domingo, 6 de junho de 2021
Bolsonaro derruba portaria de Moro e Mandetta que previa prisão por quebra de quarentena
28/05/2020 | 21:59
AE
| Foto: Isác Nóbrega / PR / Divulgação CP
O governo Jair Bolsonaro revogou nesta quinta-feira portaria que previa prisão para quem descumprisse medidas de distanciamento social contra a Covid-19. Publicado em 17 de março, o texto era assinado pelos ex-ministros Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública) e Luiz Henrique Mandetta (Saúde). Ambos deixaram o governo após divergências com o presidente, inclusive sobre o combate à pandemia.
Desde a saída de Mandetta, o governo tem desmontado a estratégia para enfrentar o vírus elaborada pela antiga cúpula da pasta. Após interferência do Planalto, a Saúde deixou de destacar a importância de medidas "não farmacológicas", como distanciamento social, e passou a orientar uso da cloroquina para todos pacientes da doença, mesmo sem comprovação científica da eficácia da droga e recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Pela portaria revogada, desrespeitar ordem de quarentena ou exames e vacinação poderia ser enquadrado como crime contra a saúde pública, com detenção de um mês a um ano, além de multa. A pena, prevista em lei de 1940, poderia ser elevada de um terço, caso o infrator fosse médico, enfermeiro ou funcionário da saúde pública.
O texto anulado regulamentava lei aprovada pelo Congresso para enfrentar a pandemia. Moro chegou a dizer em março que a portaria seguia orientações de Bolsonaro. A revogação foi assinada pelo ministro da Justiça , André Mendonça, e pelo ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello.
Em nota, a Justiça disse que a medida leva em conta decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) "que possibilitou a adoção de medidas por Estados e Municípios mesmo em contrariedade a regras estabelecidas pela União". Ainda segundo a pasta, a revogação responde a "notícias de prisões possivelmente abusivas de cidadãos, as quais não podem ser objeto de anuência por parte das autoridades federais".
Bolsonaro também tem criticado quarentenas em Estados e municípios, sob o argumento de que elas criam um colapso econômico.
sábado, 5 de junho de 2021
Hotel Cecil – História macabra que inspirou a série American Horror Story
O Hotel Cecil é um hotel baratinho e simples localizado no centro de Los Angeles, ideal para quem vai ficar poucos dias, inclusive assassinos.
Atualizado em 06/07/2020
O Hotel Cecil foi construído em Los Angeles. Localizado no centro, era um hotel simples e barato. O que o diferenciava de todos os outros, ou da grande maioria, era principalmente a diversidade de pessoas com a personalidade meio duvidosa que se hospedavam por ali. Em resumo, o Hotel Cecil se tornou mundialmente famoso por seu ar sombrio.
Assassinatos e suicídios faziam parte da rotina normal do hotel. Serial killers já passaram por lá e deixaram um rastro de sangue para trás. Os hotéis ao redor acabavam ajudando o Cecil a ter esse tipo de hóspede, isso porque eram maiores e melhores. Em princípio, o intuito dos donos ao abri-lo era apenas atrair pessoas que ficariam um ou dois dias. No entanto, o Hotel Cecil se tornou até inspiração para a série de terror American Horror Story.
Até hoje Cecil existe na cidade. Com o nome de Stay On Main, ele segue com a proposta de uma hospedagem barata. Porém, mesmo mudando de nome, é impossível para os proprietários mudarem o seu passado.
A história do Hotel Cecil
Construído em 1924, o Hotel Cecil abriu as portas para o público três anos depois, em 1927. No centro de Los Angeles, ele se diferenciava da concorrência pelo preço baixo. A princípio a intenção dos donos era atrair hóspedes que iriam passar poucas noites na cidade. Entretanto o tiro acabou saindo pela culatra. A crise e os hotéis ao seu redor diminuíam o Cecil de tal forma que os proprietários acabaram mudando a proposta inicial. Com poucos hóspedes, o hotel passou a alugar os quarto por longos períodos e preços mais baixos.
Por consequência, a maioria dos viajantes que ele começou a receber eram assassinos ou suicidas. Richard Ramirez, um serial killer famoso na década de 80 foi um dos hóspedes que passaram ali. Ele é responsável pela morte de 13 mulheres enquanto vivia no Cecil. Outro assassino conhecido que se hospedou por lá foi Johann Unterweger. Ele matou entre 10 a 12 mulheres e foi condenado a perpétua. Dizem que Johann se hospedou no hotel em uma homenagem a Ramirez.
Uma onda de mortes
Fachada do Hotel Cecil – R7
Entre os anos 50 e 60 o local passou por uma grave onda de suicídios. Por exemplo, Helen Gurnee pulou da janela do sétimo andar e caiu em cima do letreiro do hotel. Julia Moore pulou da janela do oitavo. Pauline Otton, após uma discussão com o marido, pulou do nono andar. Ela caiu em cima de George Geannini que passava pela rua na mesma hora. Como resultado ambos morreram.
Uma triste história que certamente só poderia ter acontecido no Hotel Cecil foi a de Dorothy Jean Purcell. Ela estava hospedada em um quarto com o namorado, Bem Levine. Dorothy acordou uma noite sentindo muita dor na barriga. Saiu do quarto e foi para o banheiro para não acordar Ben com o qualquer barulho. Inesperadamente a jovem estava grávida e não sabia e naquele momento ela começou a dar à luz ao bebê. Acreditando que a criança havia nascido morta pelas condições que estavam, Dorothy jogou o bebê pela janela do hotel. Ela foi julgada, porém acabou sendo absolvida por sofrer com transtornos psicológicos. Essa história aconteceu em 1944.
Além dos suicídios citados acima, logo após sua inauguração, em torno de 6 pessoas se mataram ali. Tiros na cabeça e cortes na garganta fazem parte da história passada. No entanto alguns homicídios também aconteceram no estabelecimento. Em 1964 Osgood foi estrangulado, estuprado e morto dentro do seu quarto, tendo também suas coisas roubadas. O caso nunca teve solução.
Mortes Macabras e sem solução
Elizabeth Short foi morta em 1947
Duas mortes de mulheres assombram o passado do Hotel Cecil. A primeira foi Elizabeth Short, em 1947. Seu corpo estava em um terreno baldio ao lado do hotel e as circunstâncias eram um tanto quanto estranhas. O corpo estava totalmente mutilado. Foi partido ao meio e suas partes colocadas separadas.
O assassino teve o trabalho de drenar todo o sangue dela e limpar o corpo inteiro antes de abandoná-lo. O rosto de Elizabeth também sofreu danos. Sua boca tinha cortes nas laterais que chegavam até as orelhas. Seu coração e vísceras foram retiradas. Com a história, Elizabeth acabou sendo apelidada Dália Negra e foi inspiração para alguns filmes e livros. O caso não teve solução, o que se sabe é que ela foi vista viva pela última vez no Hotel Cecil.
A segunda história é de Elisa Lam, em 2013. Alguns hóspedes foram reclamar com o hotel sobre o gosto estranho na água e como ela estava saindo sem pressão das torneiras e chuveiros. Quando os responsáveis pelo local foram procurar o que estava acontecendo, encontraram o corpo de Elisa em uma das caixas-d’água. O caso poderia ser só um assassinato, um suicídio ou um acidente, como foi considerado. Entretanto os detalhes diziam algo a mais.
Em primeiro lugar, a caixa-d’água que Elisa foi encontrada tinha mais de 2 metros de altura. Foi necessário cortá-la para que conseguissem remover o corpo do local. Ao passo que foi complicado tirá-la da caixa, como a jovem teria caído por acidente? Além disso, em seu organismo não foram encontrados vestígios de drogas de qualquer tipo. E mesmo assim, câmeras de segurança do hotel flagraram quando Elisa subiu até o terraço. A jovem estava agindo de forma estranha, aparentando gritar com alguém que não estava lá.
A mudança de nome
Hotel Cecil mudou seu nome para Stay on Main –
Após o caso de Elisa, as histórias sobre o hotel ressurgiram e por consequência muitos voltaram a considerar o local como assombrado. Em seguida alguns curiosos e vários interessados em assuntos paranormais começaram a se hospedar no hotel em buscar de uma confirmação que espíritos andavam por lá. O quarto de Elisa era o mais procurado.
Tentando se desvincular da imagem que foi criada e do seu passado asssustador, os responsáveis pelo hotel mudaram o seu nome para Stay on Main. Entretanto, em 2015 a série American Horror Story lançou uma nova temporada e se inspirou nas histórias do Hotel Cecil e mais uma vez o seu passado veio à tona.
Imagens: R7, Latimes, Aventurasnahistoria, Countryliving
Uma Sociedade Doente
Aos 30 anos, você tem uma depressãozinha, uma tristeza meio persistente: prescreve-se FLUOXETINA.
A Fluoxetina dificulta seu sono. Então, prescreve-se CLONAZEPAM, o Rivotril da vida. O Clonazepam o deixa meio bobo ao acordar e reduz sua memória. Volta ao doutor.
Ele nota que você aumentou de peso. Aí, prescreve SIBUTRAMINA.
A Sibutramina o faz perder uns quilinhos, mas lhe dá uma taquicardia incômoda. Novo retorno ao doutor. Além da taquicardia, ele nota que você, além da “batedeira” no coração, também está com a pressão alta. Então, prescreve-lhe LOSARTANA e ATENOLOL, este último para reduzir sua taquicardia.
Você já está com 35 anos e toma: Fluoxetina, Clonazepam, Sibutramina, Losartana e Atenolol. E, aparentemente adequado, um “polivitamínicos” é prescrito. Como o doutor não entende nada de vitaminas e minerais, manda que você compre um “Polivitamínico de A a Z” da vida, que pra muito pouca coisa serve. Mas, na mídia, Luciano Huck disse que esse é ótimo. Você acreditou, e comprou. Lamento!
Já se vão R$ 350,00 por mês. Pode pesar no orçamento. O dinheiro a ser gasto em investimentos e lazer, escorre para o ralo da indústria farmacêutica. Você começa a ficar nervoso, preocupado e ansioso (apesar da Fluoxetina e do Clonazepam), pois as contas não batem no fim do mês. Começa a sentir dor de estômago e azia. Seu intestino fica “preso”. Vai a outro doutor. Prescrição: OMEPRAZOL + DOMPERIDONA + LAXANTE “NATURAL”.
Os sintomas somem, mas só os sintomas, apesar da “escangalhação” que virou sua flora intestinal. Outras queixas aparecem. Dentre elas, uma é particularmente perturbadora: aos 37 anos, apenas, você não tem mais potência sexual. Além de estar “brochando” com frequência, tem pouquíssimo esperma e a libido está embaixo dos pés.
Para o doutor da medicina da doença, isso não é problema. Até manda você escolher o remédio: SILDANAFIL, TADALAFIL, LODENAFIL ou VARDENAFIL, escolha por pim-pam-pum. Sua potência melhora, mas, como consequência, esses remédios dão uma tremenda dor de cabeça, palpitação, vermelhidão e coriza. Não há problema, o doutor aumenta a dose do ATENOLOL e passa uma NEOSALDINA para você tomar antes do sexo. Se precisar, instila um “remedinho” para seu corrimento nasal, que sobrecarrega seu coração.
Quando tudo parecia solucionado, aos 40 anos, você percebe que seus dentes estão apodrecendo e caindo. (entre nós, é o antidepressivo). Tome grana pra gastar com o dentista. Nessa mesma época, outra constatação: sua memória está falhando bem mais que o habitual. Mais uma vez, para seu doutor, isso não é problema: GINKGO BILOBA é prescrito.
Nos exames de rotina, sua glicose está em 110 e seu colesterol em 220. Nas costas da folha de receituário, o doutor prescreve METFORMINA + SINVASTATINA. “É para evitar Diabetes e Infarto”, diz o cuidador de sua saúde(?!).
Aos 40 e poucos anos, você já toma: FLUOXETINA, CLONAZEPAM, LOSARTANA, ATENOLOL, POLIVITAMÍNICO de A a Z, OMEPRAZOL, DOMPERIDONA, LAXANTE “NATURAL”, SILDENAFIL, VARDENAFIL, LODENAFIL ou TADALAFIL, NEOSALDINA (ou “Neusa”, como chamam), GINKGO BILOBA, METFORMINA e SINVASTATINA (convenhamos, isso está muito longe de ser saudável!). Mil reais por mês! E sem saúde!!!
Entretanto, você ainda continua deprimido, cansado e engordando. O doutor, de novo. Troca a Fluoxetina por DULOXETINA, um antidepressivo “mais moderno”. Após dois meses você se sente melhor (ou um pouco “menos ruim”). Porém, outro contratempo surge: o novo antidepressivo o faz urinar demoradamente e com jato fraco. Passa a ser necessário levantar duas vezes à noite para mijar. Lá se foi seu sono, seu descanso extremamente necessário para sua saúde. Mas isso é fácil para seu doutor: ele prescreve TANSULOSINA, para ajudar na micção, o ato de urinar. Você melhora, realmente, contudo… não ejacula mais. Não sai nada!
Vou parar por aqui. É deprimente. Isso não é medicina. Isso não é saúde.
Essa história termina com uma situação cada vez mais comum: a DERROCADA EM BLOCO da sua saúde. Você está obeso, sem disposição, com sofrível ereção e memória e concentração deficientes. Diabético, hipertenso e com suspeita de câncer. Dentes: nem vou falar. O peso elevado arrebentou seu joelho (um doutor cogitou até colocar uma prótese). Surge na sua cabeça a ideia maluca de procurar um CIRURGIÃO BARIÁTRICO, para “reduzir seu estômago” e um PSICOTERAPEUTA para cuidar de seu juízo destrambelhado é aconselhado.
Sem grana, triste, ansioso, deprimido, pensando em dar fim à sua minguada vida e… DOENTE, muito doente! Apesar dos “remédios” (ou por causa deles!!).
A indústria farmacêutica? “Vai bem, obrigado!”, mais ainda com sua valiosa contribuição por anos ou décadas. E o seu doutor? “Bem, obrigado!”, graças à sua doença ou à doença plantada passo-a-passo em sua vida.
Desconheço Autor.
Esquistossomose: Conheça
Chamada popularmente de “barriga D’água“, “xistose“, bilharzia ou “Febre do caracol”.
Trata-se de uma doença infecto parasitária que mata cerca de 200.000 pessoas por ano no mundo.
É a terceira doença tropical mais devastadora do mundo, atrás apenas da Malária e da parasitose intestinal.
O portador pode passar muitos anos sem apresentar qualquer sintoma.
Ela pode causar complicações muito sérias como:
Úlceras intestinais,
Cirrose hepática,
Câncer,
Paraplegia (levar a pessoa para a cadeira de rodas)
Quem causa?
Existem vários subtipos desse platelminto: Schistosoma mansoni, Schistosoma haematobium, e Schistosoma japonicum
Esse verme é de cor esbranquiçada ou leitosa.
O macho é mais grosso e curto. A fêmea é mais fina e comprida
Epidemiologia
Chamamos de áreas endêmicas aquelas áreas de risco contínuo para determinada infecção
Estima-se que 700 milhões de pessoas em mais de 76 países no mundo estão sob risco de se infectar por este parasita.
85% das pessoas infectadas vivem na Africa mas está longe de ser um problema só de lá.
Conheça países endêmicos para Esquistossomose:
Africa: Países da Africa do Sul, e Africa subsariana, Mahgreb (Norte da Africa), Rio Nilo o Egito e Sudão
América do sul: Brasil, Suriname, Venezuela
Caribe: Republica Dominicana, Guadalupe, Martinique, Santa Lucia
Oriente Médio: Iran, Iraq, Arabia Saudita, Yemen
Sul da China
Partes do sudeste da Asia e Filipinas, Laos
Esquistossomose no Brasil
Estima-se que cerca de um milhão e meio de brasileiros vivam em áreas de risco para Esquistossomose
Como a transmissão ocorre?
Ele não é transmitido diretamente de um ser humano infectado a outro. Nem ingerindo alimentos ou bebidas contaminadas
Esse verme se desensolve dentro de caramujos que vivem em lagoas (água doce).
O verme passa um tempo dentro do caramujo e depois nada livre nas águas da lagoa, penetrando na pele saudável de quem estiver na água.
As pessoas se infectam ao nadar ou caminhar em lagoas de água doce
Essas lagoas são conhecidas popularmente como ” lagoas de coceira”, pois as pessoas que se banham nesse locais, apresentam coceira na pele, mais especificamente nos locais por onde o miracídio penetrou.
Ciclo de transmissão
O verme apresenta vários estágios e possui 2 hospedeiros
O ser humano, onde o verme se reproduz
Caramujo, onde o verme passa fases de sua evolução
Tipos de caramujo que podem hospedar o verme da esquistossomose:
Biomphalaria = para o Schistosoma mansoni
Oncomelania = para o Schistosoma japonicum
Tricula -(Neotricula aperta) = para o Schistosoma mekongi
Bulinus = para o Schistosoma haematobium e o Schistosoma intercalatum
Ciclo fora do ser humano:
Homem Infectado deposita os ovos no meio ambiente através de suas fezes ou urina
Fezes e urina infectam o ambiente chegando até lagoas de água doce
Os ovos eclodem e o parasita sai deles em forma de miracídio.
O miracídio nada livremente em água fresca procurando o caramujo e tem de 1 a 3 semanas para encontrá-lo.
Uma vez dentro dos caramujos, o miracídio se modifica e se transforma em cercária (esse ciclo dentro dos caramujos dura de 4 a 6 semanas)
Na forma de cercárias, o parasita medindo cerca de 1mm sai do caramujo e fica nadando em na água por cerca de 72 hs
Nesse tempo, ele ataca a pele de qualquer ser humano que estiver ao seu alcance na água ou outro mamífero.
Se nessas 72 horas ela não encontrar um hospedeiro, morrerá.
As cercárias penetram na pele intacta do ser humano (não precisa ter nenhum machucado para se infectar)
Ciclo dentro do ser humano:
A cercária penetra na pele intacta do ser humano através das veias da pele.
Uma vez na corrente sanguínea, ela viaja por várias partes do corpo até chegar ao pulmão
Durante esta viagem, ela se transforma (sofre uma metamorfose), perdendo os acessórios que usava para nadar e criando uma capa protetora para se proteger contra o sistema imune do hospedeiro.
Nessa fase, o parasita recebe o nome de schistosomula
Em forma de schistosomula, ele migra dos capilares pulmonares (pequenos vasos) para a circulação sistêmica que o leva até à veia porta
Na veia porta, a schistosomula amadurece e se transforma em verme adulto
Esse verme adulto pode medir entre 12 a 26 mm de comprimento dependendo do sexo e do tipo
Dentro dos vasos da veia porta o verme se reproduz.
Macho e fêmea migram juntos contra o fluxo sanguíneo da veia porta até os vasos mesentéricos ou da vesícula, onde começam a botar ovos.
Um verme adulto bota entre 20 e 3.500 ovos por dia dependente do tipo – S. haematobium (20-200), S. mansoni (100-300), S. japonicum (500-3.500)
Os ovos migram através do intestino ou da parede da bexiga para ser eliminado ao meio ambiente pelas fezes ou urina.
Por onde passa, o ovo vai provocando intensa inflamação
O tempo de migração dos ovos que são postos até a saída para o meio externo dura cerca de 10 dias. Fechando o ciclo.
O ovo Aprisionado
Os ovos que não são eliminados para o meio externo ficam alojados nos mais diversos tecidos
Uma vez preso em alguma parte do corpo, o ovo segue estimulando um processo inflamatório e formação de granulomas que é o causador das complicações da doença.
Os ovos normalmente se alojam nos vasos sanguíneos do fígado ou intestino.
Mas também podem ser encontrados nos tecidos da pele, cérebro, medula espinhal, músculos, glândulas e olhos
Como os ovos também podem penetrar pelo trato urinário, ele pode se alojar também no útero, trompa de Falópio ou ovários
Tempo de Transmissão
O ser humano infectado e não tratado pode eliminar vermes no ambiente por mais de 20 anos.
O caramujo infectado começa a eliminar cercárias após quatro a sete semanas da infecção pelos miracídios, e assim se mantêm por vários meses.
Período de incubação
O tempo entre o primeiro contato com o verme e o início dos sintomas de fase aguda varia de 2 a 6 semanas.
Contudo, muitas pessoas podem não apresentar sintomas de fase aguda e ficar com o verme no organismo sem sintomas até as fase de complicações
Sintomas e sinais da fase aguda
Febre
Rash (manchinhas vermelhas no corpo)
Cefaleia (dor de cabeça)
Mialgia (dos nos músculos)
Sintomas respiratórios
Hemograma = aumento da contagem de eosinófilos
Imagem: hepatomegalia (aumento do fígado) e/ou esplenomegalia (aumento do baço)
Sintomas e sinais da fase crônica
Esses sintomas são causados devido à resposta imune do hospedeiro aos ovos do verme e dependem do número de ovos aprisionados no tecido e localização.
Diarreia (é uma das causas de diarreia crônica, especialmente em viajantes que visitaram áreas de risco)
constipação
Sangue nas fezes
Sangue na urina
Disúria (dor ao urinar) – sintomas que podem ser confundidos com infecção urinária.
Complicações
Ocorrem devido à inflamação crônica causada pelo verme no locais onde se aloja:
Sangramento intestinal
Má absorção intestinal
Desnutrição
Anemia severa
Polipose intestinal
Sepse por salmonella (Infecção generalizada por uma bactéria que causa problemas geralmente apenas no intestino)
Fibrose hepática levando à cirrose do fígado
Hipertensão portal levando a esplenomegalia (aumento do baço), ascite, sangramento no esôfago
Câncer do fígado
Câncer nas vias biliares
Inflamação das trompas (apresentando desconforto e favorecendo o desenvolvimento de doença inflamatória pélvica)
Inflamação vaginal (apresentando desconforto e favorecendo o aparecimento de infecções genitais)
Cervicites (inflamação do colo do útero na mulher)
Gestação ectópica (placenta se inserta fora do útero)
Bebês com baixo peso
Aborto espontâneo
Infertilidade
Hemospermia (sangue no esperma)
Nefropatia esquistossomótica (Doença renal crônica)
Pielonefrite (infecção nos rins)
Uropatia obstrutiva (doença renal renal devido a obstrução do trato urinário)
Hematúria (sangue na urina)
Falência renal
Câncer de bexiga
Hipertensão pulmonar
Cor pulmonale
Granulomatose pulmonar levando ao enfisema
Mielite transversa esquistossomótica
Paralisia (leva a pessoa para a cadeira de rodas)
Microinfartos cerebrais
Como o diagnóstico é feito?
Análise de urina com técnicas específicas que identificam a presença do ovo do verme
Análise de fezes com técnicas específicas que identificam a presença do ovo do verme
Exames sorológicos feitos em sangue que identificam anticorpos produzidos pelo nosso organismo ao entrar em contato com verme adulto.
Amostras sorológicas começam a se positivar apenas a partir do 6 ou 8 semanas do primeiro contato
Diagnóstico diferencial
A esquistossomose pode ser confundida com outros diagnóstico, de acordo à fase da doença ou apresentação clínica.
Dermatite Cercariana
• Síndromes exantemáticas (sarampo, rubéola; escarlatina);
• Dermatites causadas por cercárias de outros esquistossomos não patogênicos ao homem;
• Dermatites causadas por larvas de outros helmintos;
• Dermatite causada por substâncias químicas.
Esquistossomose Aguda (febre de Takayama)
• Malária;
• Febre tifoide;
• Hepatite viral anictérica (A e B);
• Estrongiloidíase;
• Amebíase;
• Mononucleose (causada pelo vírus Epstein Barr– EBV);
• Tuberculose miliar;
• Ancilostomose aguda;
• Brucelose;
• Doença de Chagas em sua fase aguda.
Esquistossomose Crônica
• Amebíase;
• Estrongiloidíase;
• Giardíase;
• Outras parasitoses;
• Linfoma;
• Afecções que cursam com o aumento volumétrico do fígado e do baço (hepatoma, Leishmaniose visceral, leucemia, salmonelose prolongada, esplenomegalia tropical, e cirrose hepática).
Tratamento
Tratamento da infecção
O tratamento da infecção é feito com um antiparasitário chamado Praziquantel.
A dose varia com o subtipo do verme
Tratamento das complicações
Varia totalmente de acordo ao tipo de complicação apresentada
Prevenção
Não existe vacina contra esquistossomose
Evitar nadar ou caminhar em lagoas de água doce de áreas endêmicas
Identificar e tratar todas as pessoas portadoras, sintomática ou não, evitando recontaminação do ambiente.
Água
Evitar ingerir água que não seja segura (ingesta não transmite mas o miracídio pode penetrar pela pele da boca ou lábios)
A água para beber, escovar os dentes, lavar as mãos deve ser segura.
Se a água não for segura, deve-se fervê-la por pelo menos 1 minuto para livrá-la dos parasitas
A água para banho ou lavagem de mãos pode ser armazenada em local seguro e limpo por no máximo 2 dias depois de fervida.
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