sábado, 30 de março de 2013

RELEMBRANDO as figurinhas carimbadas da História Oficial. "Investigação sobre Manguinhos vazou, diz revista ‘Veja’"





RIO — Reportagem publicada na revista “Veja” desta semana informa que uma operação sigilosa no Rio de Janeiro pode ter vazado para os investigados, entre eles, o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A investigação era por tráfico de influência. Um relatório da Polícia Civil do Rio, ao qual a revista diz ter acesso, afirma que os investigados mudaram de comportamento e passaram a conversar no telefone apenas assuntos pessoais — o que indicaria que eles sabiam que estavam sob escuta.
Como O GLOBO mostrou em uma série de reportagens publicada em novembro de 2010, um parlamentar do Rio era investigado por comandar fraudes e um esquema milionário de sonegação fiscal comandado pelo dono da refinaria de Manguinhos, Ricardo Magro. Cunha então afirmou que era ele o parlamentar investigado.
Agora, segundo a “Veja”, o trabalho da polícia teria sido prejudicado a partir do dia 21 de setembro de 2009. De acordo com a reportagem, 21 de setembro é também a data em que Cunha recebeu uma ligação do então procurador-geral de Justiça do Rio, Cláudio Lopes, e teria ido até a sala do procurador. Ao sair de lá, ligou para Magro, e sugeriu que eles se comunicassem por MSN. A partir desta data, quando então o grupo estaria ciente de que era vigiado, as investigações não avançaram mais.
“ (...) após o dia 21/09, data em que a íntegra dos presentes autos foi encaminhada ao Ministério Público por requisição do Promotor de Justiça que atuava na investigação, os alvos interceptados passaram a apresentar um comportamento diferente daquele demonstrado nos outros períodos de interceptação: alguns simplesmente pararam de falar (...)”, diz trecho do relatório da polícia.
Oito meses de investigação
Em oito meses de investigação a polícia seguiu, filmou e grampeou Cunha, o senador Edson Lobão Filho (PMDB-MA) e mais dez pessoas ligadas ao dono da refinaria de Manguinhos. Os investigadores “flagraram conversas comprometedoras e até viagens e shows, que não deixam dúvida sobre o estreito elo entre os dois políticos e o empresário”, afirma a revista.
De acordo com a “Veja”, Lopes, em 18 de setembro de 2009, teria pedido os autos do inquérito relativo a Cunha. O promotor David Francisco de Faria, da Coordenadoria de Combate à Sonegação Fiscal do MP estadual, entregou a papelada. Mas não sem antes reclamar. Ele teria dito a policiais que nunca havia recebido ordem parecida em uma década de carreira. David Francisco deixou o cargo dois meses após o ocorrido.
As investigações sobre as ligações de Cunha com o esquema fazem parte de um inquérito sob análise no Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com a “Veja”, Eduardo Cunha e Ricardo Magro se falavam até nove vezes por dia. Em 25 de agosto de 2009, Magro teria pedido a Cunha que ajudasse a Braskem (petroquímica da qual a Petrobras é sócia) a vender gasolina a Manguinhos. Cunha prometeu ajudá-lo. No dia seguinte, avisou que tinha notícias “lá da Braskem”.
by O globo

Módulo brasileiro no continente antártico registra -65 Cº no inverno



  • Equipe de cientistas termina instalação de equipamentos que permitem envio automático de dados científicos do continente gelado

RIO- Voltou para o país neste fim de semana a equipe de quatro cientistas do Programa Antártico Brasileiro (Proantar), que fez uma expedição de um mês no módulo Criosfera 1, instalado em janeiro do ano passado no ponto mais próximo do Polo Sul já atingido pela ciência nacional, a 2.500 quilômetros da Estação Antártica Comandante Ferraz. A missão da equipe foi cumprida com a instalação de equipamentos que automatizaram o funcionamento do módulo, capaz de enviar informações de interesse científico mesmo quando desabitada.
Nesta visita, os pesquisadores também observaram que a temperatura no auge do inverno polar, entre julho e agosto, chegou a -65 Cº no módulo, a mais baixa já registrada pelo Proantar. A equipe formada por pesquisadores da Uerj, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e do Instituto Nacional de Meteorologia trouxe também dados e amostras de gelo e neve da região, de micropartículas dispersas na atmosfera antártica e de informações que ajudarão no estudo geológico do continente.
O pesquisador Jefferson Cardia Simões, líder do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia da Criosfera, esteve na região durante a instalação do módulo, inaugurado há um ano. Ele explica que, apesar da Estação Comandante Ferraz e o módulo Criosfera 1 ficarem no mesmo continente, as diferenças de condições climáticas e de terreno nas duas regiões são enormes. Se na estação brasileira o inverno é rigoroso, no entorno do Crisfera 1 vive-se o inverno do inverno. “Crio” é o radical grego para “glacial”. A distância entre as duas instalações é o equivalente ao trajeto entre Rio de Janeiro e Belém.
— Se na Estação Comandante Ferraz, -20 Cº é considerado tempo severo, na região onde está o Criosfera 1 é temperatura de um dia bom. A Antártica dos pinguins que se assiste na TV, onde está Comandante Ferraz, é completamente diferente da região do módulo, isolado por uma paisagem branca por todos os lados, com ventos e extremamente seca — descreve Simões.
A hostilidade do ambiente e da paisagem com 900 metros de espessura de gelo estudados pela equipe brasileira se aproxima das de uma expedição espacial. As roupas usadas têm de oferecer mais proteção ao frio que os pesados uniformes militares usados na Estação Comandante Ferraz, incendiada em fevereiro do ano passado. O acesso ao módulo é feito com aviões que, em vez de pneus, têm esquis no trem de pouso. A instalação brasileira tem o tamanho de um contêiner e é movida a energia solar e eólica.
— Aos poucos, estamos nos aproximando do Polo Sul. O Criosfera 1 contém trabalho com importância geopolítica e científica para o Brasil. O próximo objetivo é fazer expedições ainda mais ao sul do planeta, nos aproximando de 86 graus de latitude — ambiciona Simões, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
O módulo é a instalção mais ao sul do planeta de um país latino-americano. São dos Estados Unidos a estação mais próxima do Polo Sul, a Amundsen-Scott, habitada o ano todo, próxima ao limite de 90 º de latitude sul. O módulo brasileiro não hospeda ninguém durante o inverno. Mas se o Criosfera 1 tem orçamento de R$ 800 mil por ano, a estação americana recebe mais de R$ 600 milhões.
O nível de concentração de carbono da atmosfera na região do módulo brasileiro chegou a 395 partes por milhão, próximo ao nível encontrado em outras partes do planeta, o que prova, segundo o cientista, o alcance dos efeitos do aumento de emissões de CO2 pela humanidade. Já se aposta entre os cientistas quando que o módulo vai registrar a marca de 400 partes por milhão, o que deve ocorrer até o fim do ano e será informado em tempo real para o Brasil. No regresso ao país, na primeira semana do ano, foram trazidas amostras de micropartículas que, estudadas no decorrer do ano, podem provar a presença de carbono elementar na atmosfera próxima ao Polo Sul, o que seria outra prova do poder de dispersão da poluição gerada em indústrias, áreas urbanas e incêndios florestais.

by O Globo


Existe telepatia entre casais?


Telepatia entre casais
Quando Julie Beischel conheceu Mark Boccuzzi em uma conferência e concordou em participar de um experimento sobre telepatia, ela não revelou imediatamente a profunda conexão que sentiu com ele. Afinal, eles não se conheciam.
Hoje casados, Beishcel e Boccuzzi acreditam que a telepatia os ajudou a se conhecerem e se apaixonarem. “Foi diferente de tudo o que já senti”, define Julie.
Os dados do experimento confirmaram sua percepção, e o casal acabou pedindo ao cientista que conduziu o experimento, Dean Radin, do Instituto de Ciências Noéticas (IONS, na sigla em inglês), que celebrasse o casamento. Agora, o casal está escrevendo um livro, Psychic Intimacy: A Handbook for Couples (Intimidade Psíquica: um manual para casais), que destacará as aplicações práticas da telepatia para casais. Eles até sugeriram que Radin transformasse o experimento em um serviço de encontros.
O campo da parapsicologia pode ser movediço para muitos cientistas. Na melhor das hipóteses, são marginalizados; na pior, caem na vala comum de astrólogos e videntes. Os financiamentos do Instituto Nacional de Saúde a projetos desse tipo são escassos. Muita gente se surpreendeu por Beischel, uma cientista “séria” com PhD em farmacologia e toxicologia, ter escrito um livro sobre médiuns.
Mas Beischel, Radin e muitos outros confiam em sua capacidade de responder afirmativamente à pergunta que intriga muitos céticos: a telepatia existe?
Radin conta a história de Hans Berger, o alemão que gravou pela primeira vez um eletroencefalograma em 1924. Ele caiu enquanto andava a cavalo e quase foi atropelado por outros cavalos, que passaram correndo a centímetros de sua cabeça. Sua irmã, a muitos quilômetros de distância, sentiu o perigo e insistiu para que seu pai enviasse um telegrama perguntando se ele estava bem. Ela nunca havia enviado um telegrama, e a experiência deixou Berger tão curioso que ele abandonou a matemática e astronomia para se dedicar à medicina, na esperança de descobrir a origem daquela energia psíquica.
Cem anos depois, a explicação ainda é um mistério, mas cerca de 200 experimentos publicados revelam conexões mentais que vão “muito além da coincidência”, afirma Radin. No entanto, não saber como o processo funciona constrange muitos cientistas.
“Analisando os experimentos e os dados, é evidente que alguma coisa está acontecendo”, argumenta Radin. “A dúvida só existe porque ainda não temos uma boa explicação para isso”.
Até seus amigos mais céticos estão questionando suas crenças. “Eles podem não acreditar que existe, mas já não acham com tanta veemência que não”, afirma Radin.
Por Sheila M. Eldred | Foto: ThinkStock

Carteiras escolares touchscreen para a nova geração



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Alguns dos projetos propostos para o futuro talvez façam você torcer o nariz, mas outros podem fazê-lo dizer “Podemos ter isso agora, por favor?”. A carteira escolar da NumberNet pertence à última categoria.
Pesquisadores da Universidade de Durham estão testando carteiras touchscreen e multiusuário como parte de um projeto de três anos com mais de 400 alunos. A idade dos estudantes varia de 8 a 10 anos e eles utilizam a carteira em grupo para resolver questões de matemática, trabalhando juntos e colaborando em uma grande plataforma, em vez de usar várias folhas de papel.
Como em outras mesas disponíveis no mercado, esta carteira foi projetada para reconhecer múltiplos toques em sua superfície utilizando raios infravermelhos. Feitas com tecido e estrutura próprios para sala de aula, são conectadas a um painel inteligente controlado pelo professor. Isso também permite que o professor utilize os painéis para dar aulas, evitando que as apresentações em PowerPoint ou o quadro-negro fiquem encobertos por estudantes mais altos.
As soluções e “inputs” de outros estudantes podem ser compartilhados pelo professor com outros grupos por meio das telas.
Até o momento, o projeto concluiu que as crianças que trabalharam juntas mostraram melhorias na flexibilidade e fluência matemática quando comparadas àquelas que usaram o método tradicional em papel. O pesquisador-chefe do projeto explica que o objetivo é incentivar mais ativamente o envolvimento dos alunos “já que o conhecimento é obtido por meio do compartilhamento, da solução de problemas e da criação, em vez da audição passiva”.
Se implementado, esse método de aprendizagem pode encorajar a participação de todos os estudantes e não apenas dos mais jovens. O projeto testou apenas um tema, matemática, mas os pesquisadores afirmam que a nova carteira também pode ser utilizada em outras áreas de aprendizagem.
by Discovey/UOl

Bratva: a organização criminosa mais poderosa do mundo



Por Pablo Huerta
Com a morte de um de seus principais chefes, “Avô Hassan”, apelido de Aslan Usoyan, a máfia russa voltou a estampar as manchetes dos jornais internacionais – embora nunca tenha deixado de ser notícia, já que seus tentáculos criminosos são tão extensos que vivem entranhados nas páginas policiais. No entanto, sua existência está relacionada ao contexto econômico e político da sociedade em que se desenvolve. Vale lembrar que a máfia é uma estrutura criminosa que estabelece vínculos com o governo e outras esferas de poder para evitar que seus membros sejam perseguidos e condenados pelos delitos que cometem.
A máfia russa é a mais poderosa do planeta, ao menos que se a considerarmos como um bloco que reúne as etnias da ex-União Soviética, incluindo russos, judeus, ucranianos, armênios, azerbaijanos, assírios, bielo-russos, chechenos, georgianos, usbeques e letões. Dado que algumas etnias engendraram suas próprias máfias nos países que habitam, seria mais apropriado falar da máfia soviética ou máfia do leste.
Comparada com as Tríades chinesas ou a Yacuza, no Japão, a máfia russa é jovem, embora existam microorganizações criminosas desde a época dos czares da Rússia imperial. O crescimento desses grupos se deu com a estagnação econômica da era Brézhnev (1964-1982), abrindo espaço para os vor v zakone, vendedores que forneciam ilegalmente produtos escassos, como jeans, cigarros, vodca, gomas de mascar e equipamentos de alta tecnologia a quem podia pagar. Isso mudou na década de 1990, com a Perestroika e o livre comércio.
A queda do comunismo, o desemprego e a mudança das regras do jogo econômico geraram um terreno fértil para as atividades ilícitas. Criou-se um vácuo na sociedade, que a máfia se dispôs a preencher, sobretudo quando jovens, ex-militares e ex-agentes da KGB começaram a procurar trabalho. Além disso, a burocracia – que caracterizou historicamente esses estados – acabou favorecendo o crescimento dos grupos mafiosos.
O avanço da máfia russa surpreenderia até as start-ups mais famosas do momento (Instagram, por exemplo), já que nos próximos cinco anos, calcula-se que haverá interferência da máfia em 40% das iniciativas privadas, 60% dos órgãos governamentais e, de forma direta ou indireta, em 80% das instituições bancárias.
A internacionalização da economia soviética também ampliou os horizontes mafiosos, sobretudo pela mão de obra que se deslocou para outros países em busca de novas oportunidades e por suas conexões com outras organizações criminosas, como os cartéis do narcotráfico da América Latina. Nessa “abertura de mercados”, Espanha, Hungria, India, Israel, África do Sul e Tailândia são alguns dos principais destinos.
Prostituição, tráfico de mulheres, venda de drogas, tráfico de armas e materiais nucleares, comércio ilegal de petróleo, lavagem de dinheiro de apostas ilegais e práticas menos “comerciais”, como assassinatos, atentados e sequestros, são algumas das atividades que a máfia russa desenvolveu ao longo dos anos.
Para saber mais sobre o funcionamento das máfias do planeta, não perca a série A Máfia Por Dentro, em breve no Discovery.

by Discovery/Uol

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