sábado, 26 de janeiro de 2013

Ex-membro do IRA que apontou chefe de partido político como mandante de crimes é encontrada morta


                                                                                                                   Reprodução/Daily Mail
  • Dolours Price, 61, ex-integrante do IRA, foi encontrada morta nesta semana em Dublin, na Irlanda
    Dolours Price, 61, ex-integrante do IRA, foi encontrada morta nesta semana em Dublin, na Irlanda
Uma ex-integrante do IRA (Exército Republicano Irlandês) foi encontrada morta em sua casa em Dublin, na Irlanda, na última quinta-feira (24). As informações são do jornal "Daily Mail".
Dolours Price, 61, era uma conhecida ex-integrante do grupo paramilitar católico e havia denunciado em 2012 que Gerry Adams, líder do partido político Sinn Fein, era um dos chefes do grupo e havia ordenado mortes e atentados durante a década de 1970.
A polícia suspeita que a morte de Dolours tenha sido causada por uma overdose de drogas. Familiares disseram que a morte não está sendo tratada como suspeita.
Em entrevistas, a ex-integrante assumiu sua participação em atentados, entre eles, um sequestro em Belfast que terminou com a morte de uma dezena de suspeitos de serem informantes. Eles foram queimados e enterrados em covas sem identificação. Segundo Dolours, a ação foi comandada por Adams, que nega as acusações.
Outra ação que ela atribuiu a Adams, dessa vez em entrevista ao jornal britânico "The Telegraph", era o ataque a bomba em 9 de março de 1973, em Londres. Duas bombas foram detonadas, ferindo mais de 200 pessoas.
Dolours também afirmava ter participado do sequestro de Jean McConville, em 1972, mãe de dez filhos e suspeita de passar segredos do grupo a tropas britânicas. Segundo ela, Jean foi entregue a militantes do IRA que eram os responsáveis pelas execuções a mando de Adams. O corpo de Jean só foi encontrado três décadas depois.
Ao jornal "Sunday Telegraph", em 2012, ela disse que até a descoberta do corpo de Jean não sabia o que tinha acontecido com ela.
Dolours e seu grupo foram julgados e condenados à prisão perpétua em 1981 pela participação nos atentados realizados pelo IRA. Ela foi solta oito anos depois por sofrer de uma desordem alimentar.

by Uol

Líder do MST é assassinado a tiros em Campos



Cicero Guedes dos Santos foi morto quando voltava
para casa, após uma reunião do movimento
RIO - Um dos líderes do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) em Campos dos Goytacazes, Cicero Guedes dos Santos, de 54 anos, foi assassinado a tiros na madrugada deste sábado, na Estrada da Flora, via perpendicular à BR-356, que liga Campos dos Goytacazes a São João da Barra. A Polícia Civil do município realizou a perícia no local na manhã de sábado, mas ainda não informou quantos balas atingiram o líder. O laudo preliminar da Polícia Militar citava de 10 a 12 balas, concentradas na cabeça. O corpo permanece no IML de Campos e o caso foi registrado na 134ª DP.
Cícero foi assassinado quando retornava para casa, após uma reunião na noite de sexta na usina Cambahyba, recentemente ocupada pelo movimento.
A coordenadora do MST no Rio de Janeiro, Marina Santos, suspeita de execução e informa que amanhã, ao meio-dia, antes do enterro no Cemitério Campo da Paz, haverá um ato de protesto.
— É óbvio que foi mais um crime de latifúndio na região de Campos, onde sempre aconteceu esse tipo de atrocidade e ninguém nunca é punido. Desta vez, as autoridades têm que investigar — afirma ela.
O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL-RJ), amigo de Cícero, publicou uma mensagem em sua página do Facebook:
"Cícero era uma das mais importantes lideranças do MST. (...) Já falei com a chefe da Polícia Civil, Dr. Marta Rocha, que imediatamente acionou o delegado da região. O delegado, Dr. Geraldo, já me ligou e garantiu a investigação. Vamos acompanhar. A equipe da Comissão de Direitos Humanos da Alerj já está na estrada".
Freixo lembra ainda que, em 2009, Campos foi a cidade com maior número de casos de escravidão encontrados no Brasil.
Em comunicado, a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro afirma que está, desde o primeiro momento, empenhada na investigação da morte do líder MST. O órgão afirma ainda que medidas cautelares estão sendo adotadas para esclarecer a autoria e a motivação do crime.
by O globo


Um pássaro voa quando nos vê e vai para longe. Quando o aprisionamos, ele olha para nós e não foge mais. O verdadeiro poder não aprisiona para ter poder, não prende para mandar, não reina na infelicidade dos outros. O verdadeiro poder nos deixa ser pássaros livres para ir e voar e, se quiserem, nunca mais voltar. 100 Idéias do Meu Anjo da Guarda - Fábio del Santoro


CUT faz ato para anular sentenças do STF sobre mensalão. Ou: Sem vergonha de ser PT…


Na Folha:

A CUT (Central Única dos Trabalhadores) do Rio organiza um ato para pedir a anulação do julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Marcado para o próximo dia 30, o evento deve contar com a presença do ex-ministro José Dirceu, condenado no caso. Entre os condenados também estão ex-dirigentes da CUT, como o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares.

José Garcia Lima, dirigente da CUT-RJ e organizador do ato, afirmou que o STF fez um “julgamento político”. Ele apontou o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, outro ex-dirigente da central, como uma das principais “vítimas” do “tribunal de exceção”. O ato consistirá num debate “sobre os graves erros do STF” na Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Lima diz que não teme ver a central vinculada com defesa da impunidade: “A CUT teme ser cúmplice de uma injustiça”. “Conheço, do PT, todos os envolvidos. Tenho absoluta certeza de que nenhum deles colocou nenhum tostão no bolso. Justiça episódica é sacanagem. Se for para todo mundo, a gente até embarca.”(…)
by Reinaldo Azevedo

Vídeo exibe desfile de fuzis em favela da Zona Norte do Rio


Gravação obtida por VEJA mostra que Complexo do Lins se tornou bunker de bandidos fugidos de morros onde o estado ergueu UPPs

Leslie Leitão
LIVRE CIRCULAÇÃO - Bando armado de fuzis e pistolas e portando pacotes de munição pesada (no detalhe, à esq.) escolta o traficante PL (de camisa listrada), um dos chefes do crime no Rio: a UPP se instala e a bandidagem muda de endereço
LIVRE CIRCULAÇÃO - Bando armado de fuzis e pistolas e portando pacotes de munição pesada (no detalhe, à esq.) escolta o traficante PL (de camisa listrada), um dos chefes do crime no Rio: a UPP se instala e a bandidagem muda de endereço
O Complexo do Lins, um conjunto de onze favelas encravado na banda mais pobre da Zona Norte carioca, está sob o domínio da bandidagem há quatro décadas. Até recentemente, cumpria papel apenas secundário na organização da principal facção criminosa do Rio de Janeiro, o Comando Vermelho. Mas os tempos agora são outros - e ainda mais nefastos. Um vídeo gravado no início do mês pela polícia e obtido com exclusividade por VEJA mostra que o lugar se converteu em um grande bunker do tráfico, servindo de abrigo a marginais refugiados de vários morros do Rio. Eles se bandearam para o Complexo do Lins justamente depois que o estado fincou em seus enclaves bases permanentes - as chamadas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) -, dificultando suas atividades. Preferiram assim se encastelar em um naco da cidade onde os bandidos é que dão as ordens.
As cenas trazidas a público espantam pela naturalidade com que a quadrilha perambula pelas vielas do novo QG do crime à luz do dia, promovendo um desfile de pistolas, granadas e fuzis, e espalhando o terror por onde passa. No vídeo, de cinco minutos e quarenta segundos, um dos bandidos ainda deixa entrever em um saco de lixo papelotes de cocaína, evidência inconteste de que as atividades da gangue só mudaram mesmo de endereço. Em outro trecho, o comboio armado cruza com um morador da favela, que não desgruda os olhos de uma pipa, obedecendo com disciplina à regra elementar da convivência com os criminosos: jamais encará-los. A cena, segundo a polícia, mostra a escolta de um dos chefões do tráfico na cidade, Paulo César Souza dos Santos, 41 anos, o PL, também conhecido como Paulinho Muleta, por ser manco da perna esquerda. Foragido desde 2009, esse marginal alastrou seu raio de poder por sete morros, entre a Zona Norte e a Baixada Fluminense. Mesmo longe de sua favela de origem, o Morro da Formiga (ocupado pela polícia em 2010), Muleta continua na ativa, agora reinando no Complexo do Lins, como revela de forma inequívoca o vídeo obtido por VEJA.
As imagens foram captadas a distância pelo Serviço Reservado do Batalhão de Choque da Polícia Militar e chegaram às mãos da Secretaria Estadual de Segurança, que determinou a instauração de um inquérito na delegacia da região. Nas últimas semanas, o Complexo do Lins foi palco de uma dezena de operações policiais - uma delas logo depois do Natal, quando uma menina de 10 anos foi atingida na cabeça por uma bala perdida e acabou morrendo no hospital por falta de atendimento médico. Nenhuma dessas ações recentes, no entanto, pôs um ponto final na farra da bandidagem. A geografia da área é um grande obstáculo, com seu emaranhado de becos e vielas e uma infinidade de acessos que se descortinam por matagais que só os bandidos conhecem como a palma da mão. A polícia está convicta de que muitas outras quadrilhas egressas de favelas com UPPs estão entocadas ali. “Essas imagens são apenas a ponta do iceberg. Sabemos que há um enxame de bandidos refugiado naquele complexo de favelas”, afirma um inspetor da 26ª DP, envolvido nas investigações.
O governo do estado já inaugurou trinta UPPs desde 2008. Se o cronograma for seguido à risca, as favelas do Lins também serão ocupadas pela polícia até o fim do ano. É boa notícia. A retomada de territórios do tráfico vem cumprindo o essencial papel de levar serviços básicos a cidadãos de bem que viviam à margem do poder público. Mas o atual vídeo deixa claro que essa é apenas uma de muitas etapas a ser percorridas. A estratégia oficial de não manter segredo sobre as ocupações, com o objetivo de reduzir os riscos de confrontos sangrentos, produz como efeito colateral a fuga maciça de traficantes que escapam com seus arsenais. “É preciso investir mais pesadamente na área de inteligência para rastrear os esconderijos dos traficantes, minar seu poderio bélico e capturá-los”, enfatiza o antropólogo e especialista em segurança Paulo Storani. Sem o cerco implacável à bandidagem, os cartões-postais do crime só vão mudar de cenário.
by Veja

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