terça-feira, 21 de abril de 2015

Primeira Vitória de Ayrton Senna na F1 Foi há 30 Anos em Portugal

VASCO GARCIA

Blastingnews - pt.blastingnews.com

Numa corrida marcada pela chuva, Senna liderou de início ao fim e entrou para a história da Fórmula 1.


Senna celebrou efusivamente a vitória

A primeira vitória de Ayrton Senna na Fórmula 1 chegou no Grande Prémio de Portugal no dia 21 de Abril de 1985, há precisamente 30 anos. A corrida foi muito complicada e teve a chuva como protagonista. Não foi uma vitória qualquer. Foi uma exibição como poucas vezes se viu de um piloto que é uma lenda.



Depois da estreia na F1, pelas mãos da Toleman, a Lotus não demorou a contratar Senna. Desde 1982 que a equipa não conseguia um triunfo e colocava todas as suas esperanças naquele jovem brasileiro que tanta expectativa despertava. Na primeira corrida da época, a vitória foi paraAlain Prost e o seu McLaren TAG, que se viria a sagrar campeão.
Para a segunda prova, o circo deslocou-se até ao autódromo do Estoril, onde tinha terminado a temporada anterior. O fim-de-semana arrancou bem para Senna, que garantiu a pole-position, à frente de Prost eRosberg. Mas os problemas começaram logo no warm-up, com uma rotura do motor. Fuma rotura repentina e violenta e foi necessário refazer toda a parte posterior doi o bólide nas poucas horas que faltavam para a partida. Ainda não tinha começado a chover. Um frustrado Ayrton Senna esperou sentado, pacientemente, que os mecânicos corrigissem os muitos problemas.

Com a chuva a inundar a pista a cada minuto, o diretor de corrida, Luís Salles Grade, decidiu dar dez minutos extra de preparação, para que os pilotos se ajustassem às duras condições da pista. Com o carro arranjado, o brasileiro saiu das boxes "a pisar ovos", segundo as suas próprias palavras. Senna nunca tinha feito nenhum treino com chuva, nem com o seu Lotus 97T, nem com os pneus Goodyear.

Mantendo-se na frente após a partida, Ayrton tinha a vantagem de uma visibilidade quase normal, sem levar com a água levantada pelos pneus de chuva. Foi ganhando uma média de um segundo e meio por volta e manteve-se sempre na liderança, melhorando consecutivamente a volta rápida. Depois de 10 voltas, a vantagem era de mais de 12 segundos e continuava a subir. Lá atrás, os outros candidatos iam fazendo erros atrás de erros. PatreseBerger, Rosberg e Prost, entre outros, ficaram fora de corrida.

Enquanto Senna continuava líder, a chuva tornou-se mais intensa. Tanto que o próprio brasileiro começou a indicar que o melhor seria parar a corrida, uma vez que a pista estava muito perigosa. Hoje em dia, talvez nem tivesse começado. Ante a reposta negativa do director de corrida, Ayrton continuou até ao limite regulamentar das duas horas, que chegou quando se cumpriam 67 das 69 voltas. Senna ganhou liderando a prova do início ao fim, com mais de um minuto de vantagem sobre o Ferrari deAlboreto. O italiano foi o único dos oito pilotos que terminaram a corrida que não dobrou o génio brasileiro. Poderia ter havido uma dobradinha para a Lotus Renault, mas De Angelis teve um rebentamento de pneu e acabou em quarto.



A grande estrela do dia foi Ayrton Senna. Peter Warr não conseguiu conter a sua euforia no fim da prova. O próprio Senna batia com tanta força no volante ao passar pela meta que quase saiu de pista, já sem cinto de segurança, tal era a emoção pela histórica e inédita vitória. Ao sair do carro, o brasileiro foi directamente dar um beijo ao pai, que estava debaixo da torre de direcção de corrida. Assim, a Lotus, sob o comando de Peter Warr e mãos de Senna ao volante, voltou às vitórias, o que não acontecia desde a Áustria em 1982. O bólide desenhado por Gerard Ducarouge entrou para a história da Lotus e Ayrton Senna entrou para a história da Fórmula 1.


Peter Warr, chefe da equipe Lotus-Renault, eufórico com a vitória de Ayrton Senna


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Há 30 anos, Senna conquistava a sua primeira vitória na F-

Folha de SP 
DE SÃO PAULO


Àquela altura, a primeira vitória de Ayrton Senna parecia ser apenas questão de tempo para o mundo da F-1.

Mas poucos podiam imaginar que ela aconteceria naquele 21 de abril de 1985, num GP de Portugal marcado pela chuva. Mais que isso, da maneira como o piloto brasileiro, então em sua segunda temporada na categoria, foi tão superior aos adversários.

"Quando começou a chover naquele dia, imaginei que Ayrton pudesse ir bem porque em Mônaco, no ano anterior, ele havia dado um show na chuva", relembra a jornalista alemã Karin Sturm, do "Tagesspiegel", de Berlim, que cobria seu terceiro Mundial de F-1 naquele ano.

Em sua 16ª corrida no Mundial, a segunda pela Lotus, Senna largava na pole position pela primeira vez em sua carreira naquele domingo, no circuito de Estoril.

Apesar de a classificação ter sido disputada com a pista seca, o domingo em Portugal começou com chuva. Naquele dia, a corrida, a segunda etapa do Mundial de 1985, atrasou. Mas por conta de um motivo ao menos curioso.

O piloto brasileiro Ayrton Senna, pela Lotus, acena durante a sua primeira vitória na F-1, em 1985

"Havia uma antiga disputa entre o governo e a proprietária do autódromo. Como o governo havia dado dinheiro ao circuito para as reformas, mudou o nome do local para Autódromo do Estoril", relembra o jornalista português Luis Vasconcelos, da Formula Press, que naquele 21 de abril estava na pista como fã.

"Mas, no dia da prova, a proprietária da pista afirmou que não haveria corrida se seu nome não voltasse a ser pintado no prédio principal. Eles então chamaram um pintor às pressas, que apagou o 'do Estoril' e substituiu por Fernanda Pires da Silva. Por conta disso a corrida atrasou uns 40 minutos pelo menos."

Após a largada, Senna começou a dar seu show com pista molhada. Um a um, ultrapassou todos os adversários, à exceção do ferrarista Michele Alboreto, que terminou a prova em segundo.

"Naquela época trabalhava como fotógrafo e jornalista e lembro de estar na primeira curva naquele domingo. Lembro daquela imagem que parecia uma visão. Todo o spray de água subindo e a Lotus preta do Ayrton surgindo, ultrapassando todos os carros. Foi sensacional", relembra o norte-americano Dan Knutson, hoje repórter da revista "Speed Sport".

A primeira vitória veio e, naquele ano, acompanhada de apenas uma mais, na Bélgica. Abriria caminho para a ida de Senna para a McLaren, dois anos depois, e seria apenas a primeira de 41 nos dez anos em que o piloto brasileiro esteve na F-1 –Michael Schumacher é o maior ganhador, com 91 triunfos, seguido por Alain Prost, dono de 51.

"Era claro desde o início que Senna tinha algo especial. Era uma mistura de personalidade e dedicação. Havia uma aura diferente. Sua passagem pela F-1 sem dúvida mudou o esporte. Foi quase como se trouxesse um olhar científico ao esporte, sem perder a sensibilidade", diz o jornalistaFredrik af Petersens, do Bilsport, da Suécia, que estava em Estoril.

Para o fotógrafo suíço Jad Sherif, que acompanhou a carreira do tricampeão, Senna tinha "uma luz diferente".

"Se você colocasse qualquer piloto contra um mesmo fundo branco e ajustasse sua câmera, não precisava mudar a regulagem para nenhum. Senna era a exceção. Ele tinha um brilho que não se pode explicar com palavras."

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Melhor vitória de Senna - segundo ele mesmo - completa 30 anos

Julianne Cerasoli
Do UOL,

Ayrton Senna festeja sua primeira vitória na Fórmula 1, em 21 de abril de 1985

Esqueça a aula de pilotagem na chuva em Donington Park em 1993. Ou a sofrida conquista no GP do Brasil de 1991. A vitória que o próprioAyrton Senna considerava a sua melhor na Fórmula 1 faz 30 anos hoje.

E foi logo a primeira de suas 41, conquistada sob forte chuva no GP de Portugal de 1985, dia 21 de abril, quando o tricampeão ainda estava em sua segunda temporada na Fórmula 1 e corria pela Lotus. Quem garante o lugar especial que o triunfo tinha na memória de Senna é o jornalista inglês Nigel Roebuck, um dos poucos que estava cobrindo a prova no Estoril e que segue acompanhando o 'circo' até hoje.

"Quando perguntei a Ayrton se a vitória de Donington [em que foi de quinto a primeiro na primeira volta e venceu com 1min23 para o segundo colocado] havia sido sua melhor, ele disse: 'Não! Claro que aquela foi boa, e não foi fácil – mas não foi como Portugal em 1985. Em Donington eu tinha um [motor] Cosworth, mas em Estoril tinha o Renault turbo – era muito mais potência! Mas a maior diferença é que agora temos controle de tração, e naquela época não...'", lembrou o jornalista ao UOL Esporte.

"Eu poderia entender por que a vitória do Estoril na Lotus-Renault era tão importante para ele. Não foram muitas pessoas que estiveram lá para assistir, mas foi um daqueles dias em que todos tinham certeza, mesmo durante a prova, que estávamos assistindo a uma corrida destinada a construir uma lenda", defende Roebuck. "Assisti à prova na primeira curva com Denis Jenkinson [um dos jornalistas mais respeitados da época] e lembro como ele estava exultante quando Senna cruzou a linha de chegada: 'É um novo Villeneuve, não é? Um piloto que sempre está à frente de seu carro'", comparou. Gilles Villeneuve, lenda da Ferrari entre os anos 1970 e 1980, era conhecido pela agressividade.

"Algum tempo depois eu mencionei isso a Ayrton, e ele ficou muito grato com a comparação com Gilles. 'Mas não estava sempre à frente do carro. As condições estavam tão ruins que as curvas estavam mudando, volta após volta, e às vezes o carro está me conduzindo'", revelou o brasileiro.

Dilúvio em Portugal
De fato, o GP da primeira vitória de Senna ficou marcada pelas péssimas condições de pista, que pegaram vários pilotos de surpresa. Era a segunda corrida do campeonato – e a segunda prova do brasileiro pela Lotus, depois de ter feito sua temporada de estreia na Toleman.

Ayrton largava pela primeira vez na pole position – o que se tornaria de praxe naquele ano, em que foi o primeiro na classificação em sete oportunidades – e a chuva começou a cair ainda antes da largada, após todas as sessões anteriores serem disputadas com pista seca. "Nos tempos de hoje as condições eram tão ruins que a corrida provavelmente começaria com Safety Car, mas na época nem se pensava nisso", compara Roebuck.

Senna conseguiu sair bem e foi aumentando sua vantagem na ponta enquanto os rivais sofriam – no final da segunda volta já tinha 3s de distância para o segundo colocado. A água era tanta que, depois de 16 voltas, Jacques Laffite parou sua Ligier dizendo que o carro era inguiável em tais condições, e Nelson Piquet chegou a parar no box para colocar um macacão seco antes de também abandonar: os pneus Pirelli da Brabham do brasileiro não tinham um bom rendimento na pista. "Dentro do carro eu estava amaldiçoando Bernie [Ecclestone, chefe da equipe] por ter aceitado o dinheiro da Pirelli", revelaria o piloto. Em determinado momento, até Senna passou a gesticular no carro, pedindo o fim da prova.

À medida que a chuva ia piorando, contudo, o brasileiro ia abrindo mais na ponta e mais rivais ficavam pelo caminho. Keke Rosberg, da Williams, e Alain Prost, da McLaren, bateram na caça ao brasileiro, que abriu meio minuto depois de 30 voltas. A prova seria encerrada no limite de 2h, duas voltas antes do fim, com Senna batendo Michele Alboretopor 1min02s978. Assim, fez um grand chelem – pole, volta mais rápida, vitória liderando todas as voltas da corrida - logo na primeira conquista da carreira.

"Foi sorte"
Mas o que poderia ser visto como uma pilotagem de outro mundo foi diminuída por Senna, então com 25 anos. O que ele consideraria sua melhor vitória nos anos seguintes não lhe pareceu tão fenomenal logo após a bandeirada. "O maior perigo era que as condições mudavam o tempo todo. Ás vezes a chuva apertava muito, às vezes nem tanto. Não conseguia ver nada atrás de mim. Era difícil até manter o carro na reta e certamente a corrida poderia ter sido paralisada. Em um momento eu quase rodei na frente dos pits, como Prost", revelou.

"As pessoas estão dizendo que não cometi erros, mas não têm ideia de quantas vezes eu saí da pista! Em certo momento estava com as quatro rodas na grama, tinha perdido o controle... mas de certa forma o carro voltou para o circuito. Todos disseram 'que controle fantástico' mas foi só sorte – e sorte, também, que isso não apareceu na TV", brincou.

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Há 30 anos, a primeira vitória de Ayrton Senna na Fórmula 

Por Marcos Júnior -
Terceiro Tempo 

Há exatos 30 anos, em 21 de abril de 1985, Ayrton Senna vencia sua primeira corrida na Fórmula 1, no GP de Portugal, sob chuva.

Após uma temporada de estreia marcante no ano anterior, pela Toleman-Hart, Senna fazia sua segunda corrida pela Lotus-Renault, e largava na pole pela primeira vez.

Vale salientar que a pole de Ayrton Senna, então com 25 anos de idade, foi conquistada em piso seco, em 1min21s007.

Assim como no GP de Mônaco de 1984, quando fez uma brilhante corrida na chuva e terminou em 2º lugar, Senna enfrentou pista molhada no traçado de Estoril.

Com Alain Prost (McLaren-TAG/Porsche) ao seu lado, Senna largou bem e manteve a liderança, seguido por Elio de Angelis, seu companheiro de equipe, que saltou da quarta para segunda colocação.

Senna dominou a prova. Foi o mais rápido em todos os treinos, venceu de ponta a ponta e ainda fez a volta mais rápida, em 1min44s121.

O motor Renault turbo de sua Lotus tinha um problema crônico de consumo de combustível, mas o ritmo mais lento da corrida, finalizada em pouco mais de duas horas, permitiu que o brasileiro tivesse uma jornada sossegada nesse quesito.

Exímio em piso molhado, Senna completou as 67 das 69 voltas previstas com a assombrosa vantagem de 1min02s978 sobre o segundo colocado, o italiano Michele Alboreto (Ferrari), assim como o brasileiro, falecido em um acidente pela American Le Mans Series, com Audi R8, no circuito alemão de Lausitzring.

O francês Patrick Tambay, da Renault, completou o pódio em terceiro, a uma volta do brasileiro.

O outro brasileiro na prova, Nelson Piquet (Brabham-BMW), largou em décimo e abandonou na 28ª volta, com problema de pneus.

Foi uma prova de muitos abandonos. Dos 26 carros que largaram, apenas nove concluíram.

"Vai andando forte o garoto Ayrton Senna", foi uma das frases de Galvão Bueno durante a transmissão que você pode acompanhar abaixo, na íntegra, com comentários de Reginaldo Leme:




Amplo domínio de Ayrton Senna em sua primeira vitória na Fórmula 1, pela Lotus-Renault. Brasileiro terminou com mais de um minuto de vantagem para o segundo colocado, o italiano Michele Alboreto, da Ferrari. Senna desafivelou o cinto de segurança logo após cruzar a linha de chegada. Foto: Divulgação


Peter Warr, então chefe da Lotus, recebe Senna na área atrás dos boxes do circuito do Estoril. Foto: Divulgação

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Há 30 anos, Senna conquistava primeira vitória na F1 no mesmo dia da morte de Tancredo Neves


Grande Prêmio 

Em um 21 de abril como hoje, 30 anos atrás, Ayrton Senna passeou na chuva torrencial do Estoril para vencer o GP de Portugal e sua primeira corrida na F1. Ali, no que veio a ser o dia da morte do primeiro presidente civil eleito pós-anos de chumbo, Tancredo Neves, Senna começou seu legado na F1 e no Brasil

WARM UP
PEDRO HENRIQUE MARUM, do Rio de Janeiro


Era um 21 de abril como hoje, em 1985. Um início de tarde com chuva torrencial no Estoril, e a F1 estava prestes a largar para o GP de Portugal. No Brasil, alguma expectativa. Um jovem piloto, apenas em seu segundo ano na F1, primeiro numa equipe que dava a ele mais chances de andar nas posições frontais, debutava na pole-position de um GP.

Conforme a chuva apertava e a pista portuguesa dificultava mais, com um desenho que fazia a água escorrer para algumas partes do traçado, as coisas pareciam ser niveladas, favorecendo o jovem piloto da Lotus,Ayrton Senna. Especialmente quando puxava-se a memória para o GP de Mônaco do ano anterior, onde Senna barbarizou com a Toleman também na chuva.

No entanto, o torcedor brasileiro regular esperava mais que o resultado de uma corrida na F1. A conquista, então recente, de ter um presidente civil como comandante-chefe pela primeira vez desde o Golpe Militar de 1964, se tornou rapidamente um pesadelo. Eleito em janeiro de 1985,Tancredo Neves se viu em graves problemas de saúde. Um tumor no intestino, que escondeu por receio do pavor que a palavra 'câncer' pudesse causar, especialmente quando a sombra dos militares ainda era muito forte e a posse ainda não era certeza. Embora tenha arquitetado todo um plano para se certificar de que a faixa presidencial chegasse às suas mãos, Tancredo sequer pôde ser empossado, ficando essa obrigação com o vice de sua chapa, José Sarney. E embora as semanas de Tancredo no hospital, primeiro no Distrito Federal e depois em São Paulo, fossem acumulando, o presidente eleito não estava ficando melhor.

Mas aquilo ficou para trás por alguns momentos. No Estoril, na chuva e todas as adversidades que um dia daqueles podia representar a um piloto, Senna largava na frente e abria. Atrás dele, Elio de Angelis, seu companheiro de Lotus, tomava a segunda posição de Alain Prost e Keke Rosberg na largada.

Foi uma prova inegavelmente divertida. Os pegas entre Nelson Piquet - com uma Brabham que não roncava tão alto em 1985 -, Riccardo Patrese e Stefan Johansson, entre de Angelis e Prost, por exemplo, deram à corrida um quê de emoção. Claro, as quebras também eram potencializadas com a chuva, bem como os erros.

Ayrton Senna comemora a vitória no GP de Portugal de 1985 (Foto: Reprodução/Twitter)

E não fosse por esses pegas, não teria a menor emoção para quem não fosse ou estivesse torcendo por Senna. No volante da Lotus #12, Ayrton abriu, abriu e abriu mais um pouco. E nessa deu volta em quase todos na pista. Apenas o segundo colocado, Michele Alboreto, então na Ferrari, ficou incólume.

A lista de momentos históricos para o Brasil em dias 21 de abril não cessa assim, tão rápido. Em todo o território nacional o dia é feriado. Uma homenagem ao primeiro - e talvez maior - grande personagem do qual o país se orgulha. Foi em um 21 de abril que Joaquim José da Silva Xavier, Tiradentes, foi enforcado no Rio de Janeiro. O único membro da Inconfidência Mineira a assumir total responsabilidade pelo movimento que visava fazer da Capitania de Minas Gerais - revoltada pelos impostos abusivos, a capitação, da Coroa Portuguesa, como a Derrama e o Quinto - uma república independente de Portugal. O ano era 1792, ainda 16 antes da Família Real desembarcar no Brasil e mostrar algum apreço pela Colônia.

Um pulo no tempo até 1960. E em outro 21 de abril, o país ganhou sua nova capital federal. Brasília foi inaugurada pelo presidente Juscelino Kubitschek. Não que interiorizar a capital do Brasil fosse novidade. José Bonifácio, o 'Patriarca da Independência', falava na futura Brasília na época da independência brasileira. Mas foi JK - e seu Plano de Metas - quem tirou a antiga ideia do papel. O Plano Piloto de Brasília acabou por ser desenvolvido por Lucio Costa com projetos arquitetônicos ambiciosos do gênio Oscar Niemeyer.

Então, em 1985, Senna cruzou a linha de chegada. Ainda não tinha o 'Ayrton Senna do Brasil' de Galvão Bueno, que se tornaria o apelido com que o narrador exaltava o piloto ao cruzar a linha de largada na parte áurea da carreira. Existia o tema da vitória e seu 'tã tã tã', mas ainda não era identificado tão intrinsecamente a Ayrton como se tornaria. Era, então, apenas uma vitória convincente, quase brilhante, de um jovem atleta com muita gasolina no tanque.

Mas, hoje, olhando em retrospectiva, a vitória no Estoril em 1985 é muito mais do que mais uma das vitórias. Num momento em que a vida do primeiro presidente civil pós-ditadura escapava de suas mãos, e a nação se via mais uma vez atingida no âmago, Senna apareceu, venceu e mostrou ao mundo que seria mais do que um outro. Aos berros, Galvão dizia como a F1 falava do "talento fantástico e da incrível capacidade de conduzir um automóvel" do 'garoto' Senna, que fazia uma festa ímpar de dentro do cockpit do carro da Lotus.

O dia 21 de abril de 1985 terminaria com uma cobertura extensa dos veículos de comunicação brasileiros. No fim da noite, num plantão do 'Fantástico', o então porta-voz da presidência, Antônio Britto, anunciou que, aos 75 anos de idade, Tancredo Neves morrera vítima de uma infecção generalizada.

Talvez por isso a memória de Senna ainda seja tão viva hoje, 21 anos após sua morte. Por vencer e aparecer com uma força dominante quando tanta gente no país precisava encontrar um motivo para torcer e confiar que daria certo. Não que Tancredo fosse um herói unânime, amado por todos. Era um articulador político inteligente, mas chamava a ditadura de revolução. Não era um ídolo inconteste. Mas era a porta de saída vista pelo povo aos anos de chumbo e a ignorância dos homens fardados. E quando o país se via no direito de ser órfão de um personagem tão peculiar, Senna apareceu. E se não para isso, para que serve os grandes do esporte?

E nos anos Sarney que se seguiram, com o Brasil numa espiral da morte na economia – com a inflação chegando a quase 400% e planos econômicos tão mirabolantes quando fracassados -, assim como nos anos Collor de congelamento e impeachment, e sem respaldo no futebol, Ayrton vencia e tinha a habilidade de falar o que os torcedores queriam ouvir. Tornava-se um dos grandes da F1 e um motivo pelo qual muita gente tinha para se orgulhar de bater no peito e dizer que era Brasil. Faça o juízo de valor que quiser de Senna, pouco vai mudar na relação de adoração que tanta gente, velhas e jovens e de todos os credos e raças, têm com ele.

E todo esse legado começou naquele dia de abril de 1985, no Estoril.


FONTE PESQUISADA


MARUM, Pedro Henrique. Há 30 anos, Senna conquistava primeira vitória na F1 no mesmo dia da morte de Tancredo Neves. Disponível em: . Acesso em: 21 de abril 2015.
























Ovelhas negras, ovelhas brancas



Stálin era um visionário: na sua paranoia criminosa, ele conseguiu apagar de fotos "oficiais" os inimigos reais (ou imaginários) da sua estimável ditadura muitos anos antes do Photoshop ser inventado.

Mas não só: com igual engenho, ele próprio aparecia em fotos decisivas, sobretudo na companhia de Lênin, como forma de mostrar ao povo soviético quem era o verdadeiro herdeiro bolchevique (tradução: era ele, e não Trótski).
Passou quase um século. Mas a tentação de "apagar" o passado não larga certas cabeças com deficit de liberdade.

Um caso aparentemente menor mostra como: leio na virtualíssima "Slate" que Ben Affleck, um conhecido ator e "liberal" americano ("liberal" no sentido esquerdista do termo), pediu à PBS (televisão pública norte-americana) que um fato da sua família não fosse incluído no documentário "Finding Your Roots" ("encontrando suas raízes").

O referido documentário, da autoria de Henry Louis Gates Jr., procura revelar ao mundo quem eram os antepassados de várias figuras públicas. E um dos antepassados de Ben Affleck era –ó miséria das misérias!– um proprietário de escravos.

Affleck, depois de um presumível achaque nervoso, pediu à PBS para apagar essa nódoa. A PBS, em grande gesto deontológico que só honra o jornalismo, concordou. Primeiro, porque o antepassado escravocrata de Affleck "não era má pessoa", disse o autor do programa (sem rir).

E, depois, porque Affleck tinha nomes mais interessantes no cardápio –generais, ativistas dos direitos humanos etc.– que não comprometiam a canonização do ator. Para que sujar essa canonização com a ovelha negra, ou branca, da família?
O caso é primoroso porque mostra duas coisas sobre a cabeça de um ator que gosta de debitar grandes lições de moralidade sobre os outros –mas que abomina os espelhos que tem em casa.
A primeira lição é a incorrigível ignorância que existe nessa cabeça: qualquer cidadão de um país com passado escravocrata pode ter antepassados pouco recomendáveis. Os Estados Unidos são um caso.

Portugal seria outro: nunca fiz uma história genealógica da família. Falta de interesse, de tempo, ou ambos. Mas não me espantaria que, nos séculos 16 ou 17, houvesse por lá um Coutinho qualquer que, depois de comprar escravos na África (normalmente de um vendedor negro, que os capturava nas profundezas da selva para os vender na costa), os transportasse depois para as plantações do Novo Mundo.

A ideia de que eu, nascido em 1976, sou responsável por eventuais crimes cometidos por antepassados 300 ou 400 anos atrás só faz sentido na cabeça analfabeta de Ben Affleck.

Confrontado com um antepassado escravocrata, bastava que Affleck usasse algum humor ("felizmente, não o conheci") para que o assunto ficasse encerrado.
Só que "humor" é palavra interdita para um moralista. E esta é a segunda lição: se o caso não servisse para fazer piada, Affleck poderia sempre pedir "perdão" pelos crimes alheios, mantendo o seu halo de santidade.

Essa atitude, aliás, tem sido moda no Ocidente desde que Bill Clinton pediu desculpa pela escravatura; Tony Blair pelas fomes da Irlanda no século 19; ou até João Paulo 2º pelas Cruzadas.

As consciências progressistas sempre aplaudiram essas expiações anacrônicas, talvez por imaginarem que, hoje, ano da graça de 2015, a nossa imaculada conduta jamais será reprovada por quem viver em 2215.

O problema é que, nos Estados Unidos, pedir desculpas não chega. E o milionário Ben Affleck poderia ser confrontado com a indústria das reparações, que nos últimos anos tem exigido quantias exorbitantes à República americana pelos crimes da escravatura.

Perante todos esses dilemas, o que fez Affleck? Simples: para proteger a hipocrisia da imagem (e o recheio da carteira), pediu o exato tipo de censura que ele é sempre o primeiro a condenar. E como sabemos disso?

Ironia final: porque o pedido de censura de Affleck foi revelado pelo WikiLeaks, essa nobre instituição que é o sonho úmido de qualquer "liberal" que se preze.
Não há maior escravidão que esta: sermos vítimas da nossa própria vaidade e estupidez. 

http://www1.folha.uol.com.br/colunas/joaopereiracoutinho/2015/04/1619121-ovelhas-negras-ovelhas-brancas.shtml#_=_

sábado, 18 de abril de 2015

‘Chuva de minhocas’ na Noruega intriga cientistas

Fenômeno misterioso espalhou milhares de animais sobre a neve de montanhas na região no Sul do país

POR CESAR BAIMA


As minhocas encontradas pelo professor de biologia Karstein Erstad em cima de uma grossa camada de neve nas montanhas próximas à cidade norueguesa de Bergen - Reprodução/The Local/Karstein Erstad


RIO – Uma “chuva de minhocas” no Sul da Noruega está intrigando biólogos e meteorologistas. Segundo o serviço de notícias norueguês “The Local”, o fenômeno foi descoberto pelo professor de biologia Karstein Erstad quando esquiava nas montanhas próximas à cidade de Bergen no domingo passado.

- Vi milhares de minhocas sobre a neve – contou Erstad ao “The Local”. - Elas pareciam mortas, mas quando fui pegá-las vi que estavam vivas.

A princípio, Erstad pensou que as minhocas tinham saído do solo e subido pela neve, mas descartou a ideia ao ver que a camada de neve tinha pelo menos meio metro de espessura nas montanhas e os animais não conseguiriam atravessá-la vivos. Além disso, esta não seria a primeira vez que o misterioso fenômeno foi registrado na região. Segundo Erstad, existem relatos de minhocas caindo do céu no Sul da Noruega que datam dos anos 1920.

- É um fenômeno muito raro, é difícil dizer quantas vezes isso já aconteceu, mas ele já foi relato algumas vezes – disse Erstad ao “The Local”. - Agora, várias outras pessoas observaram o mesmo fenômeno em muitos lugares na Noruega. Não sei se tivemos algum sistema climático em especial ultimamente.

Uma das hipóteses para explicar a “chuva de minhocas” na Noruega sugere que os animais foram levados para o ar por ventos fortes e depois caíram a quilômetros de distância. Outra hipótese é de que uma tromba d'água tenha tocado a terra e sugado as minhocas, que também depois acabaram “pousando” a grande distância.

O Globo

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Após morte de idosa, cães e gatos ficam abandonados em casa no RS

13/04/2015

De acordo com amigos, há mais de 100 animais na casa em Santa Maria.
Mulher de 66 anos não resistiu a um câncer e morreu no domingo (12)

Do G1 RS
Mulher vivia com cães e gatos em casa em Santa Maria (RS) (Foto: Reprodução/RBS TV)Mulher vivia com cães e gatos em casa em Santa Maria (RS) (Foto: Reprodução/RBS TV)
Mais de cem cães e gatos estão abandonados em uma casa de Santa Maria, na Região Central do Rio Grande do Sul, depois que a dona deles morreu na tarde de domingo (12). Sem ela, não há quem cuide dos animais, como mostra a reportagem do Jornal do Almoço da RBS TV (veja o vídeo).
Maria Dorilda Feltrin, de 66 anos, não resistiu a um câncer. Em casa, tinha a companhia apenas dos animais.
"Eram uma família. Ela se dedicava muito, cuidava bem dos bichinhos. Mas as pessoas largavam muitos cachorros lá porque sabiam que ela gostava. Era uma preocupação que eu tinha, quando ela viesse a falecer, no caso. Agora vamos ver como vamos resolver", diz o irmão Luiz Carlos Hallberg.
Por enquanto, a chave da residência está com um dos amigos de dona Dorilda. É praticamente impossível entrar no cômodo onde estão os animais. A casa é apertada e há pouco espaço para mantê-los. "Eu fiquei nos nervos de ver como ela estava vivendo. O pessoal ajudava, dava ração, mas a maioria ela comprava. Ela deixava de viver a vida dela, que era uma contadora muito boa, para cuidar dos animais”, conta o amigo Marco Antonio Franciscato.
Da rua, é possível ouvir o barulho dos bichos, que agora estão praticamente sem água e sem comida. A protetora de animais voluntária Beatriz Vendruz Colo, pede ajuda à comunidade. Doações de ração são aceitas. Quem tem interesse em adotar um dos animais também pode se manifestar. "Pode fazer doação em dinheiro se quiser, ou então vai em um pet, compra ração, e avisa liga e avisa e a gente vai tentar ajudar esses animais para que todos eles tenham um caminho", afirma.
Os telefones para contato são: (55) 3211-8157, (55), 3026-3101 ou (55) 9963-2615.

Eu mudaria o titulo para: "Deus NÃO salve. Principalmente, a Rainha"! (by Deise)

Deus salve a Rainha!

Ricardo Noblat
Que maneira infeliz de celebrar os primeiros 100 dias de governo! Seis em cada 10 brasileiros consideram péssima ou ruim a administração de Dilma. Quase seis em 10 acham que ela sabia da corrupção na Petrobras e nada fez.
Para quase oito em 10, a inflação aumentará. Assim como o desemprego para sete em cada 10. Dois em cada três são favoráveis à abertura de um processo de impeachment contra Dilma.
As manifestações de ruas, como as de ontem, são apoiadas por sete em cada 10. E se a eleição para a escolha do sucessor de Dilma tivesse ocorrido na semana passada, Aécio Neves teria derrotado Lula por 33% dos votos contra 29%, segundo a mais recente pesquisa Datafolha.
Dos seus vários bunkers em Brasília, a presidente só sai para lugares onde não corra o risco de ser vaiada. Se falar na televisão, pode deflagrar um panelaço.
O que Dilma fez para merecer isso?
Mentiu. Apenas mentiu. Simples assim.
O Brasil era um paraíso na propaganda dela para se reeleger. Menos de dois meses depois, o paraíso se evaporara.
Dilma jurou que jamais faria certas coisas que só seriam feitas por seus adversários. Começou a fazê-las antes do fim do seu primeiro mandato.
Com isso mentiu de novo? Não.  Era a mesma mentira. Tudo era uma mentira só.
Uma pessoa que não ama seus semelhantes, ou que não sabe expressar seu amor por eles, não pode ser amada. Que o diga Jane, ex-criada do Palácio da Alvorada.
Um dia, Dilma não gostou da arrumação dos seus vestidos. E numa explosão de cólera, jogou cabides em Jane. Que, sem se intimidar, jogou cabides nela.
O episódio conhecido dentro do governo como “a guerra dos cabides” custou o emprego de Jane.
Mas ela deu sorte. Em meio à campanha eleitoral do ano passado, Jane foi procurada pela equipe de marketing de um dos candidatos a presidente com a promessa de que seria bem paga caso gravasse um depoimento a respeito da guerra dos cabides.
Dilma soube. Zelosos auxiliares dela garantiram a Jane os benefícios do programa “Minha Casa, Minha Vida”, uma soma em dinheiro e um novo emprego. Jane aceitou. Por que não?
Lula se queixa de Dilma porque ela não segue seus conselhos. Segue, sim. Só que às vezes demora.
Para que abdicasse da maioria dos seus poderes, por exemplo, foi decisivo o bate-boca que teve com Lula no Palácio da Alvorada, em março último.
A certa altura, Lula disse: “Eu lhe entreguei um país que estava bem...” Dilma devolveu: “Não, presidente. Não estava. E as medidas que estou tomando são para corrigir erros do seu governo”.
A réplica não demorou. “Do meu governo? Que governo? O seu já tem mais de quatro anos”, disparou Lula.
Os assessores de Dilma que aguardavam os dois para jantar e escutaram o diálogo em voz alta, não sabem dizer se ela nesse instante respondeu a Lula ou se preferiu calar.
Um deles guardou na memória o que Lula comentou em seguida: “Você sabe a coisa errada que eu fiz, não sabe? Foi botar você aí”.
Foi pressionada por Lula que Dilma entregou o comando da Economia ao ministro Joaquim Levy, da Fazenda, que pensa muito diferente dela.
Foi também pressionada por Lula que delegou o comando da Política a Michel Temer, seu vice, a quem sempre desprezou.
Levy está sujeito a levar carões públicos de Dilma, já levou. Temer, não. Levy pode ser trocado por outro banqueiro. Temer, não.
Lula inventou o parlamentarismo à brasileira para tentar impedir o naufrágio de Dilma. É sua última cartada para salvar a chance de voltar à presidência em 2018.
Manifestação na orla do Rio de Janeiro, RJ, 12/04/2015 (Foto: Futura Press)Manifestação na orla do Rio de Janeiro, RJ, 12/04/2015 (Foto: Futura Press)

Guerra dos Cabides


13 de abril de 2015
por Leonardo Lopes

Hoje, graças a Ricardo Noblat, ficamos conhecendo detalhes sobre a “Guerra dos Cabides”, episódio em que a presidente Dilma Rousseff atira cabides em sua camareira. Durante a última campanha presidencial circularam boatos na imprensa de que esse ocorrido  iria para a campanha de TV/Rádio do PSDB. Infelizmente, não foi.
Ainda, segundo Noblat, a camareira “Jane” foi comprada com um apartamento, uma soma em dinheiro e um novo emprego. Perguntas: Quem intermediou o novo apartamento (já que a rigor ela teria “furado a fila” no financiamento governamental)? Quem foi responsável pela quantia de dinheiro? Quanto foi a quantia de dinheiro? Quem é o novo empregador?
Dilma Rousseff é assim, “fala grosso com camareira e fino com banqueiros, empreiteiros e Lula”, invertendo o mantra de Chico Buarque de que o governo do PT “não fala fino com os Estados Unidos nem grosso com a Bolívia”.
Outros episódios ilustram o destempero da presidente com seus subordinados. Relembre alguns que foram notícias, mas a “militância de esquerda” ficou em silêncio:
Brazil's President Rousseff participates in ceremony of announcement for new measures of Plan "Brasil Maior" in Brazil
Dilma Rousseff atira notebook de um diretor do DNIT na parede
“Ministros e técnicos do governo federal agora evitam levar os próprios notebooks para reuniões com Dilma. Fiel ao seu jeito de ser, em recente reunião com dirigentes e técnicos do DNIT, se irritou com um deles, que insistia em mostrar-lhe no computador um projeto já rejeitado. Com firmeza e agilidade, tomou-lhe o notebook das mãos e o arremessou para longe, espatifando-o, para em seguida dispensar o interlocutor chamando o despacho seguinte: “Próximo!”.” Fonte.
Dilma Rousseff arrasta o segurança com arrancada do carro oficial
“O episódio ilustra a tensão que cerca assessores mais próximos de Dilma Rousseff no dia-a-dia: há cerca de dois meses, Dilma e o chefe da segurança presidencial, general Amaro, deixavam o Palácio do Planalto para mais um compromisso. Amaro é aquele clássico guarda-costas. Em último caso, tem de se jogar na frente da bala para salvar a vida da presidente.
Ocorre que ao pegarem o elevador, no terceiro andar, acabou faltando espaço para Amaro. Dilma desceu até a garagem, onde estava o comboio, entrou no carro e, ao perceber que o general havia ficado para trás, ordenou:
– Arranca! Arranca!
Diante da veemência de Dilma, o motorista comunicou a equipe pelo rádio e acelerou. Amaro, que já colocava a mão na maçaneta do carro, quase foi ao chão com a arrancada.” Fonte.
Dilma Rousseff abandona tradutora no Panamá de propósito e se diverte
“A presidente Dilma não demitiu antes o ex-chanceler Antonio Patriota por achar que “todos são a mesma coisa”, como diz dos diplomatas. Mas tratava mal a todos, como a tradutora em visita aos EUA que Dilma detestou. Para se vingar do Itamaraty pela viagem pífia, ela abandonou a tradutora no aeroporto da Cidade do Panamá, após escala na viagem de volta. Os colegas da moça, diplomatas, ficaram revoltados.
A escala para reabastecer demorou menos que previsto. Dilma mandou o avião decolar, mesmo sabendo que a tradutora ainda não retornara. A tradutora, que havia desembarcado para procurar uma farmácia, foi abandonada no Panamá sem passaporte nem malas. Dilma se divertiu.” Fonte.
Dilma atira cabides em camareira
“Uma pessoa que não ama seus semelhantes, ou que não sabe expressar seu amor por eles, não pode ser amada.  Que o diga Jane, ex-criada do Palácio da Alvorada.Um dia, Dilma não gostou da arrumação dos seus vestidos. E numa explosão de cólera, jogou cabides em Jane. Que, sem se intimidar, jogou cabides nela.O episódio conhecido dentro do governo como “a guerra dos cabides” custou o emprego de Jane.” Fonte.
Dilma desce a bordoada em camareira que se engana com colar
Caso da camareira que teria tomado uma bordoada, após pegar um colar diferente do solicitado pela patroa temperamental. Ou os médicos e militares, ajudantes de ordem, que, maltratados, passaram a enfrentar até problemas emocionais. Entre as histórias mais marcantes de bullying de Dilma: levou uma oficial da Marinha, indignada, a abandonar sua ajudante de ordens.”  Fonte.
Existe também o clássico em que a então ministra Dilma teria feito o ex-presidente da Petrobras Sergio Gabrielli chorar após uma bronca. Gabrielli, claro, negou. Fonte.
Dilma é assim. Sem mais, nem menos.

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