Desafio da empresa é se adequar ao mercado "pós-PC"
Claudia Tozetto
O CEO da Microsoft, Satya Nadella (Robert Galbraith/Reuters)
A Microsoft anunciou nesta quinta-feira que demitirá 18.000 funcionários como parte da reestruturação promovida após a compra da Nokia, concluída em abril de 2014. O corte de pessoal é o maior da história da Microsoft e atinge fortemente a Nokia, que perderá 12.500 pessoas. Atualmente, Nokia e Microsoft têm, juntas, 127.000 funcionários em todo o mundo.
Em comunicado enviado aos funcionários, Satya Nadella, CEO da Microsoft, afirma que 13.000 pessoas serão demitidas ao longo dos próximos seis meses e o corte total será concluído até a metade de 2015. A Microsoft espera gastar entre 1,1 e 1,6 bilhão de dólares, com despesas trabalhistas e outros custos relacionados às demissões.
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Segundo Nadella, os cortes serão feitos para ampliar a "sinergia" entre as equipes da Microsoft e da Nokia. "Vamos simplificar a forma como trabalhamos para nos tornarmos mais ágeis e nos mover rápido", justificou Nadella.
Até o momento, o maior corte já promovido pela Microsoft era o realizado em 2009, quando 5.800 pessoas foram desligadas. Na época, as demissões foram resultado da crise econômica mundial. Desde então, a Microsoft passou a enfrentar um novo desafio: a venda de computadores, de onde vem a maior parte de sua receita, passou a cair continuamente e a de dispositivos móveis, ao contrário, cresce exponencialmente.
A Microsoft demorou a reagir às mudanças no mercado. Desde 2010, quando lançou o Windows Phone e anunciou, no ano seguinte, uma parceria estratégica com a Nokia, a Microsoft tenta recuperar o tempo perdido, alcançando apenas resultados modestos. Nadella, que assumiu a liderança da empresa em fevereiro, tenta mudar o quadro. O executivo vai detalhar o foco dos novos investimentos da Microsoft durante a conferência de resultados do segundo trimestre, programada para 22 de julho.
by Veja