sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

Secretário de Direitos Humanos nomeado por Leite vetou 'gênero' nas escolas e criticou criminalização da homofobia


Governo diz que secretário está 'aberto ao diálogo e sempre agiu em respeito à dignidade humana'. Eduardo Leite é o primeiro governador homossexual do RS e denunciou homofobia durante a disputa eleitoral. Wesp diz que tratará 'diversidade e inclusão como prioridade'.

Por Gustavo Foster, g1 RS

Mateus Wesp (PSDB) durante a posse como secretário de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do RS, ao lado do governador Eduardo Leite (PSDB) e do vice Gabriel Souza (MDB) — Foto: Rodrigo Ziebell/Palácio Piratini

Mateus Wesp (PSDB), nomeado secretário de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Rio Grande do Sul pelo governador Eduardo Leite (PSDB), teve sua indicação criticada por opositores após voltarem à tona projetos e declarações consideradas LGBTQIA+fóbicas do secretário. Leite é o primeiro governador homossexual da história do RS.

Wesp apresentou projetos que banem o uso da palavra "gênero" em escolas, quando era vereador de Passo Fundo em 2017 e deputado estadual em 2020. Em 2019, fez publicações nas redes sociais em que critica a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que criminalizou a homofobia. Saiba mais abaixo.

Questionado pelo g1 sobre como seu posicionamento a respeito do tema iria interferir no trabalho à frente da pasta, Wesp diz que está "tratando o tema da diversidade e inclusão como prioridade" e que a Secretaria terá um departamento exclusivo para tratar do combate à intolerância, formado por "pessoas qualificadas tecnicamente, com capacidade de elaboração de políticas públicas sólidas, além, claro, de serem representativas".

O governo do RS manifestou-se por meio de nota, afirmando que "Mateus Wesp é um democrata, com sólida formação jurídica e domínio dos compromissos institucionais dos cargos que ocupa". O texto diz ainda que o secretário, "embora possa ter divergências em temas específicos, se mostra aberto ao diálogo e sempre agiu em respeito à dignidade humana". Leia a nota completa abaixo.

A homofobia foi tema da disputa eleitoral no RS, que terminou com a reeleição de Leite. Na campanha, o governador denunciou ter sido vítima de preconceito durante a propaganda do adversário, Onyx Lorenzoni (PL), que destacou que o estado teria uma "primeira-dama de verdade" caso fosse eleito.

Em 2021, o governador do RS assumiu sua homossexualidade durante entrevista ao programa Conversa com Bial, da TV Globo.

A deputada estadual Luciana Genro (PSOL), que foi presidente da Comissão Especial para Análise da Violência Contra a População LGBT da Assembleia Legislativa do RS durante o ano de 2019, criticou a indicação de Wesp em suas redes sociais. "É muito grave que a Secretaria de Direitos Humanos seja comandada por alguém com este perfil e sem afinidade nenhuma com a pauta", escreveu.

A Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA) também criticou a nomeação. "Não bastam atos simbólicos como apresentar namorado na posse, enquanto na prática abre caminho contra os direitos e as existências de pessoas trans. Eduardo Leite com essa nomeação acena para a cartilha antitrans que conta com pessoas LGB cis", escreveu a organização em suas redes sociais.


'Gêneros inventados' e 'ativismo LGBT'

Em 2017, quando era vereador de Passo Fundo, Mateus Wesp apresentou um projeto de lei para excluir a palavra "gênero" do Plano Municipal de Educação (PME), substituindo o termo pela expressão "gênero masculino e gênero feminino". O projeto acabou arquivado, mas voltou à pauta após apresentação de um substitutivo. A proposta foi aprovada por 12 votos a dois, e as mudanças passaram a constar no PME.

Em seu site pessoal, na época, Wesp justificou a proposição argumentando que o uso da palavra "gênero" no documento não deixava claro se o termo "se refere aos tradicionais gêneros masculino e feminino ou, a dezenas de outras identidades inventadas socialmente (cisgênero, pângenero, etc) - que cria a possibilidade do uso ideológico do termo 'gênero' gerando, assim, aquilo que chamamos de 'ideologia de gênero'".

Em 2020, já como deputado estadual, Wesp apresentou um projeto de lei que determinava a "obrigatoriedade do ensino da norma culta" nas escolas estaduais. O parlamentar justificou que o uso da linguagem neutra "pretende apagar a distinção entre homem e mulher, que está na essência da constituição biológica e psíquica da pessoa". Já em 2021, apresentou um projeto semelhante ao que apresentara em Passo Fundo, banindo o uso da palavra "gênero", desta vez no Plano Estadual de Educação. Ambas não foram aprovadas.

A expressão "ideologia de gênero" não é reconhecida no mundo acadêmico e é usada por grupos conservadores, como as igrejas evangélicas, contrários aos estudos de gênero.

Antes, em 2019, durante a votação no Supremo Tribunal Federal que determinou a criminalização da homofobia e da transfobia, Wesp descreveu como "tirania pura" a decisão da corte. "Se o STF criminalizar opiniões contrárias ao ativismo LGBT (...), poderá fazer o mesmo com qualquer outra opinião", escreveu o então deputado estadual.

Publicação de Mateus Wesp durante o julgamento sobre criminalização da homofobia no STF — Foto: Reprodução/Redes sociais

Ao g1, o secretário diz que respeita a decisão do Supremo. "Como secretário, irei trabalhar por todos. E sempre pautado pela lei. Acompanho todas as decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), inclusive a que decidiu que as práticas de homofobia e transfobia são enquadradas nas hipóteses de crime de preconceito. Tendo o entendimento do STF como norte, e pautados pela lei, vamos trabalhar políticas para todos os aspectos dos direitos humanos", respondeu.

Wesp diz também que pretende promover políticas públicas que combatam a LGBTQIA+fobia, em consonância com o que pensa o governador Eduardo Leite.

"Conheço a trajetória e o pensamento do governador sobre a temática e meu papel como secretário é ampliar as políticas públicas de apoio à diversidade e combate à intolerância, reforçando os nossos compromissos com a dignidade humana", diz Wesp.

Nota do Governo do RS

"O secretário Mateus Wesp é um democrata, com sólida formação jurídica e domínio dos compromissos institucionais dos cargos que ocupa. Agiu assim como parlamentar. Embora possa ter divergências em temas específicos, se mostra aberto ao diálogo e sempre agiu em respeito à dignidade humana. Estamos montando uma equipe diversa e plural na secretaria, garantindo a representatividade exigida pelas funções da pasta, preparando-a para implementar as nossas políticas para o setor."

A CURIOSA HISTÓRIA DO CASAMENTO DE MICHAEL JACKSON E A FILHA DE ELVIS


Um dos casamentos mais curiosos do mundo da música é a união entre Michael Jackson, falecido em 2009, e Lisa Marie Presley, filha de Elvis Presley (que morreu aos 54 anos em 2023).

O matrimônio foi contestado ao longo dos anos por parte da mídia e do público. Muitos acreditam que tratava-se de um casamento de fachada, porque foi anunciado pouco tempo depois de Michael ter sido acusado de abuso sexual infantil, em 1993.

Os fãs e até a ordem cronológica dos fatos, apresentada por pessoas próximas, indicam o contrário.


Michael Jackson e Lisa Marie Presley se conheceram quando ainda eram bem jovens, em 1974. Ele tinha 17 anos e ela, 6. Ao longo dos anos, por circunstâncias óbvias – Michael se tornaria o maior nome da música e Lisa era muito nova -, não chegaram a manter contato.

No entanto, se reencontraram em 1993 e houve uma aproximação. Curiosamente, Lisa era casada com um músico chamado Danny Keough e tinha dois filhos com o mesmo: a atriz Riley Keough e Benjamin Keough.

Enquanto ainda estavam na fase inicial de namoro, foram bombardeados pela acusação de que Michael Jackson havia abusado sexualmente de um garoto.

Lisa Marie Presley apoiou o cantor, mas ele, abalado, começou a se tornar dependente de medicamentos. Em entrevista para Oprah Winfrey, Lisa disse que só descobriu do abuso químico de Michael anos depois.

O relacionamento continuou e Michael Jackson pediu Lisa Marie Presley em casamento por telefone. Em uma cerimônia privada realizada na República Dominicana, se casaram no dia 26 de maio de 1994.

O relacionamento, no entanto, passou por muitas turbulências até se separarem em dezembro de 1995 e oficializarem o divórcio em 20 de agosto de 1996.

Muitos holofotes ficaram sob Michael Jackson e Lisa Marie Presley durante o casamento. Eles se apresentaram como casal ao público em setembro de 1994, durante a cerimônia do MTV Video Music Awards. Praticamente desfilaram por uma passarela e se beijaram.

Deram entrevistas posteriores, juntos, em um aparente intuito de se provarem e se mostrarem (até demais) como um casal. Cogitava-se até mesmo que eles não transassem.

Isso, aliado ao fato de que Michael sofria as acusações de abuso sexual infantil, criou a suspeita de que se tratava de um casamento de fachada, para desviar o foco das alegações.

Após a morte de Michael Jackson, Lisa Marie Presley relatou que o relacionamento era tão conturbado que ela chegou a ficar doente e emocionalmente exausta.

Com Michael, vinha um bônus: ela estava com o homem mais poderoso da música e, de acordo com a própria, dezenas de “vampiros e parasitas” sempre estavam com ele, em busca de seu dinheiro. O cantor tinha, ainda, um comportamento autodestrutivo, que o levava a usar muitos remédios.


Apesar do término com apenas um ano e sete meses de casamento, eles continuaram amigos e foram fotografados juntos e até de mãos dadas em diversas ocasiões, nos anos de 1997 e 1998. Lisa Marie Presley conta que eles voltaram algumas vezes, mas o relacionamento não durava.

Nos anos 2000, Michael Jackson se tornou um sujeito cada vez mais procurado pela mídia. Ao mesmo tempo que ele se afastou da imprensa, sua aparência mudava e declarações curiosas de outras pessoas, além de outra acusação de abuso sexual infantil, apareciam aos montes.


Lisa Marie Presley se casou outras duas vezes e se lançou como cantora, com boa repercussão, mas abandonou tudo e foi morar em uma fazenda, com o último marido, Michael Lockwood. Antes de morrer, ela vivia de plantar batatas, além das pensões e dos bens relacionados a Elvis Presley.

Michael Jackson morreu em 2009, vítima de uma overdose de remédios – causa que também levou Elvis Presley embora, em 1977.

Em entrevistas, Lisa Marie Presley sempre fez muitas conexões e comparações entre Elvis e Michael. Não só as circunstâncias dos falecimentos foram semelhantes – eles também eram chamados de reis pelo que faziam. Ela, aparentemente, estava destinada a sempre ser membro de uma família real.Volta às aulas! Desconto progressivo de até 20% em material escolar, além de frete grátis e nem precisar sair de casa!

Morre Lisa Marie Presley, única filha de Elvis Presley

Única filha de Elvis Presley, Lisa Marie Presley faleceu aos 54 anos de idade após sofrer uma parada cardíaca

Lisa Marie Presley - Foto: Getty Images

A cantora e compositora Lisa Marie Presley, filha de Elvis Presley e Priscilla Presley, faleceu aos 54 anos de idade. A morte dela aconteceu nesta quinta-feira, 12, aos 54 anos de idade. Ela foi internada às pressas após sofrer uma parada cardíaca em sua casa na Califórnia, nos Estados Unidos, mas não resistiu.

A morte dela foi confirmada por um comunicado emitido por sua mãe para a revista People. “É com o coração apertado que eu compartilho a notícia devastadora de que a minha linda filha Lisa Marie nos deixou. Ela foi a mulher mais apaixonante, forte e carinhosa que eu conheci. Nós pedimos por privacidade enquanto lidamos com esta perda profunda. Obrigada por todo o amor e orações. Neste momento, não daremos outros comentários”, informou.

Lisa Marie nasceu apenas nove meses após o casamento dos seus pais em 1968. O pai dela, Elvis Presley, faleceu quando ela tinha apenas 9 anos de idade, em 1977.

Ela se casou com Danny Keough em 1988, com quem teve dois filhos, Riley, em 1989, e Benjamin, em 1992. Eles se separaram em 1994. Ela também se casou com o cantor Michel Jackson no mesmo ano, mas se separaram dois anos depois. Em 2000, ela ficou noiva do músico John Oszajca, mas se separaram quando ela conheceu o ator Nicolas Cage – com quem ficou junto por dois anos. O quarto casamento dela foi com Michael Lockwood em 2006, com quem teve filhas gêmeas, Harper e Finley e se separaram em 2016.

Em 2020, Lisa Marie perdeu um filho, Benjamin, que tirou a própria vida em seu aniversário de 28 anos.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

Cartão corporativo: Bolsonaro gastou R$ 27,6 milhões entre 2019 e 2022

Somente em uma padaria, o gasto chegou a R$ 362 mil; acesso à informação foi possível com quebra de sigilo de 100 anos


“Com a quebra dos sigilos de 100 anos, descobrimos que Bolsonaro gastou R$ 1,46 milhão em um único hotel com o cartão corporativo. Somente em uma padaria, o gasto chegou a R$ 362 mil. De simples esse ex-presidente não tem nada! Entre 2019 e 2022, Bolsonaro gastou R$ 27,6 milhões no cartão corporativo. Foram R$ 10,2 milhões com alimentação, cosméticos e outras bobagens. Em hotéis de luxo ele gastou R$ 13,7 milhões, quase 2 mi em um único hotel no Guarujá, onde tirava férias quando deveria trabalhar”.

A denúncia foi do deputado André Janones (Avante-MG), em sua página no Twitter.

De acordo com portal Brasil 247, “os gastos com o cartão corporativo da Presidência da República ao longo da gestão de Jair Bolsonaro (PL) chegaram a ao menos R$ 27,6 milhões e englobam itens como diárias em hotéis de luxo, cosméticos, sorvetes e padarias. As informações foram conseguidas pela Fiquem Sabendo, agência de dados públicos especializada na Lei de Acesso à Informação (LAI), e divulgadas pelo jornal O Estado de S. Paulo.”

Segundo a reportagem, ao todo, “constam no sistema 22 CPFs de servidores responsáveis pelas compras, mas apenas dois concentram a metade das notas fiscais. Dos 59 tipos de despesas feitas com o cartão, os gastos com hotelaria foram os que mais consumiram recursos. Pelo menos R$ 13,6 milhões foram desembolsados em hospedagem: muitas vezes em locais de luxo, contrariando o discurso adotado muitas vezes por Bolsonaro, que afirmava ser contrário a esbanjar dinheiro público quando é possível optar pela simplicidade”.

Apesar dos 10 maiores gastos do cartão corporativo estarem ligados a hospedagem, chama a atenção as despesas feitas junto ao restaurante Sabor de Casa, um “acanhado restaurante” de Boa Vista, em Roraima. O local, que fornece marmitas promocionais a R$ 20, recebeu R$ 109 mil no dia 26 de outubro de 2021, data em que Bolsonaro esteve na cidade para verificar a situação dos refugiados venezuelanos alojados no município. O estabelecimento já havia recebido pagamentos de R$ 28 mil e R$ 14 mil em setembro. O cartão corporativo também foi utilizado para realizar 1,2 compras em um mercado gourmet de Brasília. Ali, os gastos chegaram a R$ 678 mil. A reportagem destaca ainda duas compras feitas em uma loja da Havan no Distrito Federal, além da aquisição de artigos em lojas de caça e pesca. Os registros apontam, ainda, gastos de R$ 1 mil em 11 lojas de cosméticos.

Os cartões foram instituídos em 2001 mas só entraram em funcionamento no ano seguinte para uma maior transparência e rapidez em gastos emergenciais. O problema dos cartões corporativos é estrutural, pois o sistema que deveria ser usado para despesas pequenas e urgentes vem sendo usando para dispensar licitações e dar mimos aos governistas. Segundo a Wikipedia, “dos 150 cartões corporativos, o Portal Transparência, site oficial do Governo Federal, só divulgou os dados de 68 cartões.”

Com informações do Brasil 247, citando O Estado de S. Paulo; e da Wikipedia

Tarcísio nomeia irmão de Michelle Bolsonaro como assessor especial do governo


Diego Torres Dourado é irmão da ex primeira-dama e vai ter salário superior a R$ 20 mil

Governo do Estado de São Paulo

 CNN
São Paulo

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), nomeou Diego Torres Dourado, irmão da ex-primeira dama Michelle Bolsonaro, como seu assessor especial. A decisão foi oficializada no Diário Oficial do estado (DOSP) desta quarta-feira (11).

A posição que será exercida por Diego no governo de São Paulo tem remuneração mensal superior a R$ 20,3 mil. Em 2021, durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ele teve cargo comissionado no Senado Federal.

O agora assessor especial do governador é irmão de Michelle Bolsonaro apenas por parte de pai. Aos 35 anos, ele tem dois filhos e é filiado ao mesmo partido de Jair Bolsonaro, o Partido Liberal.

Diego não é o primeiro nome ligado a Bolsonaro a ser indicado pelo governador. José Vicente Santini, que vai chefiar o escritório de representação em Brasília, por exemplo, era assessor especial do ex-presidente.

Secretários como Sonaira Fernandes (Políticas para Mulher), Guilherme Derrite (segurança Pública) e Filipe Sabará (Desenvolvimento Social) já declararam publicamente alinhamento ao capitão reformado.

A CNN procurou a assessoria do governador para que comentasse o caso. Não houve resposta até a publicação desta reportagem.

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