quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Arquivado Projeto de Lei que proíbe naturismo na Galheta, em Florianópolis

Polêmica

Assunto volta à pauta da Câmara em setembro, com discussão do Plano de Manejo do Parque


Audiência aconteceu na Câmara de Vereadores de Florianópolis, às 14h desta quinta-feiraFoto: Marco Favero / Agência RBS

Foi arquivado nesta quinta-feira o Projeto de Lei Complementar n. 1.327/2014, que proíbe a prática de naturismo no Parque da Galheta, em Florianópolis. Contrários à proposta, naturistas compareceram à Audiência Pública para a discussão do projeto e promoveram um abaixo-assinado virtual - com 272 assinaturas até as 14h, horário em que começou a audiência.

O autor do projeto, Vereador Jerônimo Alves (PRB) diz ter feito a proposta a partir de pedidos de moradores, surfistas e pescadores preocupados com a atos deatentado violento ao pudor e degradação ambiental nas trilhas de acesso e na praia da Galheta.

Alves e o relator do projeto Vereador Pedro de Assis Silvestre (PP), oPedrão, reconheceram que o que acontece no Parque da Galheta, assim como em todos os demais parques de Florianópolis — exceto o do Morro da Cruz, recém reformado —, é um problema de ingerência e ausência do poder público, o que não está relacionado ao naturismo.

Na próxima semana, os vereadores encaminharão aos órgãos competentes um requerimento exigindo mais segurança, fiscalização e infraestrutura no Parque da Galheta, como sinalização e manutenção das trilhas e presença das Polícias Civil e Militar.

O naturismo na Galheta deve voltar à pauta da Câmara no mês que vem. Segundo Pedrão, o projeto de delimitação e ampliação dos limites do Parque da Galheta - em discussão desde 1999 - deve ser aprovado nos próximos dias e, se aprovado, permite a discussão do Plano de Manejo do Parque:

— Florianópolis está 30 anos atrasada na questão das Unidades de Conservação.Balneário Camboriú tem um ótimo exemplo, com a Praia do Pinho, que gera recursos para o município. — Afirma o vereador.

— O Plano de Manejo é o que regula tudo o que acontece dentro do Parque: trilhas,atividades econômicas, turisticas e ambientais. O naturismo também estará incluído nas discussões, pois ocorrerá dentro dos limites do Parque — finaliza.

Trilha de acesso à Praia da Galheta. Foto: Charles Guerra/Agência RBS

Moradores e frequentadores da Galheta e representantes de instituições ligadas ao naturismo relataram situações de sexo explícito, uso e venda de drogas, criação degado em áreas irregulares, grilagem de terras , degradação de sambaquis e oficinas líticas e acúmulo de lixo na praia e nos acessos. Pedrão lembrou de uma ação de limpeza da praia em que participou e foram recolhidos cerca de 130 preservativos usados nas trilhas.

O representante da Federação Brasileira de Naturismo (FBrN), Luiz Carlos Hack, explicou que os atos de atentado violento ao pudor que moradores da região
relatam não são práticas aceitas pelos praticantes do naturismo, que tem código de ética próprio e pune excessos.

Um morador de Florianópolis identificado como Emilio, posicionou-se a favor do fim da prática do nudismo no Parque. Ele afirma que não leva a família à Galheta por se sentirconstrangido e que, com a proibição, mais gente que se sente como ele frequentaria o local.

— Parques são lugares excelentes para levar crianças, escolas, e promover um aprendizado diferente. Mas com naturismo na Galheta, as escolas não poderão ir conhecer o local, o que é um direito de todos — sugere.

As praias naturistas oficiais no Brasil, segundo a FBrN:

- Tambaba (em Conde, Paraíba)
- Praia do Pinho (em Balneário Camboriú, Santa Catarina)
- Olho de Boi (em Búzios, Rio de Janeiro)
- Barra Seca (em Linhares, Espírito Santo)
- Massarandupió (em Entre Rios, Bahia)
- Praia do Abricó (Rio de Janeiro)
- Praia de Pedras Altas (em Palhoça, Santa Catarina)
- Praia da Galheta (em Florianópolis, Santa Catarina)

by diario catarinense

O SEGREDO DE ABORRECER É DIZER TUDO. Ou: Petistas e seus apaniguados não são meus juízes. Nem quando atacam nem quando elogiam

19/08/2014
 às 16:02


Tenho escrito aqui alguns comentários críticos à forma como se conduz, no PSB, a assunção de Marina Silva ao posto de candidata do partido à Presidência da República, embora saibamos todos que ela pertence a um partido chamado Rede, ainda sem existência formal, abrigado no PSB. Prestem atenção ao substantivo que escolhi: assunção! Eu poderia ter optado por “ascensão”, do verbo “ascender”, que é mover-se fisicamente para cima, subir. Mas optei por “assunção” porque a palavra tem uma carga religiosa. Pode ser sinônimo de “ascensão”, mas o seu primeiro significado diz respeito à subida de Maria ao Céu, acontecimento celebrado, vejam vocês, no dia 15 de agosto.
Sim, Marina, ex-católica e ex-candidata a freira, é hoje evangélica. Não estou fazendo especulações nesse terreno. Dou relevo, ao falar em sua “assunção”, à aura mística, verdadeiramente religiosa, que muitos pretendem emprestar ao evento. O simples questionamento sobre o pensamento de Marina a respeito disso ou daquilo causa uma espécie de indignação em certas áreas da militância política. Parecem dizer: “Como ousam ficar fazendo essas perguntas terrenas à nossa candidata, que não é deste mundo?”.
Ocorre que Marina é deste mundo, como qualquer um de nós, como qualquer político. E, obviamente, não é a única a rejeitar a corrupção na vida pública. Tampouco é a monopolista da ética, da moral, dos bons costumes e do bem. Logo, não pode usar essa aura para se proteger das próprias contradições. Tem de responder por suas escolhas, mais do que qualquer um de nós. A razão é simples: se eu, Reinaldo, decido fazer isso ou aquilo, a minha decisão tem pouca importância; mexe com a vida de pouca gente. Se a líder da Rede, ora do PSB, for eleita presidente, o que quer que faça dirá respeito a milhões de pessoas. Então ela tem de prestar contas, sim, por suas escolhas.
Muito bem. Não sou uma pessoa de opiniões ambíguas sobre isso e aquilo. Isso me rende prazeres e dissabores também. Um deles é despertar a fúria de certos setores organizados, muitos deles financiados com dinheiro público. Eis que percebo que gente que, até anteontem, execrava o meu pensamento e o que escrevo, passou a reproduzir, em sinal de aprovação, textos e comentários críticos a Marina Silva. Ou seja: quando eu desaprovo, por exemplo, uma fala da presidente Dilma, então sou um pulha; quando desaprovo a líder da Rede, então sou um cara bacana.
Como reagir diante disso? Simplesmente não dando bola. Não escrevo o que escrevo nem falo o que falo para ser amado ou para ser odiado. O meu compromisso com você, que está do outro lado, e com quem me contrata é um só: deixar claro o que penso. E meu pensamento é sempre o mesmo: aqui no meu blog, na Jovem Pan ou na Folha. Não tenho um conjunto de valores adaptado a cada veículo.
Se os blogs alugados pelo PT e pelo governo federal estão reproduzindo as críticas que faço a Marina, o que posso fazer além de nada? Eles sabem o quanto os repudio. Eu nunca aceitei os petistas como meus juízes, nem quando me atacam nem quando me elogiam. Tenho, como todas as pessoas, meus candidatos. Mas mantenho, antes de mais nada, um compromisso com o ouvinte e com os leitores.
A imparcialidade de um jornalista não está em ser neutro diante de qualquer acontecimento, como quem não sabe distinguir o bem do mal. Alguém pode ser, por exemplo, indiferente ao horror que acontece no Iraque? A imparcialidade de um jornalista de opinião, que é o que sou, está em dizer o que pensa sem se preocupar se seu pensamento vai desagradar ou agradar a A, B ou C. Antes de emitir um juízo sobre determinado assunto, nunca me preocupei em saber quem concorda comigo ou quem discorda de mim. No dia em que eu fizer isso, estarei rompendo o principal compromisso que tenho, que é com você, leitor.
Então, como diria Jair Rodrigues, deixe que digam, que pensem, que falem. Nós seguiremos a nossa trilha.
Por Reinaldo Azevedo

'Ela que vá mandar na Rede dela', diz dirigente do PSB sobre Marina Silva

Carlos Siqueira, secretário do partido, deixou coordenação da campanha.
Para Marina, saída do ex-coordenador é fruto de um 'equívoco'
.


Marcela Mattos, de Brasília, e Talita Fernandes
TENSÃO - Por trás do sorriso, dia conturbado marcou oficialização de Marina
TENSÃO - Por trás do sorriso, dia conturbado marcou oficialização de Marina (Sergio Lima/Folhapress)
(Atualizada às 16h00)
O secretário-geral do PSB, Carlos Siqueira, que ocupava a coordenação de campanha do partido à Presidência da República, irritou-se com a candidata Marina Silva e deixou a campanha. "Eu não estou deixando porque eu não estava (na campanha da Marina). Eu estava na campanha do Eduardo Campos. Nela eu sempre estive. Agora é uma nova fase e tem que ter uma nova coordenação. Eu disse claramente isso a ela na quarta-feira, que eu não ficaria na sua coordenação", disse Siqueira, ao chegar à sede do partido nesta quinta-feira. Ele afirmou que não vai recuar da decisão "de forma alguma". "Eu estava na coordenação de uma pessoa que era do meu partido, que eu tinha estrita confiança. Agora, terminou essa fase e vai começar uma campanha com uma nova candidata. E essa nova candidata deve escolher seu novo coordenador." 
Ao longo de toda a quarta, tensões marcaram as reuniões que antecederam a confirmação da candidatura de Marina. Ela pediu que funções como a coordenação da campanha e finanças fossem assumidas por nomes mais próximos a ela. A coordenação-geral ficou com o deputado licenciado Walter Feldman, porta-voz da Rede Sustentabilidade, e braço direito de Marina. O cargo era ocupado por Carlos Siqueira. O PSB ficou apenas com a coordenação adjunta. Ao anunciar as mudanças aos membros do partido e da Rede, a ex-senadora afirmou que aguardaria a indicação dos socialistas para o nome que comporia a coordenação com Feldman. Siqueira sentiu-se desprestigiado, uma vez que Marina não citou seu nome. "Essa mulher me maltratou", afirmou aos presentes à reunião. 
Irritado com Marina, Siqueira abandonou a reunião. E só voltou mais tarde, quando membros do PSB conseguiram acalmá-lo. Ao site de VEJA, Feldman afirmou que Siqueira pode ter interpretado mal a afirmação de Marina. Segundo ele, a ex-senadora é "muito rigorosa nas decisões democráticas" e não se sentiu à vontade para anunciar um nome pelo PSB. "Ele esperava ser indicado pela Marina. Nós queríamos que ele fosse indicado pelo partido. Isso é o correto. Nós demos todos os indicativos de que queríamos que fosse ele", afirmou. Feldman diz esperar que Siqueira recue da decisão. "Ele é uma pessoa capaz e que estava muito envolvida no projeto. O Siqueira desenvolveu com a gente uma relação muito positiva", afirmou Bazileu Margarido. Segundo ele, Marina tentou conversar com Siqueira na noite de quarta, mas não houve conciliação.
Lucas Prates/Futura PressCarlos Siqueira
Carlos Siqueira: irritação com Marina
Siqueira recusou-se a relatar a reunião da noite de quarta-feira, em que o partido anunciou o nome de Marina na corrida ao Planalto. Como secretário-geral do PSB, cabe a ele relatar as reuniões da sigla. A função ficou, então, com Joilson Cardoso, secretário Nacional Sindical do PSB. Fontes no partido afirmam que a decisão de Siqueira reflete um esgotamento há muito percebido entre os membros da sigla. Embora sua relação com Marina não fosse claramente de enfrentamento, tampouco era de calmaria.
De acordo com membros do partido, é bastante difícil negociar com membros da Rede. E a pressão exercida pelo setores do PSB contrários à ex-senadora recaia toda sobre o secretário-geral. Além disso, Siqueira estaria bastante estressado desde a morte de Campos, e já havia sinalizado a intenção de ficar em Brasília, com o presidente do PSB, Roberto Amaral, dedicado a eleger deputados e senadores pela sigla.
Marina — Membros do partido presentes à reunião negam que Marina tenha sido grosseira, e creditam a decisão de Siqueira à pressão emocional. O racha interno um dia após a oficialização da nova chapa presidencial mostra a caminhada conjunta do PSB e da Rede não se dará da maneira pacífica que se tentou demonstrar na noite de quarta – houve, inclusive, uma carta-compromisso para consolidar a união. No documento, o presidente socialista, Roberto Amaral, afirma que os dois partidos serão “generosos, unidos e solidários” e superarão “eventuais divergências” e repudiarão “interesses menores”. Na prática, não é o que se percebe. “Tem gente aqui que tem um ego muito grande. Não dá pra ser desse jeito”, diz um articulador da Rede, evidenciando o clima de tensão entre as legendas.  
“Isso não é divergência com a campanha. É um problema pessoal de um companheiro que quer mudar de função, e vai mudar”, disse o presidente do PSB. Para ele, a saída de Siqueira não traz prejuízos. “Eu acho a participação dele mais importante junto a mim. Ele vai trabalhar ao lado do presidente do partido. Eu preciso reforçar a minha estrutura”, disse Amaral. O substituto de Siqueira, segundo Amaral, deve assumir a coordenação-geral, e não adjunta, como pretendia a Rede. O novo nome pode ser anunciado ainda nesta quinta-feira. 

Secretário-geral do PSB se irrita com Marina e deixa campanha

Política


Coordenador de campanha do partido, Carlos Siqueira sentiu-se desprestigiado pela candidata, que alçou Walter Feldman à função

Marcela Mattos, de Brasília, e Talita Fernandes
TENSÃO - Por trás do sorriso, dia conturbado marcou oficialização de Marina
TENSÃO - Por trás do sorriso, dia conturbado marcou oficialização de Marina (Sergio Lima/Folhapress)
(Atualizada às 16h00)
O secretário-geral do PSB, Carlos Siqueira, que ocupava a coordenação de campanha do partido à Presidência da República, irritou-se com a candidata Marina Silva e deixou a campanha. "Eu não estou deixando porque eu não estava (na campanha da Marina). Eu estava na campanha do Eduardo Campos. Nela eu sempre estive. Agora é uma nova fase e tem que ter uma nova coordenação. Eu disse claramente isso a ela na quarta-feira, que eu não ficaria na sua coordenação", disse Siqueira, ao chegar à sede do partido nesta quinta-feira. Ele afirmou que não vai recuar da decisão "de forma alguma". "Eu estava na coordenação de uma pessoa que era do meu partido, que eu tinha estrita confiança. Agora, terminou essa fase e vai começar uma campanha com uma nova candidata. E essa nova candidata deve escolher seu novo coordenador." 
Ao longo de toda a quarta, tensões marcaram as reuniões que antecederam a confirmação da candidatura de Marina. Ela pediu que funções como a coordenação da campanha e finanças fossem assumidas por nomes mais próximos a ela. A coordenação-geral ficou com o deputado licenciado Walter Feldman, porta-voz da Rede Sustentabilidade, e braço direito de Marina. O cargo era ocupado por Carlos Siqueira. O PSB ficou apenas com a coordenação adjunta. Ao anunciar as mudanças aos membros do partido e da Rede, a ex-senadora afirmou que aguardaria a indicação dos socialistas para o nome que comporia a coordenação com Feldman. Siqueira sentiu-se desprestigiado, uma vez que Marina não citou seu nome. "Essa mulher me maltratou", afirmou aos presentes à reunião. 
Irritado com Marina, Siqueira abandonou a reunião. E só voltou mais tarde, quando membros do PSB conseguiram acalmá-lo. Ao site de VEJA, Feldman afirmou que Siqueira pode ter interpretado mal a afirmação de Marina. Segundo ele, a ex-senadora é "muito rigorosa nas decisões democráticas" e não se sentiu à vontade para anunciar um nome pelo PSB. "Ele esperava ser indicado pela Marina. Nós queríamos que ele fosse indicado pelo partido. Isso é o correto. Nós demos todos os indicativos de que queríamos que fosse ele", afirmou. Feldman diz esperar que Siqueira recue da decisão. "Ele é uma pessoa capaz e que estava muito envolvida no projeto. O Siqueira desenvolveu com a gente uma relação muito positiva", afirmou Bazileu Margarido. Segundo ele, Marina tentou conversar com Siqueira na noite de quarta, mas não houve conciliação.
Lucas Prates/Futura PressCarlos Siqueira
Carlos Siqueira: irritação com Marina
Siqueira recusou-se a relatar a reunião da noite de quarta-feira, em que o partido anunciou o nome de Marina na corrida ao Planalto. Como secretário-geral do PSB, cabe a ele relatar as reuniões da sigla. A função ficou, então, com Joilson Cardoso, secretário Nacional Sindical do PSB. Fontes no partido afirmam que a decisão de Siqueira reflete um esgotamento há muito percebido entre os membros da sigla. Embora sua relação com Marina não fosse claramente de enfrentamento, tampouco era de calmaria.
De acordo com membros do partido, é bastante difícil negociar com membros da Rede. E a pressão exercida pelo setores do PSB contrários à ex-senadora recaia toda sobre o secretário-geral. Além disso, Siqueira estaria bastante estressado desde a morte de Campos, e já havia sinalizado a intenção de ficar em Brasília, com o presidente do PSB, Roberto Amaral, dedicado a eleger deputados e senadores pela sigla.
Marina — Membros do partido presentes à reunião negam que Marina tenha sido grosseira, e creditam a decisão de Siqueira à pressão emocional. O racha interno um dia após a oficialização da nova chapa presidencial mostra a caminhada conjunta do PSB e da Rede não se dará da maneira pacífica que se tentou demonstrar na noite de quarta – houve, inclusive, uma carta-compromisso para consolidar a união. No documento, o presidente socialista, Roberto Amaral, afirma que os dois partidos serão “generosos, unidos e solidários” e superarão “eventuais divergências” e repudiarão “interesses menores”. Na prática, não é o que se percebe. “Tem gente aqui que tem um ego muito grande. Não dá pra ser desse jeito”, diz um articulador da Rede, evidenciando o clima de tensão entre as legendas.  


“Isso não é divergência com a campanha. É um problema pessoal de um companheiro que quer mudar de função, e vai mudar”, disse o presidente do PSB. Para ele, a saída de Siqueira não traz prejuízos. “Eu acho a participação dele mais importante junto a mim. Ele vai trabalhar ao lado do presidente do partido. Eu preciso reforçar a minha estrutura”, disse Amaral. O substituto de Siqueira, segundo Amaral, deve assumir a coordenação-geral, e não adjunta, como pretendia a Rede. O novo nome pode ser anunciado ainda nesta quinta-feira. 
by Veja

MPF impugna 497 candidatos por Ficha Limpa

Eleições

Ministério Público Federal mira 4.115 candidatos com possíveis irregularidades nos registros eleitorais
por Fabio Serapião com informações do MPF — 


A ex-vereadora Soninha Francine (PPS) é um dos exemplos. Ela foi enquadrada pela Procuradoria Regional Eleitoral de São Paulo em virtude de contas reprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE)


No primeiro dia de campanha eleitoral na TV, o Ministério Público Federal divulgou os dados de candidaturas impugnadas por irregularidades nos pedidos de registro. Em todo Brasil, foram 4.115 candidatos impugnados sendo 497 em ações decorrentes da Lei da Ficha Limpa (135/2010). Entre os estados, São Paulo lidera com 2.058 candidatos barrados, seguido de Minas Gerais, com 1.308.Após os apontamentos de casos possíveis de impugnação, cabe à Justiça Eleitoral analisar os pedidos e decidir se defere ou não os registros das candidaturas.

Os recursos das ações já julgadas pelos Tribunais Regionais Eleitorais serão, a partir desta terça-feira 19, analisados pelo Tribunal Superior Eleitoral. Entre os candidatos flagrados pelo Ficha Limpa, 254 forma impugnados devido a rejeição de contas em gestões anteriores.

Para fiscalizar de maneira efetiva as candidaturas, o Ministério Público Federal mirou
a ausência de quitação eleitoral, a ausência de certidões criminais, a falta de desincompatibilização, dentre outros motivos. “A expectativa é que, nas próximas eleições, partidos e candidatos estejam mais atentos às exigências legais para requerer o registro de candidatura”, afirma o procurador regional eleitoral de São Paulo André de Carvalho Ramos.

A análise de candidatos com possibilidade de impugnação são realizadas pelos procuradores por meio de informações disponibilizadas pelo Sisconta Eleitoral. O sistema foi criado para receber e processar informações de inelegibilidade fornecidas pelo Judiciário, tribunais de contas, casas legislativas e conselhos profissionais. O sistema foi desenvolvido pela Secretaria de Pesquisa e Análise da Procuradoria Geral da República, a pedido do Grupo Executivo Nacional da Função Eleitoral (Genafe) e da Procuradoria Geral Eleitoral.
by CartaCapital

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