by Izidoro Dos Santos
Pai-nosso
na
aula de
geografia
|
O Ministério Público de São Paulo deu o prazo de 15
dias para que a professora evangélica de história Roseli Tadeu Tavares Santana,
de São Bernardo do Campo, explique por que usava até 20 minutos da aula para
orar e pregar o evangelho.
A direção da Escola Estadual Antônio Caputo, do bairro de Riacho Grande, também terá de prestar esclarecimento por não ter impedido o proselitismo da professora, descumprindo assim uma orientação da Secretaria Estadual da Educação.
A ilegalidade só veio à tona porque um estudante de 15 anos que se negou a orar o pai-nosso por não ser cristão sofreu
bullying dos
colegas.
Sebastião da Silveira, 64, pai do adolescente, é sacerdote de candomblé. Ele disse que o seu filho passou a ter problema de saúde e psicológico, como falta de apetite e tic nervoso, por causa do gozação dos estudantes.
O promotor Jairo Edward de Lucas, da Vara da Infância e Juventude de São Bernardo, não aceitou a explicação inicial da professora de que ela falava apenas cinco minutos sobre a Bíblia para “reflexão” dos alunos e que não havia nisso conotação religiosa. Lucas informou que não pretende processá-la, mas ela vai ter de dizer quais são os seus recursos pedagógicos.
Roseli continua dando aula, agora sem pregação religiosa. Silveira quer que ela seja afastada, ao menos nesse período em que está sendo investigada. Ele acusou a direção da escola de ter dado cobertura à professora o tempo todo.
Maria Emília Campi, da Afecab (Associação Federativa da Cultura e Culto Afro-Brasileiros), criticou a Secretaria de Educação por demorar em dar uma solução ao caso.
Daniel Sottomaior, presidente da Atea (Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos), disse que tem aumentado nas escolas de todo o país o bullying por motivo religioso.
"Na maioria das vezes somos procurados por jovens que sofrem preconceito em sala de aula e não sabem como agir”, disse. “Damos algumas orientações, mas o problema é que, por desconhecimento das leis, os próprios professores acabam discriminando os estudantes ateus.”
Sebastião da Silveira, 64, pai do adolescente, é sacerdote de candomblé. Ele disse que o seu filho passou a ter problema de saúde e psicológico, como falta de apetite e tic nervoso, por causa do gozação dos estudantes.
O promotor Jairo Edward de Lucas, da Vara da Infância e Juventude de São Bernardo, não aceitou a explicação inicial da professora de que ela falava apenas cinco minutos sobre a Bíblia para “reflexão” dos alunos e que não havia nisso conotação religiosa. Lucas informou que não pretende processá-la, mas ela vai ter de dizer quais são os seus recursos pedagógicos.
Roseli continua dando aula, agora sem pregação religiosa. Silveira quer que ela seja afastada, ao menos nesse período em que está sendo investigada. Ele acusou a direção da escola de ter dado cobertura à professora o tempo todo.
Maria Emília Campi, da Afecab (Associação Federativa da Cultura e Culto Afro-Brasileiros), criticou a Secretaria de Educação por demorar em dar uma solução ao caso.
Daniel Sottomaior, presidente da Atea (Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos), disse que tem aumentado nas escolas de todo o país o bullying por motivo religioso.
"Na maioria das vezes somos procurados por jovens que sofrem preconceito em sala de aula e não sabem como agir”, disse. “Damos algumas orientações, mas o problema é que, por desconhecimento das leis, os próprios professores acabam discriminando os estudantes ateus.”
Desembargador do TJ é encontrado morto em Santos
MÔNICA BERGAMO
COLUNISTA DA FOLHA
LIGIA MESQUITA
DE SÃO PAULO
COLUNISTA DA FOLHA
LIGIA MESQUITA
DE SÃO PAULO
O
desembargador Adilson de Andrade, 60, do Tribunal de Justiça de SP, foi
encontrado morto na manhã desta terça-feira em sua casa em Santos (litoral de
São Paulo).
O corpo tinha
dois tiros na região do abdômen. Segundo a polícia, a arma do desembargador foi
encontrada no local.
A polícia
ainda apura as causas da morte, que classifica como suspeita. Uma das hipóteses
é de suicídio.
Andrade deixa
três filhos e a ex-mulher.
CARREIRA
Andrade
ingressou na magistratura em 1982, em Araçatuba (527 km de São Paulo). Em
seguida, exerceu a função de juiz nas cidades de Santos, Juquiá, Cotia e São
Vicente.
Mudou-se para
São Paulo em 1993, quando foi transferido para o Fórum Regional do Jabaquara.
Foi promovido a desembargador em 2006 pelo critério de antiguidade.
Atualmente
estava na 3ª Câmara de Direito Privado do TJ-SP.
O
desembargador nasceu em Santos no dia 3 de abril de 1952.
Fonte: FOLHA DE SP