terça-feira, 24 de abril de 2012

Grupo Cachoeira tinha ramificação no exterior, diz PF

O grupo comandado por Carlinhos Cachoeira tinha ramificações no exterior, onde abriu empresas e lavou dinheiro, diz a Polícia Federal.

Escutas telefônicas mostram o grupo trabalhando para cadastrar clientes de bingos clandestinos de Brasília para jogarem num site do grupo com sede em Curaçao, país do Caribe. Para cada jogador cadastrado, o grupo estava disposto a pagar até 40% do arrecadado ao bingueiro de Brasília.
Segundo a PF, o site internacional foi montado no meio do ano passado em sociedade com o argentino Roberto Coppola, que auxiliou o grupo a criar empresas na Argentina e no Uruguai para administrarem o negócio. (leia mais na Folha)

Bob Dylan encerra turnê no Brasil nesta noite em Porto Alegre

(Créditos: Divulgação

by Correio do Povo 

Show do cantor norte-americano
é às 21h, no Pepsi on Stage


Depois de passar por Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e São Paulo, o cantor e compositor Bob Dylan encerra sua turnê pelo Brasil com show em Porto Alegre, na noite desta terça-feira, às 21h. Esta é a terceira passagem do músico pelo Capital gaúcha – as duas anteriores foram em 1991 e 1998.

O Pepsi on Stage abre os portões para o público às 19h, e deve ter lotação máxima. Todos
os ingressos para a apresentação de Dylan foram adquiridos na primeira semana em que foram colocados à venda.

Às vésperas de completar 71 anos, Bob Dylan é um dos músicos mais influentes do século 20 – foi eleito pela revista Rolling Stone o 2º melhor artista de todos os tempos, ficando atrás apenas dos Beatles. Empilhou hits como “Like a Rolling Stone”, “Hurricane” e “Knockin’ On Heaven’s Door”. Outras canções como “Blowin' in the Wind” e “The Times They Are a-Changing” tornaram-se hinos para os direitos civis e movimentos anti-guerra.

Seja com o folk do interior americano até adotar o uso da guitarra elétrica, o que causou a fúria de alguns fãs puristas na década de 60, Dylan tornou-se referência para a música. Os números que envolvem o cantor norte-americano são expressivos. Ao longo da carreira, o cantor lançou mais de 40 álbuns, registra cerca de 100 milhões de cópias vendidas, coleciona inúmeros prêmios, entre eles o Grammy, o Globo de Ouro e o Oscar (os dois últimos pela canção “Things Have Changed”, do filme Garotos Incríveis, de 2000).

Apesar de tudo isso, Dylan é avesso à badalação. No show, pouco interage com o público. Nada de sorrisos, brincadeiras ou palminhas. Na abertura da turnê, no Rio de Janeiro, o músico subiu e desceu do palco sem dizer, sequer, um “obrigado”.

Se for mantida a fidelidade ao repertório dos últimos shows da turnê no Brasil, os gaúchos deverão ouvir, com arranjos modificados, canções como “All Along The Watchtower”, “Like A Rolling Stone”, “Tangled Up in Blue”, “Ballad Of A Thin Man” e “Highway 61 Revisited”, executadas nas cinco apresentações anteriores, além de músicas de discos mais recentes de Dylan, como "Thunder On The Mountain" e Forgetful Heart.

A abertura deve ser com o blues “Leopard-Skin Pill-Box Hat”, do álbum "Blonde on Blonde". O bis é um mistério: “Rainy Day Women #12 & 35”, do mesmo CD, ou a lendária “Blowin' in the Wind”. O setlist de Bob Dylan varia entre 16 e 17 canções, com cerca de 1h30min de apresentação.

Daqui, o cantor segue para Argentina, Chile, Costa Rica e México, antes de voltar a se apresentar na Europa, em junho.

Bob Dylan em Porto Alegre
Quando: Terça-feira, 24 de abril
Local: Pepsi on Stage - Av. Severo Dulius, 1995 - Porto Alegre – RS
Horário: 21h
Abertura dos portões: 19h
Classificação etária: 12 a 13 anos acompanhados dos pais ou responsáveis e a partir de 14 anos desacompanhados.
Capacidade do local: 7.160 pessoas
Ingressos: Esgotados

Oposição propõe sub-relatorias em CPI do caso Cachoeira

by Folha de S.Paulo




O deputado federal Rubens Bueno (PPS-PR), líder do partido na Câmara dos Deputados, propôs nessa segunda-feira a criação de quatro sub-relatorias para a CPI do caso Carlinhos Cachoeira.
A proposta deve ser apresentada na primeira reunião da CPI, ainda sem data definida. Os partidos tem até amanhã para indicar os componentes da comissão.
A ideia, de acordo com Bueno, seria dividir as áreas de investigação da CPI para cada uma das sub-relatorias, já que o esquema de Cachoeira envolvia não somente os jogos ilegais, mas também casos de tráfico de influência, lavagem de dinheiro, propinas e superfaturamento de obras públicas.
As sub-relatorias, segundo ele, teriam sido adotadas na CPI dos Correios, que investigou o escândalo do mensalão em 2005. Ainda segundo Bueno, a proposta evitaria que os trabalhos da CPI ficassem concentrados nas mãos dos governistas.
“Com as sub-relatorias, a oposição também poderia atuar em postos de destaque da comissão e contribuir para que se esclareça todos os detalhes desse escândalo. E, não custa lembrar, CPI é um instrumento das minorias”.
Tradicionalmente, os principais cargos das CPIs são reservados aos partidos com as maiores bancadas no Congresso. O PMDB, maior bancada na Câmara e no Senado, indicou o senador Vital do Rego (PMDB-PB) para a presidência da comissão. Pelo acordo entre os partidos, a relatoria ficará com o PT, que ainda não definiu o seu indicado.

Será que está frio? No Brasil só´gaúcho aguenta. by Deise

Livramento amancheceu com temperatura de 4,5°C<br /><b>Crédito: </b> Daniel Badra / Especial / CP

Livramento amancheceu com temperatura de 4,5°C
Crédito: Daniel Badra / Especial / CP
O amanhecer foi novamente gelado nesta terça-feira em boa parte do Rio Grande do Sul. Até as 6h, a temperatura mínima no Estado foi registrada em Bagé, com 1,6°C. Na Serra, em Canela, os termômetros apontaram 2,3ºC e em Farroupilha, 3,1ºC. Em Porto Alegre, foi registrado 9,5°C na Lomba do Pinheiro.

O clima gelado também se repetiu na Fronteira Oeste, em Santana do Livramento, onde os termômetros marcaram a casa 4,5ºC. O mesmo ocorreu na zona Sul do Estado, nas cidades de Jaguarão (4,4ºC), Chuí (4,2ºC), Rio Grande (4,2ºC) e Canguçu (4,7ºC).

Na cidade de São Marcos, a temperatura aumentou um pouco, ficando na casa dos 5,3ºC. No município de Santa Rosa, no Noroeste, fez 5,9°C. Em Caçapava do Sul, na região Central, fez 6,1°C; em Lagoa Vermelha, 6,3ºC.

Nas primeiras horas da manhã, ocorreram alguns nevoeiros localizados, no Norte da Lagoa dos Patos, na região dos Vales, na Serra e nos Aparados. De acordo com o meteorologista Luiz Fernando Nachtigall, nesta quarta-feira, o tempo firme com sol persiste na maior parte do Estado, apesar da neblina. A madrugada fria fará com que as mínimas fiquem próximas das registradas hoje. Da tarde para a noite, o ingresso de ar úmido aumenta a nebulosidade e pode causar chuva na Metade Norte do Rio Grande do Sul.

Confira a lista de mínimas desta terça-feira

Bagé 1,6ºC
Canela 2,3ºC
Farroupilha 3,1ºC
Rio Grande 4,2ºC
Chuí 4,2ºC
Jaguarão 4,4ºC
Livramento 4,5ºC
São José dos Ausentes 4,6ºC
Canguçu 4,7ºC
Vacaria 4,8ºC
S. F. de Paula 4,9ºC
São Marcos 5,3ºC
Santa Rosa 5,9ºC
Camaquã 5,9ºC
Caçapava do Sul 6,1ºC
Lagoa Vermelha 6,3ºC
Três Coroas 6,8ºC
Riozinho 6,9ºC

O fim de uma época e o cachê de Gabriel, o pensador

Correio do Povo
 by  Juremir 
 
 
Como dizia Guy Debord, “o espetáculo não canta os homens e suas armas, mas a mercadoria e suas paixões”.
O cachê de R$ 170 mil para Gabriel, o pensador, cujos pensamentos permanecem incógnitos, participar da Feira do Livro de Bento Gonçalves é um sintoma. O sintoma de uma época em que mesmo quem vive e ama os livros valoriza mais o mundo da imagem, da música, da televisão, da mídia, a chamada cultura do espetáculo.
Bento Gonçalves prometeu R$ 1 mil para cada autor gaúcho.
E R$ 170 mil para Gabriel.
Gabriel vale 170 vezes mais do que qualquer gaúcho convidado?
Essa desproporção faz pensar no complexo de inferioridade cultural dos gaúchos.
Vivemos dizendo que somos ótimos, mas valorizamos mais o que vem “de fora”. Falamos assim.
E, principalmente, o que vem de fora e tem alto valor de mídia.
Quando Passo Fundo premiou um livro de Chico Buarque, ainda que inconscientemente, o que é difícil imaginar, estava sonhando em receber, como recebeu, o artista Chico Buarque, o cantor, a estrela do espetáculo.
Para ter atrativos, as feiras de livro, a exemplo da afetada Flip de Parati, precisam de artistas, de cantores, de personagens midiáticos, de celebridades, que, obviamente, levam cachês sempre maiores.
O mundo do livro não tem autonomia.
Precisa atrair um leitor que pouco lê e pode se entediar ouvindo uma palestra. Quer música.
Bento Gonçalves vai comprar dois mil exemplares de um livro de Gabriel.
Dificilmente faria isso com um escritor, ainda mais com um escritor gaúcho.
Eu sou a favor de cobrar por palestras. É um trabalho. Mas desconheço no Brasil quem mereça um cachê de R$ 170 mil por uma palestra. Ou até mesmo por cinco palestras. Eu não pagaria isso nem a Lula nem a FHC.
Gabriel, autodenominado pensador, é medíocre. Digo isso por inveja?
Claro, certamente, toda crítica é invejosa.
Ainda Debord: “o espetáculo apresenta-se como uma enorme positividade, indiscutível e inacessível. Não diz nada além de ‘o que é aparece é bom, o que é bom aparece’”.
Toda crítica, portanto, é ressentimento.
Se Gabriel aparece e leva 170 mil é porque é bom.
Quem é bom levará também 170 mil.
E quem não levar? Não é bom.
Tem os bons marqueteiros como Fabrício Carpinejar.
Que aproveitam e viram jogo. Publicam manifesto.
Aparecem.
Se aparecem, são bons.
O espetáculo responde aos seus críticos: tudo choro de quem não aparece, de perdedor.
Márcia Tiburi não é medíocre. Mereceria muito mais um cachê de R$ 170 do que Gabriel.
Eu pagaria um cachê desses até para o poeta Luiz de Miranda, mas jamais para o Gabriel.
Quem vai proteger as crianças de Bento Gonçalves dos pensamentos do Gabriel?
De que forma poderá Gabriel, o pensador, fazer Bento Gonçalves aparecer no cenário nacional?
Que retorno fantástico é esse que ele dará à cidade?
Algo me diz que Gabriel vendeu uma catedral para o pessoal de BG.
Nossos agentes culturais deslumbram-se com o brilho midiático dos lá de fora, de Rio, São Paulo, que passam na televisão, dão entrevistas para Jô – não se diz Jô Soares –, para Gabi – não se diz Marília Gabriela.
Vai começar a chover feira de livro com palestras de Rafinha Bastos e Danilo Gentilli a 170 mil paus.
A cultura cedeu ao valor de troca.
Tudo é mercadoria.
Os R$ 170 para Gabriel, o pensador, são mais um sintoma do fim de uma época, a época do livro.
Como dizia o incontornável e eternamente rebelde Guy Debord, na sua famosa tese 4, “o espetáculo não é um conjunto de imagens, mas uma relação social entre pessoas mediada por imagens”.

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