quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

Dia 10 fará um ano que o TRF-1 extinguiu ação principal da Operação Sanguessuga, que desmantelou máfia das ambulâncias

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Valber Melo
10 Fev 2021
O Tribunal Regional Federal da Primeira Região, em Brasília, extinguiu a punibilidade do empresário Luiz Vedoin na ação principal da Operação Sanguessuga, que tramitava desde o ano de 2006. O empresário foi defendido pelo advogado Valber Melo.
Após longos anos de tramitação e sucessivos recursos da defesa e após a condenação em sede de primeira instância, o TRF1, sob a relatoria do desembargador Ney Bello, declarou a prescrição e extinguiu a punibilidade do empresário.
O caso teve ampla repercussão e ficou conhecido como o “ Escândalo dos Sanguessugas” e “Máfia das Ambulâncias”. Segundo a Polícia Federal, à época, organização negociou o fornecimento de mais de mil ambulâncias em todo o País. A movimentação financeira total do esquema seria de cerca de R$ 110 milhões, tendo iniciado em 2001.
Por conta da colaboração do empresário, foi instaurada também a famosa Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Sanguessugas. Em 10 de agosto de 2006, a CPI aprovou um relatório parcial em que foi recomendada a abertura de processo de cassação de 72 parlamentares.
Em outubro de 2006, somente cinco deputados se reelegeram e dois senadores continuaram com o mandato, que estava na metade.

Entenda o caso:
CPI dos Sanguessugas divulga lista com 57 parlamentares investigados por fraudes

Publicado por Expresso da Notícia
há 16 anos

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga as fraudes de emendas parlamentares para a compra superfaturada de ambulâncias divulgou, no dia 18 de julho, o nome de 56 deputados e um senador investigados pela Procuradoria Geral da República. A lista foi divulgada após negociação da presidência da CPMI e os ministro Gilmar Mendes do Supremo Tribunal Federal - STF. Desse total, 15 parlamentares já foram notificados e já enviaram suas defesas por escrito. Outros 42 estão sendo notificados.
O presidente da CPMI, deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ), enfatizou que a divulgação da lista não significa que os parlamentares são culpados. E, sim, investigados. “Nem a procuradoria e nem nós temos certeza dos culpados, porque se o procurador tivesse certeza, ao invés de pedir abertura de inquérito, teria feito as denúncias”, disse o petista. A abertura de inquérito contra os parlamentares foi feita com a autorização do Supremo Tribunal Federal, porque, pela Constituição , os parlamentares tem foro privilegiado.
Atualmente, as investigações estão sob sigilo de Justiça e esse era a principal questão para divulgar os dados. Contudo, Biscaia argumenta que a notificação oficial de parlamentares é uma forma de torna pública a investigação. “A simples divulgação não significa nenhuma violação de sigilo uma vez que o ministro Gilmar Mendes autorizou a CPI divulgar os investigados e não os autos”, explicou. “Não se pode impedir que a sociedade e os meios de comunicação tenham acesso aos nomes que estão sendo notificados.”

Três integrantes da Mesa da Câmara são investigados


Dos sete membros titulares da Mesa Diretora da Câmara, três integram a lista de investigados pela Procuradoria Geral da República por suspeita de envolvimento nas fraudes em emendas para a compra superfaturada de ambulâncias com recursos públicos. São eles: Nilton Capixaba (PTB-RO) - segundo secretário; Eduardo Gomes (PSDB-TO) - terceiro secretário; e João Caldas (PL -AL)- quarto secretário. Os três estão afastados das reuniões do colegiado. No entanto, permanecem no exercício de seus cargos.
Os estados que mais têm parlamentares citados na documento são o Rio de Janeiro (13), São Paulo (10) e Mato Grosso. Neste estado, dos oito representantes da Câmara dos Deputados, cinco fazem parte da lista. As investigações pela Polícia Federal, que descobriu a Máfia dos Sanguessugas recentemente, começaram em Mato Grosso, onde se localiza a sede da Planan, empresa responsável por chefiar o esquema, liberar os recursos e montar as ambulâncias que eram vendidas, de forma superfatudada, às prefeituras.
Os quinze primeiros parlamentares que tiveram seus nomes encaminhados pela Procuradoria Geral da República à CPMI foram notificados do processo e já apresentaram suas defesas por escrito. Os outros 42 nomes entregues pelo Procurador Antônio Fernando Souza ao presidente da Comissão Parlamentares de Inquérito dos Sanguessugas, deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ), começaram a ser notificados hoje. Eles têm cinco dias úteis, a partir da notificação, para apresentarem suas defesas por escrito.

Prazo
A CPMI tem como foco investigar o envolvimento de parlamentares no esquema de compra superfaturada de ambulâncias para os municípios, por meio de emendas apresentadas por parlamentares, investigação deflagrada pela Polícia Federal na Operação Sanguessuga (leia abaixo).A CPMI tem o prazo regimental de 180 dias, lembrou o deputado Raul Jungmann (PPS-PE). Ele integra a comissão e deverá ser indicado sub-relator dos trabalhos, juntamente com o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ). "Após divulgarmos os primeiros resultados, continuaremos com as investigações", observou Jungmann. O primeiro relatório deverá ser apresentado daqui a um mês, segundo informou o presidente da comissão.

Apresentação de defesa
Os parlamentares incluídos na lista foram procurados pela produção da Agência Câmara. Os que foram localizados alegaram que são inocentes e que vão apresentar defesa na CPMI. Os parlamentares tem cinco dias para apresentar a defesa por escrito.

Placar sinistro
Do total de 57 parlamentares que serão investigados, 13 são do PTB e 13 do PP.
Em segundo lugar, vem o PL, com 10 parlamentares envolvidos.
O PMDB possui cinco envolvidos, seguido do PSB e PFL, ambos com quatro investigados;
O PSDB tem três envolvidos;
O PRTB tem dois e o PPS um parlamentar investigado.
Do total de 57 parlamentares envolvidos, 19 são evangélicos.

Veja a lista dos 57 parlamentares investigados por fraudes na saúde
A Operação deflagrada pela Polícia Federal em 4 de maio 2006 para desarticular um esquema de fraudes em licitações na área de saúde. De acordo com a PF, a quadrilha negociava com assessores de parlamentares a liberação de emendas individuais ao Orçamento da União para que fossem destinadas a municípios específicos.
Com recursos garantidos, o grupo - que também tinha um integrante ocupando cargo no Ministério da Saúde - manipulava a licitação e fraudava a concorrência valendo-se de empresas de fachada. Dessa maneira, os preços da licitação eram superfaturados, chegando a ser até 120% superiores aos valores de mercado.
O "lucro" era distribuído entre os participantes do esquema. Dezenas de deputados são acusados.Segundo a Polícia Federal, a organização negociou o fornecimento de mais de mil ambulâncias em todo o País. A movimentação financeira total do esquema seria de cerca de R$ 110 milhões.
Na operação foram presos assessores de deputados, os ex-deputados Ronivon Santiago e Carlos Rodrigues, funcionários da Planam (empresa acusada de montar o esquema de superfaturamento e pagamento de propinas) e a ex-assessora do Ministério da Saúde Maria da Penha Lino.
A seguir, uma lista de pessoas ou autoridades que perderam seus cargos em consequência do escândalo das sanguessugas - também chamado escândalo das ambulâncias. A ação penal relacionada à máfia dos sanguessugas tramita na Justiça Federal do Mato Grosso.

Maria da Penha Linho, assessora do Ministério da Saúde, presa em 4 de maio, juntamente com 43 outras pessoas acusadas de envolvimento com o caso das vendas fraudulentas das ambulâncias investigado pela Polícia Federal na Operação Sanguessuga. A funcionária é acusada de advocacia administrativa, corrupção passiva, crime contra a ordem tributária, fraude em licitação, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Foi solta em 20 de junho.
Jairo Langoni de Carvalho, assessor do Ministério da Saúde, Carvalho foi acusado de corrupção passiva, crime contra a ordem tributária, fraude em licitação, lavagem de dinheiro, advocacia administrativa e formação de quadrilha.
Carlos Rodrigues, mais conhecido como Bispo Rodrigues. Em fevereiro de 2004, perdeu cargo de bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, após se envolver com o caso Waldomiro Diniz, também conhecido como escândalo dos bingos. Em outubro de 2005, renunciou o cargo de deputado, após se envolver com o mensalão. No dia 4 de maio de 2006, apresentou-se à Polícia Federal, para evitar prisão em flagrante, durante a Operação Sanguessuga. Foi um dos dois ex-deputados presos durante a Operação Sanguessuga (o outro foi Ronivon Santiago). Em diálogo gravado, um funcionário do empresário Darci Vedoin, líder da quadrilha, revela que deu 9.000 reais ao deputado. Horas depois da prisão, o PL expulsou Rodrigues do partido. Ele foi acusado de corrupção passiva, fraude em licitação e formação de quadrilha. A escuta fundamentou o pedido de prisão contra ele. Em 24 de maio, Rodrigues entrou com recurso, para responder ao processo em liberdade, direito que foi estendido aos outros 43 presos durante a operação. Mas, no dia seguinte, em menos de 24 horas, a presidenta do STJ, Ellen Gracie, revogou o alvará da soltura de todos os acusados.[1] Rodrigues se entregou no dia 25 de maio. Em 2009, Rodrigues voltou a trabalhar para a Igreja Universal.
Ronivon Santiago, ex-deputado que, em 1997, já tinha sido envolvido no escândalo de pagamento aos parlamentares para aprovarem no Congresso Nacional a emenda constitucional que permitiu a reeleição dos ocupantes de cargos no Poder Executivo. Foi preso com outras 43 pessoas no dia 4 de maio, acusado de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, crime contra ordem tributária e formação de quadrilha. Ronivon admitiu ter recebido dinheiro do esquema dos sanguessugas, mas disse que eram doações eleitorais legais. Quando foi preso pela PF, já não era mais deputado. Havia deixado a casa em 2005, cassado por comprar votos na eleição de 2002. No caso dos sanguessugas, é réu por formação de quadrilha.[2]
Marcelo Cardoso Carvalho, assessor do senador Ney Suassuna (PMDB-PB), detido pela Polícia Federal durante a Operação Sanguessuga, em 4 de maio, acusado de corrupção passiva, crime contra ordem tributária, fraude em licitação, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
Adarildes Costa, assessor do deputado Pastor Pedro Ribeiro (PMDB-CE), foi detido pela Polícia Federal na Operação Sanguessuga, também no dia 4 de maio. Ele é acusado de corrupção passiva, crime contra a ordem tributária, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
Cristiano de Souza Bernardo, assessor do deputado Vieira Reis (PRB-RJ), detido pela Polícia Federal na Operação Sanguessuga, também no dia 4 de maio. É acusado de fraude em licitação, corrupção passiva e formação de quadrilha.
Roberto Arruda de Miranda, funcionário do Ministério do Desenvolvimento, cedido ao gabinete do senador Ney Suassuna, foi detido pela Polícia Federal durante a Operação Sanguessuga, em 4 de maio. É acusado de corrupção passiva, crime contra a ordem tributária, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
Francisco Machado Filho, assessor do deputado Nilton Capixaba (PTB-RO), foi detido pela Polícia Federal durante a Operação Sanguessuga, em 4 de maio. É acusado de corrupção passiva, fraude em licitação, lavagem de dinheiro, crime contra ordem tributária e formação de quadrilha.
Marco Antônio Lopes, assessor da deputada Elaine Costa (PTB-RJ), que está licenciada, também foi detido pela durante a Operação Sanguessuga em 4 de maio, sob as acusações de fraude em licitação, advocacia administrativa, corrupção passiva e formação de quadrilha.
Nívea Martins de Oliveira, assessora da deputada Elaine Costa (PTB-RJ), que está licenciada, foi detida pela Polícia Federal na Operação Sanguessuga em 4 de maio. É acusada de fraude em licitação, corrupção passiva e formação de quadrilha.
Octávio José Bezerra, assessor da deputada Edna Macedo (PTB-SP), detido durante a Operação Sanguessuga em 4 de maio. É acusado de corrupção passiva e formação de quadrilha, fraude em licitação e lavagem de dinheiro.
Pedro Braga de Souza Júnior, assessor do deputado Eduardo Seabra (PTB-AP), detido durante a Operação Sanguessuga em 4 de maio. É acusado de corrupção passiva, fraude em licitação e formação de quadrilha.
Régis de Moraes Galheno, assessor do deputado João Mendes de Jesus (PSB-RJ), foi detido pela Polícia Federal pela Operação Sanguessuga em 4 de maio, acusado de corrupção passiva, fraude em licitação e formação de quadrilha.
Paulo Baltazar, líder do PSB na Câmara dos Deputados, é afastado do cargo.[3]
Junho
Mário Negromonte, deputado do PP-BA, foi citado por duas integrantes da quadrilha dos sanguessugas como sendo um dos parlamentares autores de emendas favoráveis ao grupo. Através de grampo telefônico, a Polícia Federal constatou que Luiz Antônio Vedoin, dono da Planam, empresa acusada de liderar a máfia das ambulâncias, e o ex-deputado Ronivon Santiago, preso na operação, comemoraram a eleição de Negromonte para líder do PP na Câmara. O Ministério Público chegou a pedir abertura de um inquérito mas, por falta de provas, acabou desistindo do caso, que acabou arquivado pelo STF em 2007.
Benedito de Lira, deputado do PP-AP e presidente do PP. Saiu em 22 de maio, no primeiro dia do trabalho da CPI das Sanguessugas, depois que seu nome foi incluído na lista de 283 parlamentares envolvidos no superfaturamento das compras das ambulâncias.[carece de fontes]
Julho
João Caldas, deputado do PSDB-AL.[4] Comunicou o afastamento da 4ª mesa da CPI das Sanguessugas ao presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo-PC do B. Em 10 de julho foi incluído na lista de 15 parlamentares envolvidos no superfaturamento das compras das ambulâncias.
Nilton Capixaba, deputado do PTB-RO. Comunicou o afastamento da 2ª mesa da CPI das Sanguessugas ao presidente da Câmara, Aldo Rebelo. Ele aparece na lista de 15 parlamentares envolvidos no superfaturamento das compras das ambulâncias em 11 de julho. Segundo os Vedoin, Nilton Capixaba recebeu propina de 646.000 reais para favorecer a quadrilha. Ele deixou a Mesa da Câmara, mas escapou da cassação. Não se elegeu em 2006 mas continuou usando apartamento funcional, segundo a Folha de S.Paulo mostrou em 2007. Em outubro de 2008, o Ministério Público em Mato Grosso denunciou Capixaba e outros cinco parlamentares como integrantes do braço político da máfia dos sanguessugas, acusando-os de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, fraude e formação de quadrilha. Em 2010, Capixaba ganhou novo mandato de deputado federal e voltou a gozar de foro especial por prerrogativa de função. O processo foi então devolvido ao STF, onde corre sob segredo de Justiça.[1]
Emerson Kapaz, empresário e ex-deputado, pediu licença da presidência do Etco (Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial) no dia 26 de julho, após denúncias sobre seu suposto envolvimento com a Planam. Kapaz aparece entre os investigados pela CPI das Sanguessugas. Era um dos arrecadadores da campanha do candidato à presidência pelo PSDB, Geraldo Alckmin, especialmente entre o empresariado paulista, que o comando da campanha afastou o ex-deputado da função.[5]
Josias Quintal, deputado do PSB-RJ. Pediu o afastamento da Câmara dos Deputados em 29 de julho, depois de ser acusado de ser um dos deputados sanguessugas.
Agosto
Fernando Estima, o deputado do PPS-SP. Foi afastado pelo presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (PE) do partido, até que a comissão de ética da legenda encerre as investigações sobre a suposta participação dele no esquema das sanguessugas, em 1º de agosto. Estima é o primeiro parlamentar supostamente envolvido com o esquema a ser punido politicamente.[6]
Domiciano Cabral, deputado do PSDB-PB. O Conselho de Ética do PSDB decide por 6 a zero, expulsar o deputado do partido, em 2 de agosto. Ele foi o primeiro deputado ser expulso do partido, após ter sido acusado de envolvimento no escândalo das ambulâncias. A expulsão impediu que ele se candidatasse em 2006.[7]
Pastor Heleno Silva, deputado do PL-SE, anunciou a desistência de disputar a reeleição devido a acusações, feitas por Luiz Antônio Vedoin à CPI, de ter recebido dinheiro do esquema.
Serys Slhessarenko, senadora do PT-MT, anunciou a saída do Conselho de Ética na CPI das Sanguessugas em 11 de agosto, um dia depois de ser incluída na lista dos 72 parlamentares que a CPI pede para serem cassados (69 deputados e 3 senadores). No dia 17 de agosto, a senadora renuncia à vaga no Conselho de Ética, alegando não querer constranger a comissão, mas negou as acusações.[8] No dia 1º de outubro, Slhessarenko não conseguiu se eleger governadora do estado de Mato Grosso do Sul.
Ney Suassuna, senador do PMDB-PB. O senador pede licença à presidência do partido e é substituído por Wellington Chagas, de Minas Gerais, em 14 de agosto. Suassuna aparece na lista dos 72 parlamentares que a CPI das Sanguessugas pede que tenham os mandatos cassados.[9] No dia 1º de outubro, não conseguiu se reeleger como senador pela Paraíba.
Coriolano Sales, deputado do PFL-BA, renunciou ao mandato de deputado em 15 de agosto. Sales foi o primeiro parlamentar a renunciar ao mandato após o envolvimento com o escândalo das ambulâncias. Ele também foi incluído entre os 72 parlamentares cujos mandatos deveriam ser cassados, segundo a CPI das Sanguessugas. Sales renunciou oficialmente em 21 de agosto, quatro minutos antes da meia-noite - limite dado pela CPI para que os parlamentares renunciassem.
Lino Rossi, deputado do PP-MT, foi o segundo parlamentar a renunciar ao mandato (em 15 de agosto), por envolvimento no escândalo das ambulâncias. Incluído na lista dos 72 parlamentares a serem cassados, conforme a CPI das Sanguessugas. Com a renúncia ele poderia se candidatar mas, caso eleito, não escaparia da cassação em 2007.
Ildeo Araújo, deputado do PP-SP, afastado pelo Conselho de Ética da Câmara em 16 de agosto, por estar na lista de cassação da CPI das Sanguessugas, em razão do seu envolvimento com a máfia das ambulâncias.[10]
Josué Bengston, deputado federal do PTB-PA, anuncia a desistência da reeleição em 16 de agosto, por está na lista de cassação de 69 acusados pela CPI, por envolvimento com a máfia das ambulâncias.[11]
Osmânio Pereira, deputado federal do PTB-MG, anuncia a desistência da reeleição em 18 de agosto. Ele aparece na lista dos parlamentares suspeitos de irregularidades com a compra de ambulâncias apuradas pela CPI dos Sanguessugas.[12] Por Paulo Peixoto. Folha de S.Paulo, 18 de agosto de 2006
Marcelino Fraga, deputado do PMDB-ES, renunciou ao mandato para escapar da cassação, por estar envolvido nas sanguessugas, faltando 5 minutos para meia-noite, no dia 21 de agosto.
Almir Moura, deputado do PFL-RJ. Foi expulso do partido pelo presidente do PFL, o senador Jorge Borhaunsen, de Santa Catarina, após inocentar 4 deputados, em 29 de agosto. A expulsão do deputado impede que ele candidate à reeleição de 2006.[13]

Referências
Sinal amarelo – AL. Congresso em Foco, 27 de setembro de 2010.
PPS afasta deputado envolvido com sanguessugas. Por Andreza Matais. Folha de S.Paulo, 1º de agosto de 2006.
Senadora acusada de participar da máfia renuncia à vaga no Conselho de Ética, por Gabriela Guerreiro. Folha de S.Paulo, 17 de agosto de 2006.
Suassuna pede afastamento da liderança do PMDB. Folha de S.Paulo, 14 de agosto de 2006.
Conselho de Ética afasta deputado envolvido com sanguessugas. Por Andreza Matais. Folha de S.Paulo, 16 de agosto de 2006.
Mais um deputado da lista de sanguessugas desiste de reeleição. Por Renata Baptista. Folha de S.Paulo, 16 de agosto de 2006.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

Como Michel Temer operava no Porto de Santos, segundo ele mesmo e sindicalistas.

Publicado por Marcelo Auler
- 30 de março de 2018


ACM: “As coisas morais nunca foram o forte do senhor Temer”


Esta reportagem faz parte da série do DCM sobre o envolvimento de Michel Temer no escândalo do esquema de propinas do Porto de Santos, financiada através de crowdfunding. Foi publicada originalmente em 19/07/2016. As demais estão aqui

Desde que seu nome apareceu como beneficiário de propinas que empresas que operavam no Porto de Santos teriam desembolsado em troca de favores, Michel Temer, o vice-presidente que após o golpe do impeachment exerce interinamente a Presidência da República, tenta defender o indefensável.


Ele repete, com insistência, a tese de que jamais influenciou nas indicações políticas da Companhia Docas do Estado de São Paulo (CODESP), a estatal encarregada da administração do maior porto brasileiro. Mas seu próprio discurso coloca isto em xeque.


Temer insiste que as indicações para a diretoria do porto de Santos não tinham suas digitais. Quando muito, admitiu que encaminhava nomes sugeridos e aprovados pela bancada do PMDB paulista, sobre a qual ele sempre exerceu influência.

Mas, em março de 2001, ao defender-se na tribuna da Câmara dos Deputados das acusações de receber 50% das propinas pagas por empresas que atuavam – algumas continuam atuando – no porto de Santos, ele acabou por mostrar seu poder e sua influência no porto.

A acusação foi feita por Érika Santos, estudante de psicologia e ex-companheira de Marcelo de Azeredo, indicado por Temer para presidir a CODESP entre junho de 1995 e maio de 1998. Como mostrou o DCM na reportagem Por que Temer negou-se a dar explicações à PF sobre caso de propina em Santos, os problemas de alcova do casal acabaram por revelar as tenebrosas transações que aconteciam na administração portuária em Santos, como as propinas que se destinariam a Temer.


Embora ajuizada, provavelmente, em 2000, a ação e as denúncias só se tornaram públicas em março de 2001, na reportagem “Um rolo no porto”, de Rudolfo Lago, na revista Veja.

Na tribuna, ao tentar defender-se, Temer demonstrou que sempre teve interesses na CODESP.

“O que fiz eu? Assim que saiu a matéria, fui indagado, Srs. Parlamentares, pelo repórter — portanto, a revista, neste ponto, agiu com lealdade, porque antes me ouviu —, e esclareci todos os pontos. Esclareci os pontos dos desacertos do passado e esses desacertos, geradores de queixas minhas junto ao Governo, de maneira que houvesse modificações radicais, sendo que uma dessas modificações levou à Presidência da CODESP o nosso ilustre companheiro Deputado Wagner Rossi. E esta empresa, em face das minhas queixas, ao invés de ser ocupada partidariamente por vários partidos, passou a ser ocupada apenas por técnicos”. (grifo nosso)
O terminal de Libra no porto de Santos

Como admitiu, as suas queixas, portanto, levaram à substituição da diretoria da estatal. Com isso, assumiu sua presidência Wagner Rossi, ex- deputado estadual (1993/1991) e ex-deputado federal (1991/1999) pelo PMDB de São Paulo, que sempre sofreu influências de Temer.

A nomeação de Rossi ocorreu em abril de 1999, quando ele estava sem mandato eleitoral por não ter conseguido se reeleger no pleito de 1998. Logo, a queixa de Temer e a posse do peemedebista na presidência da CODESP, precederam o ajuizamento da ação na Vara de Família, onde constavam as denúncias da estudante de psicologia.


Acusações estas que, segundo o próprio Temer explicitou no discurso, ele só foi tomar conhecimento ao ser procurado pela reportagem da Veja em 2001.

Essa troca de comando na estatal que administrava o porto, promovida pela pressão que o próprio Temer confessa ter feito, também antecedeu outro episódio famoso: a briga com Antônio Carlos Magalhães, na época presidente do Senado.

Foi neste famoso bate-boca em público que ACM, com o sarcasmo que lhe era peculiar, cunhou o apelido de “mordomo de filme de terror” para o então presidente da Câmara.


Os ataques de ACM, como narraram, em junho de 1999, Andrei Meireles e Guilherme Evelin, em reportagem na revista Isto É, foram alimentados em um almoço entre ele e o então governador de São Paulo, o tucano Mario Covas. A dupla de repórteres descreveu:

“Há 15 dias, o presidente do Senado ressuscitou o movimento contra o PMDB. Foi a São Paulo e acertou durante um almoço com o governador Mário Covas (PSDB) uma estratégia para esvaziar a bola do partido. Voltou a Brasília com farta munição contra Michel Temer. Entre uma garfada e outra, Covas contou a Antônio Carlos que alguns pesos pesados do empresariado estavam revoltados com a ação dos peemedebistas na área portuária, um feudo do partido no loteamento de cargos do governo FHC.

Apadrinhados – O coordenador-geral da Ação Empresarial, Jorge Gerdau Johannpeter, chegou a enviar uma carta ao ministro-chefe da Casa Civil, Clóvis Carvalho, em protesto contra a decisão do ministro dos Transportes, Eliseu Padilha (PMDB-RS), de substituir oficiais da Marinha no comando dos conselhos de autoridade portuária de Santos, Rio Grande e Paranaguá. No porto de Santos, por determinação do Planalto, o ministro teve de voltar atrás e manter no cargo o capitão-de-mar-e-guerra Francisco Luiz Gallo. “As críticas não são procedentes. As mudanças são decorrentes da privatização dos portos”, justificou Padilha em conversas com assessores.


Na avaliação de Covas e ACM, Padilha promoveu as mexidas nos portos com o propósito de ampliar o raio de atuação do PMDB no setor portuário. Denúncias de irregularidades na Companhia Docas Porto de Santos, dirigida por apadrinhados de Michel Temer, estão sob investigação do Ministério Público e do Tribunal de Contas da União (TCU). Em maio, a construção do terminal II do porto de Santos foi suspensa pelo TCU por causa de aditivos contratuais com a empreiteira Andrade Gutierrez que encareceram em 141,21% o preço original da obra. “As coisas morais nunca foram o forte do senhor Temer. Se abrir um inquérito no porto de Santos, ele ficará péssimo”, disparou ACM na segunda-feira 14”.Everandy, presidente do Sindicato dos Empregados da Administração do Porto

Muitos destes processos continuam tramitando até hoje, como a ação de Improbidade Administrativa n° 2001.61.04.002408-2, na 4ª Vara Federal de Santos, que só agora chegou à fase das alegações finais. Nela, o procurador da República Pedro Antônio Roso denunciou os ex-diretores da CODESP Marcelo de Azeredo, Luiz Alberto Costa Franco, Francisco José Baraçal Prado, José Araújo Costa, Márcio Silveira Bueno, que em 1997 assinaram o 9º Aditivo a um contrato de 1988, com a Andrade Gutierrez.

O aditivo no contrato de ampliação do Terminal de Containers do Porto de Santos, segundo Roso, inseriu a importância de R$ 144.134.316,42 a mais, resultando num total de R$ 295.106.518,32, para o valor total contratado. Ainda houve uma prorrogação do prazo contratual por mais 38 meses a contar de 31.12.97,

Quando, portanto, em 1999, Temer pressionou o governo para substituir a diretoria da CODESP colocando na presidência o peemedebista Rossi, já se falava em diversas irregularidades, mas ainda não se tinha notícias das propinas que teriam sido pagas a Temer que Erika só denunciaria em 2000.

Aliás, Azeredo já não era o presidente da estatal. Ele foi substituído, em maio de 1998, por Paulo Fernandes do Carmo. Ambos, como também ACM fez questão de frisar, eram indicações que Temer insiste dizer que não fez. Contra Carmo também circularam muitas denúncias. Uma delas partiu justamente do Capitão dos Portos de Santos, Francisco Luiz Gallo, que Eliseu Padilha quis retirar do comando do Conselho de Autoridade Portuária de Santos.

Além destes dados incontestáveis e de outros registros em arquivos de jornais, há, principalmente, a memória de santistas que passaram a maior parte de suas vidas dentro ou em torno daquela área portuária, a também desmentirem Temer.

Um deles é Everandy Cirino dos Santos, 64 anos, no porto desde 73, e há 15 anos presidente do Sindicato dos Empregados da Administração do Porto. Ele explica por que não espera mudanças no porto de Santos com o governo interino de Michel Temer:

“Em termos do porto de Santos, este governo não é novo. Não é novidade, porque o Michel Temer já no governo Fernando Henrique Cardoso detinha o poder de indicação. Indicou vários presidentes e diretores. No primeiro governo Lula ele participou também com indicação, como parte da composição PMDB/PT. Além do Michel Temer, também o Eliseu Padilha, que foi ministro dos Transportes e quando ministro tinha gestão totalmente no porto. Inclusive, na sua gestão ele tentou privatizar a usina de Itatinga, que é histórica, fundada em 1910. Tentou privatizar a dragagem (…) Então não tem nenhuma novidade, não cria expectativa de melhora.”

Cirino continua:
“Na gestão que o Temer tinha o poder político em São Paulo foi o Wagner Rossi, foi o Marcelo de Azeredo, que inclusive tinha uma gestão péssima, e outros que agora me fogem o nome. Na gestão do Wagner Rossi foi concedida, sem licitação, a exploração do corredor de exportação para um pool de empresas. Ele também fez um acordo de exploração sem licitação, no terminal de Conceiçãozinha. Com o Marcelo de Azeredo teve várias (irregularidades) que para enumerar é muito difícil. O que nós estranhamos é que todas as irregularidades, supostas irregularidades que vinham do governo anterior, sempre tinha uma participação ativa do PMDB do estado de São Paulo”.

Temer, por apadrinhar o presidente da CODESP no cargo, ficava com 50% das propinas pagas em troca de facilitações às empresas. Foi o que teria ocorrido com a “Libra Terminais Ltda.”, operadora portuária, arrendatária dos armazéns 35 e 37. Conforme relatou Érika, com base em documentos que ela desviou do computador do ex-companheiro, somente da Libra, naquela época, Temer teria recebido R$ 640 mil, a metade do R$ 1,280 milhão desembolsado pela empresa: a Azeredo foram destinados 25% e outros 25% a um sócio de Temer, na época tratado apenas como “Lima” e que recentemente, no Conversa Afiada, Paulo Henrique Amorim identificou como sendo o coronel reformado da PM paulista João Baptista de Lima.
Sidney Verde, técnico portuário

Cirino fala deste caso também, comentando ainda o que se repete na chamada “rádio peão”:

“A Libra é o cartão de visita da gestão Temer no porto. Ganhou o terminal 35, posteriormente ganhou o 37 e hoje, ainda está em pendência jurídica com a CODESP . Está sem pagar quase R$ 2 bilhões de dívidas. A Libra continua operando no 35 e 37, com pendência judicial com a empresa. Ela (CODESP) não deveria nem manter ela operando, porque está em inadimplência pesada. A ‘rádio peão’ do porto, as más línguas. dizem que elas (empresas beneficiadas) são contribuintes, agora eu acho que no cadastro de doação (às campanhas políticas) deve ter isso aí. Temer sempre teve uma gestão de interesse político partidário com atuação no porto”.

Também Sidney Verde, técnico portuário, há 30 anos no porto, endossa os testemunhos da atuação política que Temer tenta negar:

“No governo Fernando Henrique Cardoso, ele é quem mandava no porto. Sempre mandou no porto. Fez indicações políticas, como o presidente Marcelo de Azeredo, que passou um mês usando helicóptero a favor dele, vindo de São Paulo. Gastou uma nota, até que o sindicato interferiu”.

Por mais que Temer tente vender a ideia de que não interferiu no Porto de Santos, fatos, documentos e testemunhos o desmentem e tornam sua “defesa” indefensável.

Ele desprezou três convites do delegado federal Cássio Luiz Guimarães Nogueira para, como testemunha, contestar todas essas denúncias no Inquérito Policial nº 5.104. Ao desprezá-los, acabou ajudando a manter viva a suspeita de se beneficiar do esquema fraudulento. Poderia ter aproveitado a oportunidade para provar que não se envolveu com o porto politicamente. Ao não fazê-lo, deixou nítida a impressão que suas digitais estão ali marcadas, como mostram documentos, notícias, processos e, principalmente, testemunhos.

Temer e o porto de Santos: defendendo o indefensável.

Publicado por Marcelo Auler em 19 de julho de 2016


Na segunda reportagem da série que o blog e o Diário do Centro do Mundo estão fazendo, mostramos as incoerências entre o discurso de Michel temer e a realidade da sua interferência no Porto de Santos. Reprodução.

Na segunda matéria que escrevi pelo acordo feito com o Diário do Centro do Mundo, mostramos como o discurso de Michel Temer, o vice-presidente que exercita a Presidência após o golpe do impeachment, não condiz com a realidade. Ele tenta passar a imagem de que jamais interferiu nas nomeações políticas para a diretoria da Companhia Docas do Porto do Estado de São Paulo – CODESP. Mas não é o que registros históricos, noticiário da imprensa e testemunho de santistas mostram.
A contradição entre o que ele diz e o que realmente aconteceu surge até mesmo nas entrelinhas de um discurso que fez na Câmara dos Deputados, após o jornalista Rudolfo Lago noticiar as denúncias feitas pela então estudante de psicologia Erika Santos, ex-companheira de Marcelo de Azevedo, que presidiu a CODESP por indicação do então presidente da Câmara, Temer.

A reportagem relembra ainda a briga de Antônio Carlos Magalhães (DEM-BA), que presidia o Senado, com o presidente da Câmara. Foi ACM quem cunhou para Temer o apelido de “mordomo de filme de terror”, como noticiaram à época Andrei Meireles e Guilherme Evelin. O senador baiano, depois de almoçar com Mario Covas, então governador de São Paulo, denunciou as irregularidades cometidas no Porto de Santos na gestão de presidentes indicados por Temer e concluiu: “As coisas morais nunca foram o forte do senhor Temer”.

Esta é a uma nova reportagem da série que nos dispomos a fazer com a ajuda dos leitores que podem contribuir para os gastos que estamos tendo através da nova campanha de crowdfunding do DCM. Outras matérias estão sendo preparadas.

Como na matéria postada anteriormente, A PGR omitiu-se na denúncia da caixinha do Porto de Santos para Michel Temer, não reproduzirei aqui a integra da reportagem postada na manhã desta terça-feira no DCM. Publico a abertura e o link para os leitores acessarem a página do blog.

Vale, porém destacar uma parte da fala do presidente do Sindicato dos Empregados na Administração do Porto de Santos, Everandy Cirino dos Santos, 64 anos, no porto desde 73:

Da Libra, segundo Érika, Michel Temer teria recebido R$ 640 mil, Foto. Marcelo Auler

“A Libra é o cartão de visita da gestão Temer no porto. Ganhou o terminal 35, posteriormente ganhou o 37 e hoje, ainda está em pendência jurídica com a CODESP . Está sem pagar quase R$ 2 bilhões de dívidas. A Libra continua operando no 35 e 37, com pendência judicial com a empresa. Ela (CODESP) não deveria nem manter ela operando, porque está em inadimplência pesada. A ‘rádio peão’ do porto, as más línguas. dizem que elas (empresas beneficiadas) são contribuintes, agora eu acho que no cadastro de doação (às campanhas políticas) deve ter isso aí. Temer sempre teve uma gestão de interesse político partidário com atuação no porto”.

Acrescento uma nova informação que não consta na edição do DCM:

Sidney Verde (esq.) e Everandy Cirino dos Santos, dois sindicalistas que testemunham as indicações políticas de Temer. Foto Marcelo Auler

Na verdade, não é apenas a “rádio peão”, nem tampouco são más línguas, como falou Cirino, que denunciam que a Libra ajudou eleitoralmente Michel Temer.

Em recente reportagem no Estadão, Daniel Bramatti, José Roberto de Toledo e Rodrigo Burgarelli escreveram, em 3 de janeiro último, na reportagem “Grupo doador de campanha de Temer recebe benefício de aliado em porto”.

“Mesmo sendo candidato a vice, Temer criou em 2014 uma pessoa jurídica para receber doações eleitorais e repassá-las a candidatos a outros cargos públicos, como deputados estaduais e federais. Sua conta recebeu R$ 1 milhão de dois dos sócios do Grupo Libra, arrendatário de uma área de 100 mil m² no Porto de Santos há mais de 20 anos.

O valor doado foi dividido igualmente em nome de Ana Carolina Borges Torrealba e Rodrigo Borges Torrealba, ambos herdeiros da companhia. (…) O contrato foi assinado em 1998, quando o grupo ganhou uma concorrência aberta pela empresa federal Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) para operar uma das áreas de mais fácil acesso rodoviário do terminal”.

Portanto, por mais que Temer tente vender a ideia de que não interferiu no Porto de Santos, fatos, documentos e testemunhos o desmentem e tornam esta sua “defesa”, indefensável. Aliás, voltando a repetir o que publicamos no DCM em Por que Temer negou-se a dar explicações à PF sobre caso de propina em Santos e aqui no blog – A PGR omitiu-se na denúncia da caixinha do Porto de Santos para Michel Temer – o hoje vice-presidente, que se aproveitando do golpe do impeachment está no exercício da Presidência da República, perdeu uma grande oportunidade de esclarecer de uma vez por todas esta questão. Abaixo a abertura da matéria no Diário do Centro do Mundo:
Por Marcelo Auler

Desde que seu nome apareceu como beneficiário de propinas que empresas que operavam no Porto de Santos teriam desembolsado em troca de favores, Michel Temer, o vice-presidente que após o golpe do impeachment exerce interinamente a Presidência da República, tenta defender o indefensável.

Ele repete, com insistência, a tese de que jamais influenciou nas indicações políticas da Companhia Docas do Estado de São Paulo (CODESP), a estatal encarregada da administração do maior porto brasileiro. Mas seu próprio discurso coloca isto em xeque.

Temer insiste que as indicações para a diretoria do porto de Santos não tinham suas digitais. Quando muito, admitiu que encaminhava nomes sugeridos e aprovados pela bancada do PMDB paulista, sobre a qual ele sempre exerceu influência.

Mas, em março de 2001, ao defender-se na tribuna da Câmara dos Deputados das acusações de receber 50% das propinas pagas por empresas que atuavam – algumas continuam atuando – no porto de Santos, ele acabou por mostrar seu poder e sua influência no porto.

A acusação foi feita por Érika Santos, estudante de psicologia e ex-companheira de Marcelo de Azeredo, indicado por Temer para presidir a CODESP entre junho de 1995 e maio de 1998. Como mostrou o DCM na reportagem Por que Temer negou-se a dar explicações à PF sobre caso de propina em Santos, os problemas de alcova do casal acabaram por revelar as tenebrosas transações que aconteciam na administração portuária em Santos, como as propinas que se destinariam a Temer.

Embora ajuizada, provavelmente, em 2000, a ação e as denúncias só se tornaram públicas em março de 2001, na reportagem “Um rolo no porto”, de Rudolfo Lago, na revista Veja.

trecho do discurso que Temer fez na Câmara dos Deputados em março de 2001. Reprodução

Na tribuna, ao tentar defender-se, Temer demonstrou que sempre teve interesses na CODESP.

“O que fiz eu? Assim que saiu a matéria, fui indagado, Srs. Parlamentares, pelo repórter — portanto, a revista, neste ponto, agiu com lealdade, porque antes me ouviu —, e esclareci todos os pontos. Esclareci os pontos dos desacertos do passado e esses desacertos, geradores de queixas minhas junto ao Governo, de maneira que houvesse modificações radicais, sendo que uma dessas modificações levou à Presidência da CODESP o nosso ilustre companheiro Deputado Wagner Rossi. E esta empresa, em face das minhas queixas, ao invés de ser ocupada partidariamente por vários partidos, passou a ser ocupada apenas por técnicos”. (grifo nosso)

Continua: http://www.diariodocentrodomundo.com.br/como-temer-operou-no-porto-de-santos-segundo-ele-mesmo-e-sindicalistas-que-falaram-ao-dcm-por-marcelo-auler/

sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

G1 Geomagnetic Storm Watch Estendido: Impactos prováveis ​​em 15 e 16 de janeiro

13 DE JANEIRO DE 2022

O equipamento da NASA pode ajudar os cientistas a determinar os impactos dos buracos coronais. Imagem: NASA

De acordo com o Space Weather Prediction Center (SWPC) da NOAA, uma tempestade geomagnética de classe G1 está prevista para impactar o planeta
na noite de sábado, 15 de janeiro e no domingo, 16 de janeiro. Na última atualização do SWPC, eles dizem que a área de impacto será principalmente em direção ao pólo de 60 graus de latitude geomagnética. Nesta região, flutuações fracas da rede elétrica podem ocorrer na Terra. No espaço, é possível um pequeno impacto nas operações dos satélites. Em outros lugares, a Mãe Natureza pode iluminar os céus mais ao sul do que o normal; aurora pode ser visível em altas latitudes em todo o norte dos Estados Unidos, como o norte de Michigan e Maine.

Embora se espere que uma tempestade de inverno significativa ocorra em partes do leste dos EUA no domingo também , não há relação direta entre esse evento climático espacial e o evento climático terrestre.

Gráfico mostrando as Escalas de Clima Espacial da NOAA para Tempestades Geomagnéticas. Imagem: NOAA

Na última Discussão de Previsão do Clima Espacial, o SWPC escreve: “Espera-se que os parâmetros do vento solar continuem nos níveis de fundo de 13 a 14 de janeiro, à medida que as condições ambientais do vento solar persistirem. Condições aprimoradas são esperadas no final de 15 de janeiro, pois um fluxo recorrente de alta velocidade do buraco coronal de polaridade negativa se torna geoefetivo (CH HSS).” Eles acrescentam: “No final de 15 de janeiro, as condições de tempestade geomagnética G1 (menor) se tornam prováveis ​​devido à chegada do buraco coronal mencionado acima”.



O satélite meteorológico GOES-16 é uma ferramenta que os especialistas em clima espacial usam para monitorar a atividade do Sol. Imagem: NOAA

Buracos coronais podem se desenvolver a qualquer momento e local no Sol, mas são mais comuns e persistentes durante os anos em torno do mínimo solar. Buracos coronais são mais prevalentes e estáveis ​​nos pólos solares norte e sul; mas esses buracos polares podem crescer e se expandir para latitudes solares mais baixas. Também é possível que os buracos coronais se desenvolvam isolados dos buracos polares; ou para uma extensão de um buraco polar se separar e se tornar uma estrutura isolada. Buracos coronais persistentes são fontes duradouras para fluxos de vento solar de alta velocidade, também conhecidos como “CS HSS”. À medida que o fluxo de alta velocidade interage com o vento solar ambiente relativamente mais lento, forma-se uma região de compressão, conhecida como região de interação co-rotativa (CIR). De acordo com o SWPC, da perspectiva de um observador fixo no espaço interplanetário, o CIR será visto liderando o CH HSS.

CIRs fortes e o CH HSS mais rápido podem impactar a magnetosfera da Terra o suficiente para causar períodos de tempestade geomagnética nos níveis G1-G2 (menor a moderado); embora casos mais raros de tempestades mais fortes também possam ocorrer.


A aurora boreal pode ganhar vida de maneira brilhante em lugares mais ao sul do que o normal durante a Tempestade Geomagnética.

Os meteorologistas da NOAA analisam uma variedade de dados solares de naves espaciais para determinar quais impactos uma tempestade geomagnética poderia produzir. Se a Terra está experimentando os efeitos de um buraco coronal e uma ejeção de massa coronal está prevista para impactar a Terra, os efeitos combinados podem resultar em um impacto mais significativo e tempestades geomagnéticas mais intensas. Analisar os dados do satélite DSCOVER e ACE é uma maneira de os meteorologistas saberem quando o vento solar aprimorado de um buraco coronal está prestes a chegar à Terra. Algumas coisas que eles procuram nos dados para determinar quando o vento solar aprimorado está chegando à Terra:
• A velocidade do vento solar aumenta
• A temperatura aumenta
• A densidade de partículas diminui
• A força do campo magnético interplanetário (IMF) aumenta

Embora esses eventos solares possam ajudar a iluminar o céu com auroras deslumbrantes, eles também podem causar danos consideráveis ​​a eletrônicos, redes elétricas e comunicações por satélite e rádio.Uma erupção solar vista pela espaçonave SOHO em 24 de julho de 1999, com a Terra inserida para dar uma sensação de escala à explosão. Imagem: ESA / SOHO / EIT

O incidente de 1859, que ocorreu de 1 a 2 de setembro de 1859, também é conhecido como o “Evento Carrington”. Este evento se desenrolou quando uma poderosa tempestade geomagnética atingiu a Terra durante o Ciclo Solar 10. Uma CME atingiu a Terra e induziu a maior tempestade geomagnética já registrada. A tempestade foi tão intensa que criou uma aurora extremamente brilhante e vívida em todo o planeta: as pessoas na Califórnia achavam que o sol nasceu cedo, as pessoas no nordeste dos EUA podiam ler um jornal à noite com a luz brilhante da aurora, e as pessoas tão ao sul quanto o Havaí e centro-sul do México podia ver a aurora no céu.

O evento danificou severamente as limitadas linhas elétricas e de comunicação que existiam na época; sistemas de telégrafo em todo o mundo falharam, com alguns operadores de telégrafo relatando que receberam choques elétricos.

Renderização artística da Parker Solar Probe no espaço, um dos recursos que os cientistas usam para entender melhor a atividade solar e seus impactos na Terra. Imagem: NASA

Um estudo de junho de 2013 do Lloyd's de Londres e da Atmospheric and Environmental Research (AER) nos EUA mostrou que, se o evento Carrington acontecesse nos tempos modernos, os danos nos EUA poderiam exceder US$ 2,6 trilhões, cerca de 15% do PIB anual do país.

Embora normalmente conhecidos por suas previsões meteorológicas, a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) e seu Serviço Nacional de Meteorologia (NWS) também são responsáveis ​​pelo “clima espacial”. Embora existam empresas privadas e outras agências que monitoram e prevêem o clima espacial, a fonte oficial de alertas e avisos do ambiente espacial é o Space Weather Prediction Center (SWPC). O SWPC está localizado em Boulder, Colorado e é um centro de serviços do NWS, que faz parte da NOAA. O Centro de Previsão do Clima Espacial também é um dos nove Centros Nacionais de Previsão Ambiental (NCEP), pois monitoram a atividade do clima espacial atual 24 horas por dia, 7 dias por semana, 365 dias por ano.

O Sol está constantemente agitando materiais e campos magnéticos que criam uma paisagem em constante mudança de características que duram de milissegundos a dias. A NASA desenvolveu este infográfico para ilustrar algumas das características mais comuns que podem ser vistas no Sol.
Imagem: NASA/Mary Pat Hrybyk-Keith

A FORÇA DE UM SER QUE DESPERTA





Pessoas despertas são indomáveis, intuitivas e possuem a serenidade e a confiança daqueles que aprenderam a ver a vida com os olhos da alma.

São pessoas que passaram por situações difíceis, viram sonhos que não se concretizaram, tiveram que se despedir de quem amavam e viram a vida colocar a prova toda confiança em si mesmas e na sua crença no bem. Ainda assim curaram cada ferida com a sabedoria de quem acolheu a dor como uma sábia conselheira, e optou por guardar os seus ensinamentos ao invés de um acumulado de mágoas e desilusões.

Por isso carregam um certo brilho no olhar, uma presença cheia de luz e de carisma e uma aura de aconchego que não passa despercebida.

São pessoas que não seguem o grande coletivo, não tem medo de parecerem ridículas por acreditarem no invisível e cuidam da sua energia, da sua mente, da sua alma e do seu coração como um templo a ser cuidado.

Uma pessoa desperta aprendeu a honrar a si mesma, ama quem é, tem orgulho da sua trajetória, já não dá mais poder para as críticas ou julgamentos, assim como tampouco perde seu tempo julgando os demais. Sabe que todos estamos entre a inconsciência e o despertar e que esse processo é algo sagrado e individual. Todos têm o seu tempo e seus próprios ‘despertadores’.

É esse motivo que a pessoa desperta agradece por tudo e todos que passaram por sua jornada: os que a amaram e os que a despertaram. Porque é inevitável.

Ninguém pode viver para sempre na esperança , na insegurança ou adormecido de si mesmo.

Às vezes a vida vai mesmo nos chacoalhar, pra que despertemos, para a nossa força, para o nosso poder, para a infinitude que habita em nós. É isso que traz a segurança da pessoa desperta. Não a segurança que menospreza a cautela, mas sim a segurança de quem está bem em ser quem é e que fez de si mesma um lugar de paz para se viver.

Uma pessoa desperta, ajuda a despertar o Mundo!

Discípulo Consolador

O PERÍODO CONTURBADO DA MÃE TERRA E DA HUMANIDADE




* Quando termina?

"De 13 de agosto de 2020 a 28 de MARÇO de 2022, as Energias Universais produzirão um período de experiência totalmente incontrolável para a humanidade. "Aqui relembro datas precisas da evolução do planeta e da Humanidade para outra órbita, outro Espaço dimensional.Tenho acompanhado e divulgado há alguns anos as precisas sinalizações energéticas de Alexandrian Kosmos. Aqui na minha Página basta pesquisar o seu nome que aparecerão todas as publicadas.

A única porta de saída, é o coração – não é o conhecimento, não é o karma. Para viver no coração é necessário estar despojado de toda a confusão espiritual gerada pelo Confinamento – a Anomalia Primária - a intervenção para a Queda do Paraíso terrestre - e apresentar-se sendo simplesmente Luz.”.

De 13 de agosto de 2020 a 28 de MARÇO de 2022, as Energias Universais produzirão um período de experiência totalmente incontrolável para a humanidade. O resultado dessa instabilidade levará ao equilíbrio completo da Mãe Terra no Universo 5D. O ATUAL PERÍODO CONTURBADO TERMINARÁ EM 28 DE MARÇO DE 2022; quando a Mãe Terra e a Humanidade serão “equilibradas”, harmonizadas, para manejarem a energia 5D no reino universal.

DE NOVEMBRO DE 2022 A MARÇO DE 2023 a ciência observará as oscilações na cor Branca que ocorrerão no registro da tecnologia de ressonância Schumann e que são os SURTOS DE ONDAS ILUMINADORAS DO NOSSO CENTRO GALÁCTICO IMPULSIONANDO a Humanidade para a Unidade na experiência da Quinta Dimensão do Universo..

Nosso mundo atual não será alterado por um evento externo. Em vez disso, será transformado completamente através de nossa individual mudança interna! Por 22 anos, começando em 3 de março de 2020 e terminando em 3 de fevereiro de 2042, a Mãe Terra aumentará seu atual Sistema 7 Chakras para um Sistema de 15 Chakras - assim como a Humanidade!

Estas são as datas do calendário gregoriano da Transformação da Mãe Terra, de 7 Chakras para 15 Chakras:

Chakra 1 .....   3 de março de 2020
Chakra 2 ..... 19 de agosto de 2021
CHAKRA 3 .. 4 DE FEVEREIRO DE 2023
* E está de acordo com a previsão cientifica da chegada na Marca dos 40 graus da mudança do Polo Norte magnético.
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Chakra 4 ..... 21 de julho de 2024
Chakra 5 ..... 6 de janeiro de 2026
Chakra 6 ..... 24 de junho de 2027
Chakra 7 .....  9 de dezembro de 2028
Chakra 8 ..... 27 de maio de 2030
Chakra 9 ..... 12 de novembro de 2031
Chakra 10 ....29 de abril de 2033
Chakra 11 ....14 de outubro de 2034
Chakra 12 ....31 de março de 2036
Chakra 13 ....16 de setembro de 2037
Chakra 14 ..... 4 de março de 2039
Chakra 15 ....19 de agosto de 2040

Realinhamento em 4 de fevereiro de 2042
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Alexandrian Kosmos
Usa a Astrologia do Futuro, Metastrologia, para prever o Fluxo das Energias Universais para o Trabalhador da Luz - e traz uma Cosmologia da Integração do Sistema Solar à Comunidade Universal, com precisão e insight para a nossa entrada na 5 ª D e Comunidade Universal.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

Sempre teremos tempo para dançar



Em 2016, os artistas chineses Sun Yuan e Peng Yu construíram a obra chamada "Não Posso me Ajudar", um robô industrial de um braço mecânico e sensores visuais. Ele foi colocado atrás de paredes de acrílico transparente e tinha um dever específico: conter um líquido viscoso vermelho-escuro dentro de uma área próxima a ele.

O líquido hidráulico era necessário para o robô funcionar, e parecer sangue real foi uma escolha deliberada dos artistas. De forma que o braço puxar o líquido para si funcionava como uma tarefa de "sobrevivência". Quando os sensores detectavam que o fluido escorria demais, o braço robótico puxava-o para si.

Os artistas também deram ao robô a capacidade de fazer "danças felizes" e fazer movimentos que não eram necessários para manter o líquido hidráulico por perto. Quando tinha tempo o suficiente para não puxar o líquido para si, o braço mecânico saudava os espectadores. Inicialmente o robô interagia com a multidão com frequência, mas com o decorrer do tempo o braço mecânico dançava cada vez menos, pois a quantidade de líquido hidráulico tornava-se cada vez maior.

Através dos anos o robô passou a ter tempo apenas para tentar manter-se vivo, e por causa da escassez da lubrificação tornou-se cada vez mais ruidoso, gerando guinchos mecânicos que causavam impressão de cansaço e desespero. Essa é obra de arte absolutamente impressionante parou em 2019, quando ficou sem líquido hidráulico.

A metáfora da obra é que nós nos matamos mental e fisicamente o tempo todo, morremos sempre e ansiamos por viver. Sacrificamo-nos pelos outros, por dinheiro, por atenção, por sucesso, lentamente nos afogando com cada vez mais responsabilidades, e temos cada vez menos tempo livre para desfrutar da vida.

Mas há uma mensagem além do sisifismo da batalha pela sobrevivência. É verdade que não há escapatória do tempo. É verdade que o ciclo de todos se completa, e que nenhum de nós sai vivo deste mundo. Mas nós não somos máquinas, há tempo para que você se cure, descanse e ame.

Nós sempre teremos tempo para dançar.

Texto de Arthur Louzada

terça-feira, 25 de janeiro de 2022

Sabendo próxima a sua morte, Stephen Hawking fez alarmantes previsões sobre o fim do Planeta Terra


“Se a humanidade quiser continuar (a viver) por mais milhões de anos, nosso futuro residirá na ousadia de ir onde ninguém mais ousou ir. Não temos outra opção.”– Stephen Hawking


    Stephen Hawking é um físico e cosmólogo que ajudou a entender a origem do universo, o papel dos buracos negros e escreveu o livro Uma Breve História do Tempo, enquanto multiplicava sua estimativa de vida muitas vezes. Diagnosticado aos 21 anos com esclerose lateral amiotrófica (ELA), tinha a expectativa de viver no máximo três anos e, em janeiro deste ano, comemorou seu 75º aniversário. Hawking ocupa a cadeira de Isaac Newton como professor de matemática na Universidade de Cambridge.
    A Terra está se tornando muito pequena para nós. Nossos recursos físicos estão acabando de forma alarmante – afirmou. Tudo isso não se trata de ficção científica e, sim, da lei da probabilidade.
    Segundo o cientista, existem 8 possíveis motivos para um fim do mundo criado pela própria humanidade. E o progresso na ciência e tecnologia criará “novas formas de as coisas darem errado”.
“Apesar de serem baixas as possibilidades de um desastre no planeta Terra em um ano qualquer, isso vai se acumulando com o tempo e se transforma em uma quase certeza para os próximos mil ou dez mil anos”, disse Hawking.

Veja abaixo o que o astrofísico já disse sobre a extinção do Planeta Terra:

1. Humanidade tem menos de 600 anos para deixar a Terra
    Se a humanidade não se tornar uma espécie espacial nos próximos cinco séculos, talvez seja extinta, disse Stephen Hawking, em novembro de 2017, durante a abertura de um evento em Pequim (China). Segundo ele, o crescimento populacional e o aumento do consumo de energia transformarão a Terra em uma bola de fogo até 2600.


2. Alerta contra a Inteligência Artificial
  Também em novembro deste ano , o físico voltou a expressar preocupação com a evolução da Inteligência Artificial — como já havia feito em 2014 . Ele reconheceu o potencial dessa tecnologia para erradicar a pobreza, as doenças e até para transformar a sociedade como um todo para algo melhor. Mas, mesmo assim, ele diz que devemos estar preparados para o pior. “O sucesso em criar a inteligência artificial pode ser o maior evento na história de nossa civilização. Ou o pior. Nós só não sabemos. Nós não podemos saber se seremos infinitamente ajudados ou até destruídos por ela.” Hawking cita as armas autônomas ou “novas maneiras de poucos oprimirem muitos” como um dos perigos da Inteligência Artificial, que, segundo ele, pode ainda representar “uma grande ruptura para nossa economia”.

3. Humanidade precisa de “um novo lar”
    No documentário “The Search for a New Earth”, o britânico disse que é imprescindível desenvolver tecnologias que possibilitem a colonização de um outro planeta com a maior urgência possível e sugere o Ross 128 b com o ‘novo lar’ da humanidade. De acordo com Hawking, há várias ameaças para a humanidade que podem provocar a extinção da nossa espécie, tais como as alterações climáticas e a superpopulação.

4. Busca de alienígenas pode gerar catástrofe
    Em julho de 2017, Hawking alertou ser pouco provável que qualquer forma de vida alienígena ficasse satisfeita ao saber da nossa existência. “O encontro com uma civilização avançada pode lembrar o encontro dos nativos americanos com Colombo. Isso não deu bom resultado”. De acordo com ele, os alienígenas podem ser “saqueadores” que conquistam os planetas para se apropriar dos recursos.

5. Mudança climática pode transformar a Terra em Vênus
    Após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar a saída do país do Acordo Climático de Paris, o físico britânico repetiu alertas a respeito dos perigos das mudanças climáticas. “As ações de Trump podem levar a Terra à beira do abismo e transformá-la em Vênus, com uma temperatura de 250ºC e chuva de ácido sulfúrico.”“Estamos em um ponto crítico no qual o aquecimento global vai se tornar irreversível”, alertou o cientista. Segundo Hawking, essa é “uma das maiores ameaças que enfrentamos e que podemos prevenir se agirmos agora”. Essa ameaça já tinha sido citada pelo físico no documentário “A Última Hora”, de 2007.

6. Buracos negros podem ser convertidos em usinas de energia
    O Universo, segundo Stephen Hawking, pode ter buracos negros do tamanho de montanhas que poderiam prover energia suficiente para abastecer nosso planeta .

7. Grande guerra mundial pode ser o fim da raça humana
    “O fracasso humano que eu mais gostaria de corrigir é a agressão”, disse Hawking em uma palestra no Museu da Ciência de Londres, em 2015. “Pode ter sido uma vantagem para a sobrevivência na época dos homens das cavernas, para conseguir mais comida, território ou parceiros para reprodução, mas agora é uma ameaça que pode destruir todos nós”, afirmou o físico, que acrescentou que uma grande guerra mundial significaria o fim da civilização e talvez o fim da raça humana.

8. Engenharia genética ameaça mais que as armas nucleares
    Em 2001, Hawking disse ao jornal britânico Daily Telegraph que a raça humana enfrenta a perspectiva de ser exterminada por um vírus criado por ela mesma . “No longo prazo, fico mais preocupado com a biologia. Armas nucleares precisam de instalações grandes, mas engenharia genética pode ser feita em um pequeno laboratório. Você não consegue regulamentar cada laboratório do mundo. O perigo é que, seja por um acidente seja algo planejado, criemos um vírus que possa nos destruir”, disse o cientista.

    “A raça humana não pode sobreviver nestas condições”, acrescentou.

Fonte:  Uol Notícias


segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

Julian Assange vai saber se recurso contra extradição para os EUA pode prosseguir. A decisão deve sair por volta das 10h45 de segunda-feira.


Julian Assange deve saber se pode recorrer da decisão de extraditá-lo para os Estados Unidos ao Supremo Tribunal
Assange, de 50 anos, é procurado nos Estados Unidos por uma suposta conspiração após a publicação pelo WikiLeaks de centenas de milhares de documentos vazados relacionados às guerras do Afeganistão e do Iraque.
Em dezembro do ano passado, as autoridades norte-americanas venceram a contestação da Suprema Corte para derrubar uma decisão de que Assange não deveria ser extraditado devido a um risco real e “opressivo” de suicídio.
A noiva de Assange, Stella Moris, chamou a decisão da Suprema Corte de “perigosa e equivocada” e disse que os advogados do fundador do WikiLeaks pretendiam recorrer à Suprema Corte.
A noiva de Julian Assange, Stella Moris (Kirsty O'Connor/PA) (Fio PA)

Para que um recurso proposto seja considerado pelo mais alto tribunal do Reino Unido, um caso deve levantar uma questão de direito de “importância pública geral”.
Na segunda-feira, a Suprema Corte dará sua decisão sobre se isso se aplica ao caso de Assange, no que se espera que seja uma decisão verbal curta.
Se os juízes decidirem que não há questão legal, Assange não poderá apelar para a Suprema Corte, e o pedido de extradição será enviado à secretária do Interior, Priti Patel , para aprovação.
Birnberg Peirce Solicitors, de Assange, disse anteriormente que o caso levantava questões legais “sérias e importantes”, incluindo a “dependência” das garantias dadas pelos EUA sobre as condições de prisão que ele enfrentaria se extraditado.
A decisão do Lord Chief Justice Lord Burnett e Lord Justice Holroyde deve ocorrer por volta das 10h45.

terça-feira, 18 de janeiro de 2022

Sobre Miriam Belchior, Celso Daniel e Vida que segue...





A coordenadora do PAC, Miriam Belchior (Foto:Arquivo/ABr)

A futura ministra do Planejamento, Miriam Belchior, 54 anos, está há oito anos no governo. Em 2002, ela participou da equipe que fez a transição do governo de Fernando Henrique Cardoso para o de Luiz Inácio Lula da Silva.

Miriam Belchior foi confirmada no cargo nesta quarta-feira (24) pelo atual titular do ministério, Paulo Bernardo, que afirmou ter sido convidado para continuar no governo, em pasta a ser definida.

A futura ministra é a atual coordenadora do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), cuja gestão, a partir do ano que vem, passará para o âmbito do Ministério do Planejamento. Ela era secretária-executiva do PAC quando substituiu na função a presidente eleita, Dilma Rousseff, que coordenava o programa na condição de ministra da Casa Civil.

No primeiro governo Lula, Belchior foi assessora especial do presidente até junho de 2004, quando foi chamada pelo então ministro da Casa Civil, José Dirceu, para desempenhar a função de subchefe de Avaliação e Monitoramento da pasta. No primeiro mandato de Lula, Belchior também auxiliou o governo na integração dos programas sociais.

Oriunda dos movimentos sociais, Miriam Belchior iniciou a vida política no ABC paulista. No atual governo, é muito próxima do chefe de gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho, que também ocupou cargos no Prefeitura de Santo André antes de integrar o governo Lula.

Engenheira de alimentos, formada pela Universidade de Campinas (Unicamp), a futura ministra se tornou mestre em Administração Pública e Governamental pela Fundação Getulio Vargas (FGV), de São Paulo, com a dissertação “A Aplicação do Planejamento Estratégico Situacional em Governos Locais: Possibilidades e Limites – os casos de Santo André e São José dos Campos”.

Entre 2001 e 2008, foi professora da Fundação de Pesquisa e Desenvolvimento de Administração, Contabilidade e Economia (Fundace), ligada à Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto. Entre 1999 e 2002, lecionou na Universidade São Marcos, em São Paulo.

Miriam foi casada por dez anos com o ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel, assassinado em 2002, após ter sido sequestrado em 18 de janeiro daquele ano. Os dois já estavam separados quando ele foi assassinado.

De janeiro de 1997 a dezembro de 2000, ela foi secretária de Administração e Modernização Administrativa da Prefeitura de Santo André, e, de janeiro de 2001 a novembro de 2002, secretária municipal de Inclusão Social e Habitação.

Na Prefeitura de Santo André, coordenou ainda o Programa de Modernização Administrativa, selecionado como uma das 100 melhores práticas públicas do mundo pela ONU em 2000.

São Paulo, sábado, 30 de julho de 2005 




PANORÂMICA
SANTO ANDRÉ


Ex-mulher de Celso Daniel diz não saber nada sobre esquema de corrupção
Acompanhada por um advogado ex-sócio do ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça), Míriam Belchior declarou ontem à Promotoria paulista que desconhecia qualquer esquema de corrupção na gestão do prefeito assassinado de Santo André, Celso Daniel (PT). Os dois foram casados durante dez anos, mas estavam separados.
O nome de Míriam foi citado por João Francisco, irmão de Daniel, como uma das pessoas que se opuseram ao esquema.
Ao lado do advogado Luiz Fernando Pacheco, ex-sócio do ministro, Míriam desqualificou as afirmações do ex-cunhado. "Ele não está apto a falar sobre a administração de seu irmão."
Sobre Sérgio Gomes da Silva, acusado de ser o mandante do crime, disse que os dois não se falam por divergências pessoais antigas. Míriam foi assessora do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Hoje ocupa uma subchefia na Casa Civil.
(DA REPORTAGEM LOCAL)



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