quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Coisa de Gaúcho.


Por Paulo Santana


Os meus momentos de maior felicidade são quando trabalho me divertindo.

Ontem, por exemplo, fiz meu segundo programa Sala de Redação diretamente da Casa da RBS no Acampamento Farroupilha.

E me diverti a valer no debate do Sala com meus cinco companheiros de programa.


Não satisfeito, como o programa do Lasier Martins era feito também no Acampamento Farroupilha e nele se apresentava a grande figura chamada Bagre Fagundes, ingressei na transmissão e fiz seis versos de trova desafiando o Bagre, que respondeu. Eu fiz mais 12 versos de trova improvisada respondidos pelo Bagre, e mexi com os dele pra valer. Eu irrito o Bagre com muita facilidade, fico contando proezas dele, ele as nega. Porque, se fossem reais, pegariam mal.


Só que o Bagre Fagundes tem de se capacitar que ele pertence ao folclore da cidade e a respeito dele se contam lendas. E eu nada mais faço do que transitá-las.


São lendas, não são verdadeiras, mas elas se aplicam maravilhosamente naquele jeitão simples e espontâneo do Bagre Fagundes. Deixa pra lá, Bagre, são lendas.


O Bagre Fagundes é bacharel em Direito, chefe de família exemplar, ostenta a glória de ser parceiro de seu irmão Nico Fagundes na música Canto Alegretense, uma das canções mais delirantemente preferidas pelo público no cancioneiro regionalista. Além disso, Bagre é conhecidíssimo como colorado fanático, o que ele é, tanto que vai sempre inteiramente vestido de vermelho aos jogos do Inter no Beira-Rio.


Uma das lendas que se contam sobre o Bagre é que ele era candidato a vereador e estava em campanha.
E foi fazer campanha no Morro da Cruz, que então era uma das comunidades mais pobres de Porto Alegre.

Havia umas cem pessoas escutando o comício do Bagre. Ele subiu numa caixa de cerveja e falou para o público:


“Povo do Morro da Cruz, vocês têm água aqui?”.

Todos responderam com um sonoro NÃO.


“Vocês têm luz aqui?”, indagou novamente o Bagre.

A resposta do público foi um NÃO altissonante.


O Bagre insistiu: “Vocês têm escola aqui?”.

O público pela terceira vez pronunciou um NÃO.


O Bagre, então, não resistiu e gritou: “Então por que vocês não se mudam daqui?”.


E a segunda lenda preciosa que se conta do Bagre é que ele estava na mesma disputa ao cargo de vereador e foi fazer comício na Vila Dona Teodora.


Estavam umas 200 pessoas reunidas para ouvi-lo e ele começou:


– Povo da Vila Dona Teodora! Eu sei dos problemas que vocês enfrentam nesta Vila (hoje, a Vila está muito melhor, mas no tempo do discurso do Bagre a coisa era feia por lá). Eu sei como vocês sofrem aqui com a escassez de recursos, sem água, sem luz, sem esgotos, sem creches, sem nada. Mas eu sei como ninguém dos problemas de vocês porque eu também já fui chinelão.


O Bagre não gosta que eu conte isso. É que a gente, você que é folclorista sabe, Bagre, como ninguém, não pode censurar nem conter a lenda.
 

CNJ investiga juízes

by JusBRasil

 

Corregedoria do CNJ amplia alcance de investigações contra magistrados acusados de vender sentenças. Patrimônio deles está sendo analisado desde 2009.
O principal órgão encarregado de fiscalizar o Poder Judiciário decidiu examinar com mais atenção o patrimônio pessoal de juízes acusados de vender sentenças e enriquecer ilicitamente.
A Corregedoria Nacional de Justiça, órgão ligado ao CNJ, está fazendo um levantamento sigiloso sobre o patrimônio de 62 juízes atualmente sob investigação. As informações são da Folha de S. Paulo, em sua edição de hoje (21), em matéria assinada pelos jornalistas Frederico Vasconcelos e Flávio Ferreira.
A corregedoria começou a analisar o patrimônio dos juízes sob suspeita em 2009, quando o ministro Gilson Dipp era o corregedor, e aprofundou a iniciativa após a chegada da ministra Eliana Calmon ao posto, há um ano.
"O aprofundamento das investigações pela corregedoria na esfera administrativa começou a gerar uma nova onda de inconformismo com a atuação do conselho", afirmou Eliana.
O trabalho é feito com a colaboração da Polícia Federal, da Receita Federal, do Banco Central e do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), que monitora movimentações financeiras atípicas.
Os levantamentos têm sido conduzidos em sigilo e envolvem também parentes dos juízes e pessoas que podem ter atuado como "laranjas" para disfarçar a real extensão do patrimônio dos magistrados sob suspeita.
Todo juiz é obrigado por lei a apresentar anualmente sua declaração de bens ao tribunal a que pertence, e os corregedores do CNJ solicitam cópias das declarações antes de realizar inspeções nos tribunais estaduais.
Nos casos em que há sinais exteriores de riqueza, omissões ou inconsistências nas informações prestadas à Receita Federal, os corregedores têm aprofundado os estudos sobre a evolução patrimonial dos juízes.
O regimento interno do CNJ autoriza os corregedores a acessar dados sigilosos sobre o patrimônio e a movimentação financeira dos juízes. O regimento foi aprovado pelo próprio CNJ, na ausência de uma lei específica que defina os limites de sua atuação.

Nao gosto do Amin. Mas nao podemos negar que foi Governador de Santa. Logo, ele como ninguém deve saber do que fala....

       

                          Política salarial e passivos

                do Estado de Santa Catarina



                      Por Esperidião Amin



Recentemente, a imprensa catarinense divulgou os grandes passivos que atormentam o Governo e, por conseqüência, o contribuinte de nosso Estado.



São eles: a INVESC, as letras (Obrigações do Tesouro de SC) dos precatórios, a “concessão” da SC 401. O que caracteriza esses “fantasmas”? São bilionários e têm o mesmo DNA!



Sobre esses casos deixo de fazer comentários. Seria interessante um debate a respeito.



Quero, porém, acrescentar um quarto fantasma, igualmente bilionário, cuja aparição vai sendo descortinada pelo anúncio da “nova” política salarial anunciada pelo governador Raimundo Colombo. A propósito, sou levado a cumprimentá-lo pela coragem de optar pela seriedade e pela responsabilidade de “desinventar” espertezas pirotécnicas adotadas por seu antecessor. Lembro do conselho que recebi de meu grande professor de gestão pública, Leone Carlos Martins: “o governo só pode atender uma determinada categoria DEPOIS de repor as perdas de todos os servidores, inclusive os inativos!”. Como, aliás, manda a Constituição, a Cidadã, como diria o Dr. Ulisses. Foi o que fizemos, depois de pagar salários ditos “atrasados” pelo governo, coincidentemente do mesmo DNA, que nos antecedeu.



Acontece que, no Supremo Tribunal Federal, tramitam várias ações (inclusive da bancada estadual do PP/SC) cobrando a não concessão, de 2003 até 2010, da reposição salarial preconizada pelo artigo 37, inciso X, da Constituição. Já estão escritos vários votos. É virtualmente (e virtuosamente) impossível que o Supremo deixe de, no devido tempo, dar sua decisão a favor do cumprimento desse dispositivo “anti-roubo”, que protege o poder aquisitivo do servidor público das espertezas de governantes e suas maiorias eventuais e oportunistas.



Uma vez decidida essa questão, um novo fantasma bilionário – de DNA conhecido – ombreará com seus “irmãozinhos”, ampliando a galeria de malfeitos não punidos da administração pública de nosso Estado.



Por isto, junto com os cumprimentos ao governante por sua decisão corajosa e honesta, creio que cabem advertências republicanas!

Assim como outras, nossa democracia é uma CARICATURA. by Deise




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