sábado, 21 de abril de 2012

Grampo no dos outros é refresco



by Prosa e Politica


Luiz Antônio Pagot, ex-diretor geral do Dnit, defenestrado por suspeita de corrupção que ainda está sendo investigada pela Polícia Federal, ‘denuncia’ que foi grampeado. Em entrevista, Pagot disse saber que era monitorado, que as escutas podem ter sido plantadas num “trabalho escuso de alguns agentes da própria PF”.
Minha memória é fogo, e isso me fez recordar um episódio curioso. Em 2005, ainda como colunista do jornal A Gazeta, fui a uma palestra no município de Diamantino a convite de Luiz Antonio Pagot, então secretário-chefe da Casa Civil de Mato Grosso. Quando voltávamos, um rapaz que eu não conhecia, voltou no mesmo carro. Muito falante o rapaz, que também parecia não saber quem eu era, começou a conversar com Pagot, chamado de ‘chefe’:
- A situação lá na Sefaz está complicada, chefe. Os fiscais estão muito zangados.
- É? Por quê? Foram pegos roubando?
- Não, chefe, eles descobriram que fomos nós que mandamos colocar os grampos.
Mal o rapaz terminou a frase e foi interrompido por Pagot que, incomodado, tentava mudar de assunto. Nisso eu perguntei:
- Como é? A Casa Civil mandou grampear os fiscais da Sefaz?
O rapaz não conseguiu responder por que Pagot finalizou dizendo a ele, rispidamente, que alguns assuntos não podiam ser falados na minha frente.
É, grampo no dos outros é refresco

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