terça-feira, 28 de outubro de 2014

STF autoriza prisão domiciliar para José Dirceu

Mensalão


Ministro Luís Roberto Barroso confirmou a progressão de regime após mensaleiro ter abatido pena com trabalho e estudos

Laryssa Borges, de Brasília
José Dirceu deixa o Centro de Progressão Penitenciária (CPP), em Brasília (DF), em seu primeiro dia de trabalho no escritório de advocacia de José Gerardo Grossi
José Dirceu deixa o Centro de Progressão Penitenciária (CPP), em Brasília (DF), em seu primeiro dia de trabalho no escritório de advocacia de José Gerardo Grossi (Ed Ferreira/Estadão Conteúdo/Estadão Conteúdo)
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta terça-feira que o ex-chefe da Casa Civil José Dirceu, condenado no julgamento do mensalão, possa cumprir o restante da pena de sete anos e 11 meses em regime domiciliar. Relator do processo do mensalão, Barroso confirmou o benefício ao mensaleiro pelo fato de o mensaleiro ter trabalhado e estudado na cadeia e, com isso, aberto caminho para o abatimento de parte dos dias da sentença. Ele permaneceu menos de um ano atrás das grades.
José Dirceu teria direito a progredir para o regime aberto apenas em março de 2015, mas os estudos na cadeia, os livros lidos e trabalhos tanto na Papuda quanto no escritório do criminalista José Gerardo Grossi deram a ele o direito de acelerar a migração para um regime mais benéfico. Como no Distrito Federal não há casas de albergado, estabelecimentos próprios para condenados a regime aberto, a Justiça garante aos detentos nessa condição que sejam beneficiados com prisão domiciliar.

Leia também: Justiça italiana nega extradição e manda soltar Pizzolato
Na próxima semana, Dirceu deve comparecer à Vara de Execuções Penais do Distrito Federal para receber instruções sobre o cumprimento da pena em regime aberto. Para cumprir a pena em casa, o condenado deve, via de regra, assumir o compromisso de morar no endereço declarado e avisar qualquer mudança, permanecer recolhido das 21 horas até as 5 horas da manhã e ficar recluso nos domingos e feriados por período integral nos primeiros meses da pena.


Em maio, durante mais uma tentativa de desqualificar as condenações proferidas pelo STF no julgamento do mensalão, a defesa do ex-ministro da Casa Civil chegou a apresentar recurso à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, órgão da Organização dos Estados Americanos (OEA), acusando o Estado brasileiro de violação de direitos. O mensaleiro, condenado a sete anos e 11 meses pelo crime de corrupção ativa, pedia ainda que a Comissão recomendasse ao Brasil a realização de um novo julgamento para Dirceu, sob a alegação de que foi desrespeitado o princípio do duplo grau de jurisdição.

by Veja

Justiça da Itália nega extradição de Pizzolato, condenado pelo mensalão

28/10/2014

Ex-diretor do Banco do Brasil foi preso na Itália em fevereiro.
Pizzolato ficará em liberdade; PGR anunciou que vai recorrer.

Paolo TomassoneEspecial para o G1, em Bolonha (Itália)*

Veículo da Polícia Penitenciária chega com Henrique Pizzolato ao Tribunal de Bolonha nesta terça-feira (28) (Foto: Paolo Tomassone/Especial para o G1)
Henrique Pizzolato ( Reprodução/GloboNews)
A Corte de Apelação de Bolonha negou nesta terça-feira (28) o pedido do governo brasileiro para que o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado no processo do mensalão, seja extraditado para o Brasil. Na mesma decisão, o tribunal decidiu que ele seria solto "imediatamente", segundo a Procuradoria Geral da República (PGR), que acompanha o caso na Itália.

O governo brasileiro pedia que ele fosse extraditado para cumprir a pena de 12 anos e 7 meses de prisão no Brasil. Pizzolato foi condenado por crimes de corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro.

A PGR já anunciou que vai recorrer da decisão, que pode ser revertida em última instância na Corte de Cassação de Roma. O Ministério da Justiça informou que atuará em conjunto com a Procuradoria e a Advocacia-Geral da União em recurso contra a decisão. Mesmo que a Justiça decida pela extradição, a decisão final ainda caberá ao governo italiano.

Alessandro Silvelli, advogado de defesa de Pizzolato, declarou que o ex-diretor do Banco do Brasil não entendeu a sentença assim que ela foi lida. "Ele está desorientado. Sua saúde está melhor. Pode ser que esta noite ele volte à cadeia em Modena e somente amanhã a sua casa, mas não temos certeza ainda". Silvelli afirmou que "não foi permitido o recolhimento de provas para uma investigação paralela" e que pesou sobre a decisão do juiz "a denúncia sobre as condições das prisões no Brasil".

O advogado ainda disse que a Jusitça italiana negou a extradição sob a justificativa de que o Supremo Tribunal Federal brasileiro é a instância máxima e dessa forma Pizzolato não teve chance de recorrer da sentença. Ainda segundo a defesa, o juiz considerou que o ex-diretor não deveria ter sido julgado no STF porque não era congressista.

Pizzolato ainda responde a processo por ter entrado na Itália usando documento falso, mas pode responder em liberdade. A Justiça ainda vai divulgar por que negou a extradição do brasileiro, que também é cidadão italiano.

O julgamento do pedido foi realizado na Corte de Apelações do Tribunal de Bolonha. Pizzolato, que está detido no presídio Sant’Anna di Modena, na cidade italiana de Modena, chegou por volta das 10h locais (7h de Brasília) ao tribunal, onde acompanhou a audiência. Ele foi transferido em um veículo da Polícia Penitenciária.

A sessão começou às 11h locais (8h de Brasília) e foi suspensa às 15h locais (12h de Brasília). Nesse horário, os juízes responsáveis entraram em uma sala reservada para tomar sua decisão.

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O julgamento do pedido teve início em 5 de junho, mas as juízas responsáveis pelo casoconcederam na época um prazo para que a defesa de Pizzolato analisasse documentos apresentados pelo Ministério Público Federal sobre as condições dos presídios brasileiros.

O Ministério Público da Itália havia se posicionado de forma favorável à extradição no primeiro semestre deste ano.

Em maio, a Justiça do país europeu havia rejeitado o pedido da defesa para que ele pudesse aguardar em liberdade a decisão sobre o processo de extradição.

O caso é polêmico porque ele tem dupla cidadania (brasileira e italiana) e, por isso, o governo italiano, que tem a decisão final, poderia se recusar a extraditá-lo, mesmo com aprovação da Justiça. No entanto, ao contrário do Brasil, não há proibição na legislação italiana para a extradição de nacionais.

Defesa e acusação

Os advogados do condenado no mensalão alegaram à Justiça italiana que as cadeias no Brasil apresentam condições "degradantes", que violam o princípio da dignidade humana.

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O ex-diretor do BB fugiu do Brasil para não ser preso, mas acabou sendo capturado em Maranello, na Itália, por uso de documento falso em fevereiro deste ano.

De acordo com a Procuradoria-Geral da República, o procurador Eduardo Pellela está desde a última sexta (24) na Itália e irá acompanhar o julgamento. Nesta segunda (27), ele se reuniu com procuradores italianos, para trocar informações sobre o processo.

Em entrevista coletiva em julho deste ano, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que o Brasil apresentou à Justiça italiana documentos que comprovam que o presídio da Papuda, no Distrito Federal, e as penitenciárias de Santa Catarina, onde o Pizzolato tem domicílio, têm condições de abrigar o ex-diretor do Banco do Brasil em condições que “respeitam os direitos humanos”.

“Uma das linhas de defesa era dizer que os presídios brasileiros não têm condições de receber o preso. Como o réu também tem direito de cumprir pena em presídios próximos ao domicílio, pedi que indicassem dois presídios em Santa Catarina. Fizemos relatório sobre esses dois presídios para demonstrar que, no cumprimento da pena, não havia ofensa aos direitos humanos”, disse Janot.
* Colaborou o G1, em Brasília

Muda mais, Dilma!

28/10/2014
 


carta_Dilma

Rio, 27 de outubro de 2014

Presidente Dilma,

Parabéns pela reeleição. Os métodos não foram kosher, mas metade do Brasil mostrou que não liga pra isso e outros 30 milhões nem se deram ao trabalho de votar. Então vamos deixar esse assunto para as colunas políticas e a consciência de cada um e falar aqui do que paga as contas no fim do mês: a economia.
Nos próximos dias, os gerentes das empresas vão se reunir com seus diretores para falar do orçamento para 2015. (Sei que a senhora se identifica com isso porque, pelo que leio, Vossa Excelência é vidrada numa planilha Excel, num orçamento, em metas.)
Ao final destas reuniões, os donos das empresas vão decidir o quanto investir no ano que vem, e quantas pessoas empregar para cumprir o seu plano de negócios.
Temo, Presidente, que a expectativa de um PIBinho no Brasil — não só no ano que vem mas durante o seu segundo mandato — fará com que muitos empresários reduzam suas ambições de crescimento, o que vai gerar demissões.
Essas demissões vão afetar, não apenas mas principalmente, muitos daqueles que te reelegeram olhando o aumento da renda pelo retrovisor e sem entender que, depois da próxima curva, a estrada não está pavimentada.
A senhora sabe que a Política não é autônoma em relação à Economia, por mais que o discurso esquerdista adolescente mantenha o contrário (um discurso que rende votos, mas nunca empregos).
A senhora sabe também que as expectativas dos agentes econômicos são a viga-mestra do crescimento. Quando os empresários acreditam, eles investem, e com isso geram os empregos que dão às pessoas cidadania e dignidade. É o tal do ‘espírito animal’ do capitalismo, hoje enjaulado, anestesiado, e sendo alimentado pelos gestores do zoológico com pacotes setoriais seletivos (junk food) em vez de uma ração sadia de contas fiscais em ordem, Banco Central vigilante e regulação estável.
Agora que acabou a eleição, a senhora já pode admitir (pelo menos cá entre nós) que o nosso baixo crescimento não é por causa da crise internacional. Aliás, bela jogada aquela, Presidente: botar a culpa no mundo, num “outro” que é ao mesmo tempo anônimo, intangível, inimputável. (Avise aos seus eleitores que esta última palavra nada tem a ver com “leviana”.)
Presidente, a senhora não nasceu ontem, não veio ao mundo a passeio, sabe que não existe almoço grátis e, mesmo não gostando, sabe o que tem que fazer.
Mude a política econômica, Presidente, e reenergize o Brasil que produz, que investe e que trabalha. Boa parte dessas pessoas ficou com a impressão de que a senhora representa exclusivamente o Brasil que mendiga um subsídio, que tem preguiça ou que precisa de compaixão. Mostre para eles que a senhora consegue ser a Presidente de todos os brasileiros. Das duas Bolsas.
Sei que a senhora gosta do Guimarães Rosa: “O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem.” No ano que vem a economia vai esfriar, apertar e desinquietar, Presidente. Mas a sua coragem pode mudar a história.
Espero que o seu tão festejado ‘Coração Valente’ encontre dentro de si a coragem e a humildade para este mea culpa. Não será necessário ajoelhar no milho, nem bater no peito, nem dizer no microfone, “Errei.” As pessoas só querem ver a mudança — a tal mudança que foi, ironicamente, o mote da sua campanha.
Muda mais, Dilma! Escolha gente séria e capaz para a Fazenda, o Tesouro, o BNDES e o Banco Central — e deixe-os trabalhar. E já que não posso convencê-la a privatizá-las, profissionalize e blinde as estatais contra a infiltração tóxica dos de sempre. Parece impossível, eu sei, mas o seu partido registrou a marca “nunca-antes-na-história-deste-País.” Use-a para uma coisa boa.
Seja coerente com seu discurso de vitória e caminhe para o centro, porque a maior parte dos seus 54,5 milhões de votos não foi ideológica, e sim votos que agradeciam o bem-estar das famílias, a casinha própria, as compras do supermercado, a dignidade que o consumo trouxe.
A melhor forma de combater a inflação, manter os empregos e não perder essas conquistas é reconhecer que a macroeconomia está a perigo, a agenda de microrreformas está parada, e que é hora de mudar.
Mas muda rápido, Presidente. Porque os orçamentos estão aí — é questão de semanas — e o ano que vem não vai ter Copa, não vai ter eleição, mas, do jeito que o clima está, vai ter recessão. E aí não vai ser culpa do Aécio, nem da Marina, nem da crise internacional. Vai ser só a sua teimosia.
Muda mais, Dilma!
Respeitosamente,
GS
PS: Presidente, se esta carta vazar, não fui eu.  Foi o Thomas Traumann, testando a ideia com o mercado. Sei que muitos leitores vão achar uma ingenuidade acreditar em mudança, mas quem sabe a sua intuição e o instinto de sobrevivência do seu partido coloquem as coisas mais ou menos no rumo certo, se não por convicção, por necessidade política? De minha parte, escrevi apenas por desencargo de consciência.
Por Geraldo Samor

Justiça decreta prisão preventiva de babá de ministro chavista

A Justiça Federal decretou a prisão preventiva da venezuelana Jeanette Del Carmen Anza, babá do filho do ministro chavista Elias Jauá Milano (Relações Exteriores), presa pela Polícia Federal na madrugada de sexta feira, 24, ao desembarcar no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos/Cumbica. Em uma maleta preta do ministro, a babá levava um revólver Smith & Wesson calibre 38 municiado e uma extensa agenda política que fala da “derrota permanente do inimigo” e cartilhas; uma delas ensina como “marcar e neutralizar o inimigo” e “como enfrentar crises e conflitos reais”.

 A ordem de prisão preventiva contra Jeanette Anza foi tomada pela juíza Gabriella Naves Barbosa, da 5ª Vara da Justiça Federal de Guarulhos, que rejeitou pedido de liminar em habeas corpus da defesa da babá. Ao mesmo tempo, a magistrada transformou a prisão em flagrante em prisão preventiva – Jeanette Anza terá que responder na penitenciária feminina o processo por tráfico internacional de arma de fogo. “Não obstante a arma de fogo encontrar-se em nome de Elias José Jauá Milano, ministro de Estado da Venezuela, por ora mostra-se temerário conceder a liberdade provisória em favor da paciente (Jeanette)”, assinalou a magistrada, em decisão da última sexta feira, 24. A babá disse que trabalha para Elias Jauá, que está em São Paulo acompanhando a mulher, em tratamento de saúde.

 Jeanette Anza contou na Polícia Federal que o ministro pediu a ela que lhe trouxesse sua maleta preta com documentos, mas orientou-a a tirar o revólver 38. A babá afirmou que “não encontrou” a arma na maleta. Para a juíza Gabriella Naves Barbosa, “não parece crível a versão (de Jeanette), e de que embora fosse alertada da existência de uma arma em seu interior, não logrou localiza-la muito menos entrou em contato com o dono, seu alegado patrão, para obter maiores informações a respeito de seu paradeiro”. 

Segundo a juíza, a babá limitou-se a esclarecer que “na pressa esqueceu de verificar a bolsa externa da maleta” – onde foi encontrada a arma quando Jeanette passava pelo equipamento de raio X, em Cumbica. Ao pedir liminar em habeas corpus para Jeanette a defesa juntou declaração do ministro, segundo o qual, a babá trabalha para ele há 12 anos. Em seu despacho, rejeitando a liminar, a juíza sustentou que “a declaração de Elias não veio acompanhada de prova documental a respeito do suposto vínculo”. “De fato, nos autos não há sequer a documentação pessoal (de Jeanette)”, destaca a magistrada.



by Estadao

Suzane Richthofen deixa ala das evangélicas e se casa com sequestradora na prisão.Escolhida está presa por sequestro e estava casada com Elize Matsunaga, presa pelo esquartejamento do marido



POR O GLOBO
28/10/2014 







SÃO PAULO - Presa há doze anos pela morte dos pais, Suzane von Richthofen casou-se com a colega de prisão em Tremembé, no interior paulista, Sandra Regina Gomes. Sandra foi condenada a 27 anos de prisão pelo sequestro de uma empresária em São Paulo e, antes de casar-se com Suzane, era a companheira de Elize Matsunaga, acusada pela morte e esquartejamento do marido, Marcos Matsunaga, executivo da Yoki. As informações são da edição deste terça-feira do jornal “Folha de S. Paulo”.

Hoje com 30 anos, Suzane chocou o país quando matou os pais barbaramente em outubro de 2002. Ela contou com a ajuda do namorado e do irmão dele, conhecido como "irmãos Cravinhos". Pelo crime, foi condenada a mais de 38 anos de prisão, que têm sido cumpridos no presídio feminino de Tremembé. Na cadeia, a jovem vivia na ala destinada às evangélicas, tendo se convertido à religião.

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Agora, informa a “Folha”, Suzane pediu transferência para a ala das presas casadas com outras detentas. Para isso, é necessário assinar um documento que, em Tremembé, é como uma certidão de casamento. Sandra Regina havia se casado com Elize Matsunaga no começo do ano e a separação teria ocorrido porque a sequestradora se apaixonou por Suzane, conhecida em Tremembé por arrebatar corações de homens e mulheres.

Em agosto, Suzane abriu mão de pedir a progressão de pena para o regime semiaberto. Se o benefício fosse concedido, ela teria de se mudar de prisão, já que não há uma ala de detentas em regime semiaberto em Tremembé. Ela também teria desistido de tentar receber parte da herança dos pais.


Read more: http://oglobo.globo.com/brasil/suzane-richthofen-deixa-ala-das-evangelicas-se-casa-com-sequestradora-na-prisao-14382939#ixzz3HSIc11sD

Governo brasileiro paga quase US$ 1 bi a mais pelos 36 caças suecos

Investimento anunciado era de US$ 4,5 bilhões, 
mas contrato assinado foi no valor de US$ 5,4 bilhões

POR O GLOBO
27/10/2014
O caça Gripen, da sueca Saab: Brasil comprará 36 unidades - Fabrice Coffrini / AFP



ESTOCOLMO - A empresa sueca Saab anunciou nesta segunda-feira que assinou contrato com o Brasil para o fornecimento de 36 caças Gripen NG (de nova geração), incluindo 28 aviões de apenas um motor e oito aeronaves bimotores. O valor total da encomenda é de cerca de 39,3 bilhões de coroas suecas (US$ 5,4 bilhões). Um gasto que supera em quase US$ 1 bilhão o custo anunciado pelo governo em dezembro de 2013, que era de US$ 4,5 bilhões.

Naquela ocasião, o governo brasileiro selecionou o Gripen NG para ser seu próximo caça de nova geração, através do programa F-X2, do governo federal, criado em 2001 mas que ganhou força durante a gestão do presidente Lula. Desde então, as partes vinham negociando para finalizar um contrato, sendo que o anúncio desta segunda-feira marca a conclusão desse processo.

A Saab também assinou um contrato de cooperação industrial, que incluirá transferências de tecnologia à indústria brasileira nos próximos dez anos. Uma das condições imposta pelo governo brasileiro para disputar o contrato era a garantia de que a fabricação das aeronaves fosse realizada em território nacional.

Segundo nota da Saab, a Embraer será parceira estratégica no programa. “Como parte da transferência de tecnologia, a indústria brasileira terá importante papel no desenvolvimento e será responsável pela produção do modelo Gripen NG de dois lugares para a Força Aérea brasileira”.

TRÊS PAÍSES DISPUTARAM CONTRATO

Os municípios de São Bernardo do Campo e São José dos Campos, ambos em São Paulo, já se preparam para receber os futuros investimentos. As entregas às Forças Armadas brasileiras acontecerão entre 2019 e 2024, informou a empresa. O contrato deve entrar em vigor no primeiro semestre de 2015.

Caças de três países disputaram o contrato com o governo brasileiro, que escolheu o modelo sueco em dezembro. Além do vencedor, o sueco Gripen, estavam na disputa o americano Boeing F/A-18 Super Hornet e o francês Dassault Rafale F3. O modelo da Saab substituirá os Mirage 2000, aposentados no começo deste ano.

“Estamos orgulhosos de estar ao lado do Brasil dentro deste programa tão importante”, afirmou o presidente da Saab, Marcus Wallenberg. “O contrato com o Brasil confirma que o Gripen é o sistema de avião de combate mais capaz e mais moderno”, afirmou, em comunicado oficial, o diretor-geral da Saab, Håkan Buskhe.

Brasil e Suécia serão os primeiros países a usar a nova geração dos caças. O Gripen é usado pela Aeronáutica da Suécia, República Tcheca, Hungria, África do Sul e Tailândia.

Read more: http://oglobo.globo.com/economia/negocios/governo-brasileiro-paga-quase-us-1-bi-mais-pelos-36-cacas-suecos-14371313#ixzz3HPLikCym

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Mar de Gelo da Antártica alcança expansão recorde



Escrito por: Cristiano Junta em Geografia, Notícias


Contra previsões de cientistas o gelo marinho ao redor da Antártica atingiu um novo recorde de extensão em 2014. Pois é, quando todas as previsões sobre o aquecimento global aponta um derretimento das calotas polares, dados de satélite mostram que nunca houve tanto gelo marinho na Antártica.


Em 19 de setembro de 2014, a média de cinco dias de extensão do gelo marinho antártico ultrapassou 20 milhões de quilômetros quadrados, este é um recorde história que pela primeira vez ultrapassou a medição feita em 1979, quando começou a série de dados confiáveis.


A tendência de aumento na Antártida, no entanto, é apenas cerca de um terço da magnitude de gelo marinho perdido no Oceano Ártico. Segundo, Claire Parkinson, pesquisador da NASA, o novo recorde de gelo marinho na Antártida reflete a diversidade e a complexidade dos ambientes da Terra.






Mar de Gelo da Antártica alcança expansão recorde
O mar de gelo da Antártida e o aquecimento global

Assim como as temperaturas em algumas regiões do planeta estão ficando mais frias do que a média global, mesmo em processo de aquecimento global, o gelo marinho da Antártida tem com o passar dos anos contrariando a tendência global de derretimento de gelo.



Parkinson, afirma que “O planeta como um todo está fazendo o que se esperava em termos de aquecimento. O gelo marinho como um todo está diminuindo conforme o esperado, mas, ainda assim não há queda local da quantidade de gelo marinho.”


Desde o final da década de 1970, o Ártico perdeu uma média de 53.900 quilômetros quadrados de gelo por ano. Já a Antártida ganhou uma média de 18.900 quilômetros quadrados de gelo. Em 19 de setembro deste ano, pela primeira vez desde 1979, a extensão de gelo marinho antártico ultrapassou 7.720.000 quilômetros quadrados, de acordo com dados do Centro de Estudos de Neve e Gelo da NASA.


Segundo o instituto a extensão máxima média de gelo na Antártica entre 1981 e 2010 foi de 7,23 milhões de quilômetros quadrados. A média da cobertura de gelo em cinco dias este ano alcançou um pico máximo em 22 de setembro, quando chegou a 7.760.000 quilômetros quadrados. Constituindo um ponto máximo na série histórica de registro.





Ao mesmo tempo o gelo no Ártico atingiu um grau mínimo em dez anos. Por que essas tendências vão em direções opostas? Perguntam-se os pesquisadores do instituto.


Um clima mais quente muda os padrões climáticos, disse Walt Meier, cientista pesquisador do instituto. Às vezes, esses padrões climáticos fazem com que ar mais gelado comece a se concentrar em algumas áreas. Ainda segundo Meier, como nenhuma barreira geográfica de terra limita a expansão do gelo marinho na Antártica, diferentemente do Ártico, o gelo pode expandir-se facilmente.



Os pesquisadores também estão investigando uma série de outras explicações possíveis. Uma pista, segundo Parkinson, para explicar esse fenomeno poderia ser encontrada na Península Antártica. Essa porção de terra que se estende em direção à América do Sul esta tendo temperaturas mais altas do que no resto da Antártica. Isto provocaria o fato de que no Mar de Bellingshausen o gelo marinho esteja diminuindo.



Em oposição, a região do Mar de Ross tem visto alguns dos maiores aumentos na extensão do gelo marinho antártico. Isso sugere, segundo os pesquisadores da NASA, que um sistema de baixa pressão centrada no Mar de Amundsen poderia estar intensificando ou mudando os padrões de vento e circulação de ar quente sobre a Península Antártica, ao mesmo tempo em que esta jogando o ar frio do continente antártico sobre o Mar de Ross.


Segundo Parkinson, “Não houve uma explicação ainda que eu diria que se tornou um consenso”. Ainda segundo ele “O mar de gelo da Antártida é uma daquelas áreas em que as coisas não foram totalmente como eram esperadas. Portanto, é natural que os cientistas se perguntem ‘OK, isso não é o que esperávamos, agora, como podemos explicar isso?’”.

Referencias
NASA. Antarctic Sea Ice Reaches New Record Maximum. Diponível em <https://www.nasa.gov/content/goddard/antarctic-sea-ice-reaches-new-record-maximum/index.html>. 

A campanha de Dilma Rousseff em fotos



Foto de identificação de Dilma feita pelo Departamento de Ordem Pública e Social (Dops) após a sua prisão em 1970. A petista relembrou o passado de luta contra a ditadura na campanha presidencial.
Foto de identificação de Dilma feita pelo Departamento de Ordem Pública e Social (Dops) após a sua prisão em 1970. A petista relembrou o passado de luta contra a ditadura na campanha presidencialCrédito: AFP
Militante usa adesivos pró-Dilma em marcha LGBT na orla de Copacabana, no Rio de Janeiro. Para se opor a Marina Silva, Dilma encampou a bandeira da criminalização da homofobia ao final do primeiro turno.
Militante usa adesivos pró-Dilma em marcha LGBT na orla de Copacabana, no Rio de Janeiro. Para se opor a Marina Silva, Dilma encampou a bandeira da criminalização da homofobia ao final do primeiro turnoCrédito: Getty Images/AFP
Encontro da presidente com professores e integrantes de movimentos sociais na capital paulista em outubro. No ato, ela recebeu apoio de grupos próximos ao PT.
Encontro da presidente com professores e integrantes de movimentos sociais na capital paulista em outubro. No ato, ela recebeu apoio de grupos próximos ao PTCrédito: NurPhoto
Dilma almoça em restaurante popular no, Rio de Janeiro. O convite partiu de Anthony Garotinho (PR). A petista contou com o apoio dos quatro principais candidatos ao governo no Estado
Dilma almoça em restaurante popular no, Rio de Janeiro. O convite partiu de Anthony Garotinho (PR). A petista contou com o apoio dos quatro principais candidatos ao governo no EstadoCrédito: AP
Em cidade satélite de Brasília, crianças passam por propaganda de Dilma, do governador Agnelo Queiroz e do candidato ao senado Geraldo Magela. Os dois petistas foram derrotados, e Dilma ficou em terceiro lugar no primeiro turno no Distrito Federal.
Em cidade satélite de Brasília, crianças passam por propaganda de Dilma, do governador Agnelo Queiroz e do candidato ao senado Geraldo Magela. Os dois petistas foram derrotados, e Dilma ficou em terceiro lugar no primeiro turno no Distrito FederalCrédito: AP
A petista concede entrevista a jornalistas no Palácio do Planalto. O local escolhido para os pronunciamentos de campanha gerou polêmica – e foi criticado até pelo ministro do Tribunal Superior Eleitoral, Dias Tóffoli
A petista concede entrevista a jornalistas no Palácio do Planalto. O local escolhido para os pronunciamentos de campanha gerou polêmica – e foi criticado até pelo ministro do Tribunal Superior Eleitoral, Dias TóffoliCrédito: REUTERS
Dilma participa de ato político com intelectuais e artistas no Rio de Janeiro. No evento, Dilma recebeu o apoio de músicos e atores, como Chico Diaz (à.esq na foto).
Dilma participa de ato político com intelectuais e artistas no Rio de Janeiro. No evento, Dilma recebeu o apoio de músicos e atores, como Chico Diaz (à.esq na foto)Crédito: REUTERS
A presidente na Assembleia Geral da ONU. Dilma causou polêmica ao defender, em seu discurso, o diálogo com os decapitadores muçulmanos.
A presidente na Assembleia Geral da ONU. Dilma causou polêmica ao defender, em seu discurso, o diálogo com os decapitadores muçulmanosCrédito: REUTERS
Dilma participa de selfie com trabalhadores no Rio de Janeiro. No horário eleitoral, a campanha da presidente pediu aos eleitores que interagissem enviando fotos tiradas com a petista
Dilma participa de selfie com trabalhadores no Rio de Janeiro. No horário eleitoral, a campanha da presidente pediu aos eleitores que interagissem enviando fotos tiradas com a petistaCrédito: REUTERS
A presidente participa de ato de campanha em São Paulo com o prefeito paulistano, Fernando Haddad, e o ex-presidente Lula. No estado, Dilma teve o pior desempenho do PT em um primeiro turno desde 2002
A presidente participa de ato de campanha em São Paulo com o prefeito paulistano, Fernando Haddad, e o ex-presidente Lula. No estado, Dilma teve o pior desempenho do PT em um primeiro turno desde 2002Crédito: REUTERS
Militantes recolhem material da candidata Dilma Rousseff na reta final do primeiro turno. Ao contrário do que ocorria nas antigas campanhas do PT, a maior parte dos cabos eleitorais recebeu dinheiro pelo trabalho
Militantes recolhem material da candidata Dilma Rousseff na reta final do primeiro turno. Ao contrário do que ocorria nas antigas campanhas do PT, a maior parte dos cabos eleitorais recebeu dinheiro pelo trabalhoCrédito: REUTERS
Dilma assiste a uma apresentação de ginástica artística em São Paulo. A presidente ampliou a agenda no estado, durante o segundo turno, para diminuir a vantagem de Aécio Neves
Dilma assiste a uma apresentação de ginástica artística em São Paulo. A presidente ampliou a agenda no estado, durante o segundo turno, para diminuir a vantagem de Aécio NevesCrédito: REUTERS
Em um restaurante no Rio de Janeiro, televisores exibem a propaganda eleitoral de Dilma. O marqueteiro João Santana, com um currículo de vitórias no Brasil e no exterior, deu o tom agressivo dos programas
Em um restaurante no Rio de Janeiro, televisores exibem a propaganda eleitoral de Dilma. O marqueteiro João Santana, com um currículo de vitórias no Brasil e no exterior, deu o tom agressivo dos programasCrédito: REUTERS
Dilma acena para eleitores na chegada a evento da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) A entidade é historicamente ligada ao PT.
Dilma acena para eleitores na chegada a evento da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) A entidade é historicamente ligada ao PTCrédito: REUTERS
Após votar no primeiro turno em Porto Alegre, a candidata à reeleição cumprimenta eleitores antes de embarcar de volta para Brasília. A disputa do segundo turno foi a mais acirrada entre PT e PSDB
Após votar no primeiro turno em Porto Alegre, a candidata à reeleição cumprimenta eleitores antes de embarcar de volta para Brasília. A disputa do segundo turno foi a mais acirrada entre PT e PSDBCrédito: REUTERS

Uruguai escolherá seu presidente no segundo turno


Os candidatos da Frente Ampla e do Partido Blanco vão se enfrentar em 30 de novembro

O candidato à presidência do Uruguai, Tabaré Vázquez. / M. G. E. (BLOOMBERG)
Os uruguaios vão precisar ir às urnas pela segunda vez no próximo 30 de novembro para escolher o sucessor de José Mujica. Como vaticinaram todas as pesquisas, nenhum candidato obteve neste domingo no Uruguai os 50% de votos mais um que seriam necessários para se eleger presidente no primeiro turno.
Portanto, a presidência será disputada entre o candidato da coalizão esquerdista Frente Ampla,Tabaré Vázquez (74 anos), e o do Partido Nacional, Luis Lacalle (41), que obtiveram cerca de 47% e 32% dos votos respectivamente. Depois deles vieram o Partido Colorado, com 13%, e o Independente, em torno de 3%, segundo os resultados preliminares.
Em relação às eleições legislativas, que também foram realizadas neste domingo, os primeiros resultados não garantiam para a Frente Ampla a maioria absoluta ostentada desde 2004 no Parlamento, com a qual poderia ver-se obrigada a fazer alianças. Além das eleições presidenciais e legislativas, os uruguaios votaram em plebiscito a opção de reduzir a maioridade penal de 18 para 16 anos, um projeto apresentado pelo centro direitista Partido Colorado por meio da coleta de assinaturas. Apesar de a insegurança da população ser a principal preocupação dos cidadãos, segundo todas as pesquisas, a redução da maioridade penal não foi aprovada.
As conquistas estão aí. Mas, como acontece no Chile, o eleitorado se tornou mais exigente
Agora, os partidos terão de acomodar suas estratégias com vistas às eleições presidenciais de 30 de novembro. Tabaré Vázquez era o grande favorito há um ano. Tinha tudo em seu favor: a trajetória de um homem honesto que presidiu o país entre 2005 e 2010 e permaneceu até hoje como o político mais popular, ainda mais até do que José Mujica. E contava, além disso, com os inegáveis sucessos econômicos da Frente Ampla, que em 10 anos de Governo conseguiu erradicar a pobreza para 900.000 pessoas, quase um terço da população, e deixou o desemprego no nível mais baixo (6%) da história. No entanto, Vázquez viu, nos últimos quatro meses, o deputado do Partido Blanco, Luis Cacalle, de 41 anos, diminuir a distância.
Lacalle se apresentou com uma mensagem de ruptura: “Pelo positivo”. Ou seja, pelo diálogo, pelo reconhecimento das conquistas da Frente. E esclareceu que ele não é de direita nem de esquerda, mas um “pragmático”, um “liberal conservador” que coloca a gestão acima de qualquer ideologia. Mas uma parte do eleitorado observa por trás de Lacalle a mesma mão neoliberal com a qual seu partido, com seu pai à frente, o presidente Luis Lacalle Herrera (1990-1995), executou nos anos noventa o maior programa de privatizações do país. Lacalle tentou combater esse ponto escondendo seu pai no último lugar da lista para o Senado e mostrou em sua propaganda eleitoral imagens com as quais o eleitorado identifica as conquistas da Frente: moinhos de energia eólica, computadores nas escolas...
As conquistas estão aí. Mas, como acontece no Chile, o eleitorado se tornou mais exigente. E se impacienta diante das promessas não cumpridas. O presidente, José Mujica, prometeu em seu primeiro discurso presidencial “educação, educação, educação e mais educação”. Mas, no relatório PISA de 2012, o Uruguai obteve o pior resultado de sua história.
O progresso social criou estridências que são percebidas na rua
O progresso social criou estridências que são percebidas na rua. Montevidéu, município onde vive a metade dos habitantes do país e de onde a Frente governa, tem 24 quilômetros de orla às margens do Rio da Prata. Nesse calçadão, conhecido como La Rambla, sempre há gente pescando, passeando, correndo e andando de bicicleta. O problema é que os ciclistas só dispõem de dois quilômetros de La Rambla. E é nesse sentido que o argentino residente no Uruguai, Gustavo Izús, coordenador da plataforma Ciclovida, lamenta: “Temos na cidade um Governo progressista há 20 anos que fez muito pouco por um meio tão progressista quanto a bicicleta. Enquanto isso em Buenos Aires, governada por um partido de centro-direita, há serviço de aluguel grátis de bicicletas”.
O responsável pela Mobilidade Urbana de Montevidéu, Enrique Moreno, responde: “Dizer que não fizemos nada pela bicicleta é desconhecer a história deste país. Em 2002, houve uma crise na qual as pessoas não tinham dinheiro nem para tomar o transporte público e usavam bicicletas por obrigação. Agora há muita gente de carro e moto. E não são suficientes os 20 quilômetros de ciclovias que criamos no centro velho da cidade. Queremos os mesmos avanços da Alemanha, mas não temos essa receita”.
O presidente que for eleito em novembro já sabe que resta um longo caminho a percorrer, muitos quilômetros de estradas para arrumar, muitas reformas educacionais, grandes melhorias em segurança. E muito diálogo para enfrentá-las.
by EL PAÍS

Avaaz se enrola na própria esperteza, petição contra DILMA atinge 400 mil assinaturas. DESAPARECE o abaixo assinado gigante contra DILMA que estava no site da AVAAZ. Hoje a tarde percebeu-se que sumiu o documento que já tinha mais de 700 mil assinaturas.


 Última atualização em Dom, 26 de Outubro de 2014
Avaaz se enrola na própria esperteza, petição contra DILMA atinge 400 mil assinatura



A mídia esquerdista Avaaz é dirigida no Brasil por Pedro Abramovay, ex-secretário nacional de políticas anti-drogas, aquele que queria "liberar geral", que defendeu o fim da prisão para “pequenos traficantes” (???). Pois é, mesmo com esse indivíduo à frente a Avaaz conseguiu no Brasil arregimentar mais de 20 milhões de associados. Associados são aquelas pessoas que se cadastraram para assinar uma de suas petições online, estes recebem em suas caixas de e-mail convites para assinar as novidades que surgem no site.

Uma das primeiras mancadas da Avaaz no Brasil foi ter retirado do site a petição que defendia Silas Malafaia da cassação do registro de psicólogo, a petição ultrapassou, em número de assinaturas, a que defendia que Malafaia não deveria ser mais psicólogo. Essa ação autoritária e anti-democrática desmascarou o site de petições diante de toda a sociedade brasileira. Mas isso teve seu lado bom, agora o site deve relutar mais em retirar petições que vão contra seus interesses políticos.

É obvio que os abaixo-assinados da Avaaz não tem nenhum poder legal. O abaixo-assinado pedindo a deposição de Renan Calheiros teve mais de 1 milhão de signatários, mas em nada resultou. Contudo, essas listas virtuais servem, assim como os abaixo-assinados feitos em outros sites, para mostrar as tendências políticas da sociedade brasileira.

Como dissemos, a Avazz envia e-mails insistentes convidando os associados para participar de suas petições. Eles também divulgam as principais petições na primeira página do site. Como têm feito ao anunciar o abaixo-assinado que pede que se conceda asilo para Edward Snowden.

Mas eles só fazem esse tipo de campanha, ou seja, só enviam e-mails e dão destaque nas primeiras páginas do site, para as ações que lhes interessam politicamente. Eu não recebi nenhum e-mail pedindo para participar da campanha que pede a saída de Dilma Rousseff, e o abaixo-assinado já conta com mais de 400 mil assinaturas. E eu não conheço ninguém que recebeu convites vindos da avaaz para participar desse “ato” virtual. A campanha também não aparece nos destaques da primeira página do site. Vasculhando o site da Avaaz descobrimos que há outro abaixo-assinado contra Dilma “escondido”, esse conta com “apenas” 168 mil assinaturas.



Será que o site esconde os abaixo-assinados que mostram que o PT anda em baixa no Brasil?

568 mil assinaturas é um número que não pode ser desprezado por ninguém, por consideração aos signatários e pela própria importância da coisa. Se isso crescer pode mostrar que Dilma não é tão aceita como tenta-se fazer parecer.

Por esses motivos concluímos que a Avaaz é uma espécie de ferramenta política que deve ser observada de perto. Com um cadastro de mais de 20 milhões de e-mails eles podem jogar no lixo a reputação de qualquer pessoa nesse país. Assim como podem, com as informações inseridas nos e-mails, influenciar nas decisões de seus associados.

Cuidado com a Avaaz. Cuidado com o que você recebe em seu e-mail.

Aqui o link da petição

by sociedademilitar

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