sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Relembrando o passado...E continuando meus questionamentos, do porque escolhi viver minha vida da forma que vivo. Penso que preciso apenas disso. e isso é pouco. e no entanto nao consigo.Pelo simples fato que sempre vem ou tem alguem para se meter e estragar. Simplesmente complicando. O que para mim parece tao fácil.




A graça da vida é não saber.
 Fica sereno quem
arruma, com os entes e as coisas, o seu museu de
encantamentos.
Sem fichas.
Nunca que eu quis
explicações sobre o que eu tenho sentido. Vejo os
meus sonhos.
Ouço as minhas músicas.
 Ando pelos
meus jardins.
 Dou à minha gulodice o prazer que ela me
fantasia.
 Estas mãos, tantas vezes pousadas em livros,
em flores, em outros alimentos terrestres, continuam
mãos abertas a todas as surpresas.
 Um dia, na praia, o
cavalheiro erudito, indo até lá, como disse: “para sorver
o ar isolado”, porque me encontrou adorando a cor do
céu, logo se manifestou:
 — Sabe por que é azul a cor do
céu?
Confessei humilde:
 — Não.
 E não me conte,
pelo amor de Deus!



MOREYRA, Álvaro. As amargas, não. RJ: Editora Lux, 2ª ed., 1955

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