domingo, 22 de abril de 2012

Presente do Futuro. by Deise


Código Internacional de Doenças (OMS) inclui influência dos Espíritos



Medicina reconhece obsessão espiritual

                                                                                                                  by Sérgio Felipe de Oliveira 
                                                                                                                      Texto de Osvaldo Shimod 

Ouvir vozes e ver espíritos não é motivo para tomar remédio de faixa preta pelo resto da vida... Até que enfim as mentes materialistas estão se abrindo para a Nova Era; para aqueles que queiram acordar, boa viagem, para os que preferem ainda não mudar de opinião, boa viagem também...
Uma nova postura da medicina frente aos desafios da espiritualidade.
Vejam que interessante a palestra sobre a glândula pineal do Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, médico psiquiatra que coordena a cadeira de Medicina e Espiritualidade na USP:
A obsessão espiritual como doença da alma, já é reconhecida pela Medicina. Em artigos anteriores, escrevi que a obsessão espiritual, na qualidade de doença da alma, ainda não era catalogada nos compêndios da Medicina, por esta se estruturar numa visão cartesiana, puramente organicista do Ser e, com isso, não levava em consideração a existência da alma, do espírito. No entanto, quero retificar, atualizar os leitores de meus artigos com essa informação, pois desde 1998, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu o bem-estar espiritual como uma das definições de saúde, ao lado do aspecto físico, mental e social. Antes, a OMS definia saúde como o estado de completo bem-estar biológico, psicológico e social do indivíduo e desconsiderava o bem estar espiritual, isto é, o sofrimento da alma; tinha, portanto, uma visão reducionista, organicista da natureza humana, não a vendo em sua totalidade:
Mente, corpo e espírito.
Mas, após a data mencionada acima, ela passou a definir saúde como o estado de completo bem-estar do ser humano integral:
Biológico, psicológico e espiritual.
Desta forma, a obsessão espiritual oficialmente passou a ser conhecida na Medicina como possessão e estado de transe, que é um item do CID - Código Internacional de Doenças - que permite o diagnóstico da interferência espiritual Obsessora.
O CID 10, item F.44.3 - define estado de transe e possessão como a perda transitória da identidade com manutenção de consciência do meio-ambiente, fazendo a distinção entre os normais, ou seja, os que acontecem por incorporação ou atuação dos espíritos, dos que são patológicos, provocados por doença.
Os casos, por exemplo, em que a pessoa entra em transe durante os cultos religiosos e sessões mediúnicas não são considerados doença.
Neste aspecto, a alucinação é um sintoma que pode surgir tanto nos transtornos mentais psiquiátricos - nesse caso, seria uma doença, um transtorno dissociativo psicótico ou o que popularmente se chama de loucura bem como na interferência de um ser desencarnado, a Obsessão espiritual.
Portanto, a Psiquiatria já faz a distinção entre o estado de transe normal e o dos psicóticos que seriam anormais ou doentios.
O manual de estatística de desordens mentais da Associação Americana de Psiquiatria - DSM IV - alerta que o médico deve tomar cuidado para não diagnosticar de forma equivocada como alucinação ou psicose, casos de pessoas de determinadas comunidades religiosas que dizem ver ou ouvir espíritos de pessoas mortas, porque isso pode não significar uma alucinação ou loucura.
Na Faculdade de Medicina DA USP, o Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, médico, que coordena a cadeira (hoje obrigatória) de Medicina e Espiritualidade.
Na Psicologia, Carl Gustav Jung, discípulo de Freud, estudou o caso de uma médium que recebia espíritos por incorporação nas sessões espíritas.
Na prática, embora o Código Internacional de Doenças (CID) seja conhecido no mundo todo, lamentavelmente o que se percebe ainda é muitos médicos rotularem todas as pessoas que dizem ouvir vozes ou ver espíritos como psicóticas e tratam-nas com medicamentos pesados pelo resto de suas vidas. 
Em minha prática clínica (também praticada por Ian Stevenson), a grande maioria dos pacientes, rotulados pelos psiquiatras de "psicóticos" por ouvirem vozes (clariaudiência) ou verem espíritos (clarividência), na verdade, são médiuns com desequilíbrio mediúnico e não com um desequilíbrio mental, psiquiátrico. (Muitos desses pacientes poderiam se curar a partir do momento que tivermos uma Medicina que leva em consideração o Ser Integral).
Portanto, a obsessão espiritual como uma enfermidade da alma, merece ser estudada de forma séria e aprofundada para que possamos melhorar a qualidade de vida do enfermo.


“Há muita coisa a ser investigada sobre a Operação Condor”


                                                                                       by





O poeta argentino Juan Gelman foi um dos principais convidados da Primeira Bienal do Livro e da Leitura, de Brasília. Em entrevista ao Página/12, ele comenta as recentes declarações do ex-ditador argentino Jorge Videla, fala sobre a Operação Condor e sobre o muito que ainda precisa ser revelado para se conheça a verdade e se faça a justiça. "Não estamos falando de velhas feridas, mas sim de feridas abertas que latejam como um câncer no subsolo da memória e na medida em que não são fechadas com a verdade, fazem toda sociedade adoecer".

Darío Pignotti - Página/12

O argentino Juan Gelman é um dos maiores poetas contemporâneos e um ativo militante da causa contra o esquecimento dos crimes cometidos pelas ditaduras militares que infestaram o cone Sul nos anos 70 e 80. O filho e a nora foram assassinados por uma ação combinada das ditaduras argentina e uruguaia, nos marcos da Operação Condor. A neta foi roubada por militares e deixada na porta da casa de um policial uruguaio. Macarena Gelman só descobriu sua verdadeira história 23 anos mais tarde, graças à busca incansável do avô. Gelman foi um dos principais convidados da Primeira Bienal do Livro e da Leitura, de Brasília. Em entrevista ao Página/12, ele comenta as recentes declarações do ex-ditador argentino Jorge Videla, fala sobre a Operação Condor e sobre o muito que ainda precisa ser revelado para se conheça a verdade e se faça a justiça.

“Esta entrevista com Videla, na qual ele confessa que matou oito mil permite-me descobrir nele uma qualidade que desconhecia: a modéstia; Porque, na verdade. Foram mais de 30 mil”.

Juan Gelman está em seu apartamento no décimo segundo lugar de um hotel em Brasília, do qual se vislumbra uma paisagem urbana onde prédios públicos rigorosamente retangulares se alternam com as curvas futuristas do Congresso e da Catedral.

Para Gelman, a entrevista concedida pelo ditador deve ser vista em perspectiva.

“Videla se expressa como quem encabeçou o golpe, mas para analisar os golpes necessitamos levar em conta primeiro que eles sempre tiveram respaldo civil, segundo, que houve partidos políticos que os incitaram e, terceiro, que os golpes foram movidos por interesses muito concretos e importantes”.

- O que faltou Videla dizer?

Faltou dizer, por exemplo, quantos campos de concentração existiram, o que ocorreu dentro deles e qual foi o destino dos desaparecidos. Certa vez Videla disse (na condição de chefe de Estado) algo como: os desaparecidos não existiam, mas os militares não são mágicos, eles sabem onde fizeram com que desaparecessem.

Videla tampouco disse onde estão os arquivos. Enfim, há uma quantidade de perguntas que os familiares dos desaparecidos se fazem e sobre as quais ele não falou.

- Por quê Videla falou?

Não sei, não me atrevo a fazer nenhuma afirmação categórica, mas talvez isso faça parte de uma ofensiva da oposição ao governo, dentro e fora do país. Creio que há elementos pessoais e elementos políticos que se misturam. Digo que a entrevista possa fazer parte de tudo isso, ainda que essa não tenha sido a decisão consciente de Videla.

Também há traços de autojustificação, de autoapresentação, na qual ele se mostra como uma espécie de herói nacional, um herói que deveria ser reivindicado, adorado, ao invés de ter sido preso.

- Alguns jornalistas consideram inaceitável entrevistar um tirano. Outros entendem que todo e qualquer personagem relevante deve ser interrogado, sem concessões. Qual é sua opinião?

Entrevistá-lo não é nem bom nem ruim, o que me parece sim é que esta é uma entrevista na qual há muitas perguntas que brilham por sua ausência, que é uma entrevista absolutamente dirigida para a aceitação da impunidade dos criminosos do golpe, algo que o povo argentino não está disposto a aceitar.
Prestes a “completar 70 anos como fumante”, Gelman acende seu segundo cigarro ao abrir um novo capítulo na conversa e passar a perguntar sobre a atualidade brasileira e a Comissão da Verdade, com a curiosidade intensa de um repórter novato. Parece estar mais a vontade quando escuta do que quando fala.

Gelman se nega a opinar sobre a conjuntura brasileira e evita comentar a vigência da Lei de Anistia, decretada pelo ditador João Batista Figueiredo em 1979 e ratificada pelo Supremo Tribunal Federal há dois anos.

- A memória pode ser apagada por decreto?

Há 2.500 anos na Grécia de Péricles houve uma ditadura, a ditadura dos 400. Quando essa ditadura foi derrubada, obrigaram todos os cidadãos a jurar que não iriam recordar nada do que havia ocorrido, ou seja, estabeleceram o esquecimento por decreto.

Isso é impossível: por mais decretos que se queiram impor, não há esquecimento dos crimes cometidos pelas ditaduras. Os familiares sabem muito bem o que perderam e uma sociedade que diz que “é preciso não olhar para trás”, que “não se deve ter olhos nas costas”, “que não é o caso de abrir velhas feridas”, é uma sociedade que se equivoca.

Porque não está se falando de velhas feridas, mas sim de feridas abertas que latejam como um câncer no subsolo da memória e na medida em que não são fechadas com a verdade e com a Justiça, prejudicam toda possibilidade de que haja uma consciência cívica saudável.

- Ainda resta muito a ser investigado sobre o Plano Condor?

Creio que há muita coisa para ser investigada sobre o Plano Condor. Sabe-se quem desapareceu e não se sabe, em muitos casos, nem como, nem quando, e isso angustia os familiares. Uma coisa é imaginar o que aconteceu e outra é saber. Isso não evita a dor, mas aporta um conhecimento. Os casos da Operação Condor não esclarecidos são como uma verdade partida em dois: de um lado, as perguntas dos familiares, do outro, os militares que não deixam que se conheça o que aconteceu.

Vive-se uma situação na qual a verdade está dividida pela metade como uma melancia, compara o Premio Cervantes de Literatura.

Os jornais locais deram bastante cobertura à presença de Gelman na Primeira Bienal do Livro e da Leitura de Brasília. Ele foi uma das figuras centrais do evento, junto com o Nobel nigeriano Wole Soyinka, que falou sobre tolerância.

A memória foi um dos assuntos tratados por Gelman que, além disso, leu poemas na abertura da Bienal brasiliense, que já aparece como um dos eventos literários mais politizados do país.

- Chegou a ler os jornais argentinos nestes últimos dias?

Outro dia fiquei rindo depois de ler no Wall Street Jornal um artigo sobre o caso Repsol, onde se dizia que o que o governo argentino fez é um roubo. É divertido, Parece que quem escreveu o artigo não foi informado sobre o que a Repsol roubou.

Isso se repete em outras publicações estrangeiras e é parte da reação de vários países como os Estados Unidos, a Espanha e a União Europeia. Na Espanha, vemos com um governo se converteu em defensor de uma empresa e como isso concretiza e dá substância á teoria de que, nesses países desenvolvidos, não é a política que maneja a economia, mas exatamente o contrário, é a economia quem manda.

Velho conhecido


                                                                                  by blog Claudio Humberto

Foto


O presidente do Senado, José Sarney, conversava com amigos, dia antes de sua internação no Hospital Sírio Libanês, quando alguém mencionou a tese de que a cirurgia bariátrica que emagreceu Demóstenes Torres mexeu com sua cabeça, alterou o comportamento do senador goiano. Sarney discordou, lembrando que Demóstenes, antes da cirurgia, foi um opositor duríssimo do líder do PMDB, Renan Calheiros, e,                                   já magro, também foi implacável contra ele próprio.
                                                                     Exibindo seu melhor sorriso mona lisa, Sarney sacramentou:

- Renan e eu conhecemos o Demóstenes gordo e o Demóstenes magro…

Famosa e ardilosa


by Orlando Brito

                                                              Fotografia é história                                         
Foto

Emilinha Borba, a cantora de maior fã-clube do Brasil, em visita ao Palácio do Planalto. Falecida em 2005, foi eleita várias vezes a Rainha do Rádio.
Como foi – Cheguei ao apartamento de Emilinha, em Copacabana, na hora marcada. Mas não adiantou. Aos prantos, a fiel secretária de Emilinha disse-me que a cantora havia sido internada às pressas por conta de uma pneumonia aguda. Lastimei, desejei melhoras e tomei o rumo do Galeão. Afinal, no dia seguinte, eu precisava estar em Brasília para cobrir o encontro do presidente Collor com vários artistas. Uma pena, pois Emilinha era essencial para enriquecer o conjunto de famosos que fotografei para o livro “Senhores e Senhoras”, que publiquei em 1992. Eu já tinha retratado nomes importantes da cultura. Raquel de Queiróz, Mário Lago, João Cabral de Mello Neto, Antônio Houaiss, Barbosa Lima Sobrinho, Dom Hélder, Mário Quintana, Burle Marx, Iberê Camargo e Grande Otelo, etc. Todos ambientados à frente do tecido presente na totalidade das poses. Era uma peça de ligação entre os personagens que dava unidade visual ao trabalho. Horas depois eu chegava ao Palácio do Planalto para retratar a cerimônia. Caramba! As pessoas com quem tomei o mesmo elevador foram justamente a amiga da estrela e a própria Emilinha, boazinha da silva. Com elas, o ator Grande Otelo, que havia posado para mim um mês antes, no Rio. Otelo abraçou-me e disse-me que se sentia honrado por estar na publicação acompanhado de figuras tão célebres. Desconcertada, a zelosa secretária se desculpou me dizendo que, na verdade, a ex-rainha da era do rádio havia pintado o cabelo e que o resultado não saíra a seu gosto. Não precisava escusa tão esfarrapada. Lamento até hoje não tê-la em meu livro e poder contar a história de uma foto que não fiz. Ao despedir-me não perdi a chance de desejar boa recuperação de um mal tão grave, pneumonia aguda. *Orlando Brito.

Please Mr. Postman. by Deise


Qual foi a parte da história OFICIAL que eu perdi???? by Deise


by Claudio Humberto


LULA: 57% DOS BRASILEIROS QUEREM ELE

A presidenta Dilma Rousseff bateu mais um recorde de popularidade, mas seu antecessor, Lula, é o preferido dos brasileiros para ser o candidato do PT ao Planalto em 2014, segundo pesquisa Datafolha, nos dias 18 e 19 deste mês. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. O governo de Dilma foi avaliado como ótimo ou bom por 64% dos brasileiros, contra 59% em janeiro. A taxa é a mais alta obtida por Dilma desde a sua posse e é também a maior aprovação presidencial com um ano e três meses de mandato em todas as pesquisas até hoje feitas pelo Datafolha. Para 29%, Dilma faz um governo regular. Outros 5% consideram que a atual administração é ruim ou péssima. Em janeiro, essas taxas eram de 33% e 6%. Ainda segundo a pesquisa, Lula é o predileto de 57% dos brasileiros para disputar novamente o Planalto daqui a dois anos e meio. Outros 32% citam Dilma. Para 6%, nenhum dos dois deve concorrer. E 5% não souberam responder.


Cachoeira pode ser o
‘laranja’ dos ‘laranjas’, com máfias na jogada



O bicheiro Carlos Cachoeira pode ser o “cérebro”, mas dificilmente seus negócios prosperariam nas mãos dos “subs”, interlocutores que parecem atores de chanchada, deslocados em gabinetes oficiais. Por trás do poder do “chefão” estariam máfias da Ásia, Espanha e da Itália – esta ainda sob implacável perseguição judicial. Estudo do Instituto Brasileiro Giovani Falconi – homenagem ao célebre juiz antimáfia – derruba a teoria de que o goiano age sozinho, controlando milhõe$.

PF: investigações revelam que Demóstenes
 negociou dívida da Delta



DEMOSTENES TORRES


Investigações da Polícia Federal revelaram que o senador Demóstenes Torres (ex-DEM) realizou negociação com a prefeitura de Anápolis (GO) para que fossem pagos 20 milhões à empreiteira Delta. O dinheiro se referia a uma dívida no contrato de recolhimento de lixo que já foi feito pela Queiroz Galvão e agora está sob responsabilidade da Delda. Segundo três gravações, essa dívida foi “comprada” pela Delta por R$ 4,5 milhões. Em diálogo gravado em nove de julho de 2011, Demóstenes relatou a Cachoeira que o prefeito de Anápolis, Antonio Gomide (PT), concordava em pagar 50% por meio de precatórios e negociar os outros 50% da dívida. Gomide disse que a dívida é de 2002 e 2003 e que ele assumiu em 2009, além disso, nega que as gravações se tratem de pagamento de propina. "A própria empresa Queiroz Galvão nos procurou para um acerto, mas como está rolando na Justiça, resolvemos deixar na Justiça", afirmou. Já o advogado do senador Demóstenes Torres (ex-DEM), Antônio Carlos de Almeida Castro, afirmou que não faz comentários sobre gravações pontuais, pois o Supremo. As informações são da Folha de S. Paulo.




As Organizações Cachoeira


     by Claudio Dantas Sequeira

           Uma rede criminosa

          que corrompe o País

Como o bicheiro montou um verdadeiro império empresarial para desviar verbas, fraudar licitações, lavar dinheiro e se infiltrar no poder público. Esse bilionário esquema de corrupção funciona há 16 anos e se espalha por todo o Brasil
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INVESTIGAÇÃO
CPI pretende apurar o alcance do esquema de Cachoeira
Na semana passada, ISTOÉ obteve a íntegra do inquérito da Operação Monte Carlo, que resultou na prisão do bicheiro Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira. São quase 15 mil páginas, reunidas em 40 volumes e duas dezenas de apensos, além de 11 mil horas de gravações. Na análise do processo, do qual apenas alguns trechos eram conhecidos até então, a Polícia Federal não só traz à tona as relações promíscuas do esquema do bicheiro com autoridades nos três níveis de poder como esmiúça um império de empresas criadas com a finalidade de corromper em todo o País, desviar verbas, fraudar licitações e lavar o dinheiro ilegal. O levantamento também deixa claro que o grupo de Cachoeira vem agindo há pelo menos 16 anos e foi capaz de ultrapassar diversos governos e tonalidades partidárias. “Aqui come todo mundo, cara. Se não pagar pra todo mundo não funciona. Eu tô nisso há 16 anos!”, sintetiza Lenine Araújo de Souza, o braço direito de Cachoeira, em diálogo gravado pela Polícia Federal.

A descentralização dos negócios e o uso extensivo de laranjas deram capilaridade nacional à atuação de Cachoeira. Embora o bicheiro mantenha o controle das empresas por meio de um núcleo formado por parentes e amigos próximos, a PF identificou pelo menos 149 pessoas que em algum momento estiveram ou ainda estão associadas à quadrilha. Normalmente, a máfia de Cachoeira participa de licitações que já consideram ganhas, à base, é claro, de pagamentos de propina para autoridades e servidores estratégicos. A análise desse império de dimensões bilionárias indica que Cachoeira, nos últimos anos, usou especialmente empresas ligadas à área de medicamentos para se aproximar de governos em, no mínimo, nove Estados. O objetivo do empresário-bicheiro era abocanhar uma bilionária fatia da verba pública destinada à compra de medicamentos genéricos. Para isso, criou o laboratório Vitapan, com sede em Anápolis (GO), que rapidamente se tornou um dos principais fornecedores nacionais de genéricos. O laboratório foi uma espécie de cartão de visitas de Cachoeira para se infiltrar em governos estaduais e municipais. Hoje, a empresa está avaliada em R$ 100 milhões, tem convênios até com a Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, e está associada a outros grandes do setor, como a Neo Química e o laboratório Teuto Brasileiro. A Neo Química está hoje nas mãos do grupo Hypermarcas do empresário Marcelo Henrique Limírio, sócio de Cachoeira no Instituto de Ciências Farmacêuticas (ICF), que produz testes laboratoriais e faturou R$ 10 milhões em 2010, segundo a PF. Limírio também é sócio do senador Demóstenes Torres no Instituto de Nova Educação, faculdade criada em Contagem, e doou R$ 2,2 milhões para as campanhas de Demóstenes e do governador de Goiás, Marconi Perillo.

Ao longo dos últimos 16 anos, Cachoeira aprimorou e diversificou esse esquema. Mas, no início de suas atividades, ele usava empresas de gestão de loterias, seu core business, para fazer a aproximação com o poder público. Com a empresa Capital Bet, ele venceu sozinho a concorrência para a distribuição de bilhetes de loterias no Rio Grande do Sul, em 2001, na gestão Olívio Dutra. Com a Gerplan, que controlava a loteria em Goiás, entrou no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. O modus operandi incluía fraudes nos prêmios das loterias e suborno de autoridades, como foi revelado no escândalo Waldomiro Diniz, que desembocaria na CPI dos Bingos.
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ALVO 
Senador Demóstenes Torres reaparece
no Congresso e gera tumulto
Hoje as organizações de Cachoeira possuem tentáculos que vão muito além da loteria e do jogo do bicho. Entre os negócios com fachada legal mais lucrativos de Cachoeira, está a construção civil. Até aqui desconhecida do mercado, a Mapa Construtora firmou contratos com prefeituras do Ceará e de São Paulo. Na capital paulista, a empreiteira é a responsável pela construção do edifício que vai abrigar o arquivo geral da USP – contrato de R$ 2,1 milhões. Na cidade cearense de Vartoja, firmou convênios de R$ 1,8 milhão para a construção de uma escola infantil e uma quadra esportiva, que ainda não saíram do papel. Outra empresa do grupo do bicheiro, a Trade Construtora, obteve contrato de obras públicas em Anápolis, na atual gestão do petista Antônio Gomide. A Trade foi condenada pela Controladoria do Estado a devolver R$ 360 mil por irregularidades. Esses contratos, no entanto, representam uma pequena parcela do lucro de Cachoeira no setor.

A partir de rastreamentos bancários feitos pela PF, sabe-se agora que boa parte dos recursos públicos que irrigaram o esquema do bicheiro saiu de contratos da Construtora Delta, líder de repasses do governo na área do Ministério dos Transportes. Segundo a PF, Cachoeira seria “sócio oculto” da Delta, articulando negócios conjuntos com a empreiteira, discutindo planilhas de obras, compartilhando funcionários e, inclusive, despachando da própria sede da empresa. Um dos diálogos interceptados pela PF mostra como Cachoeira e a Delta fizeram um consórcio para a compra da empresa Ideal Segurança, responsável pela segurança de aterros sanitários controlados pela Delta, por R$ 199 milhões. Em outro grampo revelador, até agora inédito, descobre-se que o ex-diretor do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) Luiz Antônio Pagot foi monitorado clandestinamente por pelo menos dois anos. “Tem mais de um ano que o tal do Pagot tá no grampo, entendeu?”, conta o espião Dadá ao bicheiro, em 11 de julho de 2011. Questionado por ISTOÉ, Pagot confirmou que, quando estava no comando do Dnit, foi informado por um delegado amigo sobre a existência de grampos no gabinete em Brasília e em seu escritório em Cuiabá (MT). A deflagração da Operação Monte Carlo indica que Cachoeira trabalhou pela demissão de Pagot e da cúpula do Ministério dos Transportes. Agora, suspeita-se que a Delta pode ter tido acesso a informações privilegiadas de dentro do Dnit, responsável pelas maiores obras da empreiteira.

Sócio ou não da Delta, está cada vez mais claro que a empreiteira fazia a ponte com outras empresas do grupo de Cachoeira para facilitar o toma lá dá cá com o mundo político. A Delta também tem contratos em Anápolis, que abrangem obras rodoviárias e coleta de lixo. Nos contratos das duas empresas a PF vê o dedo do deputado federal Rubens Otoni (PT), flagrado em vídeo negociando com Carlinhos doação de R$ 100 mil para o caixa 2 de sua campanha eleitoral. Otoni, aliás, está na lista da PF de beneficiários do jogo do bicho. Foi denunciado que o senador Demóstenes Torres recebia 30% do faturamento da jogatina comandada por Cachoeira. Só que esse montante, na verdade, era repartido entre os deputados Leréia (PSDB), Jovair Arantes (DEM) e o próprio Rubens Otoni, segundo as investigações.
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O caso mais flagrante, talvez, seja o repasse de R$ 26,2 milhões feito pela Delta à empreiteira Alberto e Pantoja Construções. Sem negócios reais e funcionando num endereço fictício, a empresa destinou R$ 17,8 milhões às companhias Midway Int. Labs. e Rio Vermelho Dist., que injetaram capital na campanha do deputado federal Sandes Júnior (PP-GO), do ex-senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO), do governador Marconi Perillo (PSDB-GO) e da vereadora Miriam Garcia (PSDB-GO). Também foram beneficiados políticos do Distrito Federal, de Pernambuco e São Paulo. Já a Emprodata Administração de Imóveis, também uma empresa de fachada, repassou ao menos R$ 100 mil à Asfalto Brasília Ltda., que injetou R$ 175 mil na campanha da deputada Jaqueline Roriz (PMN).

Outra empresa do esquema, a MZ Construções efetuou depósitos de R$ 520 mil na conta da Negocial Fomento Mercantil, que doou R$ 20 mil para a campanha do deputado federal Augusto Coutinho (DEM-PE). A gráfica Laser Press, também usada pela quadrilha, foi doadora da campanha do deputado Edson Aparecido (PSDB-SP). O argumento usado pela Delta é de que tais repasses não têm relação com as campanhas políticas, são apenas pagamentos a alguns dos milhares de fornecedores da empresa. Faria sentido, não fosse a proximidade de Carlinhos com a empreiteira.

Por fim, o levantamento da Operação Monte Carlo também indica que Cachoeira passou a investir em imóveis rurais para a criação de gado, recurso usado como meio para a lavagem e evasão de capitais. Seu patrimônio inclui ao menos 31 imóveis, incluída aí uma fazenda de gado nelore. Cachoeira também vinha fazendo investimentos pesados em empreendimentos imobiliários, turísticos e até na implantação de cidades. A preferência é por áreas ainda não regularizadas, pelas quais ele poderia subornar autoridades e servidores para conseguir a regularização e depois revender o imóvel com uma valorização exponencial. Um dos maiores negócios na mira de Cachoeira é uma fazenda de dez milhões de metros quadrados no Distrito Federal. A área está sendo cogitada a abrigar uma extensão da cidade-satélite de Vicente Pires. Num diálogo interceptado pela PF, Gleyb Ferreira, gerente do esquema Cachoeira, trata da negociação com um grupo de São Paulo de metade da fazenda, avaliada em R$ 1,07 bilhão e cuja regularização será acertada com a Terracap na base da propina. Outra parcela estaria sendo negociada com o grupo Brookfield, que, segundo suspeita a PF, teria o ex-governador José Roberto Arruda como representante informal no DF. “Se o pessoal da Brookfield também abrir as pernas e começar com muito rolo, eu passo para São Paulo”, diz Gleyb. 
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As assombrações de Protógenes


by ISTO É 

Independente

PF diz que gravações de conversas 

do deputado e do araponga 


Dadá ligam Protógenes Queiroz ao esquema

 de Cachoeira. A CPI quer explicações


Mário Simas Filho
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CUMPLICIDADE
Segundo a Polícia Federal, o araponga  Dadá poderá ser indiciadocomo cúmplice dos crimes do deputado Protógenes Queiroz
Durante a Operação Monte Carlo, foram gravados seis telefonemas que revelam uma associação criminosa entre Protógenes e Dadá. Um dos crimes que teriam sido praticados pelo atual deputado, segundo os delegados da PF e procuradores que trabalham na investigação, seria o de coação de testemunhas, ação que costuma ser punida com a prisão preventiva do acusado. Em 2008, Protógenes comandou a chamada Operação Satiagraha, que prendeu o banqueiro Daniel Dantas. O problema é que foram descobertas diversas ilegalidades na investigação. De acordo com a Corregedoria da PF, com a denúncia do Ministério Público e com a decisão de primeira instância da Justiça Federal, Protógenes foi responsável por quebra de sigilos da investigação, promoveu grampos telefônicos em ambientes sem autorização judicial, forneceu senhas de acesso aos grampos da PF para 84 arapongas comandados por Dadá que foram levados de forma clandestina para a investigação. No processo, Protógenes é réu. Dadá e Jairo Martins, outro araponga ligado ao esquema de Cachoeira, são testemunhas. Nos diálogos gravados pela Operação Monte Carlo, Protógenes diz como Dadá e Martins devem se conduzir durante seus depoimentos. A conversa (leia quadro na pág. ao lado) foi gravada em nove de agosto do ano passado. Dias depois, os dois espiões deveriam depor na Polícia Federal. Ambos disseram que só iriam se pronunciar na Justiça.

Durante a Operação Monte Carlo, foram gravados seis telefonemas que revelam uma associação criminosa entre Protógenes e Dadá. Um dos crimes que teriam sido praticados pelo atual deputado, segundo os delegados da PF e procuradores que trabalham na investigação, seria o de coação de testemunhas, ação que costuma ser punida com a prisão preventiva do acusado. Em 2008, Protógenes comandou a chamada Operação Satiagraha, que prendeu o banqueiro Daniel Dantas. O problema é que foram descobertas diversas ilegalidades na investigação. De acordo com a Corregedoria da PF, com a denúncia do Ministério Público e com a decisão de primeira instância da Justiça Federal, Protógenes foi responsável por quebra de sigilos da investigação, promoveu grampos telefônicos em ambientes sem autorização judicial, forneceu senhas de acesso aos grampos da PF para 84 arapongas comandados por Dadá que foram levados de forma clandestina para a investigação. No processo, Protógenes é réu. Dadá e Jairo Martins, outro araponga ligado ao esquema de Cachoeira, são testemunhas. Nos diálogos gravados pela Operação Monte Carlo, Protógenes diz como Dadá e Martins devem se conduzir durante seus depoimentos. A conversa (leia quadro na pág. ao lado) foi gravada em nove de agosto do ano passado. Dias depois, os dois espiões deveriam depor na Polícia Federal. Ambos disseram que só iriam se pronunciar na Justiça.
Na semana passada, o deputado negou qualquer participação no esquema de Cachoeira. Admitiu que conhece Dadá, mas afirmou que mantinha com o araponga uma relação profissional, pois era do setor de inteligência da PF e Dadá, do serviço de informações da Aeronáutica. O problema é que, nas datas em que as conversas foram gravadas, Protógenes estava afastado da PF e já exercia mandato parlamentar e Dadá estava aposentado na Aeronáutica e já atuava como araponga a serviço de causas privadas. As conversas, portanto, não são entre dois funcionários públicos lotados em serviços de inteligência, mas revelam a promiscuidade de um deputado com um araponga funcionário de bicheiro. Na quinta-feira 19, o PSDB encaminhou representação assinada pelo deputado Sérgio Guerra (PE) ao presidente da Câmara pedindo que fosse aberto um processo disciplinar contra Protógenes. 

Na semana passada, o deputado negou qualquer participação no esquema de Cachoeira. Admitiu que conhece Dadá, mas afirmou que mantinha com o araponga uma relação profissional, pois era do setor de inteligência da PF e Dadá, do serviço de informações da Aeronáutica. O problema é que, nas datas em que as conversas foram gravadas, Protógenes estava afastado da PF e já exercia mandato parlamentar e Dadá estava aposentado na Aeronáutica e já atuava como araponga a serviço de causas privadas. As conversas, portanto, não são entre dois funcionários públicos lotados em serviços de inteligência, mas revelam a promiscuidade de um deputado com um araponga funcionário de bicheiro. Na quinta-feira 19, o PSDB encaminhou representação assinada pelo deputado Sérgio Guerra (PE) ao presidente da Câmara pedindo que fosse aberto um processo disciplinar contra Protógenes. 
Delegado licenciado da Polícia Federal, Protógenes Queiroz se elegeu deputado pelo PCdoB-SP, em 2010, em busca de imunidade e foro privilegiado. A instalação da CPMI para investigar a rede de corrupção montada pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira, porém, coloca abaixo a estratégia de proteção. Na quinta-feira 19, alguns deputados e senadores cotados para compor a comissão davam como certo que Protógenes será um dos primeiros convocados a prestar esclarecimentos, apesar de haver assinado o requerimento para a abertura das investigações. As gravações de conversas telefônicas feitas pela PF durante a Operação Monte Carlo – que revelou o esquema de Cachoeira – mostram que Protógenes e um dos principais operadores do bicheiro, o sargento da Aeronáutica Idalberto Matias Araújo, conhecido como Dadá, são mais do que íntimos amigos. Os diálogos agora divulgados e documentos em poder da Corregedoria da PF e do Ministério Público Federal indicam que o deputado e o araponga Dadá são cúmplices em crimes pelos quais Protógenes já foi indiciado, denunciado e condenado em primeira instância a três anos e quatro meses de prisão pela 7ª Vara Criminal da Justiça Federal em São Paulo. “Os diálogos comprovam fatos passados durante a Operação Satiagraha e levantam a suspeita de que o atual deputado participava do esquema de Cachoeira”, disse um parlamentar de São Paulo que deverá assumir um posto na CPMI tão logo a comissão seja instalada.
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Além dos diálogos que confirmam as ilegalidades praticadas por Protógenes no correr da Satiagraha, outras conversas interceptadas no ano passado apontam para a participação de delegado licenciado na organização comandada por Cachoeira. Segundo relatos de delegados que participaram da operação, “Protógenes procurava influir na nomeação de pessoas em governos ligados ao esquema e também se proporia a abrigar em seu gabinete na Câmara funcionários que fossem indicados pelo grupo”. Duas conversas em especial chamaram a atenção dos delegados e procuradores. Uma foi gravada em 20 de dezembro de 2011. O diálogo (leia quadro ao lado) entre Dadá e um policial chamado Ventura, da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, durou mais de cinco minutos e, na conversa, o araponga revela que a nomeação do delegado da PF Daniel Lorenz para comandar a polícia do Distrito Federal não havia agradado ao grupo de Cachoeira por causa de divergências com Protógenes. Meses antes, Lorenz tinha se demitido, alegando não haver condições de trabalho. A outra gravação que chamou a atenção da PF (leia quadro ao lado) foi feita em 14 de janeiro do ano passado e durou seis minutos. Dadá diz a um interlocutor identificado como Serjão que estava empenhado em arrumar um emprego para a ex-secretária do deputado Laerte Bessa (PMDB-DF), que perdera a eleição. Na conversa, ele afirma ter recorrido a Protógenes e que o deputado lhe dissera que o gabinete estava lotado.
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Estou revendo um show feito com Caetano, Roberto & varios convidados. Achei isso faxinando meus cds. Nao sei de quando é. The Best ouvir novamente as musicas remixadas. Delicia de todos os dias. Num domingo pela manha, um deleite. by Deise


    





      Sentado à Beira
                   do Caminho

Erasmo &Roberto Carlos


Eu não posso mais ficar aqui
A esperar!
Que um dia de repente
Você volte para mim.
Vejo caminhões
E carros apressados
A passar por mim
Estou sentado à beira
De um caminho
Que não tem mais fim.
Meu olhar se perde na poeira 
Dessa estrada triste
Onde a tristeza
E a saudade de você
Ainda existe.


Esse sol que queima
No meu rosto
Um resto de esperança
De ao menos ver de perto
O seu olhar
Que eu trago na lembrança.
Preciso acabar logo com isso
Preciso lembrar que eu existo
Que eu existo, que eu existo.
Vem a chuva, molha o meu rosto
E então eu choro tanto
Minhas lágrimas
E os pingos dessa chuva
Se confundem com o meu pranto.
Olho prá mim mesmo e procuro
E não encontro nada
Sou um pobre resto de esperança
À beira de uma estrada...


Preciso acabar logo com isso
Preciso lembrar que eu existo
Que eu existo, que eu existo.
Carros, caminhões, poeira
Estrada, tudo, tudo, tudo
Se confunde em minha mente
Minha sombra me acompanha
E vê que eu
Estou morrendo lentamente...


Só você não vê que eu
Não posso mais
Ficar aqui sozinho 
Esperando a vida inteira
Por você 
Sentado à beira do caminho...


Preciso acabar logo com isso
Preciso lembrar que eu existo
Que eu existo, que eu existo

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