sábado, 5 de janeiro de 2013

Que os covardes ardam no inferno. Ainda que de suas próprias lembranças. Que a benção do esquecimento, através da senilidade, não lhe seja concedida. Que os fantasmas lhes assombrem, por toda a eternidade. by Deise

O homem verde
Ontem (15) teria sido o aniversário de Chico Mendes.
Teria sido.
Mas os assassinos da Amazönia matam as árvores incömodas, e tambem matam as pessoas incömodas.
Pessoas como Chico Mendes. 
Seus pais, escravos por dívidas, haviam chegado aos seringais vindos do distante deserto do Ceara.  
Ele aprendeu a ler aos vinte e quatro anos. 
Na Amazönia organizou sindicatos e juntou os solitários, peöes escravizados, índios desalojados, contra os devoradores de de terras e seus bandoleiros a soldo, e contra os especialistas do Banco Mundial, que financiam o envenenamento dos rios e o bombardeio das selvas. 
E foi marcado para morrer.
 
Os tiros entraram pela janela.
Por Eduardo Galeano. 


Francisco Alves Mendes Filho se fosse vivo teria completado 69 anos de idade, no último dia 15 de dezembro. Criado na Floresta Amazônica, sem jamais freqüentar uma escola e tendo de trabalhar desde os nove anos como seringueiro, foi responsável pela mais eficaz militância ecológica já ocorrida no país, tornando-se símbolo mundial da luta pela preservação da Amazônia.

Em meados da década de 80, fundou o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri (Acre), abrangendo quase somente trabalhadores da borracha. No ano de 1985, fundou o Conselho Nacional dos Seringueiros (CNS). Homem tolerante e diplomático encetou diálogos proveitosos entre os índios e os seringueiros, dois grupos desde sempre avessos, mas reconciliados por Chico Mendes, que inspirou mesmo a criação de uma associação cívica denominada de "Povos da Floresta".

Provocou, no entanto, a ira de fazendeiros da região, sendo assassinado, de fato, às 18 horas e 45 minutos do dia 22 de Dezembro de 1988, à porta da cozinha da sua casa em Xapuri no Acre. Assassinado a mando de um fazendeiro, por nome Darli Alves da Silva. O executante foi o filho deste, Darci, que disparou à queima-roupa uma espingarda de caça.

A sua consciência ecologista era notável, ainda que de nada lhe tenha valido. Numa mensagem de despedida escrita em 5 de Dezembro de 1988, antevendo o seu fim trágico, feito de forma cobarde e odiosa, escreveu: "Não quero flores no meu enterro, pois sei que vão arrancá-las da floresta. Quero apenas que o meu assassinato sirva para acabar com a impunidade dos jagunços, sob a proteção da Polícia Federal do Acre e que, de 1975 para cá, já mataram mais de 50 pessoas". Acusou uma série de autores de homicídios e "justiças de fazendeiros", ainda que a Polícia Federal não tenha usado tais informações, que acabariam por se provar com a morte de Chico.

A ultima noticia obtida pela rede, da viúva de Chico, data de outubro de 2010.


Casa de viúva de Chico Mendes sofre tentativa de invasão no Acre


KÁTIA BRASIL
DE MANAUS



A casa de Ilzamar Mendes --viúva do líder seringueiro Chico Mendes (1944-1988)-- ficou vigiada neste sábado pela Polícia Civil, após uma tentativa de invasão ao imóvel, localizado em Rio Branco (AC).
Na sexta-feira, por volta das 20h30, bandidos tentaram invadir a casa a residência, que fica a 8 km do centro da capital, no bairro de Vila Acre.
Ilzamar, 45, estava acompanhada de Maria Luiza, sua neta de 6 anos, quando aconteceu o caso.
Eu ouvi um barulho, abri a janela do meu quarto vi que tinha três homens. Eles arrombaram e derrubaram o meu portão no chão. Permaneceram ali por cinco minutos. E depois saíram caminhando normalmente pela rua", afirmou a viúva à Folha. Ela disse ainda que chamou a polícia e prestou queixa.
À reportagem, ela afirmou que não crê em relação política na tentativa de invasão de sua casa. Ilzamar tem aparecido na propaganda eleitoral gratuita na TV do presidenciável José Serra (PSDB). Ela pede apoio ao candidato dizendo que ele "representa a causa ambiental, a grande bandeira de luta de Chico Mendes".
Ela atribuiu a tentativa de invasão à violência no Acre. "Eu estou aparecendo na mídia [no programa do Serra] e isso me preocupou, mas não quer dizer que é [a tentativa de invasão] uma questão política."
Ilzamar disse que recebeu segurança da Polícia Civil. "Esta invasão fez com que minha família lembrasse da violência que nós sofremos [quando houve o assassinato de Chico Mendes] e que vai fazer 22 anos em dezembro."
Procurado pela reportagem, o delegado geral da Polícia Civil do Acre, Emilson Farias, disse que foi aberto um inquérito para investigar o caso. Segundo ele, Ilzamar revelou aos policiais que estava sofrendo ameaças --o que não foi dito à Folha antes da declaração do delegado.
Farias disse ainda que peritos foram ao local e coletaram provas, como impressões digitais. Os acusados não foram localizados até as 19h.
Depois de falar com o delegado, a reportagem procurou Ilzamar para questionar sobre as ameaças, mas não conseguiu.


sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Em pesquisa feita pela Associação dos Magistrados do Brasil (AMB), ainda em 2007, sobre a credibilidade das instituições públicas, o Congresso Nacional liderou negativamente. De cada 100 cidadãos brasileiros, apenas 12 manifestaram confiança na Câmara dos Deputados e 14 no Senado Federal



O exame analítico quantitativo das leis produzidas pelo Congresso Nacional, em 2011, revelou a promulgação de 212 normas, considerando emenda constitucional (1), leis complementares (2) 
e leis ordinárias (209).
Das 212 leis editadas, 128 foram de iniciativa de entidades públicas, como a Presidência da República, Ministério Público da União, Tribunal Superior do Trabalho e Supremo Tribunal Federal; e 84 foram propostas por parlamentares federais, sendo 64 oriundas da Câmara dos Deputados e 20 do Senado Federal.
Para melhor orientar a classificação das leis, a fim de entendê-las, quanto a sua repercussão, foram estabelecidos dois grupos, um com as leis consideradas de pequena repercussão, que são as leis que produzem efeitos apenas nas esferas de governo; outro com as leis de grande repercussão, que são as leis que desencadeiam consequências na vida das pessoas e das instituições. Das 212 leis, 161 são de pequena repercussão e 51, de alguma forma, interferem nas relações privadas e institucionais. Das 51 leis de grande repercussão, 18 foram iniciadas na Câmara dos Deputados, 11 foram propostas por Senadores e 22 pela Presidência da República.
Outra divisão importante para a compreensão da produção legislativa do Congresso Nacional, em 2011, estabelece-se a partir de três grupos de leis: o primeiro, englobando as leis que tratam de denominação de bens públicos, reconhecimentos e instituições de datas, semanas e anos comemorativos; o segundo, envolvendo as leis que se relacionam com a gestão de estado, considerando os três poderes; e o terceiro grupo, com as leis que geram efeitos no cotidiano das pessoas e das instituições. No primeiro grupo, 52, das 212 leis, tratam de denominações, reconhecimentos e datas comemorativas; No segundo grupo, 116, das 212 leis, tratam de gestão de estado; e no terceiro grupo, 44 leis tratam das relações individuais e institucionais.
Chama atenção também o tempo médio de tramitação das leis no Congresso Nacional, tendo em conta a data de apresentação dos respectivos projetos. Com exceção das leis de gestão de estado, com conteúdo orçamentário (60), e das medidas provisórias (32), a tramitação média das leis no Congresso Nacional supera 2 anos. Em alguns casos, ultrapassa a 20 anos.
A Lei 12.551, de 15 de dezembro de 2011, que trata da equiparação dos efeitos jurídicos da subordinação exercida por meios telemáticos e informatizados à exercida por meios pessoais e diretos, alterando a redação do art. 6º da CLT, foi proposta pelo Dep. Eduardo Valverde, no dia 11 de março de 2004. Foram longos 7 anos e dez meses de tramitação.
O Senador Lucio Alcantara propôs, em 1999, um projeto de lei para alterar o art. 261 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, para determinar regras sobre a contagem e o limite de pontos da CNH. A Lei que resultou desse projeto foi editada em 14 de dezembro de 2011 (Lei 12.547).  Foram 11 anos de tramitação.
A Lei 12.506, de 11 de outubro de 2011, que trata do aviso prévio e dos critérios para o seu pagamento, foi proposta pelo então Senador Carlos Chiarelli, em 1989. Foram 22 anos de tramitação.
Uma Lei fundamental para o exercício da cidadania, que regula o acesso público e transparente às informações relacionada à governabilidade em todos os poderes e esferas da pública administração brasileira, foi proposta em 2003, pelo Dep. Reginaldo Lopes, e somente em 18 de novembro de 2011, foi promulgada (Lei 12.527). Foram 8 anos e 11 meses de tramitação.
A lei do salário mínimo (Lei 12.382), no entanto, teve seu projeto apresentado pela Presidência da República no dia 10 de fevereiro e já no dia 25 de fevereiro estava promulgada e publicada. Foram breves 15 dias de tramitação.
O atual Congresso Nacional, em sua primeira sessão legislativa, aprovou uma única lei de iniciativa parlamentar, que foi a Lei 12.505, de 11 de outubro, proposta pelo Sen. Lindbergh Farias, em 17 de agosto, que concede anistia aos policiais e bombeiros militares dos Estados de Alagoas, da Bahia, do Ceará, de Mato Grosso, de Minas Gerais, de Pernambuco, do Rio de Janeiro, do Rio Grande do Norte, de Rondônia, de Roraima, de Santa Catarina, de Sergipe e do Tocantins e do Distrito Federal punidos por participar de movimentos reivindicatórios. Foram menos de 60 dias de tramitação, com um detalhe, trata-se de uma lei inconstitucional, inclusive, não vetada.
São muitos os elementos de análise que, aos poucos, serão detalhados para que se possa estabelecer um debate crítico sobre a responsabilidade e sobre o papel do Congresso Nacional, no cenário republicano e democrático do Brasil. O certo é que o Parlamento Federal, em 2011, mais uma vez não se justificou, em termos legislativos, para a sociedade e, com isso, o cidadão continua sem perceber a importância institucional democrática do parlamento federal.


.

by http://cidadaniaedemocracia.com

O Rio tem motivos para sorrir?


O Brasil tenta sair da irônica posição de último peru com farofa do mundo com atitudes que foram contestadas inicialmente, mas que se revelaram corretas, ao abaixar os maiores juros do planeta, indecentes spreads bancários e taxas extorsivas nos cartões de crédito, bulindo até na “imexível” poupança sem traumas, elevando a popularidade de Dilma.

A caneta presidencial tenta, sem planejamento, inexplicavelmente, induzir produtividade visando despertar o espírito “animal” empresarial para competir numa economia globalizada travada por uma crise mundial. Claro que não dará certo e voltamos aos voos de galinha: transformações que nada mudam para que tudo se perpetue, maquiavelicamente, como este PIB de menos de 1%.

Setores que ganhavam muito facilmente sabotam um cenário no qual será necessário investir e correr riscos. Precisamos acordar para a obrigação de apoiarmos decisivamente estratégias que nos levem a usufruir de uma coisa ainda inédita aqui: qualidade de vida. Temos que apresentar planejamento, de curto, médio e longo prazos, apoiados por metas críveis e com uma âncora sólida, para unir toda a população de forma ética e transparente, para enquadrar esses “políticos” que não querem planejamento de jeito nenhum, quanto mais, horror dos horrores, ética e transparência, pilares de uma sociedade evoluída e com justiça social. Você conhece algo ou algum lugar no mundo que funcione sem planejamento? Pois é, não existe. Ou seja, sem a segurança proporcionada por planejamento crível, não existe espírito animal empresarial!

A conjuntura está tão sem planejamento, que não se sabe como proceder com apenados de alta posição social ou políticos de diversos partidos que foram julgados porque, vergonha, “nunca dantes na história desse país, isso havia acontecido”. Isso exige uma inovação regimental do STF para que, finalmente, fato inédito, coloque-se os condenados na cadeia, sem mais delongas.

No setor elétrico rola o maior bafafá, pois pagamos a 2ª tarifa mais alta do mundo e temos a geração mais barata do planeta, ou seja, investimentos já amortizados teriam que ser retirados das planilhas, pois como é notório, hidrelétricas e linhas de transmissão, em alguns casos, já foram pagas duas vezes pelos consumidores, sem contar os inacreditáveis algo entre R$ 7 e 11 bi de “erros” no cálculo das tarifas de luz. Claro que tem gente que não concorda com mudança em contratos draconianos e lesivos feitos desde 1990, que permitem lucros exorbitantes para as distribuidoras. Em 2011, por exemplo, a Cemig (governo de Minas Gerais e investidores privados) teve um lucro de R$ 2,4 bilhões, em cima do povão.

Chama a atenção que a “oposição” só fale bobagens do tipo: “Em Minas, metade das famílias não paga ICMS nas contas de luz. Tampouco que as oposições venham há muito cobrando redução dos cerca de dez tributos federais incidentes sobre a conta de luz.” Ou seja, lá as famílias são isentas de um, mais pagam outros nove impostos, fora os inexplicáveis custos dobrados de bens já amortizados, o que proporciona lucros exorbitantes a um grupo de especuladores… em cima delas? Não é genial? E pior, insistem em manter esse descalabro, pois esta receita é parte integrante das atuais e futuras contas estaduais, mesmo tendo de ser objeto de novas licitações. Por que então desenvolver a economia? Nem pensar. Mas, os ex-governadores, curiosamente, estão todos milionários…

Contratos que acabam em 2015 devem ser renovados num modelo macroeconômico que favoreça a todos, estimulando prioritariamente o desenvolvimento da nação. A população é mantida tão alienada que não há manifestações patrióticas que estimulem uma participação ativa da sociedade para que, unidos, quebremos estes e outros indecentes padrões neoliberais, como os absurdos preços da telefonia celular, dos carros, das TVs a cabo, da internet (que aprovou uma lei em que é obrigada a entregar somente 20% do prometido), pedágios abusivos, entre outras falcatruas nos serviços públicos e privados para formalizarmos uma governança política ética e transparente, que acabe com mamatas e corrupções reinantes definitivamente, pois elas só depõem contra a coletividade, entravando o desenvolvimento socioeconômico da pátria.

Chantageia-se a opinião pública com desrespeito a contratos, fator causador de pânico em investidores, quando na verdade administrações corrompidas fizeram acordos altamente lesivos à coletividade, o que está comprovado e pode ser levado em consideração em negociações futuras.

Não podemos compactuar com neoliberais, que nos lesaram durante décadas impedindo um desenvolvimento socioeconômico ético, enquanto produziam bilionários e imorais clãs políticos, evidenciando um nocivo abismo social que não condiz com o atual posto de 6ª economia de mercado e a desonrosa colocação de 85º IDH. Onde se encontra o necessário mercado interno forte?

No Rio, assistimos uma torpe governança “Cabral-Pezão/Paes” sem planejamento algum, a não ser o fato de ser blindada por uma suspeitíssima coligação de vinte partidos políticos das mais opostas tendências mancomunada com uma mídia que nos “vende” uma realidade virtual, totalmente dissociada da das ruas. Criou-se uma democracia ditatorial midiática, tão descarada, que assistimos embasbacados e sem reagir a ações que noutras sociedades renderiam punições exemplares com impeachment, cadeia e o desprezo da coletividade.

O que falar da linha do metrô, que começou com preço irresponsavelmente “estimado” por não se saber sequer o traçado, já que nunca há planejamento e que agora nos inflige um aumento de 70%, que, claro, será incrementado mais a frente? Se analisarmos os fatos, veremos que nada se concatena: linhas, vagões chineses, infraestrutura e principalmente o conforto dos usuários com uma malha sucateada há décadas sem previsões de futuro e que, pasmem, também não é objeto de conservação, porque sabidamente o interesse é por ruína total, de preferência com acidentes gravíssimos, para aí, então, indecentemente, serem autorizadas às pressas obras sem licitações, distribuídas ao compadrio com padrão Delta.

O caos impera com filas espantosas, péssimos e caríssimos serviços, nenhuma providência da agência reguladora ou sequer questionamentos estaduais à qualidade do serviço, sendo que não há transparência da dívida estadual nessa palhaçada. Se hoje está péssimo, imagina quando o metrô da Barra começar a funcionar? Diferente dos padrões mundiais que apresentam redes que se cruzam, nós temos uma linha salsicha que só se emenda, acumulando passageiros e levará toda a cidade ao caos. E o planejamento, gente?

Como justificar o superfaturamento cometido no Maracanã? O complexo que agora querem fazer já era conhecido há décadas, como no Allianz Arena que englobou tudo e custou R$ 1 bilhão, só. Como é hábito na administração pública, sem nenhum planejamento, fizeram irresponsáveis obras com todos os “supostos” esquemas de corrupção possíveis, para descobrirmos agora uma dívida impagável num incômodo elefante branco. Por enquanto, torrou-se cerca de R$ 1,440 bilhões num estádio que, notoriamente, não pagará sequer sua manutenção, quanto mais o retorno do capital investido, produzindo uma dívida que só de juros aumenta mais de R$ 100 milhões/ano, com o detalhe que essa conta inexplicável e outras irão para futuras administrações. A impunidade reina e para privilegiar um “empresário amigo”, destrói-se um complexo público material e imaterial para que se pague R$ 210 milhões ao estado, arrecadando-se cerca R$ 1,8 bilhão em cima do patrimônio estadual e atirando na lama o manual de administração pública.

Claro que o que está ruim pode ser piorado. Aí entra em cena o secretário da casa civil com um artigo publicado naquela mídia que vive a dicotomia entre o que seus repórteres apuram de fato e o que pode ser publicado na realidade virtual produzida por um complexo de comunicação social “supostamente” corrompido por inexplicáveis verbas de comunicação bilionárias e que sobem, curiosamente, de acordo com o tamanho do escândalo a ser abafado.

Segundo ele, “quem defende que se deva manter o Maracanã sujo, sic, (quem, cara-pálida?) com público em pé (como se faz em qualquer estádio do mundo, quando é jogo de uma torcida só, sem confusões) em assentos sem boa visibilidade (o futuro estádio está cheio de pontos cegos) e sem serviços de qualidade, sic, não sabe identificar a alma do povo (será que esse espectro a que ele se refere não irá preferir qualidade de vida, coisa que o RJ anseia desesperadamente?), pois ele merece o que há de melhor e como nos ensinou o mestre Joãosinho Trinta (que deve estar se revirando na tumba), o povo gosta de luxo e não de lixo.” Obviamente este senhor subverte o sentido dada a frase, já que o “geraldino”, com seu folclórico comportamento, foi expulso do estádio e qual será o trabalhador com o atual salário estadual, o mais baixo do país, que poderá comprar ingresso para essa caríssima arena? Ou seja, haverá uma tremenda safadeza para com os torcedores mais desfavorecidos, que serão excluídos de torcerem “ao vivo” por seu clube do coração no Maraca. Sem falar dos prejuízos que vitimarão os clubes por jogar sem plateia e sem renda.

Ainda tenta justificar a destruição do entorno do estádio com essa linha de argumentos, evidenciando o seu distanciamento “tipo Maria Antonieta” da realidade do que o cidadão/estado quer ou precisa. É o mesmo tipo de pensamento aplicado nos midiáticos teleféricos, frequentado principalmente pelos turistas, porque o morador do local, segundo pesquisa, prefere outra alternativa, além de morrer de medo de ficar preso naquele bondinho, balançando quando falta luz, o que é um hábito nessas comunidades. Aliás, com todo o potencial turístico do Rio, será que não há nada mais interessante para os turistas fazerem? Ou esta administração desconhece por total o que vem a ser uma indústria do turismo, pensada para atrair um público de qualidade?

Repare que só nestas duas fraudes imorais, o gasto público é de cerca de R$ 10 bilhões, mas estima-se em R$ 46 bilhões o que será torrado a mais, sem tocar no que interessa, evidentemente: soluções no congestionado trânsito do Rio, bem como nos gargalos da ponte Rio-Niterói, na duplicação da via Dutra na Serra das Araras ou na subida da serra de Petrópolis. Esse desgoverno e seus aliados não usam nossos meios de transporte, daí não existir a menor preocupação com as vias de acesso e seus constantes engarrafamentos, já que vão voando em brinquedinhos conseguidos a nossas custas. Mas o empreendimento particular Porto do Açú, daquele empresário amigo, se beneficiará dessas obras infraestruturais, “coincidentemente”, é claro!

Com relação aos royalties do petróleo, todos querem sua parte, mas, absurdamente, não se vê um só governador com projeto crível para desenvolver a economia estadual. Vejamos o caso do Rio, que segundo cálculos de seu governo, deixará de ganhar R$ 4,5 bilhões em receita em 2013 e R$ 116 bilhões até 2030. Se o governador optar por desenvolver a atividade turística de forma planejada, poderá em curto prazo injetar na economia muito mais do que perderá até 2030, com o detalhe de que isto ocorreria anualmente, sendo incrementado de forma contínua para crescer cada vez mais, porque esta é a maior indústria do mundo. Mas ele propositalmente ignora isso. Por quê? Será que podemos prescindir dos bilhões de dólares do turismo e seus milhões de empregos, sem falar da qualidade de vida que advirá natural e conjuntamente?

Cabral apresenta comportamento autista ao não entender que a maioria quer um dinheiro que ele acha que é do Rio, ignorando que todos têm problemas de caixa. Leia o primor da declaração de um alienado: “O congresso deve ter lá 2.000 vetos e, de repente, um com menos de um mês fura a fila é solicitada sua inclusão na pauta? É algo que me surpreende.” Quando ele descobrirá que os bilhões em jogo que ele quer desesperadamente, os outros também querem e que teoricamente ele está errado? Agora quando faltar esse dinheiro, como ele irá fazer, pois nunca se preocupou em revitalizar a economia, já que para ele o Rio era “supostamente” o seu balcão de negociatas neoliberais? Vão aparecer uma série de falcatruas, tanto que seu secretário de fazenda, que abriu mão de um ótimo cargo no Banco Mundial, ao descobrir onde tinha se metido, pediu demissão e sumiu.

Repare que esses administradores são os responsáveis pela indução do desenvolvimento em seus estados e municípios, macroeconomicamente. Se eles não fazem, quem fará? Não é à toa que 82,3% das prefeituras não conseguem pagar nem 20% de suas folhas de pagamentos e mesmo sabendo-se disso não se impõe uma governança que obrigue este planejamento. Por isso, o Ministério Público Federal contabiliza inacreditáveis 11 mil inquéritos este ano, até 31 de outubro, abertos para apurar irregularidades envolvendo verbas públicas em 2012.

Quando aplicaremos governança pública ética para desenvolver a economia de forma planejada, principalmente, para evitar tradicionais falcatruas políticas? É praxe em qualquer administração, condenar a cadeia os responsáveis por desvios e bloquear judicialmente seus bens. E aqui?

Vem aí a eleição de 2014 e vamos reeleger mais do mesmo? Repare que nesta eleição, menos de dois terços dos eleitores compareceram e dos que votaram 64,4% reelegeram uma coligação de vinte partidos que explode em escândalos diários. Usaram técnicas de Goebbels, o ministro da informação nazista, autor da célebre frase “uma mentira contada mil vezes, torna-se uma verdade”. Nesse engodo eleitoreiro, UPP, teleférico, realidade midiática virtual, eventos mundiais e umas obras para beneficiar a especulação imobiliária foram “vendidas” como grandes mudanças, num insólito monopólio de tempo na TV e repetidas a exaustão.

Sendo que os outros candidatos não tinham moral ou sequer um planejamento crível para apresentar e desmoralizar o alcaide. Um deles tinha uma plataforma “parecida” com a do Acorda Rio e fui compelido pelos amigos a falar pessoalmente com ele. Mesmo com seus coordenadores de campanha admitindo que o material era bom, tanto que tinha demolido a tese do “Ciclo Virtuoso do Rio”, não quiseram usar fatos que arrasariam Eduardo Paes, nem um planejamento para unir toda a sociedade e levá-la à vanguarda mundial, proporcionado ao Rio uma qualidade de vida única, coisa que influenciaria o resultado da eleição inquestionavelmente. Por quê?

O cenário para 2014, pelo visto, será o mesmo. Vamos continuar desunidos e desarticulados? A democracia ditatorial midiática que se eternizará agradecerá penhoradamente…

Com a reeleição, o Paes desandou a gabar suas “qualidades” e começou a mostrar porque teve tanto “apoio” financeiro ao acenar com aumento irracional de passagens, de IPTU, autorização de ocupação de uma reserva num negócio bilionário em que até mortos assinam escrituras com irresponsáveis aumentos de gabaritos, entre outros estelionatos eleitorais, já que durante a eleição sempre negou tudo isto. Para se complicar ainda mais, passou a dar entrevistas em que diz coisas sobre o aumento do IPTU como: “não falei, porque ninguém me perguntou” e defende nebulosidades tais como: “as Olimpíadas são oportunidades para transformar, são boas desculpas para servir de norte, de bússola para fazer aquilo que precisa (sic). Eu uso tudo para a Olimpíada agora (sic). Não é como festa em casa de solteiro, onde tá tudo zoneado (sic). A gente arruma tudo, faz a festa e no dia seguinte tá tudo bagunçado de novo. Uso a Olimpíada como instrumento para transformar, para mudar. Se eu não trouxer coisas para a cidade, não teremos outra chance”.

Precisamos investigar, antes que seja tarde demais, ao que ele se refere, porque tudo que foi apontado como legado por ele até hoje foi sistematicamente desmoralizado, como o conceito ultrapassado de ônibus que insistiu em fazer, que ao ser inaugurado não dará vazão à demanda e terá que ser refeito, gastando-se o dobro. A especulação imobiliária permitida levou o trânsito ao caos diário, como na Barra, onde ele insiste em aumentar gabaritos e potencial construtivo, sem cobrar dos especuladores verbas para soluções rodoviárias para o problema, já que com as licenças de obra concedidas em breve o bairro terá a mesma população de Niterói. Sem falar dos problemas infraestruturais, que são assustadores: quando todos ligam os ares condicionados, a rede desarma, falta água e por aí vai… Experimente ouvir as queixas dos moradores.

Com o Porto Maravilha, acabará com qualquer resquício de qualidade de vida no principal eixo rodoviário do centro, sem atender ao principal requisito mundial de revitalização de áreas portuárias: levar desenvolvimento socioeconômico, cultural e ambiental a toda a cidade, incluindo favelas, subúrbios e periferia de forma autossustetável e sustentável de acordo com os parâmetros do século XXI. Mente descaradamente quando afirma que derrubará o viaduto da Perimetral sem custos, ao autorizar um mecanismo conhecido como CEPAC, que foi proibido onde foi utilizado pioneiramente, SP, tamanho o caos produzido pela especulação imobiliária que ele quer reproduzir aqui. Torna a enganar quando afirma que construirá a vila olímpica de graça, quando na verdade aquilo lá é uma maracutaia imobiliária onde alguns irão ganhar muito…

O que se pode esperar de um prefeito que afirma que entregará as obras no prazo e que isso atrairá investidores, mesmo sem apresentar qualquer tipo de planejamento? Qual empresário que investirá seu tempo e dinheiro num Rio que tem um alcaide com atitudes e declarações como estas? Como podemos ver, já que o número de empresas anunciado é ínfimo e sempre ligado ao setor petrolífero, ninguém acredita nessa administração!

Engana ao anunciar que as finanças municipais possuem 3 graus de investimentos, daquelas mesmas empresas que não enxergaram a pior crise mundial e que aqui no Brasil endossavam todos os bancos que quebraram. A única coisa que aconteceu efetivamente foi a troca do seis pelo meia dúzia ao conseguir o maior empréstimo do Banco Mundial para pagar o BNDES e desta forma diminuir de 9 para 6% uma dívida antiga e ter cerca de 360 milhões anuais para investimentos previamente acertados com o Banco Mundial e que, mesmo com destinação engessada, desaparecerão neste mar de lama da corrupção. Não abre de forma alguma o tamanho da dívida pública pós-olímpica, embora já saibamos que teremos um papagaio de R$ 28 bilhões até 2028, sem contar os eventos mundiais. Sendo que ele ainda esperneia porque quer torrar mais dinheiro público e não está conseguindo, por causa da sábia lei da renegociação da dívida pública.

Por que mesmo com o Rio fazendo os maiores eventos midiáticos internacionais, investindo bilhões “teoricamente” para incentivar e desenvolver a atividade turística, ele não quer revitalizar a economia do Rio, via sua vocação natural, reconhecida como a maior do mundo, fato que pode levar o Rio à vanguarda mundial em curto prazo?

Essa é a sua obrigação, apresentar um planejamento macroeconômico de curto, médio e longo prazos com metas críveis e âncora sólida para convencer a sociedade a se unir, aprovando e participando ativamente do desenvolvimento socioeconômico, além de atrair a nata dos investidores nacionais e internacionais, injetando bilhões anualmente na economia do Rio. Deslanchando a economia ao produzir milhões de empregos com a atração de fábricas, indústrias, criando um ambiente propício à proliferação de centenas de milhares de micro e pequenas empresas dentro de um conceito vencedor que eternizará nossas belezas naturais e nos dará a melhor qualidade de vida do mundo. Sua primeira tentativa, quando mais uma vez anunciou com toda a pompa um legado olímpico, o Centro de Convenções Internacional no Canal do Mangue, fracassou, já que foi anulado pelo MP que enxergou irregularidades. Quem sabe na segunda tentativa ele acerta?

Sem falar da atração do setor internacional de serviços e de um planejamento estratégico que irá consolidar a construção civil e a indústria imobiliária, os pilares das megalópoles, dentro de um plano diretor pensado para atravessar décadas, valorizando o Rio ao acabar com seus problemas infraestruturais e eternizando nossa vocação natural dentro do melhor conceito mundial de qualidade de vida, garantido a empregabilidade, a sustentabilidade e a autossustentabilidade.

Se todos os lugares do mundo onde o turismo foi utilizado como instrumento de transformação deram certo, porque logo aqui, o maior potencial do mundo, esta possibilidade é desprezada? Foi com este tipo de planejamento que se transformou Barcelona de uma cidade que tinha problemas iguais ou piores do que os nossos, na potência econômica de hoje que leva a Catalunha a querer a independência da Espanha. Por que não se quer descaradamente desenvolver a economia combalida do Rio? Deveria ser prioritário, ainda mais com uma vocação natural destas.

Por que, estranhamente, ele não quer revitalizar o Rio de forma única, tornando-se o melhor administrador do Brasil, podendo alçar voos políticos maiores em vez de ser, mediocremente, o político que arrasou de vez o Rio, ao perder deliberadamente uma chance única de reinventar a cidade?

Ou será que ele acha que conseguirá esconder eternamente a desenfreada especulação imobiliária que faz desapropriações na marra com os desassistidos? As obras emergenciais ou não, corruptas, que autoriza? O sucateamento descarado da saúde municipal, como o escândalo da SAS contratada sem licitação? Os problemas crônicos que impedem o ensino público de melhorar? Sem falar da total ausência de políticas públicas que desenvolvam a economia e incrementem a arrecadação, permitindo um aumento planejado de renda dos servidores municipais e da população que agoniza tendo os piores salários do país, pagando os impostos mais caros e recebendo em troca os piores serviços públicos e privados do país, sem direito a perspectivas de mudanças no futuro pela frente. Acorda, Rio!

Todos os índices oficiais comprovam esta queda do Rio, que passou a nivelar com as mais atrasadas unidades da federação, mesmo sendo o 2º maior PIB! Até quando esta administração tapará o sol com a peneira? No Complexo do Alemão policiais da UPP jogam bilhete no carro de reportagem pedindo socorro e logo depois acontecem confrontos onde dois policiais morreram. Até a justiça passou a exigir obras sociais em favelas, tamanho o descalabro da mídia, que só mostra o que interessa ao município.

Não há outra saída, a não ser partirmos para atualizarmos nossa legislação municipal e estadual para impedirmos situações indecentes como esta a que estamos submetidos, onde uma coligação de 20 partidos, inverossímil, aliada a uma mídia sem concorrência, manipula criminosamente o que deveria ser uma democracia. Não custa lembrar, que nos ciclos recentes só houve avanços porque as lideranças historicamente construíram consensos, ou seja, só unidos poderemos. Para se ter uma ideia do problema, o Brasil aparece na 130ª posição em termos de ambiente de negócios entre 185 países, enquanto que sumidades como o México, 48ª, Colômbia, 45ª, Peru, 43ª e Chile, 37ª, estão muito na nossa frente.

O Acorda Rio propõem que a OAB, junto com um colegiado de notáveis, atualize nossas leis urgentemente, viabilizando regras claras para o desenvolvimento econômico, educação, saúde, transporte, saneamento, plano diretor e outras necessidades básicas da sociedade, bem como a implementação de um código de ética para a governança da administração pública.

É preciso buscar o exemplo em sociedades que tinham problemas iguais ou piores do que os nossos, mas que se uniram para se reinventar e hoje são exemplos de qualidade de vida.

Acorda, Rio! Porque esta democracia ditatorial midiática está demais e ainda debocha da gente com um slogan para o réveillon que afirma: “Mais motivos para sorrir”; ou seja, eles ainda riem da nossa desgraça…

Só unidos teremos futuro!

by José Paulo Grasso
Engenheiro e coordenador do Acorda Rio

Curiosidade. by Deise


Bebê-Carta! 1913









Nesta foto de 1913, foi na época em que o Serviço Postal dos Estados Unidos criou o "Parcel Post", um sistema que permitia enviar pacotes com mais de 32 quilos a preço de correio simples. 

Após sua criação, algumas crianças foram enviadas por esse sistema. Com selos colados a suas roupas, as crianças viajaram por trens e estradas até chegarem a seus destinos.

 A foto é uma raridade, pois foi antes da criação do serviço, e o sistema durou muito pouco.

FONTE: mdig.com.br

“Não houve nenhum derramamento de sangue, apenas tiros para o alto para assustar os invasores, que foram surpreendidos e não tiveram tempo de reagir, haja vista o arsenal de armas que eles carregam, já tendo inclusive, causado muitas mortes no local”


Já estão em Brasília para participar de uma audiência pública na Câmara dos Deputados, o tenente coronel Josenildo Jacinto do Nascimento, tenente coronel Ênedy Dias de Araújo e o secretário adjunto da Secretaria de Estado da Segurança Pública, César Pizzano.

O evento é uma realização da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, de autoria dos deputados federais Giovanni Queiroz, Ernandes Amorim e Moreira Mendes, com objetivo principal de discutir e encaminhar providências sobre as denúncias publicadas na Revista IstoÉ, de que existem áreas no Estado de Rondônia sob o domínio da Liga dos Camponeses Pobres – LCP. A audiência acontece nesta quinta-feira (24) no Plenário 6 do anexo II.

Operação Rondônia Legal III chega e integrantes da LCP deixam acampamento


A Operação Rondônia Legal III, iniciada há duas semanas na região de Nova Mamoré contra o desmatamento ilegal, conta com a participação do IBAMA, INCRA, Sedam, Polícia Civil, militares do Exército e da Polícia Militar de Rondônia, com efetivos do Batalhão de Polícia Militar Ambiental e da Companhia de Operações Especiais – COE, sob o comando do sub tenente PM Álvaro Uchak. As equipes estão baseadas no Distrito Rio Branco, município de Campo Novo.

A participação do INCRA tem como objetivo principal assentar os integrantes da LCP – Liga de Camponeses Pobres, o que não está sendo possível, devido os mesmos terem abandonado o acampamento, deixando apenas alguns pertences pessoais, uma demonstração visível de que a luta não seria pelas terras, de acordo com os policiais.

Na versão passada, em uma operação idêntica, o IBAMA apreendeu 2.800 m³ de madeira em tora, capaz de encher 150 caminhões, além de geradores de luz, esteira para movimentar toras na serragem, serras elétricas e tratores.

A região é considerada crítica, haja vista a atuação de madeireiros que insistem em trabalhar de forma ilegal e a invasão de sem terras nas áreas públicas interditadas pela Justiça Federal, como a Reserva Extrativista de Uso Sustentável Jaci-Paraná, o Parque Estadual de Guajará-Mirim (onde uma estrada foi aberta ilegalmente para transporte de madeira e drogas), a Terra Indígena de Karipunas e Floresta Nacional Bom do Futuro, uma das mais afetadas.

A denúncia mentirosa de que um grupo ligado a Liga dos Camponeses Pobres – LCP haviam sofrido um verdadeiro massacre, na área da Catâneo em Jacinópolis, a 400km de Porto Velho, teve grande repercussão em todo o país. “Isso é sensacionalismo. A mídia se equivocou em publicar tal denúncia, inclusive como manchete em todos os jornais, sem averiguar a realidade dos fatos”, ressaltou o sargento PM Edion Goveia, comandante da primeira guarnição a chegar no local, sendo constatado que, ao invés de ´mortos´, o que havia na área eram 17 motos abandonadas, além de documentos e roupas, sendo comprovado ao final, que o conflito foi gerado entre os próprios sem-terras.

“Não houve nenhum derramamento de sangue, apenas tiros para o alto para assustar os invasores, que foram surpreendidos e não tiveram tempo de reagir, haja vista o arsenal de armas que eles carregam, já tendo inclusive, causado muitas mortes no local”, declara a Polícia Militar Ambiental, que está na área há mais de quatro anos, em proteção ao meio ambiente.

Audiência Pública


De acordo com o tenente coronel PM Josenildo Jacinto do Nascimento, comandante do Batalhão de Polícia Militar Ambiental, até o momento não se sabe ao certo qual o objetivo de uma denúncia mentirosa, feita pelos defensores da Liga dos Camponeses Pobres, que teria terminado com a morte de sem-terras no acampamento Conquista da União. “Homens armados apareceram e deram vários disparos para o alto, mas o objetivo era que os invasores desocupassem a área e não matar”, relata o major, questionando se todas as autoridades federais, estaduais e municipais seriam coniventes com tamanha brutalidade, haja vista a integração de mulheres e crianças encapuzadas entre eles. “Se assim fosse, em quem confiar?”, indaga Josenildo às organizações que apóiam a LCP, frisando se caracterizar com a falta de respeito com as autoridades que têm compromisso com o bem-estar e a segurança da sociedade como um todo.

LCP

Isso faz lembrar o estadista chinês Mao TSE Tung, que frisou sobre a vontade revolucionária do povo em defender a insurreição armada como método de tomar o poder em todas as sociedades, e não só nas agrárias.

São várias as Ligas de Camponeses Pobres, atuando em diversos municípios. Inicialmente deve ser assinalado que a Liga dos Camponeses Pobres é o braço armado da Liga Operária Camponesa-LOC (uma cisão da organização Ala Vermelha que, por sua vez, já era uma cisão do Partido Comunista do Brasil) uma organização de linha maoísta. Todas essas organizações tiveram origem nas Comissões Camponesas de Luta (CCL) que começaram a surgir no ano 2000

Em Rondônia, segundo levantamento feito pela agência de inteligência da Policia Militar Ambiental, existem pelo menos nove diferentes grupos de sem-terras, além de outros que não são conhecidos por siglas ou bandeiras. Em meio a esses grupos, a LCP tenta angariar militantes para uma "revolução agrária", com a bandeira de “morte ao latifúndio, promovendo ações violentas contra toda e qualquer pessoa que não colabore ou se manifeste contrário ao movimento”.

A LCP tem em Rondônia, cerca de oito mil militantes acampados em dezessete diferentes acampamentos sob o controle de Jânio Batista do Nascimento “Camarão”, um dos coordenadores da LCP.

Exemplos marcantes aconteceram nos últimos tempos, quando fazendeiros, comerciantes e outras pessoas que não concordaram com o movimento dos sem-terras, foram assassinados brutalmente, como foi o caso de Lourival Carlos de Lima, que teve suas terras invadidas por militantes da LCP.

De acordo com testemunhas, entre os próprios invasores, existem conflitos e mortes. Eliseu Vitório (vulgo Cabeção) foi assassinado e abandonado caído no chão. Sebastian Gisbert Banus (Tião) e Andréia Costa Guimarães (Paulinha), foram mortos com requinte de crueldade, em retaliação as prisões de integrantes da LCP. No crime foram utilizadas escopeta, foice e facão. Donizete Antônio da Silva era gerente de uma fazenda em Jacinópolis, onde havia clima de conflito com integrantes da LCP. Os infratores armaram uma cilada e a vítima foi assassinada com vários tiros de arma de fogo.

Francisco Pereira do Nascimento foi assassinado com perfurações causadas por disparos de escopeta calibre 12. No dia 22 de fevereiro passado, Paulo Roberto Garcia foi assassinado por um elemento conhecido por “Carreirinha”, integrante da LCP. Paulo foi assassinado, acusado de passar informações para a Polícia.

Dair Silva Oliveira e Dirceu Bedones de Souza foram mortos por oito homens fortemente armados e encapuzados. Gilvan Ribeiro Pego, comerciante da região, foi assassinado brutalmente e teve seu comércio totalmente destruído e a família ameaçada, após ter sido rendida.

De acordo com a equipe de Inteligência do BPA, no curto período de um ano cerca de 30 (trinta) pessoas foram brutalmente assassinadas por integrantes da LCP.

“Ao perceberem a aproximação de estranhos ao acampamento, vários elementos são encarregados de acionarem fogos de artifício para alertar a coordenação; Imediatamente todos os integrantes cobrem seus rostos com máscaras, dificultando assim a identificação de cada um. Mulheres, crianças e idosos se aproximam fazendo um cordão de isolamento impedindo a passagem; Agitadores e um falso líder mantém um primeiro contato, tentando persuadir os visitantes a se retirarem do local; Durante toda a ação, cerca de 04 (quatro) elementos ficam responsáveis pela guarda e se necessário procedem evacuação do armamento utilizado pelo acampamento; Elementos com armas curtas se infiltram no meio dos invasores fazendo a seguranças dos mesmos em caso de confronto; Outro grupo de elementos de imediato providenciam a segurança do coordenador do acampamento.

PROPRIEDADES INVADIDAS COM APOIO DA LCP

FAZENDA PRATEADA
FAZENDA CATANEO
FAZENDA 5 ESTRELAS
FAZENDA DO LOURIVAL

Istoé

Esta é a declaração do jornalista da revista IstoÉ, Alan Rodrigues, sobre seu real interesse com essa matéria, ao contrário do que muitos afirmam, ter sido paga pelo Governo. Eis na íntegra, o que o Alan me enviou por email.

Ei Marlene, Tudo bem? Muito obrigado pela atenção.

Bom, vamos por parte:

Como eu cheguei a essa história.

Há muito tempo eu investigo essa organização. Em 12/05/99, eu publiquei uma reportagem em Istoé 1545 - pode ser buscada na internet - com o título: "Era só o que faltava"; a matéria revelava pela primeira vez sobre a "guerrilha brasileira", Na época, os militantes dessa organização estavam dentro de uma outra chamada Liga Operária e Camponesa (LOC) - uma entidade que milita em Belo Horizonte, minha terra natal, onde fui militante de esquerda por muitos anos - É bom você ler a matéria, digite no google Liga operária e camponesa e você saberá do que estou falando. Desde então, pouco vi falar sobre eles, a não ser uma ou outra ocupação em Minas Gerais. No ano passado, eu estava fazendo uma matéria no Pará , quando fiquei sabendo da Organização - eles tinham mudado de nome e atuavam agora como LCP. O fato me chamou atenção.

Quando foi novembro, a polícia fez uma operação por lá batizada de "Operação Paz no Campo" e apreendeu muitas armas e pessoas ligada a eles. Aí eu vi que os caras estavam se fortalecendo e escondidos na LCP, estreitei minha conversas com algumas fontes antigas que sairam da LOC e eles me disseram sobre a atuação da LCP em Rondônia. Foi a partir daí que cheguei até aí.

Na verdade, eu não tinha nenhum contato ai em Porto Velho, comecei a pesquisar na internet e cheguei a um jornalista, se não me engano, chamava-se Sérgio - que até hoje não conheço. Esse rapaz me deu o telefone do Sebastião Conti, que me deu o telefone do major Josenildo. Foi assim, qualquer outra história é mentira. Depois de falar com o Josenildo e ele confirmava toda história sobre a LCP, fui à Minas Gerais para buscar informações da atuação da Organização por lá. Em Belo Horizonte, o promotor de conflitos agrários confirmou tudo que eu já tinha dúvida e dai desencadeou-se a matéria.

Ele me forneceu documentos, fotos da trupe. De Minas fui ao Pará novamente, lá a Polícia tinha acabado de destruir os tentáculos da Liga e só me sobraram documentos e fotos confirmando a história. Daí eu fui para Rondônia, e o resultado você conhece.

Irei contar toda essa história lá em Brasília. É uma mentira essa história de matéria paga. Mesmo porquê, caso eles tenham razão no que falam, por que eles não apresentam as provas que a matéria foi paga. Nós de Istoé só não os processamos porque eles são ilegais (clandestinos) nosso departamento jurídico está estudando o processo, mas eles acham muito difícil processar quem não tem cara.

Não tem problema nenhum você reproduzir o que estou te contando, não trabalho com segredos. O que esses caras querem com essa conversa é desqualificar a matéria, nada mais.

Tenho várias testemunhas que confirmam minhas investigações... não se preocupe, agora faça chegar a jornalista lá do jornal que eles podem processar a Revista se eles tiverem a certeza que a matéria é paga. Eu não me prestaria nunca a um serviço desses.

Saudações
Alan Rodrigues
Revista IstoÉ

via Márcio Carneiro

Em Alta

Deputado Marcel Van Hattem é indiciado pela PF

O deputado federal Marcel Van Hattem fez críticas e expôs uma foto do delegado da PF, Fábio Schor. Por Cleiton Zimer A Polícia Federal indic...

Mais Lidas