quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Casos de Família! - O apelido de cada um na lista "Fachin", na Planilha da Odebrecht.


Casos de Família!


A lista abaixo tomou como base os vídeos e documentos das delações premiadas de executivos da Odebrecht. Políticos citados na chamada "lista de Fachin" negam as irregularidades.
Confira os apelidos e a quem se referem:
  • Abelha - Francisco Appio, ex-deputado estadual (PP-RS)
  • Acelerado - Eduardo Siqueira Campos (DEM-TO)
  • Aço - Wellington Magalhães, vereador (PTN-MG)
  • Adoniran - Braz Antunes Mattos Neto, vereador (PSD-SP)
  • Anão - Antonio Carlos Magalhães Neto, prefeito (DEM)
  • Alba - Tiago Correia, vereador (PSD-BA)
  • Alemão - Carlos Todeschini (PT-RS)
  • Alemão - Valdir Raupp (PMDB-RO)
  • Aliado ou Gremista - Marco Maia, deputado federal (PT-RS)
  • Amante ou Coxa - Gleisi Hoffmann, senadora (PT-PR)
  • Amarelou - Durval Amaral, presidente do Tribunal de Contas do Paraná (TCE-PR)
  • Amigo - Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente (PT-SP)
  • Amigo C - Paulo Câmara, vereador (PSDB-BA)
  • Angorá, Bicuíra ou Fodão - Eliseu Padilha, ministro (PMDB-RS)
  • Aquático - João Fischer (Fixinha), deputado estadual (PP-RS)
  • Aracaju - Aloizio Mercadante (PT-SP)
  • Asfalto - Jaime Martins, deputado federal (PSD-MG)
  • Aspirina - Angela Amin, ex-prefeita (PP-SC)
  • Atleta - Renan Calheiros (PMDB-AL)
  • Atravessador - Alcebíades Sabino, ex-deputado estadual (PSC - RJ)
  • Avião - Manuela D'Ávila, deputada federal (Pc do B-RS)
  • Azeitona - José Fernando de Oliveira, ex-deputado (PV-MG)
  • Babão - Iris Rezende, prefeito (PMDB-GO)
  • Babel - Geddel Vieira Lima, ex-ministro (PMDB-BA)
  • Babosa - Paulo Alexandre Barbosa, prefeito (PSDB-SP)
  • Baianinho - Paulo Hartung, governador (PMDB-ES)
  • Baixada - Manoel Neca (PP)
  • Balzac - Yeda Crusius, deputada federal (PSDB-RS)
  • Barão - Carlin Moura, ex-prefeito (PC do B-MG)
  • Barbie ou Belo Horizonte - Marta Suplicy, senadora (PMDB-SP)
  • Barrigudo - Fabio Ramalho, deputado federal (PMDB-MG)
  • Batalha ou Chorão - Sérgio Guerra, ex-presidente do PSDB (PSDB-PE)
  • Bateria - Maria do Carmo Lara Rezende, ex-prefeita (PT-MG)
  • Belém ou M&M - Geraldo Alckmin, governador (PSDB-SP)
  • Benzedor - João Paulo Papa, deputado federal (PSDB-SP)
  • Bico - Geraldo Júnior, secretário municipal (SD-BA)
  • Bitelo - Lúcio Vieira Lima, deputado federal (PMDB-BA)
  • Biscoito - Sandro Mabel, ex-deputado federal (PR-GO)
  • BMW ou Manso - Beto Mansur, deputado federal (PRB-SP)
  • Boa Vista - Paulinho da Força, deputado (SD-SP)
  • Boca mole - Heráclito Fortes, deputado federal (PSB)
  • Bocão - Sandro Boka, ex-deputado (PMDB-RS)
  • Boiadeiro - João Paulo Rillo, deputado estadual (PT-SP)
  • Bolinha ou Pescador - Anthony Garotinho, ex-governador (PR-RJ)
  • Bonitão ou Garanhão - Fabio Faria, deputado (PSD-RN)
  • Bonitão, Pavão, Bonitinho, Velho, Casa de Doido - Julio Lopes, deputado federal (PP-RJ)
  • Bonitinho - Robinson Faria, governador (PSD-RN)
  • Boquinha - Sérgio Borges, ex-deputado (PMDB-ES)
  • Botafogo ou Déspota - César Maia, ex-prefeito do Rio (DEM-RJ)
  • Botafogo - Rodrigo Maia, presidente da Câmara (PMDB-RJ)
  • Buzu - Henrique Carballal, vereador (PV-BA)
  • Brasília - Fernando Capez, deputado estadual (PSDB-SP)
  • Brigão, Piloto - Beto Richa, governador (PSDB-PR)
  • Bronca - Paulo Rubem Santiago, ex-deputado (PSOL-PE)
  • Bruto - Raul Jungmann, ministro (PPS-PE)
  • Caim - Osmar Dias, ex-senador (PDT)
  • Caju - Romero Jucá, senador (PMDB-RR)
  • Candomblé - Edvaldo de Brito, vereador (PSD-BA)
  • Campinas - Francisco Chagas, ex-vereador (PT-SP)
  • Caldo - Blairo Maggi, ministro (PP-MT)
  • Calvo - Pablito, ex-vereador (PSDB-MG)
  • Campari - Gim Argello, ex-senador (PTB-DF)
  • Canário - Esmael de Almeida, deputado estadual (PMDB-ES)
  • Carajás - Arnaldo Jardim, secretário estadual (PPS-SP)
  • Carmem - Fabiano Pereira, ex-deputado (PSB-RS)
  • Caranguejo - Eduardo Cunha, ex-deputado federal (PMDB-RJ)
  • Carrossel - Rosalba Ciarlini, prefeita (PP-RN)
  • Castor - Rodrigo de Castro, deputado federal (PSDB-MG)
  • Cavanhaque - Helder Barbalho, ministro (PMDB-PA)
  • Centroavante - Renato Casagrande, ex-governador (PSB-ES)
  • Cérebro - Mendes Ribeiro Filho, ex-deputado (PMDB-RS)
  • Cerrado - Ciro Nogueira, senador (PP-PI)
  • Chaveiro - José Chaves, ex-deputado (PTB-PE)
  • Chefe Turco, Kibe ou Projeto - Gilberto Kassab, ministro (PSD-SP)
  • Chorão - Pedro Eurico, secretário estadual (PSDB-PE)
  • Cintinho - Mauro Lopes, deputado (PMDB-MG)
  • Cobra - Wilma de Faria, vereadora (PT do B-RN)
  • Colorido - Fábio Branco, secretário estadual (PMDB-RS)
  • Coluna - Ana Amélia Lemos, senadora (PP-RS)
  • Comprido - Agnelo Queiroz, ex-governador (PT-DF)
  • Comuna - Daniel Almeida, deputado federal (PC do B-BA)
  • Conquistador - Dalírio Beber, senador (PSDB-SC), e Napoleão Bernardes, prefeito de Blumenau (PSDB-SC)
  • Contador - Paulo Ferreira, ex-tesoureiro do PT (PT-RS)
  • Contas - Arselino Tatto, vereador (PT-SP)
  • Correios - Alexandre Postal, deputado estadual (PMDB-RS)
  • Crusoé - Robson de Lima Apolinário, ex-deputado suplente (PDT-SP)
  • Cruzeiro do Sul - Barros Munhoz, deputado estadual (PSDB-SP)
  • Curitiba - Roberto Freire, ministro (PPS-SP)
  • Da Casa - Alberto Pinto Coelho, ex-governador (PP-MG)
  • Da hora - Carlos Melles, deputado federal (DEM-PR)
  • Decodificado - Luiz Carlos Hauly, deputado federal (PSDB/PR)
  • Decrépito - Paes Landim, deputado federal (PTB-PI)
  • Dengo - Antonio Anastasia, senador (PMDB-MG)
  • Dentada - Gustavo Correa , deputado estadual (DEM-MG)
  • Dentuço - Gustavo Fruet, ex-prefeito de Curitiba (PDT-PR)
  • Desesperado - Germano Rigotto, ex-governador (PMDB-RS)
  • Diamante - Paulo Abi Ackel, deputado federal (PSDB-MG)
  • Disco - Luiz Paulo Correa da Costa, deputado estadual (PSDB-RJ)
  • Diplomata - Hugo Napoleão, ex-governador (PSD-PI)
  • Do reino - Fernando Pimentel, governador (PT-MG)
  • Doutor - Juarez Amorim (PPS-MG)
  • Drácula - Humberto Costa, senador (PT-PE)
  • Duro - Ricardo Ferraço, senador (PSDB-ES)
  • Educador - Paulo Henrique Lustosa, deputado federal (PP-CE)
  • Ema - Lúdio Cabral, ex-vereador (PT-MT)
  • Enteado - José Otávio Germano, deputado federal (PP-RS)
  • Escuro - Marco Alba, prefeito (PMDB-RS)
  • Escritor - José Sarney (PMDB), ex-presidente
  • Esquálido - Edison Lobão, senador (PMDB-MA)
  • Eva - Adão Vilaverde, deputado estadual (PT-RS)
  • Fantasma - Ideli Salvatti, ex-ministra (PT-SC)
  • Fazendão - Elbe Brandão, deputada estadual (PSDB-MG)
  • Feia - Lídice da Mata, senadora (PSB-BA)
  • Feio ou Lindinho - Lindbergh Farias, senador (PT-RJ)
  • Ferrari ou Grisalhão - Delcídio do Amaral, ex-senador (MS)
  • Filhinho ou Filinho ou Gordo - Dimas Fabiano Jr., deputado federal (PP-MG)
  • Filho - Paulo Bornhausen, ex-deputado (PSB-SC)
  • Filho do reino - Luciano Rezende, prefeito (PPS-ES)
  • Filhote - Luiz Paulo Vellozo, ex-prefeito (PSDB-ES)
  • Filósofo - Paulo Bernardo, ex-ministro
  • Fino - Bruno Siqueira, prefeito (PMDB-MG)
  • Flamengo - Adrian Mussi, ex-deputado federal (PMDB-RJ)
  • Fodinha - Frederico Antunes, deputado estadual (PP-RS)
  • Fósforo - Tarcísio Caixeta, vereador (PC do B-MG)
  • Fragmentada - Weliton Prado, deputado federal (PMB-MG)
  • Frances - Célio Moreira, deputado estadual (PSDB-MG)
  • Garoto - Otávio Leite, deputado federal (PSDB-RJ)
  • Goleiro - Paulo Magalhães Júnior (PV-BA)
  • Gordo - Pimenta da Veiga (PSDB-MG) e Antonio Anastasia, senador (PSDB-MG)
  • Grego - Jorge Piciani, deputado estadual (PMDB-RJ)
  • Grenal - Valdir Andres, ex-prefeito (PP-RS)
  • Gripe - Cesar Colnago, vice-governador (PSDB-ES)
  • Gripado ou Pino - José Agripino, senador (DEM-RN)
  • Grisalho - Arlindo Chinaglia, deputado (PT-SP)
  • Grosseiro - Plauto Miró, deputado estadual (DEM-PR)
  • Guarulhos - Carlos Zarattini, deputado federal (PT-SP)
  • Guerrilheiro - José Dirceu, ex-ministro (PT), ou João Vaccari, ex-tesoureiro do PT
  • Igreja - Bernardo Santana, deputado (PR-MG)
  • Inca - Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados (DEM-RJ)
  • Índio - Eunício de Oliveira, presidente do Senado (PMDB-CE)
  • Inferno - Ronaldo Santini, deputado estadual (PTB-RS)
  • Itabuna - Campos Machado, deputado estadual (PTB-SP)
  • Itacaré - Celso Russomanno, deputado federal (PRB-SP)
  • Italiano - Audifax Barcelos, prefeito (Rede-ES)
  • Italiano - Antonio Palocci, ex-ministro (PT-SP)
  • Itambé - Edinho Silva, prefeito (PT-SP)
  • Itatiaia - José Maria Eymael (PSDC-SP)
  • Itumbiara - Edson Aparecido dos Santos (PSDB-SP)
  • Jacaré - Jader Barbalho, senador (PMDB-PA)
  • Jangada - Luiz Carlos Busato, deputado federal (PTB-RS)
  • João Pessoa - Vicentinho, deputado federal (PT-SP)
  • Jogador - Márcio Reinaldo, prefeito (PP-MG)
  • Jornalista - Elismar Prado, deputado estadual (PDT-MG)
  • Jovem - Adolfo Viana, deputado estadual (PSDB-BA)
  • Jujuba - Bruno Araújo, ministro (PSDB-PE)
  • Justiça - Renan Calheiros, senador (PMDB-AL)
  • Kimono - Artur Virgílio, prefeito (PSDB-AM)
  • Lagarto ou Largato - Gil Pereira, deputado estadual (PP-MG)
  • Lamborghini - Luiz Fernando T. Ferreira, deputado estadual (PT-SP)
  • Lento - Garibaldi Alves, senador (PMDB-RN)
  • Lima - Luiz Fernando Faria, deputado federal (PP-MG)
  • Louro - João Alves Filho, ex-prefeito (DEM-SE)
  • Macapá - Ricardo Montoro, ex-deputado estadual (PSDB-SP)
  • Machado - Kátia Abreu, senadora (PMDB-TO)
  • Maçaranduba - Ivo Cassol, senador (PP-RO)
  • Magma - Guilherme Lacerda (PT-ES)
  • Manaus - Aloysio Nunes, ministro (PSDB-SP)
  • Masculina - Iriny Lopes, ex-deputada federal (PT-ES)
  • Médico - Colbert Martins Filho, vice-prefeito (PMDB-BA)
  • Menino da floresta - Tião Viana, senador (PT-AC)
  • Mercedes - Edinho Bez, ex-deputado federal (PMDB-SC)
  • Metalúrgico - Nilmário Miranda, secretário estadual (PT-MG)
  • Mineirinho - Aécio Neves, senador (PSDB-MG)
  • Misericórdia - Antônio de Brito, deputado federal (PSD-BA)
  • Missa - José Carlos Aleluia, deputado federal (DEM-BA)
  • Moleza - Jutahy Magalhães, deputado federal (PSDB-BA)
  • Montanha - Marcos Montes, deputado federal (PSD-MG)
  • Montanha - Paulo Pimenta, deputado federal (PT-RS)
  • Musa - Ana Paula Lima, deputada estadual (PT-SC)
  • Navalha - Arlete Magalhães, deputada estadual (PV-MG)
  • Navalha - Wellington Magalhães, vereador (PTN-MG)
  • Navegante - José Anibal, ex-senador (PSDB-SP)
  • Natal - José Genoíno, ex-presidente do PT (PT-SP)
  • Nervosinho - Eduardo Paes, ex-prefeito do Rio (PMDB-RJ)
  • Neto - Eduardo Campos, ex-governador (PSB-PE)
  • Novilho ou Charada - Fernando Bezerra, senador (PSB-PE)
  • Novo - Max Filho, prefeito de Vila Velha (PSDB-ES)
  • Nulo ou Duro - Ricardo Ferraço, senador (PSDB-ES)
  • Oxigênio - Hudson Braga, secretário de obras do RJ
  • Padre - Josenildo Sinésio, ex-vereador de Recife (SD-PE)
  • Padrinho - Eduardo Azeredo, ex-governador de MG (PSDB-MG)
  • Palmas - Vicente Candido, deputado (PT-SP)
  • Parente - André Vargas, ex-deputado federal por SC (sem partido)
  • Paris - Márcio França, vice-governador de SP (PSB-SP)
  • Parreira - José Roberto Arruda, ex-governador (ex-DEM)
  • Passadão ou Triângulo - Jorge Bittar, ex-deputado federal (PT-RJ)
  • Patati ou Padeiro - Marconi Perillo, governador (PSDB-GO)
  • Pavão ou Velhos - Julio Lopes, secretário de transportes (PP-RJ)
  • Pavão - Ivar Pavan, ex-deputado estadual (PT-RS)
  • Pelé - Nelson Pellegrino, deputado federal (PT-BA)
  • Pequeno - Sérgio Aquino, candidato a prefeito de Santos (PMDB-SP)
  • Persa - Ayrton Xerez, ex-deputado federal (DEM-RJ)
  • Pescador - Zeca do PT, deputado federal (PT-MS)
  • Polo - Jaques Wagner, ex-governador (PT-BA)
  • Ponta Porã ou Corredor - Duarte Nogueira, prefeito (PSDB-SP)
  • Pós-italiano ou Pós-itália - Guido Mantega, ex-ministro
  • Poste - Marcio Lacerda, ex-prefeito (PSB-MG)
  • Praia - Ademar Traiano, deputado estadual (PSDB-PR)
  • Primo - Moreira Franco, ministro da secretaria geral da presidência (PMDB-RJ)
  • Princesa - Cida Borghetti, vice-governadora do PR (PP-PR)
  • Prosador - Cássio Cunha Lima, senador (PSDB-PB)
  • Protegida - Lorena de Fátima Arrué Dias, candidata (PSDB-RS)
  • Proximus - Sérgio Cabral, ex-governador do RJ (PMDB-RJ)
  • Proximus - Luiz Fernando Pezão, governador do RJ (PMDB-RJ)
  • Rasputinzinho - Bernardo Ariston, ex-deputado federal (PMDB-RJ)
  • Ribeirão Preto - Roberto Massafera, deputado estadual (PSDB-SP)
  • Rio - Marcelo Nilo, deputado estadual (PSL-BA)
  • Roberval Taylor - Mário Kertesz, ex-prefeito (PMDB)
  • Roxinho - Fernando Collor, senador (PTC-AL)
  • Sábado - Domingos Sávio, deputado estadual (PSDB-MG)
  • Santo André - João Paulo Cunha, ex-deputado (PT-SP)
  • Sapato - Alexandre Passos, ex-presidente da Câmara de Vitória (PT-ES)
  • Segundo - Juarez Amorim (PPS-MG)
  • Silo - Alexandre Silveira, secretário estadual de saúde (PSD-MG)
  • Solução - Maria do Rosário, deputada federal (PT-RS)
  • Soneca - Waldir Pires, (PT-BA)
  • Suíça - Rodrigo Garcia (DEM-SP)
  • Teco - Tico Lacerda (PDT-SC)
  • Timão - Andrés Sanchez, deputado federal (PT-SP)
  • Tio - Gustavo Valadares, deputado estadual (PSDB-MG)
  • Todo Feio e Cunhado - Inaldo Leitão (sem partido)
  • Trincaferro - Beto Albuquerque, deputado federal (PSB-RS)
  • Tuca - Arthur Maia, deputado federal (PPS-BA)
  • Vaqueiro - Ronaldo Caiado, senador (DEM-GO)
  • Verdinho - André Correa, deputado estadual (PSD/RJ)
  • Viagra - Jarbas Vasconcelos, deputado federal (PMDB-PE)
  • Vizinho - José Serra, senador (PSDB-SP)
  • Wanda - Antonio Andrade, vice-governador (PMDB-MG)
  • Zagueiro - Júlio Delgado, deputado federal (PSB-MG)
by medidaprovisoria.com

domingo, 9 de julho de 2017

O INTERESSANTE ESTADO DE DIREITO


Fernando Gabeira

Há coisas que não entendo no Brasil. Ou melhor, coisas que me esforço para entender. O STF, por exemplo, negou a liberdade a uma prisioneira que roubou xampu e chicletes. Mas decidiu soltar Rodrigo Rocha Loures, que recebeu a mala preta com R$ 500 mil numa pizzaria. Sou leigo e fiquei sabendo que a mulher foi mantida na prisão porque era reincidente. Provavelmente roubou um tubo de creme dental no passado e, como essas pessoas são insaciáveis, deve ter levado também a escova de dentes.
Leio no belo livro “Triste visionário”, de Lilia Moritz Schwarcz, sobre o escritor Lima Barreto, que o médico Nina Rodrigues, expoente da Escola Tropicalista Baiana, defendia no fim do século XIX que negros e brancos eram diferentes biologicamente e o Brasil precisava ter dois códigos penais. Felizmente, as ideias racistas de Nina, que conheci pelo seu trabalho pioneiro sobre a maconha, foram sepultadas. Existe apenas um código penal.
Suspeito, no entanto, que existam diferentes estados de direito. A mais generosa versão desse conceito surgiu no país quando começou a ser desmontado o gigantesco esquema de corrupção.
A Lava-Jato é responsável apenas por um terço das conduções coercitivas no país. Nunca houve problemas até que, depois da centésima experiência, a operação trouxe Lula para depor. Resultado: um grande debate nacional sobre condução coercitiva. Em 2013, o Congresso aprovou o instrumento da delação premiada. Era destinado a desarticular o crime organizado. Ninguém protestou. Ao ressurgir na Lava-Jato, a delação premiada precisou se revalidar no contexto do novo e delicado estado de direito.
Marcelo Odebrecht disse que ensinava aos seus filhos que era feio delatar. No Congresso, a delação premiada foi definida como a tortura do século XXI. E Dilma Rousseff comparou os delatores a Joaquim Silvério dos Reis, nivelando a Inconfidência Mineira ao assalto à Petrobras.
Mostrei num curto documentário como as famílias dos presos sofrem para visitar os parentes no Complexo de Bangu, às vezes, passando a noite ao relento, à espera de uma senha.
A televisão revela agora como Sérgio Cabral recebe visitas à vontade, inclusive como chegam encomendas da rua no setor onde está preso agora. Sua mulher, Adriana Ancelmo, está solta para cuidar dos filhos, e a polícia encontrou nas casas da irmã e da governanta joias escondidas por ela. Leio nos jornais que numa excursão da Escola Britânica ao exterior, o filho de Cabral foi o único a viajar na classe executiva.
Se a mulher de Cabral ajudá-lo, de novo, a roubar R$ 1 bilhão do povo do Rio, inclusive com prêmios por conceder aumento da passagem de ônibus, creio que, pela leitura da lógica do STF, irá para a cadeia. Dura lex sed lex, no cabelo só Gumex, dizia o velho anúncio. A mulher que roubou o xampu deve ser jovem, desconhece slogans publicitários do passado.
Há algum tempo, desisti de esperar uma reação previsível do Supremo. Carmem Lúcia, de vez em quando, me consola prometendo que o clamor das ruas será ouvido.
De vez em quando, sim, o clamor das ruas será ouvido. Mas o sistema politico partidário brasileiro envolve com seus tentáculos os próprios ministros do Supremo. O ubíquo Gilmar Mendes articula leis no Congresso, encontra-se com investigados, discute o preço do boi com Joesley Batista e foi padrinho da casamento de Dona Baratinha, herdeira do clã que enriqueceu cobrando caro para que o povo do Rio viaje nos seus ônibus vagabundos.
A Lava-Jato lançou a ideia de que a lei vale igualmente para todos. É uma ideia tão antiga que pronunciá-la parece apenas repetir um lugar comum. Vencemos a etapa em que o racismo teorizava um código penal para brancos e outro para negros.
Mas a realidade mostra como existe ainda um grande caminho a trilhar. A lei não é igual para todos. Ela afirma que os portadores de diploma universitário têm direito à prisão especial.
E cria uma dessas situações que talvez só possa se resolver numa peça de ficção. Nas cadeias do Rio, em condições tão distintas, os cariocas que Sérgio Cabral arruinou e o novo rico que a corrupção alimentou.
Na realidade concreta do cotidiano, é um conflito insolúvel. A lei vale para todos, contudo, entretanto,você sabe como é, estamos no Brasil, um país que, definitivamente, não tolera roubo de chicletes. Como dizem os defensores do estado de direito, vivemos o perigo de um estado policial. Hoje o chiclete, amanhã um quilo de açúcar, daqui a pouco os homens podem nos levar pelo simples desvio de um milhão de dólares.
No tempo da corrupção, éramos felizes e não sabíamos. Ninguém tinha feito delação premiada. Era possível comprar eleições em nove países do continente e, sobretudo, comprar uma Olimpíada. O complexo de vira-lata foi jogado no lixo; do pingue-pongue ao polo aquático, gritávamos: Brasil, com muito orgulho e muito amor.
Aí, chegou a polícia.

sábado, 1 de julho de 2017

Geração Y, Z, acabou… Bem vinda Geração I

post
Lucas S. Ferreira

Aproximadamente em 1980 tivemos a Geração Y (da qual faço parte), seguiu-se logo após uma tal de Geração Z, que nasceu num mundo já dominado por tecnologia e que perdura até hoje. Porém acredito que essa Geração Z tem se misturado a outra que eu gostaria de denominar de Geração I. I de Inexistente.
Nossa tecnologia criou um mundo de inexistentes apesar das milhares de formas de conexões com que nos relacionamos atualmente. Falo “relacionamos”, no inteiro sentido da palavra, porque nossas máquinas muitas vezes são mais pessoais que a pessoas que respiram ao nosso lado.
Convivemos com adolescentes e jovens hipnotizados por aparelhos de mão que dominam qualquer lugar onde eles estejam. Aparentemente o interessante é o que existe no virtual e não o que me olha nos olhos e enxuga minhas lágrimas. Apesar que em breve provavelmente nossas criações, dotadas de inteligência artificial, já estarão fazendo isso também.
A felicidade se exibe no Facebook e a satisfação pessoal se mede pelo número de curtidas que alguém recebe. Seu telefone toca ou alguém se senta ao seu lado, mas é mais interessante digitar frases rápidas com carinhas engraçadas, baseadas em nossas emoções no Whatsapp, do que viver essas mesmas reações e emoções numa vida autêntica. Preferimos um aplicativo de encontros para buscar sexo e companhia, assim como alguém escolhe meio quilo de carne moída em um açougue, isso é mais interessante do que sair de casa e ir para algum lugar na Terra e conhecer pessoas reais.
Ah! Nossa tristeza também merece postagens em redes sociais! O mundo precisa saber que eu estou triste e que estou “superando”, afinal receber frases de apoio e carinho de pessoas que mal olham na minha cara no mundo físico é muito mais interessante e prazeroso.
Nossos familiares podem morrer sentados em uma cadeira ao nosso lado, mas nossos olhos não se movem do Snapchat ou qualquer outra rede que faça com que nos esqueçamos da nossa própria vida sem graça.
Na internet somos mais legais, mais inteligentes, mais bonitos, mais queridos, mais amados, mais reconhecidos, mais apoiados, mais TUDO.
Na internet somos Inexistentes se nossa única intenção é sermos ali alguma coisa.
Somos construções daquilo que os outros desejam e num circulo virtual todos tentam se tornar o que os outros esperam. Tarefa frustrante. De repente então estamos completamente perdidos, nossa subjetividade não existe mais e sim a expectativa daquilo que eu preciso ser para o mundo.
A pergunta inconsciente dos dias atuais é: “Quem eu sou mesmo?”.
A Ansiedade é requisito hoje para a juventude que quer pertencer a algum grupo e é mais importante e exuberante se dizer que tem “Depressão”, do que dizer simplesmente que “está tudo bem”. A solidão então… esta é melhor deixar em algum canto fingindo que ela não está ali.
Geração I, Inexistente… Inexistente de realizações, de progresso como seres humanos, de objetivos, de produzir cultura, educação ou até mesmo comida. Inexistente de saber se relacionar, de empatia, de se mover.
O mundo inteiro está a disposição, mas ir até a esquina sem postar a #partiuesquina não tem graça.
Estamos cercados de tudo, mas cheios de nada.
Um surto coletivo já pode ser observado se você, é claro, tiver tempo para parar por alguns segundos e notar o que está acontecendo ao seu lado.
A Economia pode ruir e a tecnologia pode entrar em pane.
No entanto, o maior colapso será o do ser humano Inexistente de si mesmo, pois não sabe mais quem é.

A implosão da mentira



Affonso Romano de Sant'Anna


Fragmento 1

Mentiram-me. Mentiram-me ontem
e hoje mentem novamente. Mentem
de corpo e alma, completamente.
E mentem de maneira tão pungente
que acho que mentem sinceramente.
Mentem, sobretudo, impune/mente.
Não mentem tristes. Alegremente
mentem. Mentem tão nacional/mente
que acham que mentindo história afora
vão enganar a morte eterna/mente.
Mentem. Mentem e calam. Mas suas frases
falam. E desfilam de tal modo nuas
que mesmo um cego pode ver
a verdade em trapos pelas ruas.
Sei que a verdade é difícil
e para alguns é cara e escura.
Mas não se chega à verdade
pela mentira, nem à democracia
pela ditadura.

Fragmento 2

Evidente/mente a crer
nos que me mentem
uma flor nasceu em Hiroshima
e em Auschwitz havia um circo
permanente.
Mentem.
Mentem caricatural-
mente.
Mentem como a careca
mente ao pente,
mentem como a dentadura
mente ao dente,
mentem como a carroça
à besta em frente,
mentem como a doença
ao doente,
mentem clara/mente
como o espelho transparente.
Mentem deslavadamente,
como nenhuma lavadeira mente
ao ver a nódoa sobre o linho. Mentem
com a cara limpa e nas mãos
o sangue quente. Mentem
ardente/mente como um doente
em seus instantes de febre. Mentem
fabulosa/mente como o caçador que quer passar
gato por lebre. E nessa trilha de mentiras
a caça é que caça o caçador
com a armadilha.

E assim cada qual
mente industrial?mente,
mente partidária?mente,
mente incivil?mente,
mente tropical?mente,
mente incontinente?mente,
mente hereditária?mente,
mente, mente, mente.
E de tanto mentir tão brava/mente
constroem um país
de mentira
—diária/mente.

Fragmento 3

Mentem no passado. E no presente
passam a mentira a limpo. E no futuro
mentem novamente.
Mentem fazendo o sol girar
em torno à terra medieval/mente.
Por isto, desta vez, não é Galileu
quem mente.
mas o tribunal que o julga
herege/mente.
Mentem como se Colombo partindo
do Ocidente para o Oriente
pudesse descobrir de mentira
um continente.
Mentem desde Cabral, em calmaria,
viajando pelo avesso, iludindo a corrente
em curso, transformando a história do país
num acidente de percurso.

Fragmento 4

Tanta mentira assim industriada
me faz partir para o deserto
penitente/mente, ou me exilar
com Mozart musical/mente em harpas
e oboés, como um solista vegetal
que absorve a vida indiferente.
Penso nos animais que nunca mentem.
mesmo se têm um caçador à sua frente.
Penso nos pássaros
cuja verdade do canto nos toca
matinalmente.
Penso nas flores
cuja verdade das cores escorre no mel
silvestremente.
Penso no sol que morre diariamente
jorrando luz, embora
tenha a noite pela frente.

Fragmento 5

Página branca onde escrevo. Único espaço
de verdade que me resta. Onde transcrevo
o arroubo, a esperança, e onde tarde
ou cedo deposito meu espanto e medo.
Para tanta mentira só mesmo um poema
explosivo-conotativo
onde o advérbio e o adjetivo não mentem
ao substantivo
e a rima rebenta a frase
numa explosão da verdade.
E a mentira repulsiva
se não explode pra fora
pra dentro explode
implosiva.


Este poema, que foi enviado ao Releituras pelo autor, foi publicado em diversos jornais em 1980. Apesar do tempo decorrido, face aos acontecimentos políticos que vimos assistindo nesses últimos tempos, ele permanece atualíssimo.

Segundo Affonso Romano de Sant'Anna, foi publicado também em várias antologias, como "A Poesia Possível", Editora Rocco - Rio de Janeiro, 1987, "mas os leitores a toda hora pendem cópias", afirma o poeta.

Conheça o autor e sua obra visitando "Biografias".

segunda-feira, 26 de junho de 2017

O FUTURO DOS PREDADORES




25.06.2017 EM BLOG
Sempre que ligo a tevê no noticiário político, o PSDB está deixando o governo ou decidindo ficar com ele. O partido não conhece aquela teoria da dissonância cognitiva. Ela afirma que, uma vez feita uma escolha, a tendência é reforçá-la com racionalizações. Se escolhemos rosas brancas no lugar das amarelas, tendemos a ressaltar a beleza das brancas e a enfatizar os defeitos das amarelas. O PSDB ou está saindo ou ficando. Se decide ficar, faz precisamente o contrário do que acontece na dissonância cognitiva: começa a refletir sobre as vantagens de sair. No momento em que toma a decisão do desembarque, certamente vai falar muito das vantagens de ficar no governo. Enfim, parece ter uma permanente incapacidade de tomar decisões e seguir com elas.
O drama do PSDB se acentuou com as denúncias contra Aécio Neves. Sua tendência quase genética a subir no muro torna-se mais compulsiva no momento em que tem de escolher entre a Lava-Jato e o sistema político em colapso.
O interessante é observar como a existência das investigações mexe com a sorte dos partidos. O PT, por exemplo, torce para que Aécio Neves não seja preso, pois isso destruiria o argumento de que o partido é, seletivamente, perseguido. A prisão de Aécio pode tornar mais fácil a de Lula. Ambos olham com esperança para Temer, não porque o admirem e sim porque é o único com instrumentos potencialmente capazes de salvar todo mundo.
Escolha de Procurador Geral, mudanças na direção da PF — o sonho de consumo das estruturas partidárias cai nas mãos de Temer, por sua vez, preocupado com sua própria situação, sobretudo com o avanço das delações premiadas.
Janot deixa o cargo em setembro. Fala-se em corrida de delações. Ao mesmo tempo, fala-se num acordo para fixar a diferença entre receber dinheiro pelo caixa 2 sem oferecer nada em troca, ou receber em troca de favores oficiais. Quando setembro chegar, talvez termine o primeiro ato. O PSDB vai hesitar muitas vezes, os adversários políticos continuarão fingindo que não estão umbilicalmente ligados no barco que naufraga.
As raposas políticas trabalham para que Temer escolha um substituto amigo para Janot. É preciso ver como isto vai se passar na instituição, se ela se rende com sem luta, ou resiste ao lado da sociedade. Diz a imprensa que a candidata Raquel Dodge tem apoio de Sarney, Renan e Moreira Franco. Se a eleição dependesse do voto popular, esse apoio seria um abraço mortal.
Tudo é possível num país como o nosso. Surreal mas não o bastante para apagar de nossa consciência o gigantesco processo de corrupção que arruinou o país.
Terça-feira acordei em Curitiba e olhei pela janela do hotel: manhã fria, cinzenta e chuvosa. Pensei nos presos que estão por aqui. O inverno será duro para eles. E, certamente, alguns outros virão para cá.
Mas ainda assim, creio que uma fase esteja acabando. Ela não resolve nada sozinha. Mas abre a possibilidade do país enterrar o sistema politico partidário, buscar algo novo, ainda que questionável, como fizeram os franceses, por exemplo.
O esforço de Sarney, Renan, Moreira e outras raposas do PMDB para deter o curso das mudanças é patético.
Pessoalmente não acredito que uma procuradora de alto nível iria se prestar ao papel histórico de se tornar cúmplice da quadrilha que mantém o país oficial na lata do lixo.
Quando setembro chegar, com o ritmo intenso dos acontecimentos, o perigo de um retrocesso talvez já não esteja no ar. Qualquer substituto, minimamente decente, terá de concluir o trabalho já feito. Muitos fatos ainda devem ser desvendados. Algumas delações devem ajudar. Não creio que a de Eduardo Cunha possa ser uma delas. Cada vez que se fala em sua provável delação, é possível que ele enriqueça mais, vendendo o silêncio, inclusive para inocentes.
Mas a carta de Cunha revela uma reunião entre ele, Lula e Joesley que o dono da Friboi não mencionou sua delação premiada. Isso reforça a suspeita de que Joesley esteja escondendo jogo.
Semanas favoráveis, semanas negativas, semanas no muro, tempo vai se passando, as ruínas do velho sistema político partidário se acumulam. No entanto, o debate sobre a renovação ainda não ocupa o espaço merecido.
Com os dados que temos, é possível que as instituições que sobrevivem realizando seu trabalho e a sociedade que as apoia saiam vitoriosas dessa luta.
De nada adiantará essa vitória se não houver uma alternativa de mudança. Nem todos os bandidos serão presos e a força da inércia pode trazê-los de novo ao topo da cadeia alimentar. Eles comem, anualmente, cerca de dois por cento do PIB.
Por que mantê-los, sobretudo agora que estão se desintegrando? O preço do silêncio e da indiferença pode nos levar a perder uma nova chance de tirar o Brasil do buraco.
Artigo publicado no Segundo Caderno do Globo em 25/06/2017

sexta-feira, 23 de junho de 2017

Amor na Net

Virtuais
Beijos
Eletrônicos
Digitados
Impressos
Na tela que mostra
Essas Bocas
Sem língua
Nem gosto
Sem rosto
Nem lábio
Amor
Cibernético
Que inventa
Suores
Em CORES
E gritos
Sem dores
E coitos
Sem tato
E corpos
Sem alma
Sem calma
Sem nada
Paixão
Digital
Animal
Que ri
Da razão
Fincando
 Raízes
Gerando
O ensejo
Criando o desejo
De que o beijo
Seja Lábio
E tenha vida
De que a Boca
Seja Rosto
E tenha Gosto
De que o Grito
Seja Coito
E cante um Hino
E que o Tato
Seja Corpo
E mostre a Alma...

                           

 
 

terça-feira, 6 de junho de 2017

O que é Agorafobia



Agorafobia (do grego ágora - assembleia; reunião de pessoas; multidão + phobos - medo) é originalmente o medo de estar em espaços abertos ou no meio de uma multidão. Em realidade, o agorafóbico teme a multidão pelo medo de que não possa sair do meio dela caso se sinta mal e não pelo medo da multidão em si. Muitas vezes é sequela de transtorno do pânico. Quando o medo surge é difícil saber se está se tendo um ataque de pânico ou agorafobia, porque ambos têm quase os mesmos sintomas.

A agorafobia poderia ser traduzida mais precisamente como o medo de ter medo. É a ansiedade associada a essa perturbação, classificada como antecipatória, já que se baseia no medo de se sentir mal e não poder chegar a um hospital ou obter socorro com facilidade. A antecipação da sensação de mal-estar é tão intensa que pode originar um episódio de pânico. É uma perturbação marcada por um estado de ansiedade exacerbada, que aparece sempre que a pessoa se encontra em locais ou situações dos quais seria difícil sair caso se sentisse mal (túneis, pontes, grandes avenidas, ônibus lotados, trens, barcos, festas, ajuntamentos de pessoas etc.).

Diferentemente da maior parte das pessoas, que sequer se preocupa com esse tipo de coisas, o agorafóbico não consegue desvincular-se dessas crenças irracionais, o que pode levar a comportamentos de fuga em relação a situações potencialmente ameaçadoras (ir a cinemas, concertos, centros comerciais etc.), limitando cada vez mais a sua qualidade de vida.

No clímax do problema, tais pessoas só se sentem verdadeiramente bem em casa (de preferência, acompanhadas) ou no seu carro – por ser visto como um prolongamento do lar por funcionar como um meio rápido para lá chegar, em caso de aflição. O agravamento da situação condiciona de forma brutal o quotidiano dessas pessoas. Atividades simples como ir ao supermercado, ao cabeleireiro ou ao ginásio deixarão de poder ser concretizadas sem acompanhamento, visto que o agorafóbico tenderá a pensar “E se eu me sentir mal, quem é que vai estar lá para me ajudar?”.

Esse isolamento progressivo faz com que alguns casos de agorafobia se confundam com situações de fobia social. Mas tais perturbações são diferentes. Por exemplo, uma pessoa que sofre de fobia social teme entrar num local público porque receia que todos fiquem olhando para si (medo do julgamento das pessoas). Assim, até pode conseguir frequentar esses espaços, mas esforçar-se-á por passar despercebida, sem ser notada.

Pelo contrário, o agorafóbico não teme ser avaliado pelas pessoas que frequentam aquele espaço – ele teme não ter a quem recorrer caso se sinta mal. Do mesmo modo, tais pessoas podem desenvolver o medo de andar de elevador, dando vazão à claustrofobia, que é outra manifestação possível da agorafobia.

Tal como acontece noutras perturbações, os comportamentos fóbicos podem existir em níveis variáveis de pessoa para pessoa, pelo que nem sempre é necessário recorrer à ajuda especializada. Algumas pessoas poderão identificar-se com pequenos indícios das manifestações descritas anteriormente, sem que isso implique que possam ser rotuladas de agorafóbicas.

O mais importante passa por identificar quaisquer comportamentos de fuga que estejam a condicionar o seu dia-a-dia e tentar vencê-los, até que praticamente desapareçam - o que pode ocorrer. Enfrentar pouco a pouco esse medo infundado é o caminho para vencer a agorafobia (através do auto-entendimento de como se processa essa fobia), além de se lançar mão dos medicamentos disponíveis, como ansiolíticos e antidepressivos.

Wikipédia

Você sabe o que é a síndrome do pânico?


© Fornecido por eCycle síndrome do pânico

Síndrome do pânico, ou transtorno de pânico, é uma condição caracterizada por crises abruptas e inesperadas de medo e desespero de maneira recorrente e regular. Os sinais mais aparentes são coração disparado, falta de ar e suor abundante, levando muitos pacientes a confundirem o ataque com um ataque cardíaco.

A síndrome do pânico é mais comum do que se pensa. No Brasil, estima-se que 1% da população tem a condição e 5% dos brasileiros relata já ter tido um ataque de pânico.

É importante ressaltar que ansiedade é uma parte natural da vida e até saudável. O transtorno do pânico, no entanto, é caracterizado pela forma abrupta e recorrente com que acontece. Alguém com a condição pode tê-los regularmente e a qualquer momento, o que pode agravar a ansiedade.

Ataques de pânico

Apesar de serem assustadores e intensos, eles não são perigosos. Os sintomas variam de acordo com a pessoa, mas eles são, em grande parte:

Náusea
Sudorese
Tremores
Dificuldade de respirar
Tontura
Formigamento
Sensação de morte iminente
Palpitações.



Causas

A causa pode não ser específica. Geralmente é considerada uma combinação de fatores físicos e psicológicos.

Segundo a Mayo Clinic, alguns dos fatores que podem levar ao transtorno do pânico são

Genéticos
Eventos traumáticos
Estresse
Temperamento sensível ou suscetível a emoções negativas
Mudanças na função cerebral


Ataques de pânico podem começar subitamente e sem aviso, mas com o tempo percebe-se que eles são engatilhados por certas situações. Identificar os gatilhos pode ajudar no tratamento e redução dos ataques.

Tratamento

Não existe uma cura, o objetivo é reduzir o número de ataques e diminuir sua severidade. Para isso, a recomendação envolve acompanhamento psicológico e medicação.

É muito importante procurar ajuda médica assim que possível. O tratamento é muito mais eficaz quando o diagnóstico é feito nas etapas iniciais.

Quando não tratado, o transtorno de pânico pode levar o paciente ao isolamento e até ao desenvolvimento de outras condições, como a agorafobia.

Considerações

Existem certas medidas que podem ajudar a amenizar e reduzir a intensidade dos ataques.

Encontre uma área segura

Como é difícil determinar a duração dos ataques, encontre um lugar seguro em que você possa ficar sozinho.

Se você estiver dirigindo, encoste o carro em uma área segura.

Aceite o ataque de pânico

O primeiro ataque de pânico é o mais assustador, pois a pessoa não sabe o que está acontecendo no momento. No entanto, conforme eles se repetem, você passa a aprender como controlá-los melhor. Por isso, não resista ao ataque, isso pode agravá-lo e aumentar a ansiedade e o pânico. Por isso, assegure-se que o ataque não apresenta uma ameaça para sua vida e que ele irá passar.

Alguns especialistas indicam ter um mantra pessoal que possa confortar a pessoa no momento do ataque. Frases como “vou ficar bem” “vai passar” são muito usadas.

Foco

Durante um episódio de pânico a mente tem a tendência de ser carregada de pensamentos e sensações assustadores. Concentre o seu foco em algo, isso divergirá sua atenção dos pensamentos e ajudará a acalmar sua respiração. Foque nos tempo passando em seu relógio, a respiração do seu animal, dite os números da tabuada do sete... Ou o que for melhor para você.

Acalme sua respiração

É um instinto acelerar a respiração em momentos de pânico. Tente focar nela. Pode parecer que seu pulmão não é capaz de suportar oxigênio, mas respirar rápido demais pode agravar a situação. Respire profunda e lentamente e conte até três em casa respiração.

Existem aplicativos de respiração para momentos como esse, eles simulam a respiração e facilitam que ela seja reproduzida pelo usuário.


Confira o vídeo. Nele, a audiência deve respirar conforme as formas se expandem e diminuem.

Ter uma alimentação saudável

Pode não parecer ter relação, mas uma dieta frequente e balanceada garante níveis normais de glicemia no sangue. Nunca fique sem comer por mais de quatro horas e evite café ou qualquer outra substância energizante.


Fontes: NHS, Drauzio Varella, Mayo Clinic e
Medical News Today

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