / 2119 / 1652 sen.marciobittar@senado.leg.br

Nilda Gondim MDB PB 2015 - 2023 (61) 3303-6490 / 6485 sen.nildagondim@senado.leg.br

Renan Calheiros MDB AL 2019 - 2027 (61) 3303-2261 sen.renancalheiros@senado.leg.br

Rose de Freitas MDB ES 2015 - 2023 (61) 3303-1156 sen.rosedefreitas@senado.leg.br

Simone Tebet MDB MS 2015 - 2023 (61) 3303-1128 sen.simonetebet@senado.leg.br

Veneziano Vital do Rêgo MDB PB 2019 - 2027 (61) 3303-2252 / 2481 sen.venezianovitaldorego@senado.leg.br

  • PDT - Partido Democrático Trabalhista 
Acir Gurgacz PDT RO 2015 - 2023 (61) 3303-3131 / 3132 sen.acirgurgacz@senado.leg.br

Cid Gomes PDT CE 2019 - 2027 (61) 3303-6460 / 6399 sen.cidgomes@senado.leg.br

Weverton PDT MA 2019 - 2027 (61) 3303-4161 / 1655 sen.wevertonrocha@senado.leg.br

  • PL - Partido Liberal 

Carlos Portinho PL RJ 2019 - 2027 (61) 3303-6640 / 6613 sen.carlosportinho@senado.leg.br

Jorginho Mello PL SC 2019 - 2027 (61) 3303-2200 sen.jorginhomello@senado.leg.br

Romário PL RJ 2015 - 2023 (61) 3303-6519 / 6517 sen.romario@senado.leg.br

Wellington Fagundes PL MT 2015 - 2023 (61) 3303-6219 / 3778 / 6221 / 3772 / 6213 / 3775 sen.wellingtonfagundes@senado.leg.br

  • PODEMOS - Podemos 

Alvaro Dias PODEMOS PR 2015 - 2023 (61) 3303-4059 / 4060 sen.alvarodias@senado.leg.br

Eduardo Girão PODEMOS CE 2019 - 2027 (61) 3303-6677 / 6678 / 6679 sen.eduardogirao@senado.leg.br

Flávio Arns PODEMOS PR 2019 - 2027 (61) 3303-6301 sen.flavioarns@senado.leg.br

Jorge Kajuru PODEMOS GO 2019 - 2027 (61) 3303-2844 / 2031 sen.jorgekajuru@senado.leg.br

Lasier Martins PODEMOS RS 2015 - 2023 (61) 3303-2323 / 2329 sen.lasiermartins@senado.leg.br

Marcos do Val PODEMOS ES 2019 - 2027 (61) 3303-6747 / 6753 sen.marcosdoval@senado.leg.br

Oriovisto Guimarães PODEMOS PR 2019 - 2027 (61) 3303-1635 sen.oriovistoguimaraes@senado.leg.br

Reguffe PODEMOS DF 2015 - 2023 (61) 3303-6355 sen.reguffe@senado.leg.br

Styvenson Valentim PODEMOS RN 2019 - 2027 (61) 3303-1148 sen.styvensonvalentim@senado.leg.br

  • PP - Progressistas 

Ciro Nogueira PP PI 2019 - 2027 (61) 3303-6187 / 6188 / 6192 sen.cironogueira@senado.leg.br

Daniella Ribeiro PP PB 2019 - 2027 (61) 3303-6788 / 6790 sen.daniellaribeiro@senado.leg.br

Elmano Férrer PP PI 2015 - 2023 (61) 3303-2415 / 3055 / 1015 sen.elmanoferrer@senado.leg.br

Esperidião Amin PP SC 2019 - 2027 (61) 3303-6446 / 6447 / 6454 sen.esperidiaoamin@senado.leg.br

Kátia Abreu PP TO 2015 - 2023 (61) 3303-2464 / 2708 / 5771 / 2466 sen.katiaabreu@senado.leg.br

Luis Carlos Heinze PP RS 2019 - 2027 (61) 3303-4124 / 4127 / 4129 / 4132 sen.luiscarlosheinze@senado.leg.br

Mailza Gomes PP AC 2015 - 2023 (61) 3303-1357 / 1367 sen.mailzagomes@senado.leg.br
  • PROS - Partido Republicano da Ordem Social

Fernando Collor PROS AL 2015 - 2023 (61) 3303-5783 / 5787 Sen.fernandocollor@senado.leg.br

Telmário Mota PROS RR 2015 - 2023 (61) 3303-6315 sen.telmariomota@senado.leg.br

Zenaide Maia PROS RN 2019 - 2027 (61) 3303-2371 / 2372 / 1813 sen.zenaidemaia@senado.leg.br
  • PSB - Partido Socialista Brasileiro 

Leila Barros PSB DF 2019 - 2027 (61) 3303-6427 sen.leilabarros@senado.leg.br

  • PSC - Partido Social Cristão 

Zequinha Marinho PSC PA 2019 - 2027 (61) 3303-6623 sen.zequinhamarinho@senado.leg.br
  • PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira 

Izalci Lucas PSDB DF 2019 - 2027 (61) 3303-6049 / 6050 sen.izalcilucas@senado.leg.br

José Serra PSDB SP 2015 - 2023 (61) 3303-6651 / 6655 sen.joseserra@senado.leg.br

Mara Gabrilli PSDB SP 2019 - 2027 (61) 3303-2191 sen.maragabrilli@senado.leg.br

Plínio Valério PSDB AM 2019 - 2027 (61) 3303-2833 / 2835 / 2837 sen.pliniovalerio@senado.leg.br

Roberto Rocha PSDB MA 2015 - 2023 (61) 3303-1437 / 1506 sen.robertorocha@senado.leg.br

Rodrigo Cunha PSDB AL 2019 - 2027 (61) 3303-6083 sen.rodrigocunha@senado.leg.br

Tasso Jereissati PSDB CE 2015 - 2023 (61) 3303-4502 / 4503 / 4573 sen.tassojereissati@senado.leg.br

  • PSD - Partido Social Democrático 

Angelo Coronel PSD BA 2019 - 2027 (61) 3303-6103 / 6105 sen.angelocoronel@senado.leg.br

Antonio Anastasia PSD MG 2015 - 2023 (61) 3303-5717 sen.antonioanastasia@senado.leg.br

Carlos Fávaro PSD MT 2019 - 2027 (61) 3303-6408 sen.carlosfavaro@senado.leg.br

Carlos Viana PSD MG 2019 - 2027 (61) 3303-3100 sen.carlosviana@senado.leg.br

Irajá PSD TO 2019 - 2027 (61) 3303-6469 sen.iraja@senado.leg.br

Lucas Barreto PSD AP 2019 - 2027 (61) 3303-4851 sen.lucasbarreto@senado.leg.br

Nelsinho Trad PSD MS 2019 - 2027 (61) 3303-6767 / 6768 sen.nelsinhotrad@senado.leg.br

Omar Aziz PSD AM 2015 - 2023 (61) 3303-6579 sen.omaraziz@senado.leg.br

Otto Alencar PSD BA 2015 - 2023 (61) 3303-1464 / 1467 sen.ottoalencar@senado.leg.br

Sérgio Petecão PSD AC 2019 - 2027 (61) 3303-4086 / 6708 / 6709 sen.sergiopetecao@senado.leg.br

Vanderlan Cardoso PSD GO 2019 - 2027 (61) 3303-2092 / 2099 sen.vanderlancardoso@senado.leg.br

  • PSL - Partido Social Liberal 

Giordano PSL SP 2019 - 2027 (61) 3303-4177
 
Soraya Thronicke PSL MS 2019 - 2027 (61) 3303-1775 sen.sorayathronicke@senado.leg.br

  • PT - Partido dos Trabalhadores

Humberto Costa PT PE 2019 - 2027 (61) 3303-6285 / 6286 sen.humbertocosta@senado.leg.br

Jaques Wagner PT BA 2019 - 2027 (61) 3303-6390 / 6391 sen.jaqueswagner@senado.leg.br

Jean Paul Prates PT RN 2015 - 2023 (61) 3303-1777 / 1884 sen.jeanpaulprates@senado.leg.br

Paulo Paim PT RS 2019 - 2027 (61) 3303-5232 / 5231 / 5230 sen.paulopaim@senado.leg.br

Paulo Rocha PT PA 2015 - 2023 (61) 3303-3800 sen.paulorocha@senado.leg.br

Rogério Carvalho PT SE 2019 - 2027 (61) 3303-2201 / 2203 / 2204 / 1786 sen.rogeriocarvalho@senado.leg.br
  • REDE - Rede Sustentabilidade 

Fabiano Contarato REDE ES 2019 - 2027 (61) 3303-9049 sen.fabianocontarato@senado.leg.br

Randolfe Rodrigues REDE AP 2019 - 2027 (61) 3303-6777 / 6568 sen.randolferodrigues@senado.leg.br

  • REPUBLICANOS - REPUBLICANOS 

Flávio Bolsonaro REPUBLICANOS RJ 2019 - 2027 (61) 3303-1717 / 1718 sen.flaviobolsonaro@senado.leg.br

Mecias de Jesus REPUBLICANOS RR 2019 - 2027 (61) 3303-5291 / 5292

segunda-feira, 26 de abril de 2021

A Nação de Zumbis





Tom Martins

Como gerações de brasileiros são atualmente vítimas de um dos maiores e mais bem-sucedidos processos de lavagem cerebral massiva da História.
Recentemente vimos a chocante notícia de uma garota que perdeu um olho num protesto de esquerda. Por que uma jovem estudante, bonita e com alguma estrutura familiar pode aceitar de bom grado o risco de entrar numa guerra, a ponto de perder um olho, para defender um governo que cortou 6 bilhões de reais da educação que ela pensa defender? Como a defesa de um governo atroz, que levou o país a uma grave crise sem precedentes, pode se tornar a meta principal da vida de milhares de jovens? Como tamanha despersonificação acontece?



Todo o processo de transformação física e comportamental, de uma garota saudável até virar uma militante esquerdista radical e perder um olho durou apenas dois anos.


Podemos afirmar, segura e enfaticamente, que a lavagem cerebral esquerdista coletivista é um problema grave e preocupante do Brasil (e do mundo) atualmente. Vemos isso no establishment democrata norte-americano, no fundamentalismo islâmico e nos movimentos de adolescentes e jovens bolivarianos na América Latina. China, Rússia, Coréia do Norte, todos são vítimas da lavagem cerebral esquerdizante (ou seja: socialista, coletivista, totalitária e autoritária, em seus diversos matizes) em maior ou menor grau.
São cenas comuns no Brasil atual (assim como eram na China maoísta) os escrachos públicos, aulas interrompidas à força, denúncias contra supostos inimigos, amizades e mesmo relações familiares que se deterioram por conta de ideologia política, filhos denunciando pais, além de transformações físicas e um código de linguagem próprio das vítimas da lavagem cerebral ideológica.
O conceito de lavagem cerebral foi proposto pelo psiquiatra americano Robert Jay Lifton, professor de Harvard, que é a maior autoridade no mundo em estudos sobre guerra política, controle mental e psico-historiografia.
Em seu livro[1] de 1961, Thought Reform and the Psychology of Totalism: A Study of “Brainwashing” in China (The University of North Carolina Press, 1989), resultado de uma pesquisa realizada a partir de 1953 com cidadãos americanos prisioneiros na Guerra da Coréia e também com exilados da China maoísta que sofreram doutrinação ideológica nas universidades chinesas, Lifton mergulhou nas variadas técnicas coercitivas usadas na China comunista, cunhando o termo “thought reform”, (reforma do pensamento) e descrevendo as suas principais características, além dos métodos que causam tal deturpação psicológica, moral e cognitiva.
A boa notícia é que, segundo seus estudos, o ser humano não é intrinsicamente cruel e somente em raros casos de sociopatias a pessoa é capaz de ser induzida a cometer crimes e atrocidades sem um grande sofrimento e dano emocional. A má notícia é que é muito fácil fazer uma pessoa “normal” cometer tais crimes.
Em outro livro, The Nazi Doctors: Medical Killing and the Psychology of Genocide (1986), Lifton estudou os inúmeros casos de médicos alemães – pessoas comuns – que justificavam e racionalizavam a própria participação nos sinistros experimentos do nacional-socialismo alemão, blindando-se psicologicamente desses grandes traumas.
A doutrinação pode ocorrer em vários níveis, seja um psicopata sedutor que obceca sua vítima, passando pelos famigerados líderes de seitas, grupos políticos e paramilitares, até a doutrinação em nível governamental e estatal, auxiliada pelo aparato cultural (universidades, igrejas, mídia, etc.).
O conceito de doutrinação poderia ser confundido com o princípio da educação, não fosse por uma grande diferença: a educação é um processo pessoal, a pessoa deseja educar-se e escolhe o que irá aprender, a educação visa a liberdade e a autonomia. Já a doutrinação é realizada a despeito da vontade da vítima e visa a submissão e o controle mental. Não é à toa que os campos de concentração da URSS e da Alemanha nacional-socialista eram chamados de “campos de reeducação”.
Atualmente no Brasil há uma hegemonia de esquerda, ou comunista, socialista, progressista etc. (são sinônimos, de fato) e temos gerações e gerações de brasileiros doutrinados, vítimas desse contexto histórico. As evidências disso são muitas, de livros didáticos completamente deturpados e professores doutrinadores até as transformações radicais morais, físicas e psíquicas em jovens cooptados pela esquerda.
O perfil (censurado inúmeras vezes nas redes sociais) @AntesDepoisdaFederalrevelou recentemente centenas de casos reais de jovens se transformando em seguidores radicais e fanáticos do culto esquerdista, vítimas de um processo exatamente idêntico ao de uma seita pós-apocalíptica. Engana-se quem pensa que esse é um perfil de humor. Ao contrário, essa iniciativa é um alerta, é uma página que revela histórias tristes, verdadeiros dramas da existência humana.
Antes e depois da lavagem cerebral.
Portando urge debruçarmo-nos sobre a questão da doutrinação ideológica e lavagem cerebral em curso no Brasil para que não sejamos vítimas dos mesmos erros do passado.
Segundo Lifton, os principais meios de controle mental são:
1. O controle do pensamento
Não se lê ou estuda material contrário ao grupo. Não se fala sobre determinados assuntos, não se usa determinadas palavras. Exatamente como ocorre nas universidades brasileiras, na mídia e nos meios culturais. Pode haver isolamento físico e censura.
A obra de Pascal Bernardin, Maquiavel Pedagogo ou O Ministério da Reforma Psicológica (2005) descreve, com base em documentos oficiais, as técnicas de manipulação psicológica e sociológica levadas a cabo pelos organismos globalistas, particularmente a ONU, UNESCO, OCDE, Conselho da Europa e Comissão de Bruxelas, e aplicadas pelos governos de boa parte do mundo.
2. Hierarquia
A vítima é convencida da autoridade absoluta do líder.
Neste vídeo vemos um fenômeno comum: uma liderança obriga o entrevistado a parar de falar. Em outros vídeos desse canal, além das vítimas serem censuradas, são instigadas a reverberar bovinamente aos gritos e sem pensar, tudo o que a liderança fala, numa tática de protesto bastante impressionante chamada “microfone humano”.
O psicólogo Stanley Milgram realizou um famoso experimento no qual um professor mandava os alunos darem choques mortais em cobaias humanas, sem saberem que tais choques eram falsos. Dois terços dos alunos aceitaram dar choques violentíssimos e mortais em seus semelhantes só porque o professor mandou.
Foram bastante divulgados os casos de abuso das lideranças do grupo “Fora do Eixo”, que é um dos maiores exemplos de lavagem cerebral de alto nível, que conta inclusive com o fator “isolamento físico”, visto que seus integrantes vivem de certa forma apartados da família e da sociedade. As semelhanças entre as técnicas de manipulação mental usadas por Pablo Capilé e Jim Jones são gritantes[2].
A autoflagelação é uma característica das seitas mais radicais.
Cada palavra carregada de sentimentos amorosos do líder (que pode ser desde um professor, um diretor do centro acadêmico, um artista até um político ou governante) é um gatilho para a obediência cega. O processo mental de submissão à liderança não é racional, mas sentimental. Não interessam os resultados das ações dos líderes, mas o sentimento que evocam e dizem representar.
Há um livro infanto-juvenil quase profético do escritor Pedro Bandeira, chamado “A Droga da Obediência”. O socialismo, de fato, é a verdadeira droga da obediência.
3. O mundo dividido
Há os “bons” (o grupo) e os “maus” (todo o resto). Não existe meio-termo. Ou você é um “coxinha” malvado que odeia pobres no avião ou é um “progressista” com consciência social. Ou você vota na Dilma e é enquadrado no grupo dos iluminados ou fala bem do Bolsonaro e é um estuprador racista fascista homofóbico neoliberal.
Parece óbvio que, para quem está convencido de ter a solução dos problemas do mundo, os que não concordam com sua visão devem ser exterminados. O cinegrafista Santiago Andrade foi morto por jovens que odeiam a imprensa livre e acreditam estar fazendo o bem.
Os maiores genocídios da Humanidade ocorreram pelas mãos de jovens utópicos e idealistas que acreditavam poder criar um mundo perfeito.
O nazismo não surge pedindo câmaras de gás para judeus, e sim “espaço vital para o povo alemão”; Lenin não fez a Revolução Russa em nome do Gulag e dos paredões, mas pedindo “pão e terra” para o “proletariado”.[3]
4. Delação
São famosas as histórias de filhos chineses, soviéticos, vietnamitas, cambojanos e norte-coreanos delatando os pais para ganhar status com os líderes. Hoje presenciamos, no Brasil, o mesmo fenômeno. Filhos que renegam os pais, envergonham-se deles e os denunciam às “lideranças”, que pode ser o professor do cursinho, o colega do DCE ou mesmo expondo os pais nas redes sociais.
Deve ser triste para um pai ver isso, depois de anos cuidando da filha com todo o carinho.
A cultura da delação assume a forma da hiper-judicialização da vida em sociedade e nunca é imparcial. Qualquer um, caso não comungue dos ideais da seita, pode ser denunciado ao estado por uma mera palavra ou frase mal interpretada. O mote é “vou te processar”, geralmente por crime de opinião e quase sempre sem nenhum fundamento. Já se um membro da seita realmente comete calúnia, injúria, difamação ou incitação ao crime, o caso é abafado. O militante tem carta branca para publicar, por exemplo, que deseja que uma jornalista oposicionista seja estuprada.
Em outro nível de atuação, pode haver o auxílio da imprensa e dos agentes culturais, assassinando as reputações de opositores e blindando a sua própria militância.
5. A Grande Verdade
O mundo é explicado com regras próprias e, mais importante: há soluções para se construir o Paraíso Terreno. Tais soluções são inquestionáveis. “O socialismo é a única doutrina que oferece respostas e salvação”. Negar isso é mais que negar a própria salvação, é ser contra a salvação de todas as outras pessoas. Quem é contra a salvação dos outros só pode ser uma pessoa maligna mesmo, que merece ser fuzilada no paredão e presa em campos de concentração. Tal é o “raciocínio” (entre aspas, pois não é um processo racional, mas sentimental) da mente lavada.
6. Código secreto
Há termos próprios, às vezes incompreensíveis, gírias, figuras de linguagem, mesmo a maneira de pensar, se vestir ou falar. Isso acontece no PCC (aquele dos bandidos, quero dizer, dos bandidos da cadeia e não dos livros de História) em São Paulo: as gírias são o código que caracteriza o membro como ainda condiciona seu pensamento. Acontece muito nos movimentos socialistas também, veja só que curioso.
A linguagem é um fator importantíssimo e essencial, é ela que vai disparar os gatilhos sentimentais na massa de militantes, é ela que vai envolver os discursos das lideranças com uma roupagem de boas intenções, é ela que fará milhares de pessoas marcharem por causas que nada conhecem (por exemplo, o direito trabalhista “dignidade”).
Não é coincidência que todas as ditaduras socialistas são auto-denominadas “repúblicas democráticas e populares”.
Palavras como “empoderamento”, “comunidade”, “social”, “coletivo”, etc. são palavras-gatilho que despertam um sentimento de pertencimento a um grupo e diferem o falante dos demais, considerados “alienados” ou pior: inimigos.
Entra aí o fenômeno da auto-censura “politicamente correta”, que é, segundo Olavo de Carvalho, o pior tipo de censura que existe, pois é uma censura auto-infligida antes mesmo do nascer das idéias.
7. A supremacia do grupo
Quando ocorre um processo de despersonificação, a vítima abre mão de sua individualidade para obedecer as ordens do grupo. Vale a pena perder um olho – ou mesmo a vida – para obedecer os ditames do grupo. A vítima abre mão do próprio senso crítico e já não pensa por si, mas delega todas as decisões ao grupo. Deixar o grupo ditar o que se deve ou não fazer é confortável e reduz consideravelmente os riscos de ser considerado um traidor.
A supremacia do grupo, além de ser um fator preponderante no processo de reforma do pensamento tratado aqui, é uma das principais características da ideologia coletivista em geral.
Num dos mais importantes ensaios filosóficos do mundo, A Rebelião das Massas, José Ortega y Gasset nos apresenta o grande fenômeno do século XX, o homem-massa, o homem despersonificado:
“É o homem previamente esvaziado de sua própria história, sem entranhas de passado e, por isso mesmo, dócil a todas as disciplinas chamadas “internacionais” (…) só tem apetites, pensa que só tem direitos e não acha que tem obrigações: é um homem sem obrigações de nobreza.”
Destituído de sua própria individualidade, o homem-massa goza em ser idêntico aos demais, pensar igual, a se sentir como “todo mundo”. Ao perder todo o respeito pelo passado, o homem-massa está aberto e vulnerável a qualquer tentativa de imposição de novos valores.
É preciso se policiar para agir de acordo com o padrão de comportamento “ideal”.
Solomon Asch (1907) identificou, na década de 1950, as características do espírito de rebanho no famoso experimento das medidas, no qual ele reunia um grupo de pessoas e mostrava a elas um cartão com uma série de linhas de comprimentos diferentes. Então, pedia para que identificassem qual seria a linha mais longa. Todas as pessoas na sala, menos uma, tinham sido orientadas para escolher a mesma resposta – claramente errada.
Surpreendentemente, um terço das pessoas concordava com o grupo, mesmo sabendo que estava escolhendo a opção incorreta.
8. Comprometimento
O socialismo é a grande causa, é o que vai tirar o mundo da miséria, vai trazer mais amor a São Paulo, vai fazer brilhar a nossa estrela lá. A pessoa se sente presa, ninguém pode ser feliz fora do grupo.
Tal sentimento não é uma alucinação, mas um dado real. É muito difícil para um adolescente de 17 anos ir contra todos os professores, amigos, imprensa, ídolos culturais, etc. especialmente no momento no qual ele está mais vulnerável e aberto intelectualmente, que é na época da faculdade.
Um aluno brasileiro que acaba de ingressar na universidade logo vê seus professores e colegas chancelarem o ideal socialista. Ele vê como os “coxinhas fascistas neoliberais” são tratados e achincalhados. Como assumir publicamente ser contra todo mundo? Como perder amigos, status e mesmo contatos profissionais, comprometendo toda a sua vida, sendo contra o establishment?
Em pouco tempo ele se adapta e crê que não há a possibilidade de ser feliz “do outro lado”. É importante notar como esses conceitos não são estanques, mas se intercomunicam. Um dado da realidade via de regra tem a influência de mais de um fator. A garota que perdeu um olho defendendo a Dilma sujeitou-se a isso por obediência às lideranças e influência do grupo, de acordo com seus conceitos de mundo dividido, grande verdade e usando um código próprio de linguagem.
Todos eles eram idealistas e queriam mudar o mundo.
Como deixar de ser mais uma vítima?
Quando pensamos no nacional-socialismo alemão tendemos a questionar “como aquelas pessoas puderam sancionar tal regime sinistro?” Parece algo irreal, impossível de ser repetido, mas não é. Basta ver o número de pessoas que defendem ditadores, regimes genocidas e grupos terroristas hoje em dia.
Estamos todos sujeitos a sermos vítimas desse dispendioso, organizado e altamente complexo processo. É preciso vencer a “Espiral do Silêncio”, teoria proposta pela cientista política alemã Elisabeth Noelle-Neumann e trazida à tona do debate público brasileiro pelo filósofo Olavo de Carvalho e perfeitamente retratada no conto A Roupa Nova do Imperador, de autoria do dinamarquês Hans Christian Andersen (1837).
O medo do isolamento ao se emitir uma opinião discordante da maioria só pode ser vencido com uma cultura que valorize o livre debate, a liberdade de expressão, o diálogo honesto, aberto e sem amarras.
O método socrático, usado tão bravamente pelo canal @Mamãefalei no vídeo acima, é infalível. Você deve se perguntar simplesmente: “pelo que vale a pena perder um olho?” “Eu sei realmente por que eu luto?” “O que pensam os opositores? “Quais são seus argumentos?”
Principalmente, é urgente nos preocuparmos com o tipo de educação que as crianças e jovens recebem nas escolas. Eles recebem ensinamentos para serem independentes ou para dependerem de um estado, um governo ou de um líder? O quanto ele se apegam a ideais comprovadamente fracassados (como o socialismo) ou estão abertos a outras considerações? Seus professores revelam todos os fatos históricos ou escondem aqueles que não sustentam a defesa da causa?
É preciso estarmos atentos às alterações de humor e de comportamento nos jovens em idade escolar, tal como uma drogadicção. As transformações seguem um padrão nessa lavagem cerebral moderna. Se a sua filha detonar o próprio cabelo, muitas vezes com uma franja mal-acabada, deixar os cabelos das axilas crescerem, começar a usar o famoso “piercing de boi” no nariz, usar roupas desleixadas e se masculinizar, há grandes chances de que ela esteja sendo cooptada pela seita esquerdista. Já se seu filho começar a se vestir como um mendigo travesti e passar muito tempo no DCE, ele não está se dedicando aos estudos, não seja ingênuo, ele é mais um zumbi vermelho que não sabe sequer explicar o que é fascismo.[4]
Por trás das franjas mal-ajambradas, dos piercings de boi, dos alargadores, tatuagens e daquele olhar arrogante de quem se acha detentor do monopólio da bondade há um jovem pedindo socorro, há aquela criança que brincava e sonhava ser médica ou policial, aquela criança que chamava assustada pelos pais quando tinha medo de alguma coisa geralmente parecida com o que ela própria aparenta ser hoje.
Se você perceber essas alterações físicas e comportamentais, não se engane: o seu filho já não pertence a você. Pode ser até que ele não te ame mais e te considere um inimigo de classe. Ele ama a “causa”, ele está à mercê das “lideranças” do partido e, se preciso for, ele irá te denunciar por ser um pai capitalista burguês opressor sem pensar duas vezes. Se instigado a tal, irá perder um olho pela causa.
Há poucas diferenças entre o ambiente num departamento de Humanas numa universidade pública e a “Cracolândia”. Assim como o crack, a doutrinação esquerdista transforma suas vítimas em zumbis maltrapilhos e causa diversos danos psicológicos. Conseqüentemente, as campanhas contra a lavagem cerebral esquerdista devem ser tão vigorosas como as campanhas contra o crack.
Com a autoridade de quem já foi uma vítima dessa lavagem cerebral, posso afirmar que tudo isso é secundário e coadjuvante. É bastante difícil mudar alguém sem incorrer nos mesmos métodos expostos acima. A mudança deve vir por conta própria, deve ser um processo estritamente pessoal, geralmente lento, penoso e doloroso. O que é realmente eficaz contra esse bombardeio cultural é o conhecimento, que apenas poderá vir junto com o livre debate de idéias, com a liberdade de expressão e pensamento. O maior antídoto contra a massiva campanha de lavagem cerebral esquerdizante foi inventado há 2500 anos, chama-se “método socrático” e consiste em duvidar sempre das próprias certezas. Ou, no mínimo, lavar a sua louça e arrumar o próprio quarto antes de querer mudar o mundo.
[1] A expressão “totalismo” (que dá nome ao livro), difere do conhecido “totalitarismo” por este ser específico de grupos que controlam o poder total (o governo). Já no totalismo, controlam-se as crenças e comportamentos das vítimas sem necessariamente se controlar o poder de estado.
[2] O esquerdismo moderno é de fato uma seita. O professor Nelson Lehmann, em seu livro A Religião Civil do Estado Moderno, demonstra que, desde Rousseau, Hegel e Marx, o culto ao estado passou a ser uma religião.
[4] Por óbvio que seja, devo deixar claro aqui para evitar o patrulhamento: é evidente que não são todos os que têm piercings, tatuagens e cabelos destruídos que são vítimas de lavagem cerebral esquerdista.

Monica Moura entrega imagem de e-mail criado para conversas secretas com Dilma


Documento entregue por Monica Moura
REPRODUÇÃO

A empresária Monica Moura, delatora da Operação Lava Jato, entregou ao Ministério Público Federal um registro com as imagens do e-mail que diz ter usado para trocar mensagens com a ex-presidente Dilma Rousseff. As fotografias estão em uma Ata Notarial lavrada em 13 de julho de 2016 no 1º Tabelionato Giovannetti em Curitiba.

Monica afirmou em delação premiada que criou "no computador da presidente" uma conta de e-mail com nome e dados fictícios, com senha compartilhada entre as duas e o ex-assessor de Dilma Giles Azevedo.

Monica é casada com o publicitário João Santana. O casal de marqueteiros fez as campanhas presidenciais de Lula (2006) e Dilma (2010 e 2014). Eles foram presos na Operação Lava Jato e fecharam acordo de delação premiada para se livrar da cadeia.

Segundo a delatora, ela e a então presidente combinaram que, se houvesse notícia sobre avanço da Lava Jato em relação ao casal, o aviso seria feito através desse e-mail. As mensagens escritas pela presidente ficariam na caixa de rascunhos do e-mail, para não circularem, e Mônica acessaria a conta de onde estivesse.

A solicitação do registro das imagens foi feita, segundo o documento, por Felipe Pedrotti Cadori. Na Ata Notarial, o funcionário do Tabelionato afirma que às 15 horas e 14 minutos, acessei o sítio "http://www.gmail.com", e, após o solicitante efetuar login com usuário e senha, acessei referido e-mail, registrando a rotina sugerida na forma a seguir, do que dou fé.
Do documento constam três imagens. Em uma delas, há um rascunho de e-mail "2606iolanda@gmail.com" com uma mensagem de 22 de fev: "Vamos visitar nosso amigo querido amanha. Espero não ter nenhum espetáculo nos esperando. Acho que pode nos ajudar nisso, né?".

Monica Moura declarou em papel assinado de próprio punho e entregue à Procuradoria-Geral da República que a senha de acesso ao e-mail 2606iolanda era iolanda47'.

Segundo ela, foi Dilma quem sugeriu o nome Iolanda em alusão à mulher do ex-presidente Costa e Silva - um dos generais da ditadura. Ainda segundo a delatora, 47 é o ano de nascimento da petista.

"Para preservar a existência da conta de e-mail, enquanto a colaboradora se encontrava presa, a senha de acesso foi trocada para "lice1984", que permanece até hoje", afirmou.


_______________________________________________________

Endereço "2606iolanda@gmail.com" teria sido escolhido pela própria ex-presidente
12/05/2017 | 16:20 Atualizado 17:29
AE



Endereço "2606iolanda@gmail.com" teria sido escolhido pela própria ex-presidente | Foto: Paulo Lisboa / Brazil Photo Press / Folhapress / CP Memória

A empresária Monica Moura, delatora da Operação Lava Jato, entregou ao Ministério Público Federal um registro com as imagens do e-mail que diz ter usado para trocar mensagens com a ex-presidente Dilma Rousseff. As fotografias estão em uma Ata Notarial lavrada em 13 de julho de 2016 no 1º Tabelionato Giovannetti em Curitiba. Monica afirmou em delação premiada que criou "no computador da presidente" uma conta de e-mail com nome e dados fictícios, com senha compartilhada entre as duas e o ex-assessor de Dilma, Giles Azevedo.

Monica é casada com o publicitário João Santana. O casal de marqueteiros fez as campanhas presidenciais de Lula (2006) e Dilma (2010 e 2014). Eles foram presos na Operação Lava Jato e fecharam acordo de delação premiada para se livrar da cadeia. Segundo a delatora, ela e a então presidente combinaram que, se houvesse notícia sobre avanço da Lava Jato em relação ao casal, o aviso seria feito através desse e-mail. As mensagens escritas pela presidente ficariam na caixa de rascunhos do e-mail, para não circularem, e Mônica acessaria a conta de onde estivesse.

A solicitação do registro das imagens foi feita, segundo o documento, por Felipe Pedrotti Cadori. Na Ata Notarial, o funcionário do Tabelionato afirma que "às 15 horas e 14 minutos, acessei o sítio 'http://www.gmail.com', e, após o solicitante efetuar login com usuário e senha, acessei referido e-mail, registrando a rotina sugerida na forma a seguir, do que dou fé".

Do documento constam três imagens. Em uma delas, há um rascunho de e-mail "2606iolanda@gmail.com" com uma mensagem de 22 de fev: "Vamos visitar nosso amigo querido amanha. Espero não ter nenhum espetáculo nos esperando. Acho que pode nos ajudar nisso, né?". Monica Moura declarou em papel assinado de próprio punho e entregue à Procuradoria-Geral da República que a senha de acesso ao e-mail 2606iolanda era iolanda47'.

Questionada pelos procuradores sobre o motivo do nome Iolanda ser escolhido para batizar a conta de e-mail, Mônica afirmou: “Ela (Dilma) que criou. A gente ficou pensando, tem de botar o nome de alguém e ela falou no nome da mulher do presidente Costa e Silva. Ela que inventou o nome Iolanda e a gente criou esse e-mail”.

De acordo com a delatora, a comunicação com Dilma era feita de forma “cifrada” para tratar dos avanços da Operação Lava Jato, já que a petista teria ressaltado que a comunicação não poderia ser por telefone.

As mensagens entre as duas teria sido trocada na área de rascunho dos e-mails, sem que os textos fossem efetivamente enviados. De acordo com Mônica, as mensagens eram “metafóricas”.

Em seu depoimento, a delatora contou detalhes da comunicação com a Dilma. Quando a então presidente tivesse alguma coisa pra falar ao casal de marqueteiros, acionaria o assessor Anderson Dornelles ou o seu ex-chefe de gabinete Giles Azevedo, que enviariam um recado “bem besta” à empresária pelo aplicativo WhatsApp.

“Algo bem assim, tipo ‘Está passando um filme muito legal, você tem de ver’, ‘Descobri um vinho maravilhoso, vocês precisam provar’. Quando eu recebia um recadinho assim, eu abria esse e-mail. Eu apagava tudo, eu tinha o maior cuidado”, contou a delatora.

“E criamos uma senha na época era “eu não sei o que 47”, que 47 é o ano em que ela (Dilma) nasceu”, afirmou a empresária. Dilma nasceu em 14 de dezembro de 1947.

Defesa

Em nota enviada à imprensa na quinta-feira após o STF liberar o sigilo da delação do casal, a assessoria de Dilma Rousseff disse que João Santana e Mônica Moura “prestaram falso testemunho e faltaram com a verdade em seus depoimentos, provavelmente pressionados pelas ameaças dos investigadores”. “Apesar de tudo, a presidente eleita acredita na Justiça e sabe que a verdade virá à tona e será restabelecida”, afirma a nota.

sábado, 24 de abril de 2021

“A arte da espreita é um conjunto de procedimentos e atitudes que possibilita a um guerreiro conseguir o melhor de qualquer situação concebível."







As habilidades da espreita e do sonhar são os dois pilares do caminho de evolução dos toltecas do Antigo México. A espreita se relaciona fortemente, além do sonhar, com muitas outras “unidades de significado” deste conhecimento a saber: o tonal, o ponto de aglutinação, o pequeno tirano, a impecabilidade, a importância pessoal, os hábitos e rotinas, a loucura controlada, a energia sexual, a consciência intensificada, a recapitulação, e por aí afora…

A arte da espreita, já que lida com pessoas e comportamento, por um lado é aparentemente exterior, mas por outro lado tem raízes profundas com o lado “oculto” do ser humano, incompreensível à razão habitual, que é o corpo energético. A arte da espreita está ligada ao coração, assim como a mestria da consciência de ser está ligada á mente, e a mestria do intento ao espírito. O seu propósito é deslocar gradual, firme e seguramente o ponto de aglutinação e fixá-lo além do chamado inventário humano. A espreita pode ser aplicada a tudo, mas espreitar a sí mesmo é a sua expressão mais fina e valiosa.

Se fôssemos resumir os pontos importantes das considerações sobre a espreita, diríamos:

– É a habilidade de fixar o ponto de aglutinação numa nova posição
– É uma batalha silenciosa para “conseguir os objetivos” da melhor forma em cada situação.
– É um controle sistemático do comportamento
– É uma forma de relacionar-se com as pessoas, mas sua atuação objetiva “afinar o próprio praticante”.
– É colocar-se em situações limite (perigo, medo, saturação sensorial, agressão)
– A espreita é ligada ao tonal, corpo direito, primeira atenção. O sonho é o oposto (nagual, corpo esquerdo, segunda atenção)
– Ela move devagar e mantém o ponto de aglutinação na nova posição (coesão). O sonho é o oposto
– As mulheres são naturalmente mais afeitas á espreita que os homens
– É regida por 7 princípios (vide abaixo)
– Tem 4 passos de aprendizado: implacabilidade, esperteza, paciência e doçura
– Sua estratégia mais eficaz tem 6 pontos: controle, disciplina, paciência, oportunidade, vontade e o pequeno tirano
– Espreita-se tudo, até as próprias fraquezas, mas o “estado da arte” é espreitar a sí mesmo
– Seus resultados são: rir de si mesmo, não se levar a sério, capacidade infinita de improvisação
– A espreita é o enigma do coração; a consciência é o da mente; o intento é o do espírito
– É um comportamento secreto, furtivo e enganoso para produzir um choque (em si mesmo)
– Para espreitar é preciso ter um propósito, ser impecável, sair da auto-importância, banir hábitos e praticar a loucura controlada (fingir-se imerso na ação, mas sem se identificar, nem ser notado)
– A recapitulação é o ponto forte dos espreitadores. É uma forma especializada de espreitar as rotinas internas.
– A espreita é melhor aprendida em consciência intensificada, sem o inconveniente do inventário
– Liga-se á energia sexual de forma individual. O sonhador usa a energia sexual para sonhar. O espreitador é o oposto

· “A arte da espreita é um conjunto de procedimentos e atitudes que possibilita a um guerreiro conseguir o melhor de qualquer situação concebível. “(A Roda do Tempo, pág. 198)

1. “O primeiro princípio da arte da espreita é que os guerreiros escolhem o campo de batalha. Um guerreiro nunca vai para a batalha sem saber o que o cerca.

2. Descartar tudo que não é necessário é o segundo princípio da arte da espreita. Um guerreiro não complica as coisas. Seu objetivo é ser simples.

3. Ele aplica toda a concentração que tem para decidir se entra ou não na batalha, pois qualquer batalha é uma batalha por sua vida. Este é o terceiro princípio da arte da espreita. Um guerreiro deve estar disposto e pronto para travar sua última batalha aqui e agora. Mas não de uma maneira descuidada.

4. Um guerreiro relaxa e se abandona; ele nada teme. Só então os poderes que guiam os seres humanos abrem o caminho para o guerreiro e o ajudam. Só então. Este é o quarto princípio da arte da espreita.

5. Quando diante de dificuldades com as quais não podem lidar, os guerreiros recuam por um momento. Eles deixam a mente vagar. Ocupam seu tempo com alguma outra coisa. Qualquer coisa serve. Este é o quinto princípio da arte da espreita.

6. Os guerreiros comprimem o tempo este é o sexto princípio da arte da espreita. Mesmo um instante conta. Numa batalha por sua vida, um segundo é uma eternidade, uma eternidade que pode decidir o resultado final. Os guerreiros visam ao sucesso, portanto comprimem o tempo. Os guerreiros não desperdiçam um só instante.

7. Para aplicara sétimo princípio da arte da espreita, é preciso aplicar os outros seis; um espreitador nunca se lança para a frente. Ele sempre olha para frente por detrás das cenas.”
(A Roda do Tempo, págs. 217 a 219, Carlos Castañeda)

Em Alta

Brasil Homicida: O estado que mata com a negligência, forja laudos e enterra a verdade

Por Deise Brandão     O Brasil não mata só com armas. Mata com omissão, mentira e silêncio institucionalizado. Casos como o de Nathalia Garn...

Mais Lidas