sábado, 6 de setembro de 2014

Europa oferece tours com moradores de rua e 'experiência mendigo'

05/09/2014

Passeios guiados mostram lado pouco conhecido de quatro cidades.
Em Praga, turistas pagam para dormir na rua e conseguir comida.

Flávia Mantovani
Do G1, em São Paulo



Mike, um dos guias do Unseen Tours, em Londres
(Foto: Unseen Tours/Divulgação)

Abandonar o hotel e as roupas limpas para dormir na rua por uma noite não parece um programa ideal de férias, mas há turistas pagando para isso em Praga, na República Tcheca. A Pragulic, uma empresa que organiza tours guiados por moradores de rua, oferece um pacote para quem quer passar 24 horas vivendo como um deles.

Sem os objetos pessoais e vestindo “roupas de mendigo”, o visitante precisa encontrar lugar para dormir, comida e algum dinheiro. Ele é acompanhado por um dos guias da empresa (todos moram ou moraram na rua por algum período).

A ideia, segundo os organizadores, é que o turista viva uma experiência pessoal intensa e possa entender na prática o que significa viver nas ruas, deixando de lado preconceitos e levando o aprendizado para sua vida.

O pacote, batizado de “Homeless Experience” (experiência de morador de rua), é a opção mais extrema de uma modalidade que está ganhando adeptos entre os turistas na Europa: passeios guiados por pessoas que moram ou já moraram nas ruas. A Pragulic, fundada em 2012, já recebeu mais de 5 mil visitantes em seus tours. Alem de Praga, Londres, Amsterdã e Barcelona são outros destinos que já oferecem essa possibilidade.
Ramón, guia da Hidden City, em Barcelona (Foto: Hidden City Tours/Barcelona)Ramón, guia da Hidden City, mostra Barcelona a
turistas (Foto: Hidden City Tours/Barcelona)
Em geral, os passeios vão a pontos fora do circuito turístico tradicional: vielas, pontes, becos de prostituição, bairros degradados e refeitórios populares são alguns exemplos. Alguns deles até passam por marcos conhecidos e tradicionais, mas o foco é sempre no mundo dos moradores de rua daquela cidade. Os guias também contam sua história de vida e respondem a perguntas e curiosidades dos turistas.

“Você é guiado por alguém que realmente conhece a cidade, que pode te mostrar esquinas e lugares escondidos que normalmente não são conhecidos pelos turistas. É uma chance de conversar com pessoas que normalmente são ignoradas pela sociedade e entrar no mundo delas,”, afirma Ondřej Klügl, cofundador da Pragulic.

Tanto na empresa de Praga quanto nos outros projetos citados nesta reportagem os guias são indicados por associações e entidades que trabalham com moradores de rua. Eles recebem treinamento para criar o tour e orientações ao longo do trabalho.

Para Dominic Stevenson, voluntário no projeto Unseen Tours, de Londres, o trabalho de guia faz bem aos moradores de rua. “Acreditamos que eles são encorajados a reconstruir suas vidas e a conquistar um senso de independência que não tinham antes”, diz.

Londres, Inglaterra
Um dos guias de Londres (Foto: Unseen Tours/Divulgação)Um dos guias de Londres (Foto: Unseen Tours/Divulgação)



A Unseen Tours oferece passeios em quatro áreas da cidade: Camden Town, Shoreditch, Covent Garden e London Bridge. Todos passam por alguns marcos famosos, mas junto com os cartões-postais também é mostrado o “lado B” da cidade. “Queremos que as pessoas vejam que o mundo do dinheiro e do turismo não fica longe do mundo dos moradores de rua”, diz Dominic Stevenson, voluntário no projeto.

Segundo Stevenson, os guias levam os visitantes “para uma jornada muito pessoal, revelando suas histórias e mostrando os lugares que moldaram sua vida”.

Ele conta que costumam ter muitos clientes do Brasil. “É sempre divertido quando os brasileiros participam. São pessoas que gostam de uma aventura, de aprender sobre gente e sobre história”, diz.

O voluntário diz que o passeio faz os turistas refletirem. “Os tours podem ter um efeito profundo sobre como as pessoas tocam sua vida. Esperamos que eles inspirem a bondade e a empatia e que sejam muito divertidos também”, completa.

Site: http://sockmobevents.org.uk
Preço: 10 libras (cerca de R$ 36)
Barcelona, Espanha
Jose, um dos guias do Hidden City em Barcelona (Foto: Hidden City Tours/Divulgação)Jose, um dos guias do Hidden City em Barcelona (Foto: Hidden City Tours/Divulgação)



O Hidden City começou em setembro de 2013 em fase de testes, com um guia que falava apenas espanhol. Como a procura foi muito maior do que o esperado, foram recrutados mais guias fluentes em inglês, francês e alemão, e o trabalho multilíngue recomeçou em março deste ano.

Os passeios são pelo Bairro Gótico da cidade catalã. Segundo a fundadora, Lisa Grace, eles são adequados tanto para visitantes de primeira viagem quanto para os que já conhecem Barcelona. “Passamos pelos lugares clássicos, muitos deles com histórias escondidas, e por lugares menos conhecidos, alternativos”, diz. Um exemplo: há paradas em alguns refeitórios populares para discutir o sistema de ajuda a moradores de rua na Espanha.

Site: www.hiddencitytours.com
Preço: 14 euros (cerca de R$ 40)

Praga, República Tcheca
Um dos guias de Praga (Foto: Michal Cetkovský/Pragulic/Divulgação)Um dos guias de Praga (Foto: Michal Cetkovský/Pragulic/Divulgação)



A Pragulic oferece duas possibilidades, ambas orientadas por moradores de rua: passeios guiados ou uma imersão em que o turista passa 24 horas vivendo como um morador de rua.

A primeira modalidade tem roteiros variados, de acordo com a experiência de vida e com os gostos do guia. “Abordamos o mundo das drogas, criminalidade, prostituição, vida noturna, literatura, transporte público... Os passeios não são focados em monumentos tradicionais e prédios históricos, são mais alternativos”, diz Ondřej Klügl, cofundador da Pragulic.

Já a segunda modalidade, a “Homeless Experience” (experiência de morador de rua), é para quem quer se aprofundar no assunto. O turista precisa deixar todos os seus objetos pessoais em um ponto de encontro e mantém apenas a identidade, o equivalente a R$ 2 e um celular para fazer contato com a empresa caso necessário.

Vestindo “roupas de mendigo”, ele precisa encontrar lugar para dormir, conseguir algum dinheiro e comida. Para isso, conta com a ajuda de um dos guias moradores de rua. No final, recebe seus objetos de volta e um certificado.

Site: http://pragulic.cz/?lang=en
Preço: 250 coroas tchecas (cerca de R$ 26)

Amsterdã, Holanda

O Amsterdam Underground tem passeios focados na vida pessoal dos guias. “Eles contam como sobrevivem na rua e levam as pessoas aos pontos onde dormem, a bairros que no passado concentravam usuários de drogas, esse tipo de lugar. Mostram a cidade de uma perspectiva totalmente diferente”, diz Freek Jalhay, porta-voz do grupo.

Os guias recebem um treinamento para criar seu tour e têm orientação durante o trabalho. Para participar, precisam ser “confiáveis, estar dispostos a contar sobre sua vida, a guiar um tour de forma segura e prazerosa e a cuidar dos clientes”, afirma Jalhay.
Sitewww.amsterdamunderground.org
Preço: 10 euros (cerca de R$ 29)

Com melhora de Dilma, ações da Petrobras despencam na Bolsa

Mercado de capitais

Mesmo movimento de baixa é visto em outros papéis ligados ao governo, como os do Banco do Brasil e da Eletrobras

O "Kit eleições" é formado por empresas estatais
O "Kit eleições" é formado por empresas estatais (Reinaldo Canato/VEJA)
As ações do chamado "kit eleições", jargão usado pelo mercado financeiro para se referir às empresas estatais, fecharam com forte desvalorização na BM&FBovespa nesta quinta-feira, pressionadas por especulações eleitorais, em especial a melhora do desempenho da presidente Dilma nas pesquisas Ibope e Datafolha. As ações ordinárias (ON, com direito a voto) da Petrobras caíram 4,74%, enquanto os papéis do Banco do Brasil recuaram 5,34%. Já as ações ordinárias da Eletrobras, estatal do setor elétrico, caíram 4,35%. Com isso, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, recuou 1,68%, para 60.800 pontos.
Assim como em outros pregões nos últimos meses, os movimentos na bolsa brasileira estão muito ligados ao cenário eleitoral. O avanço da presidente Dilma Rousseff na última pesquisa eleitoral Datafolha, divulgada na quarta-feira, foi interpretado pelo mercado como uma possível continuidade da atual política econômica. O levantamento mostrou que Dilma oscilou um ponto para cima, para 35%, mas mantendo o empate técnico com a candidata do PSB, Marina Silva, cuja estimativa aponta para 34% das intenções de voto. Marina, contudo, venceria Dilma em um eventual segundo turno, com uma diferença de 7 pontos percentuais, contra 10 pontos percentuais no levantamento anterior, realizado no fim de agosto.
Não é novidade que o mercado financeiro está reagindo positivamente a uma mudança no governo federal. Nos últimos dois meses, quando começou a ficar clara a perspectiva de que a presidente Dilma não venceria em primeiro turno, o Ibovespa subiu mais de 7%. Desde março, período em que os investidores começaram a movimentar a bolsa devido ao cenário eleitoral, as ações preferenciais (PN, sem direito a voto) da Petrobras subiram 56% e as ordinárias (ON, com direito a voto)  tiveram alta de 51%. Contudo, todas as ações do "kit eleições" acumulam valorizações de dois dígitos nesses cinco meses. 
Em agosto, a Bovespa teve o melhor desempenho para o mês desde 2003, ao registrar valorização de 9,78%. Os papéis do chamado "kit eleições", composto por empresas estatais, tiveram uma contribuição importante para o avanço acumulado do mês. As ações preferenciais da Petrobras encerraram agosto com avanço acumulado de 22,25%, enquanto as ordinárias subiram 23,07%. O Banco do Brasil subiu 26,55%, enquanto a Eletrobras PN avançou 13,41% e ON ganhou 30,4%. O peso total dos papéis dessas estatais no índice é de 15%. 
Câmbio — Também impulsionado pela cena eleitoral, o dólar fechou em alta ante o real nesta quinta-feira. A moeda norte-americana subiu 0,32%, a 2,2434 reais na venda. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 1,1 bilhão de dólares.
VEJA
Pesquisa Datafolha 3/9/2014

Cobra sucuri atravessa avenida em Manaus e entra em bueiro; veja vídeo

06/09/2014 

Telespectador registrou momento em que animal passou pela Djalma Batista.

Segundo homem, caso ocorreu na noite de sexta-feira (5).


by G1

Um telespectador da TV Amazonas registrou, em vídeo, o momento em que uma cobra de aproximadamente três metros de comprimento atravessa a Avenida Djalma Batista, em Manaus, e entra no bueiro. Segundo Marcello de Paulo, as imagens foram registradas na noite desta sexta-feira (5). A avenida é uma das principais vias de acesso ao Centro da capital.
O homem informou ainda que acionou o Batalhão Ambiental, mas a cobra entrou no bueiro antes da chegada dos policiais. Nas imagens, é possível ver viaturas da Polícia Militar, além de policiais acompanhando o movimento do animal.
G1 entrou em contato com o Batalhão Ambiental e com as Companhias Interativas Comunitárias (Cicoms) que atendem a área. Ambos apuram o caso para informar os detalhes do ocorrido. O caso não entrou no livro de ocorrências da PM.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

PARA AQUELES QUE COMO EU, TIVERAM UMAPSICOPATA NA FAMILIA


Psicopatas

Embora a psicopatia (também chamada de sociopatia ou transtorno de personalidade antissocial) seja popularmente associada a pessoas violentas, com aparência insana - ou seja, facilmente identificáveis -, tal associação é comumente errônea, porque diferente do que as pessoas acreditam; psicopatas, em sua maioria, não são assassinos.

Mesmo que não demonstrem socialmente, a característica principal da psicopatia é um forte traço narcisista enraizado na personalidade. São indivíduos megalomaníacos , imprevisíveis, sem escrúpulos, excessivamente egoístas e egocêntricos.

Um ponto muito comum entre todos os psicopatas é o ambiente intrafamiliar marcado por diversos e extensos conflitos; todo psicopata tem um ambiente familiar conturbado, permeado por constantes discussões e brigas.

Frequentemente, esmagam suas vítimas de uma forma tão sutil e quase imperceptível, que praticamente ninguém percebe - apenas a vítima, ao tempo que posam para a sociedade como santinhos e cidadãos do bem. Dependendo do grau da psicopatia, deixam marcas por onde passam, de sentimentais a financeiras.

São excessivamente manipuladores e controladores. O lema de um psicopata é "sempre controlar para não ser controlado".

Sua conduta carece normalmente de uma motivação, ou se uma motivação pode ser inferida, ela é inadequada enquanto explicação para tal comportamento.

Eles são reis em inversão de papéis. Sua vida inteira é vivida de forma teatral e dramática, onde o psicopata é sempre a "vítima" ou "coitadinho" e os outros são os vilões maldosos que merecem punição.

Nunca admitem um erro, querem ter sempre a razão de tudo e tentam fazer o possível para com que o outro se sinta o culpado. De uma forma ou de outra, esses indivíduos têm notáveis tendências em estimular sentimentos de dó, compaixão e pena nas outras pessoas. Como é perceptível, a maioria dos psicopatas não mata, mas é capaz, porém, de arrebentar facilmente com o emocional e até mesmo o financeiro das pessoas.

Eles são literalmente antissociais, parecem odiar tudo e todos, são hostis à sociedade, demonstrando uma conduta que lhe traz conflitos freqüentes com o meio em que vivem. Podem ser contrários às regras, rebeldes, agressivos e apresentam um comportamento em que suas ações são destinadas a irritar às pessoas em sua volta, por isso são freqüentemente irritantes e pouco toleráveis.

Psicopatas são pessoas excessivamente rancorosas e vingativas. Provavelmente odeiam a sociedade porque um dia foram odiados por ela - ou ao menos imaginaram ser.

A psicopatia é um distúrbio mental grave caracterizado por um desvio de caráter, ausência de sentimentos genuínos, frieza, insensibilidade aos sentimentos alheios, manipulação, egocentrismo, falta de remorso e culpa para atos cruéis e inflexibilidade com castigos e punições. Apesar da psicopatia ser muito mais frequente nos indivíduos do sexo masculino, também atinge as mulheres, em variados níveis, embora com características diferenciadas e menos específicas que a psicopatia que atinge os homens.

Embora a psicopatia seja popularmente associada a pessoas violentas, com aparência insana - ou seja, facilmente identificáveis -, tal associação é comumente errônea, porque diferente do que as pessoas acreditam; psicopatas, em sua maioria, não são assassinos. Existe na população mundial cerca de 4% (3% homens; 1% mulheres) de pessoas com esse distúrbio, entretanto, apenas 1% dessas podem chegar a cometer assassinatos e delitos graves. Sendo assim, são muito difíceis de serem diagnosticados e reconhecidos, pois são pessoas muito dissimuladas, com comportamento duplo (por ex, socialmente são vistos como "anjos" comportados, quando na realidade escondem um comportamento contrário: são verdadeiros "demônios").

Geralmente, possuem inteligência média ou até mesmo maior que a média, mas são frios, racionais, mentirosos, não se importam com os sentimentos alheios e são os psicopatas ditos dissimulados: escondem tais características de forma que pouquíssimas pessoas consigam perceber, são muito manipuladores.

Mesmo que não demonstrem socialmente, a característica principal da psicopatia é um forte traço narcisista enraizado na personalidade. São indivíduos megalomaníacos (se acham superior às outras pessoas), imprevisíveis, sem escrúpulos, excessivamente egoístas e egocêntricos. São charmosos e manipuladores e podem dizer isso com o maior orgulho. Essa característica narcisista é muito mais acentuada do que os próprios portadores do transtorno de personalidade narcisista. Embora estes últimos com frequência demonstrem, de primeira, a todos o seu narcisismo, os psicopatas, a princípio nunca demonstram; entretanto, suas atitudes são típicas de alguém cujo "amor-próprio" é elevado. Podem ser excessivamente opiniáticos, auto-suficientes ou vaidosos. Por isso, a principal característica de quem carrega o distúrbio consigo é ter os seus próprios interesses sempre em primeiro lugar, o tempo todo.

Psicopatas normalmente ocultam suas intenções debaixo de uma aparência sedutora ou de amabilidade e cortesia. Mesmo aparentando um comportamento dócil e intenções de proteger certas pessoas, por trás disso, tal dissimulação esconde uma pessoa fria, calculista e falsa, caracterizando um indivíduo excessivamente manipulador. São cínicos e, como não conseguem amar, não conseguem manter um relacionamento leal e duradouro, sobretudo por sua incapacidade de tolerar rotina e monotonia.

Uma característica muito comum em indivíduos com o transtorno é a intolerância a frustrações - este talvez o único motivo que os façam chorar de verdade -, o que frequentemente os faz adotarem comportamentos e ações extremas para conseguirem o que querem. Essa relutância em aceitar frustrações e a ideia insuportável de não conseguir o que querem, frequentemente os faz autores de ações muito exageradas que uma pessoa normal comumente nem se quer pensaria. Na realidade, são pessoas excessivamente rancorosas e vingativas. Provavelmente odeiam a sociedade porque um dia foram odiados por ela - ou ao menos imaginaram ser.

Psicopatas são pessoas que vivem a oscilar entre um comportamento dominador e ao mesmo tempo um comportamento onde eles são as pobres vítimas. São excessivamente manipuladores e controladores. O lema de um psicopata é "sempre controlar para não ser controlado". Indivíduos assim, não se importam com os sentimentos alheios sendo que suas ações insensíveis geralmente são destinadas para o proveito próprio (como a riqueza material) ou até mesmo por pura diversão de ver os outros sofrerem.

Aqueles que cometem alguma crueldade sem nenhum motivo lógico ou por puro prazer de ver o sofrimento alheio, são tidos como os psicopatas de grau mais grave e, geralmente, são naturalmente sádicos - totalmente insensíveis, se divertem com o sofrimento alheio.

Esses indivíduos, dependendo do grau da psicopatia, deixam marcas por onde passam, desde marcas sentimentais a marcas financeiras. Eles são literalmente antissociais, parecem odiar tudo e todos, são hostis à sociedade, demonstrando uma conduta que lhe traz conflitos frequentes com o meio em que vive. Podem ser contrários às regras, rebeldes, agressivos e apresentam um comportamento em que suas ações são destinadas a irritar às pessoas em sua volta, por isso são frequentemente irritantes e pouco toleráveis.

São pessoas egoístas, insensíveis, frias e que buscam apenas prazeres imediatos, embora possam fingir o contrário quando acham necessário. Eles podem sentir frustração, rancor, ódio, inveja e outra qualquer emoção negativa, entretanto, não têm sentimentos considerados positivos (ternura, carinho, consideração, altruísmo etc.), não ao menos com as outras pessoas.

São árduos manipuladores. São chantagistas, por vezes, mudam totalmente de um mau comportamento para uma boa conduta, a fim de conseguirem o que querem. Eles podem usar da mentira mas não admitem que esta mesma seja usada para com eles. O lema é "eu posso, você não". Além disso, uma característica típica que os diferencia de mentirosos que mentem para receber atenção ou admiração, é que a mentira do psicopata é dificilmente descoberta. São tão calculistas que conseguem mentir olhando nos olhos, sem remorso ou arrependimento, e suas mentiras raramente são descobertas porque são muito bem planejadas. São indivíduos muito preocupados consigo próprios, irresponsáveis e imediatistas.

Sua vida inteira é vivida de forma teatral e dramática, onde o psicopata é sempre a "vítima" ou "coitadinho" e os outros são os vilões maldosos que merecem punição. Eles tentam sempre a convencer suas vítimas de que eles próprios estão tendo algum tipo de sofrimento, assim, acarretam na outra pessoa um sentimento de dó ou pena - uma das princpais armas do psicopata. São também irresponsáveis: tendem a fugir de suas responsabilidades e jogando a culpa para outras pessoas, por isso fazem de tudo para convencer as pessoas acreditarem de que toda a culpa do universo é do outro e não do psicopata. Eles têm imensas habilidades em inverter os papéis das situações, onde a outra pessoa é o vilão e eles as vítimas.

Via de regra, não demonstram qualquer tipo de afeto, amor ou carinho por outra pessoa, inclusive seus próprios familiares. Só o demonstram para conseguir algo. Em geral, são pessoas muito frias e racionais. Indivíduos assim, não conseguem experimentar - não, ao menos, da mesma forma que as pessoas "normais" - sentimentos como amor, carinho e afabilidade, por isso são distantes emocionalmente em suas relações.

Os psicopatas têm muito pouca pena ou culpa, duas emoções essenciais para a cooperação social. Por outro lado, seus cérebros ativam mais intensamente os circuitos cerebrais relacionados ao desprezo e desejo de vingança. Essas alterações nas áreas das emoções fazem com que sejam irritadiços, agressivos, estabeleçam relações conturbadas, mintam e manipulem com facilidade, não sintam empatia, e muito menos se arrependam por tudo isso.

Nem todos os psicopatas são encantadores ou sedutores, mas uma boa parte dessas pessoas apesar de serem contra tudo e todos, à primeira vista podem demonstrar grande simpatia e encanto com os outros. É geralmente assim que eles conseguem se aproximar de quem os interessa, sem fazê-los desconfiar de que possuem outras intenções. De maneira geral, o psicopata na maioria das vezes pode ser simpático, engraçado e interessante socialmente a fim de conseguir a simpatia das outras pessoas por quais se interessam.

Eles manipulam facilmente as pessoas, mentem e enganam e não se importam com isso. Ao mesmo tempo, frequentemente exibem aparência nada sugestionáveis de psicopatia: podem ser simpáticos, educados e comportados, entretanto, diante a menor contrariedade ou ameaça, se tornam irritáveis. Esta característica muitas vezes é disfarçada socialmente, entretanto, é comumente percebida no ambiente intrafamiliar. Podem ser tidos como explosivos, agressivos ou estressados, entrando facilmente em discussões e brigas com a família. Sendo assim, não se importam em terem ferido emocionalmente (ou fisicamente) seus familiares, nem quesitam em pedir desculpas; agem como se nada tivesse acontecido.

Eles são reis em inversão de papéis: seu teatro é sempre baseado na vítima e no vilão, em que, obviamente, a vítima é sempre ele. Vivem a fazer papel de vítima ou coitadinho, invertendo os papéis em que as outras pessoas são sempre as vilãs. Eles geralmente culpam ou acusam seus familiares por seu comportamento agressivo (por ex, em uma discussão sempre dizem que foi fulano que começou, nunca ele), nunca admitem um erro, querem ter sempre a razão de tudo e tentam fazer o possível para com que o outro se sinta o culpado. De uma forma ou de outra, esses indivíduos têm notáveis tendências em estimular sentimentos de dó, compaixão e pena nas outras pessoas. Como é perceptível, a maioria dos psicopatas não mata, mas é capaz, porém, de arrebentar facilmente com o emocional e até mesmo o financeiro das pessoas.

Muitas vezes, quando os familiares relatam para conhecidos, os comportamentos anormais do psicopata, as outras pessoas têm uma imagem anteriormente tão boa e ingênua do indivíduo, que ficam perplexadas e não conseguem acreditar em tais relatos.

Apesar de socialmente demonstrarem serem "santos", muitas vezes o ambiente familiar é muito diferente dessa falsa demonstração para a sociedade. Não raro, os indivíduos portadores da psicopatia são irritantes, agressivos e problemáticos para a família. Eles têm baixa tolerância para frustrações, portanto, contrariedades mínimas já podem ser motivos para agressividade. Por terem um baixo limiar de descarga de agressão, eles facilmente perdem a calma por qualquer coisa, se estressam rapidamente por qualquer contrariedade ou confronto, agindo de forma pueril ou extrema quando não conseguem o que querem.

Essa intolerância às frustrações os faz pessoas rancorosas, vingativas e incapazes de aceitar obstáculos comuns do cotidiano. Frequentemente acumulam ódio por algo ou alguém, não suportam perderem, detestam não conseguir o que querem e podem cometer atitudes extremas por conta disso. As frustrações inadimíssiveis é que são as únicas fontes capazes de um indivíduo psicopata chorar de verdade. Fora as suas próprias frustrações, choram apenas por mera falsidade ou teatro.

O ambiente familiar, dependendo de cada psicopata, pode ser marcado desde discussões leves até violência brutal para com os membros que moram na casa. Muitas vezes, o lar doméstico desses indivíduos é marcado também pelas outras diversas característica psicopáticas, tais como egoísmo, mentiras, manipulação etc. Da mesma forma com as outras pessoas, eles não se importam com os sentimentos dos seus familiares, são frios e não sentem culpa por nada que fazem. São na realidade, indivíduos irritadiços, agressivos, impulsivos, sádicos, interesseiros, egoístas, frios e excessivamente manipuladores: enquanto maltratam as pessoas mais íntimas que se importam com ele, o indivíduo demonstra profundo ódio, rancor e indiferença aos mesmos; fora desse ambiente familiar conturbardo, se mostram totalmente o oposto: pessoas queridas, alegres e do bem.

Psicopatas usam a mentira como mais uma ferramenta para seus objetivos. Exatamente por isso, eles não usam a mentira da mesma forma que as outras pessoas usam e sim usam-na como ferramenta de trabalho. Tais mentiras muitas vezes são caracterizadas por histórias muito bem detalhadas e minuciosas, a ponto que as outras pessoas nem se quer desconfiam de que tudo não passa de um teatro, por isso, raramente suas mentiras são descobertas. Entretanto, quando isto acontece, eles podem negar até a morte que tudo não passa de uma farsa, mesmo que tudo e todos provem o contrário. Também podem mostrar-se totalmente indiferentes à descoberta, ou admitirem mas inventam alguma desculpa encobrindo a outra mentira.

Eles apresentam um comportamento fantasioso que frequentemente muda. Eles são tidos como camaleões sociais, porque estão em constante mudanças socialmente. Eles geralmente mudam de comportamento conforme pessoa, mais especificamente, conforme o que a pessoa quer. Em geral, todas as pessoas têm por si uma característica de camaleão social, afinal, ninguém consegue ser totalmente constante e igual com todos ao mesmo tempo. Todos são diferentes, por exemplo, com seus amigos e com seus familiares. Contudo, o psicopata apresenta uma característica muito forte: uma forma de "dissociação" de personalidade, isto é, como se tivessem uma fina camada de verniz. Isto ocorre porque o antissocial desensolve uma personalidade para convívio social, para conseguirem se infiltrarem e misturar-se com os outros seres. Ou seja, na realidade, eles demonstram para a sociedade uma personalidade fantasiosa, pois na realidade, escondem um temperamento totalmente oposto ao que demonstram socialmente. No caso do psicopata, esse disfarce social é totalmente excessivo e extremo da real personalidade - enquanto podem ser típicos exemplares socialmente, com família, filhos e trabalho normal, na realidade, são pessoas extremamente doentes.

Psicopatas - mais do que ninguém - são excessivamente manipuladores. Dissimulam um comportamento contrário: se fazem de tolos ou santos, que nada sabem, entretanto, enquanto ninguém desconfia, estão a fazer sempre tudo de caso pensado. De uma forma ou de outra, estão sempre manipulando ou controlando o ambiente e as pessoas, com o objetivo de tirar vantagens para si mesmo. Essas vantagens frequentemente variam desde vantagens materiais, a pura diversão. Essas pessoas têm geralmente profundos traços sádicos, portanto, parecem sentir prazer ou indiferença ao levar os outros ao sofrimento. Frequentemente, esmagam suas vítimas de uma forma tão sutil e quase imperceptível, que praticamente ninguém percebe - apenas a vítima, ao tempo que posam para a sociedade como santinhos e cidadãos do bem.

Percebe-se também nessas pessoas um eterno comportamento chantagista. Isso é facilmente notado de variadas formas, especialmente quando mudam de um comportamento para outro, a fim de conseguir uma recompensa. Eles podem se comportar como "bonzinhos" por um tempo, para conseguirem uma recompensa; mas quando recebem, se vangloriam como quem nada deve, e voltam a adquirir um mau comportamento. A ingratidão nesses indivíduos é comum.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Jornalista afirma que crianças francesas não fazem manha e faz sucesso com livros


Pamela Druckerman acaba de lançar 'Crianças francesas dia a dia' em que dá dicas pontuais de como criar filhos à francesa

Juliana Contaifer - Especial para a Revista do Correio
Ser francesa está na moda. Elas não engordam, vestem-se bem, são chiques e elegantes o ano todo. E, agora, descobriu-se que são ótimas mães — ainda que essa afirmação não possa ser considerada uma unanimidade. Mas não se iluda, elas passam bem longe do modelo de educação convencional. Foi o que a jornalista americana Pamela Druckerman percebeu quando se mudou para Paris e descobriu que estava grávida. Criando suas filhas como foi criada, percebeu que só ela estava surtando com a maternidade, consultando milhões de sites, fazendo uma dieta especial e se entupindo de vitaminas. Com as crianças maiores, reparou que apenas elas se recusavam a comer, faziam grandes escândalos no meio da rua. Além disso, Pamela era a única mãe a ficar do lado do escorregador com medo de os filhos se machucarem. Foi pesquisando como as mães francesas criavam pequenas miniaturas independentes que a jornalista escreveu o primeiro livro, 'Crianças francesas não fazem manha'. Em abril deste ano, a sequência, 'Crianças francesas dia a dia', foi publicada no Brasil, dessa vez com dicas pontuais de como criar filhos à francesa.

Charlotte com a filha, Louise: 'Eu crio minha filha para voar com as próprias asas, ser independente' (Zuleika de Souza/CB/D.A Press)
Charlotte com a filha, Louise: "Eu crio minha filha para voar com as próprias asas, ser independente"
“Algumas ideias francesas têm um poder e uma elegância únicos. Os pais franceses acreditam de verdade que os bebês são racionais, que você deve combinar um pouco de rigidez com muita liberdade e que se deve ouvir as crianças com atenção, mas não fazer tudo o que elas dizem”, afirma Pamela no primeiro livro. A jornalista conta que o principal segredo é que as francesas não mudam completamente suas vidas ao se descobrirem grávidas. É a criança que deve se adaptar à rotina dos adultos — tanto é que elas viajam sozinhas com a escola, passam pelo menos um mês na casa dos avós durante as férias e, depois de um 1 de idade, já passam a comer o mesmo que os pais.

“A visão da maternidade aqui no Brasil é uma coisa sofrida, e a sociedade exige que ela seja. Exige que você se dedique 100% do tempo, que não faça outras coisas, que abdique da sua independência e personalidade. Talvez aqui as pessoas tenham essa expectativa, mas nós não lidamos da mesma maneira. Acho que levamos a maternidade com mais leveza”, analisa Charlotte, uma francesa que mora no Brasil.

As francesas acreditam que as crianças devem ser independentes, e o mais cedo possível. É por isso que elas só se levantam de madrugada para consolar o filho depois de pelo menos 15 minutos de choro. Se elas estão ao telefone e a criança quer falar, ele escuta da mãe que deve esperar a ligação terminar. No parquinho, as mães ficam conversando a distância, enquanto os filhos brincam e aprendem a cair e a se levantar. As crianças também aprendem a conviver com o tédio — nada de muitas atividades durante o dia, elas devem aprender a preencher o próprio tempo sozinhas e são estimuladas a inventar brincadeiras.

Charlotte mora com o marido brasileiro e a filha, Louise, de 4 anos. Ela conheceu o marido quando veio ao Brasil estudar e trabalhar, casaram-se e moraram na França por dois anos. Ela conta que a criação francesa é, de fato, muito diferente da brasileira. “Eu tenho a impressão que os brasileiros criam os filhos para eles mesmos, e eu crio minha filha para voar com as próprias asas, ser independente. Espero que ela não precise muito de mim”, explica. Charlotte conta que sua visão da educação é bem mais rígida do que a do marido, que é brasileiro, mas que os dois conversam muito para chegar a um meio-termo. “São duas culturas, temos que conversar bastante para chegar a um consenso. Mas ele já morou lá e entende que temos uma visão mais independente”, conta.

Louise é realmente independente, apesar de ter, sim, seus momentos de birra como qualquer outra criança. “Ela é boa de garfo, nunca tive que fazer muito esforço para ela comer. Só que ela come o mesmo que nós desde os 2 anos de idade. Se Louise não quiser comer, come melhor em outra refeição. A gastronomia e a culinária na França são muito importantes, e a gente acaba passando esses valores inconscientemente. Para nós, o momento da comida é de prazer, e não de batalha”, afirma. E, diferentemente dos brasileiros, desde os 4 meses a pequena faz apenas quatro refeições por dia — nada de pequenos lanches fora de hora.

Julie lembra que já foi criticada várias vezes na rua por conta da educação que dá a Ananda e Flora (Zuleika de Souza/CB/D.A Press)
Julie lembra que já foi criticada várias vezes na rua por conta da educação que dá a Ananda e Flora
Para Charlotte, as crianças francesas crescem menos dependentes dos pais, tanto moral quanto fisicamente — é por isso que quase não se vê demonstrações públicas de afeto nas ruas francesas. “Damos carinho também, somos pais e beijamos os filhos, mas não hesitamos em dar bronca e dizer não. Somos um pouco mais rígidos para dar estrutura alimentar, emocional e intelectual, colocando limites, para criar um adulto equilibrado. Acho que isso é educação”, conta.

A professora Julie Vuillermoz, 33 anos, também é francesa e mora no Brasil há cinco anos. Tem duas filhas pequenas: Ananda, de 4 anos, e Flora, de 1 ano e meio. Para a professora, a maior diferença entre a educação francesa e a brasileira é que, realmente, as crianças da França são mais independentes. “Sou muito mais tranquila na hora de cuidar, deixo elas chorarem para dormir, não fico embalando e não forço para comer. Na educação francesa, entendemos que as crianças são indivíduos à parte, que podem escolher seus próprios caminhos com algumas indicações dos pais. Acho que confiamos mais neles”, conta. Julie explica que, na França, ao completar 18 anos, espera-se que os filhos saiam de casa, e os pais não hesitam em usar o antigo quarto das crianças para outros fins.

A professora acredita que uma das principais diferenças é que as mães brasileiras colocam os filhos em posição de adulto muito cedo. “Desde os 3 anos, as crianças têm um monte de atividades, pilhas de dever de casa e nenhum tempo para ser criança. Nós respeitamos melhor as etapas da vida.”

Charlotte e Julie contam que, se é difícil criar filhos, educar uma criança francesa no Brasil, então, é duas vezes mais complicado. “As pessoas me olham estranho na rua, há uma reprovação muito forte da sociedade. Tão forte que pessoas desconhecidas me param para dar palpites de como eu deveria criar minha filha”, afirma Charlotte. “Um dia desses, levei uma bronca de uma senhora porque minha filha deixou cair um pastel no chão e pegou de volta. Sempre alguém reclama que ela está sem meia, tanto que comprei um monte e, agora, ela vai de meia para todos os lugares”, conta Julie.

É difícil implementar um tipo de educação como o francês na sociedade brasileira, que é notadamente mais carinhosa e afetiva. “A educação brasileira também tem coisas boas, claro. Aqui, as famílias se dão bem, os filhos adultos são amigos dos pais e os idosos têm mais atenção. Elas podem contar umas com as outras”, afirma Charlotte. A conclusão é que não existe nenhum tipo de receita de criação exemplar que seja muito melhor do que as outras. O melhor é juntar dicas de vários lugares e misturar com uma boa dose de intuição materna.

Ostentação: sheik árabe estaciona Lamborghini de ouro nas ruas de Paris


02/09/2014 

Lamborguini banhado a ouro nas ruas de Paris (Foto: Arquivo Pessoal)
Na manhã desta terça-feira (2), os parisienses acordaram com uma verdadeira joia nas ruas. Um Lamborghini banhado a ouro. O carro pertence a um sheik árabe que o comprou num leilão. Ele estacionou o possante em frente ao Hotel Plaza Athenée, onde está hospedado, na badalada rua de compras Avenue Montaigne. Claro que chamou muita atenção dos pedestres.
O modelo Aventador LP700-4 é o carro mais caro do mundo e foi leiloado em Dubai, nos Emirados Árabes, no ano passado, por aproximadamente US$ 7 milhões. A joia rara possui um capô transparente, a tampa do motor em forma de T em fibra de carbono, bancos elétricos com cinco níveis de aquecimento, altura do encosto, suporte lombar, volante multifuncional para controlar o sistema multimídia, ajuda para estacionamento com retrovisor com câmera frontal e traseira, sensores de estacionamento e todo feito de vidro à prova de balas.
Os detalhes do possante (Foto: Arquivo Pessoal)
Pura ostentação (Foto: Arquivo Pessoal)

Socorro: minha mãe está no facebook.


RUTH MANUSQuarta-Feira 03/09/14

E minha tia também. E meu padrinho. E minha avó. E meu pai. Vixe Maria.


Sim, eles chegaram ao facebook. Mãe, pai, tia, tio, tia avó, avó, bisavó. Geral chegou. E chegaram ao instagram. E têm whatsapp. Se bobear, twitter, linkedin, snapchat.
Oh, Lord.
Família, antes de tudo: sério, amo vocês, incondicionalmente. Mesmo querendo morrer por causa de algumas coisas que vocês fazem na internet.
Mas, em retribuição a todos os ensinamentos e conselhos maravilhosos que vocês me deram ao longo dos anos, tomo a liberdade de fazer uma listinha de sugestões tecnológicas, com todo carinho, para o bem de todos e felicidade geral da nação.
Olha só:
  1. * NÃO PRECISA USAR CAPS LOCK SEMPRE, TÁ? FICA ESQUISITO. MEIO AGRESSIVO. PARECE QUE VOCÊS ESTÃO BERRANDO COM O INTERLOCUTOR.
  2. * Comentários no facebook aparecem para todos os amigos (eu disse todos), então, por favor, mãe, não pergunte se eu melhorei da cólica neste ambiente. Me ligue, mande whatsapp, SMS, pombo correio, carta na garrafa, diligência, oficial de justiça.
  3. * Emoticons (são aquelas carinhas que vocês adoram) são bem bacanas. Mas um por frase já está de bom tamanho. Dois, se for o caso. Três, em caráter extraordinário. E, para ser mais clara: 35 emoticons numa mesma frase não é um negócio legal. Meeeesmo.
  4. * Se você estiver num grupo do whatsapp, não dá certo vocês dizerem “oi, tá chegando?”. São várias pessoas e a gente não sabe com quem vocês estão falando. Procure a pessoa certa nos contatos e mande a mensagem só para ela.
  5. * Se eu não te responder na hora, EU AINDA TE AMO, juro. E provavelmente NÃO MORRI.
  6. * Tem um balãozinho no canto direito, em cima, na tela do facebook, que se chama mensagem ou inbox. É tipo e-mail, ou seja, só a pessoa para quem você escreve vai ler. É o veículo ideal para perguntar sobre problemas financeiros e judiciais, hemorróidas ou tratamento de canal.
  7. * Se vocês estiverem aborrecidos, liguem para a gente. Mas não precisa postar coisas como “triste”; “resfriado” ou “com dor na lombar” no facebook. Vai por mim, nós seremos mais sinceros e eficazes do que a meia dúzia de pessoas que pode curtir essas lamentações.
  8. * O instagram serve, basicamente, só para postar/curtir fotos. Comentariozinhos pequenininhos e esporádicos, tá?
  9. * Procurem nos consultar, de leve, antes de postar uma foto nossa que você acha que tá liiiiiinnnda. Inclusive de infância. Só por precaução.
  10.  * Não confiem excessivamente no auto-corretor. A frase “tem sopa de beterraba na geladeira” não é muito fácil de compreender quando vem na forma “te sapo de betwrrsns na gerador”.

Acreditem, nós gostamos de ter vocês por perto, inclusive nas redes sociais e coisas do gênero. Da mesma forma que vocês sempre gostaram da nossa presença, mas nem por isso liberavam o tênis em cima do sofá e as bolhas de ar com o canudinho no leite. São só alguns conselhos do bem.
Se vocês toparem essas dicas aí, prometo me esforçar pra trabalhar menos, dormir mais, não deixar minha pia cheia de louça, gastar menos em bobagem, ir ao oftalmologista e comer espinafre regularmente.
Temos um trato? ;)

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