sábado, 16 de agosto de 2014

Os silêncios são extremamente mais reveladores, do que qualquer explicação. by Deise

Os silêncios de Robin Williams

Nas entrevistas, a fala dele era uma tempestade de vozes, sotaques e personalidades – seguida por momentos perturbadores de vazio e calmaria

ANA MARIA BAHIANA, DE LOS ANGELES
15/08/2014 

O que assustava em Robin Williams eram os silêncios. Eles vinham de repente, depois de uma saraivada frenética de ideias, palavras e imitações, presas umas às outras por livre associação, pontuadas por vozes diferentes, idiomas diferentes, sotaques diferentes. No tempo que daria para encher um parágrafo de texto, Williams pulava do inglês para o francês, para o alemão, para o espanhol. Transformava-se num motorista de táxi de Nova Jersey, numa garotinha de jardim de infância, num entediado crítico gastronômico, num professor de Oxford. Descrevia uma refeição memorável num bistrô de Paris, sua reação ao ver o filme Doutor Jivago pela primeira vez, como a dramaturgia de Brecht podia mudar a visão de mundo de um ator e como eram os bailinhos com garotas no internato só de meninos onde passara sua infância. “Eu me sentia como Quasímodo numa delicatéssen.”
>> Ator Robin Williams morre aos 63 anos

E aí, de repente, vinham os silêncios. Williams rangia silenciosamente os dentes, a mandíbula exterior levemente estendida, o olhar perdido nalgum ponto distante além da interlocutora, além da sala, além do prédio, além.

Como a visão retrospectiva é sempre perfeita, é fácil hoje definir esse silêncio como triste, tristíssimo, desesperadoramente triste. No momento, a sensação que se tinha era de susto, desconforto. Parecia que o brinquedo quebrara, que a presença da interlocutora não era mais bem-vinda, ou que algo absolutamente grave e bizarro acontecera. No começo, eu achava a sensação semelhante à breve calmaria que se segue a uma série de ondas grandes e violentas. Hoje, a acho mais próxima da vazante extrema que anuncia um  tsunami. Hoje, sei também que, nesses silêncios, vivia a coisa mais parecida com o “verdadeiro Robin Williams” que eu jamais veria.
>> Ator Robin Williams cometeu suicídio por enforcamento, diz polícia

Entrevistei Robin Williams pela primeira vez em dezembro de 1987. Estava em Los Angeles havia meros seis meses, e Robin lançava o filme Bom dia, Vietnã, que deflagrou sua trajetória como astro cinematográfico.

Com uma bela carreira na televisão desde o final da década de 1970, Williams começara a se deslocar para a tela grande com alguns filmes  –  o controvertido Popeye, de Robert Altman (1980), O mundo segundo Garp (1982) e Moscou em Nova York (1984). Este último, dirigido por Paul Mazursky, figura essencial do cinema independente americano, pôs Williams definitivamente na mira como ator, não apenas comediante. No papel de um artista de circo russo que decide abandonar a trupe em excursão pelos Estados Unidos e ficar em Nova York, Williams, nas palavras do ilustre crítico Roger Ebert, “desaparece tão inteiramente no personagem, com tantas nuances delicadas, divertidas e complicadas, que parece inteiramente plausível que ele seja russo mesmo”.
>> 10 filmes marcantes de Robin Williams

É bom lembrar que nessa época, para um ator, os mercados de televisão e cinema eram rigorosamente segregados. Fazer boa carreira num não era garantia de sucesso no outro, muito pelo contrário. Isso era ainda mais verdadeiro quando se tratava de comediantes. A geração de Williams, que inclui seu grande amigo e alma gêmea John Belushi, mais Eddie Murphy, Dan Aykroyd, Bill Murray e Tom Hanks, foi a vanguarda na derrubada dessas fronteiras.
 
O MESTRE DAS MÁSCARAS Imagens de Robin Williams feitas em Los Angeles,  em 2003. Ele era um ator capaz  de “sumir no personagem” (Foto: Jeff Vespa/Contour by Getty Images)
Na época, Williams estava no meio de uma de suas melhores fases: longe da bebida e da cocaína, os dois aliados que encontrara para combater um inimigo antigo, a depressão, o perverso combustível que impulsionava seu talento para o improviso. “É muito fácil para mim ser um monte de pessoas ao mesmo tempo – isso evita ao máximo que seja eu mesmo”, ele me diria, em 2002. Ele já escorregara de volta para a bebida, depois de meses difíceis e solitários filmando Insônia, de Christopher Nolan, no Alasca. Em 1987, Williams se definia como “feliz, muito feliz”. “Moro numa casa pequena em San Francisco, num bairro muito interessante, cheio de rapazes (Castro District, coração da comunidade gay). É uma casinha muito acolhedora e muito feliz.” As visitas semanais do filho Zachary, de seu primeiro casamento – cujo nascimento fora o estopim de sua sobriedade –, e as novas ofertas de trabalho eram uma fonte de felicidade, ele me disse. “Ter um filho faz com que você saia de si mesmo, veja as coisas em sua devida proporção, faz você se sentir – sei que parece meio sentimentaloide, mas é verdade – parte da família humana.”
E aí houve um silêncio.
Um astro multifacetado (Foto: AFP (2), divulgação (3) e Everett Collection)
Voltando a todos os meus encontros com Williams, aparecem, claros, o tema recorrente – a fuga de si mesmo – e as marés de fala ininterrupta, quase uma possessão, espirais maníacas de ideias perseguindo ideias. “Se realocarmos todos os gays dos Estados Unidos para o Canadá, nunca mais teremos a cerimônia dos Tonys. Ou dos Oscars.” “O homem nasce com dois cérebros, um na cabeça e outro no pênis. Infelizmente, só dá para oxigenar um de cada vez.” “Sou tão peludo que tenho medo de que um dia o pessoal do Peta (associação de proteção aos animais) me atire tinta numa estreia.” Frases como essas eram seguidas, subitamente, pelo silêncio.
Houve uma estranha espécie de clareza, em agosto de 1998, quando Williams divulgava o filme Amor além da vida, cujo tema central é a vida após a morte. Mais especificamente, o suicídio. “Meus filhos estão naquela idade em que me perguntam muito sobre a morte, sobre morrer. Querem saber se vovô estará esperando por eles lá do outro lado, se eu estarei esperando por eles… São perguntas difíceis, e percebo que elas me obrigam a criar uma visão minha sobre o assunto. Gostaria de que existisse um lugar pacífico onde pudesse me reencontrar com meu pai, com minha mãe, com meus amigos que se foram. Um lugar onde houvesse apenas paz.”

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Relembrando II: Por 6 a 1, TSE barra partido de Marina Silva nas eleições de 2014"

03/10/2013 21h46 - Atualizado em 04/10/2013 00h06


Para ministros da Corte eleitoral, Rede não comprovou apoio mínimo.
Sigla poderá juntar mais assinaturas, mas para concorrer somente em 2016.

Mariana Oliveira e Nathalia Passarinho
Do G1, em Brasília

Por seis votos a um, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu nesta quinta-feira (3)  não conceder registro ao partido Rede Sustentabilidade, da ex-senadora Marina Silva, por falta de assinaturas de apoio necessárias para a criação da legenda. Com isso, o partido não poderá participar das eleições de 2014.
O único ministro a votar a favor da criação do partido foi  Gilmar Mendes. Os outros seis votaram contra (Laurita Vaz, João Otávio de Noronha, Henrique Neves, Luciana Lóssio e Marco Aurélio Mello e Cármen Lúcia).
Segundo o TSE, Marina comprovou apoio de 442 mil eleitores em assinaturas validadas pelos cartórios eleitorais, mas a lei exige 492 mil, o equivalente a 0,5% dos votos dados para os deputados federais nas últimas eleições.
Ainda somos um partido. Não temos registro, mas temos o mais importante: temos ética. Vamos ficar mais fortes."
Ex-senadora Marina Silva
Após o julgamento, ainda no plenário do TSE, Marina Silva se dirigiu aos apoiadores da Rede: "Ainda somos um partido. Não temos registro, mas temos o mais importante: temos ética. Vamos ficar mais fortes." Ela deve decidir nesta sexta eventual recurso contra a decisão do TSE e se vai se candidatar por outra legenda em 2014.
O tribunal converteu o pedido de criação da legenda em "diligência", o que permite que Marina apresente mais assinaturas. No entanto, como o prazo para concessão de registro termina no sábado (5) e até lá não haverá nova sessão da Corte eleitoral, o partido não poderá participar da disputa de 2014.
Partido não é criado para concorrer a um pleito apenas. Partidos se destinam à formação da vontade política. O Ministério Público faz votos para que isso seja conquistado, fortalecendo a democracia."
Eugênio Aragão, vice-procurador-geral eleitoral
Marina ainda pode se filiar a um outro partido até sábado caso queira participar da disputa presidencial - segundo a última pesquisa Ibope, Marina estava em segundo lugar nas intenções de voto. Ela acompanha o julgamento da primeira fileira ao lado do advogado Torquato Jardim e apoiadores da Rede.
A senadora queria que o TSE validasse 95 mil assinaturas de apoio que foram rejeitadas pelos cartórios eleitorais. Ela argumentou que os cartórios rejeitaram sem motivo assinaturas de jovens e idosos, cuja participação em eleições anteriores foi facultativa. A maioria dos ministros do tribunal, no entanto, entendeu que os cartórios têm autonomia para verificar se a ficha de apoio apresentou os requisitos ou não para ser validada.
Argumentos dos ministros
Ao rejeitar o pedido de criação do partido de Marina Silva, a relatora Laurita Vaz afirmou que é "inconciliável" o pedido de validação das assinaturas rejeitadas. Ela explicou que Marina Silva deveria ter questionado as anulações diretamente nos cartórios. "É inconciliável o requerimento da requerente de que se procedesse o reconhecimento das assinaturas por presunção."
Ainda segundo Laurita Vaz, cabe ao partido comprovar a validade das assinaturas e não aos cartórios. "Não há como admitir que a falta de uma oportuna verificação pelo próprio partido das 95 mil assinaturas perante cada cartório esteja suprido nos presentes autos. Isso porque incumbe ao responsável pelos partidos a verificação dos motivos do acolhimento parcial das assinaturas."
Primeiro ministro a votar após a relatora, o ministro João Otávio de Noronha afirmou que Marina Silva é reconhecida como "ícone da ética na política". Ele destacou, porém, que cabe ao tribunal verificar se os requisitos objetivos previstos na lei foram cumpridos. Para ele, não cabe à Corte verificar se a rejeição de assinaturas foi justificável.
"A questão não se resolve no plano ético, se resolve no plano da legalidade. O número mínimo não é apenas exigência de resolução do TSE. É antes uma exigência da lei", afirmou.
O ministro João Otávio Noronha disse ainda que "não faltam partidos para quem quiser concorrer" às eleições.
A ministra Luciana Lóssio iniciou o voto elogiando a forma "ética" com que a Rede Sustentabilidade conduziu o processo de criação do partido, mas disse que a falta de apoio mínimo não pode ser superada.
"Não há como ir de encontro ou sequer questionar o voto da relatora. Contra fatos não há argumentos. E o fato é que o partido obteve ao menos o total de 442 mil eleitores, como, quando sabemos, o número seria de 491 mil."
Marco Aurélio Mello também disse que não se pode contrariar a legislação. "Não posso estabelecer para o caso concreto critério que mitiga a exigência constante da lei."
Único a votar a favor do registro da Rede, Gilmar Mendes disse que as assinaturas rejeitadas deveriam ser validadas porque houve "abuso" por parte dos cartórios.
"Não se trata de aceitar partido com menor número de assinaturas, não. Se trata de dizer que, nesse caso, houve uma situação de abuso que justifica sim o reconhecimento dessas assinaturas que restaram invalidadas sem qualquer motivação. Não se trata de descumprir a legislação, mas de aplicar a legislação. Com o princípio da proporcionalidade", disse Gilmar Mendes, que completou que Marina já foi vítima de "casuísmo" em projeto discutido no Congresso que cria restrições a novas siglas.
Presidente do TSE, Cármen Lúcia discordou de Gilmar: "Aprovar um partido sem as assinaturas necessárias aí, sim seria casuísmo. Seria situação fora do comum."
Defesa x acusação
Torquato Jardim pediu a validação das assinaturas negadas porque não houve motivo para a rejeição. "[É preciso] que se confira a validade de apoiamentos não certificados em razão da inépcia do Estado, sem qualquer suspeita de fraude e com lisura de conduta, conforme parecer do Ministério Público."
Para o advogado, os cartórios deveriam ter explicado as razões. "95 mil assinaturas foram negadas sem fundamentação nenhuma. Atos administrativos devem ser motivados. Ter motivação explícita, clara e congruente."
O vice-procurador-geral eleitoral, Eugênio Aragão, se manifestou contra a criação do partido, mas ressaltou que a Rede ainda poderá concorrer em outras eleições.
"Não está o partido em condição ainda de ser registrado. A circunstância de não conseguir a Rede fazer filiações até 5 de outubro não deve ser desistímulo para se esforçar para obter apoiamento. Partido não é criado para concorrer a um pleito apenas. Partidos se destinam a formação da vontade política. O Ministério Público faz votos para que isso seja conquistado, fortalecendo a democracia."
A ex-senadora Marina Silva no plenário do TSE antes do início da sessão que analisou o registro da Rede  (Foto: Andre Dusek/Estadão Conteúdo)A ex-senadora Marina Silva no plenário do TSE antes do início da sessão que analisou o registro da Rede (Foto: Andre Dusek/Estadão Conteúdo)

Relembrando: 'Primeiro partido clandestino'


05/10/2013 16h39 - Atualizado em 05/10/2013 21h41


Marina Silva se filia ao PSB e diz que apoia candidatura de Campos
Apoiadores de Marina devem se filiar ao PSB e depois migrar para a Rede.
'[Rede] é 1º partido clandestino criado em plena democracia', disse Marina.




Fabiano Costa e Felipe Néri
Do G1, em Brasília


Marina Silva em cerimônia de filiação ao PSB (Foto: Ueslei Marcelino / Reuters)
Marina Silva em cerimônia de filiação ao PSB (Foto: Ueslei Marcelino / Reuters)
A ex-senadora do Acre Marina Silva assinou neste sábado (5), em evento no Hotel Nacional, em Brasília, ficha de filiação ao PSB, partido presidido pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos.
Ela afirmou que apoia a candidatura de Campos à Presidência, mas não disse se pode ser vice em uma chapa encabeçada pelo pernambucano. "Estou aqui não para pleitear candidatura, mas para apresentar junto contigo um programa para sociedade brasileira que seja capaz de alinhamento histórico e sepultar de vez a velha República", disse, dirigindo-se a Campos, que estava ao lado de Marina na cerimônia.
Após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitar na última semana o registro do partido que ela fundou, o Rede Sustentabilidade, por falta de comprovação do número de assinaturas de apoio previsto em lei, Marina havia sido convidada por outras legendas, como PPS e PEN. Este sábado era o último dia para que a ex-senadora se filiasse a algum partido - pela legislação eleitoral, quem quer concorrer nas eleições deve estar filiado ao partido um ano antes da eleição.
Isso aqui não é Marina entrando num partido para participar da eleição. É Marina entrando num partido para chancelar o programa da Rede Sustentabilidade e, na discussão democrática, adensar o programa de candidatura que já está posta"
Marina Silva, durante discurso em evento de filiação ao PSB
A aliança política entre Marina e Campos foi costurada entre a noite de sexta e a manhã deste sábado. Ainda durante a noite, Eduardo Campos desembarcou em Brasília para propor a união.
Em entrevista ao G1, um dos principais auxiliares de Marina, Bazileu Margarido, informou que ela se colocou à disposição para ser vice. Eduardo Campos e Marina aparecem nas pesquisas eleitorais como pré-candidatos à Presidência da República nas eleições do ano que vem - segundo o último levantamento do Ibope, Marina estava em segundo lugar com 16% das intenções de voto, enquanto Campos tinha 4%, em quarto lugar.
Não queremos reduzir debate entre Rede e PSB, queremos debate com a sociedade, e vamos no tempo certo tomar as decisões"
Eduardo Campos, ao responder se quer Marina como vice
Apesar das especulações sobre a possibilidade de ela ser candidata a vice, Marina se limitou a anunciar sua filiação ao PSB. A decisão sobre como será a composição da chapa deve ser tomada no ano que vem.
Ao ser perguntado sobre se quer Marina como vice, Eduardo Campos afirmou: "Esse debate ele vai além, muito além da formação de chapa. No tempo certo vamos formar chapa para defender o conteúdo que estamos começando a discutir. [...] Vamos no tempo certo tomar a decisão ao lado de outras forças políticas que podem se somar a esse esforço. Não queremos reduzir debate entre Rede e PSB, queremos debate com a sociedade, e vamos no tempo certo tomar as decisões."
'Primeiro partido clandestino'

Em discurso na cerimônia de filiação, Marina agradeceu ao PSB por fazer aliança com a Rede, apesar de o partido não estar oficialmente criado. Após o TSE barrar o registro, a Rede terá que apresentar mais assinaturas de apoio e ainda poderá ter o registro deferido. Marina e seu grupo poderão migrar para a Rede depois.
"Somos o primeiro partido clandestino criado em plena democracia. Quero agradecer aos companheiros do PSB a chancela política e eleitoral que a Justiça eleitoral não nos deu."
Ela afirmou ainda que continuará "porta-voz" da Rede e que sua filiação ao PSB é "democrática". "Eu continuarei porta-voz da Rede Sustentabilidade. [A filiação ao PSB] É filiação democrática. Não é o mais do mesmo, não é previsivel. É o que surpreendeu. Porque a política não é só previsibilidade."
Marina citou ainda que não pretende fazer "oposição por oposição". "Achavam que já tinham nos abatido, mas estamos aqui para dizer que essa aliança não é para destruir, é para construir. Nosso objetivo não é oposição por oposição, nem situação por situação, é assumir posição."
A ex-senadora acrescentou que não entrou no PSB para participar da eleição. "Isso aqui não é Marina entrando num partido para participar da eleição. É Marina entrando num partido para chancelar o programa da Rede Sustentabilidade e, na discussão democrática, adensar o programa de candidatura que já está posta", disse.
Marina Silva relatou que, quando o TSE barrou o registro da Rede, ela própria pensou no PSB e tomou a iniciativa de procurar Campos. "Pensei 'acho que vou trabalhar plano C'. [..] Pensei 'quem é o plano C? É o Eduardo Campos, é o PSB. E por quê? [...] Primeiro porque é partido histórico, com bandeiras históricas, e no dia da fundação nos mandou carta assinada por seu presidente, antecipando esse momento que talvez só Deus sabia."
Terceira via
Segundo interlocutores, pesou na decisão o desejo comum de Eduardo Campos e Marina de construir uma "terceira via" no cenário político, que fuja da polarização entre PT e PSDB,  consolidada nas últimas eleições presidenciais. Há cerca de duas semanas, Campos anunciou que o PSB deixaria os cargos no governo federal para "ficar à vontade" para "debater" o Brasil.
Ainda pela manhã, Marina se reuniu com o presidente do PPS, Roberto Freire, para comunicar a proposta e tentar compor uma aliança. Freire, no entanto, que havia oferecido o PPS para Marina concorrer ao Planalto, não se comprometeu com o apoio e manifestou posição crítica à aliança.
Programas e partidos
No acordo entre Marina e Eduardo ficou acertada uma "convergência" dos programas partidários de cada partido. Isso inclui incorporar ao PSB propostas já preparadas pelo grupo da ex-senadora, identificada com a defesa do desenvolvimento sustentável. Foi lido no evento um documento sobre os termos da coligação - leia a íntegra no Blog do Camarotti.
Desde que teve negado o registro da Rede para concorrer em 2014, Marina recebeu convite de várias siglas, como o novato PEN e integrantes do PTB, além do próprio PPS. Agora, Marina e Campos devem buscar mais aliados para fortalecer a campanha do ano que vem.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Imagem da Nasa mostra suposto alienígena e sua sombra na Lua

14 de agosto de 2014 • 12h13

Foto foi retirada do Google Moon e hipótese tem gerado comentários de diversos internautas



No vídeo, o usuário deixa claro onde, supostamente, estaria o ser semelhante ao humano (apontado pela palavra 'Man') e sua sombraFoto: Youtube/ Wowforreeel / Reprodução

Uma das milhões de imagens da Lua divulgadas pela Nasa tem sido alvo de comentários de internautas. Há quem acredite que a foto retrate um alienígena e sua sombra, caminhando pelo solo lunar. As informações são do The Huffington Post.

Segundo a publicação, a imagem foi retirada do Google Moon - um arquivo de fotos da Lua, feitas pela agência espacial e disponibilizadas gratuitamente na internet.

O primeiro a investigar a figura foi um usuário do Youtube chamado Wowforreeel. Em um vídeo publicado, o usuário mostra a localização exata do suposto alienígena na Lua.

Nasa divulga foto noturna da Península Ibérica tirada da ISS


Nintendo pode estar trabalhando em game de alienígenas


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Os mais incrédulos defendem que a mancha escura na imagem pode ser explicada como um truque de luz ou uma falha na lente da câmera. No entanto, muitos internautas assumem que a imagem possa ser o vulto de um ser semelhante a um humano, caminhando pela Lua. A imagem será analisada por especialistas.

by Terra

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Brasil - O que acontece quando um candidato à Presidência morre?






O que diz a legislação sobre as regras para a escolha de um substituto

NATHALIA TAVOLIERI
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O Palácio do Planalto, em Brasília, onde trabalha o presidente da República. O que acontece quando um candidato à Presidência morre antes das eleições? (Foto: Divulgação / Palácio do Planalto)


A menos de dois meses das eleições de 2014, o candidato à Presidência da República pelo PSB, Eduardo Campos (PE), morreu num trágico acidente áereo. A morte do ex-governador de Pernambuco, que estava em terceiro lugar nas pesquisas eleitorais, deixou um vazio para seus familiares, amigos e colegas de partido. Entre o eleitorado, suscitou perguntas. O que acontece quando um candidato à Presidência morre?

De acordo com a legislação brasileira, o partido tem um prazo de até 10 dias corridos para escolher um substituto. O prazo começa a contar a partir da data da morte. No caso de Eduardo Campos, o prazo da coligação Unidos para o Brasil (formada pelo PSB, Rede Sustentabilidade, PPS, PPL, PRP e PHS) termina no dia 23 de agosto, um sábado.

O novo candidato pode ser tanto um membro do partido como das legendas de coalizão, desde que o partido político ao qual pertencia o candidato abra mão de sua preferência. A vice de Eduardo Campos, Marina Silva, pode ser sua substituta. Como o pedido de registro da Rede Sustentabilidade foi rejeitado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Marina se filiou pelo PSB. Portanto, é membro do partido que tem preferência de escolha. A decisão precisa do apoio da maioria absoluta da direção nacional do partido, ou da direção das legendas coligadas.

Também é o partido ou coligação que escolhe quem será o vice-candidato, que pode ou não continuar a mesma pessoa. Caso o partido não aponte um novo nome, o novo candidato tem até 48 horas para definir quem será seu vice.

Esses procedimentos acontecem tanto em casos de morte, como de renúncia, expulsões e indeferimento de registro, por inelegibilidade ou cassação de mandato, por exemplo. Nessas situações, a substituição do candidato pode ser feita em até 20 dias antes das eleições – exceto nos casos de morte. Quando o candidato morre, a substituição pode ser requerida depois desse prazo. Até mesmo no dia da eleição.

Se não não der tempo de mudar a foto e nome do candidato nas urnas eletrônicas, o novo candidato concorrerá ao pleito com nome, número e fotografia do substituído. "O partido deverá esclarecer ao eleitor sobre essa substituição de candidatos", afirma o advogado Arthur Rollo, especialista em direito eleitoral. "Cabe ao partido e à coligação saber dosar informação, memória e emoção, no horário eleitoral. Se as propagandas forem muito apelativas, o TSE poderá vetá-las", diz Rollo, já que essas propagandas devem ser usadas para abordar os programas políticos dos candidatos.

by Veja

Suzane von Richthofen vai para o regime semiaberto

Justiça


Ela foi condenada a 39 anos de prisão por tramar a morte dos pais, em 2002. Atualmente, cumpre pena em Tremembé

Suzane Von Richthofen sendo libertada do centro de ressocialização feminina de Rio Claro - 29/06/2005
Suzane Von Richthofen sendo libertada do centro de ressocialização feminina de Rio Claro - 29/06/2005 (Robson Fernandes/AE/VEJA)
O advogado de Suzane von Richthofen, Mauro Otávio Nassif, confirmou nesta quarta-feira que sua cliente vai cumprir em regime semiaberto o restante da pena pelo assassinato dos pais, ocorrido em 2002. Suzane, que hoje tem 30 anos, cumpre pena no presídio de Tremembé, no interior paulista. Ela está na unidade desde 2006, quando foi condenada a 39 anos de prisão.
Nassif afirmou que ainda não foi notificado oficialmente pela juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani, da Vara das Execuções Criminais de Taubaté (SP), mas comemorou o fato. "Ela está feliz com a decisão e vai começar vida nova. Ela só tem 30 anos, é jovem ainda", disse.
Suzane, segundo o advogado, vai trabalhar como secretária executiva no escritório de outro advogado, Dernivaldo Barmi, que também a defende no processo e é amigo da família. O escritório fica na Vila Mariana, na Zona Sul da capital, e ainda não se sabe em que presídio ela deverá se apresentar todos as noites, após a jornada de trabalho.
Para Nassif, dificilmente o promotor, que deverá apelar da decisão, terá sucesso. "Isso deve levar um ano e como na Lei de Execuções Criminais não há efeito suspensivo em caso de recurso, ela será beneficiada tão logo os trâmites sejam cumpridos", disse. Ela só voltaria ao sistema fechado se a decisão da juíza for reformada, o que, segundo Nassif, é difícil acontecer.
Suzane foi condenada por planejar e participar da morte dos pais, o casal Manfred Albert e Marísia Von Richtofen, em outubro de 2002. Os dois foram assassinados pelos irmãos Daniel, namorado de Suzane, e Christian Cravinhos. De acordo com a investigação, Suzane não se relacionava bem com os pais, que não concordavam com o namoro, e pretendia ficar com o dinheiro da herança. Ela confessou o crime e foi condenada a 39 anos de reclusão em regime fechado. Os irmãos Cravinhos também foram condenados, mas passaram a cumprir a pena em regime semiaberto em fevereiro de 2013.
(Com Estadão Conteúdo)

Veja a lista de mortos no acidente de avião que matou Eduardo Campos

13/08/2014

Jato caiu sobre casas em Santos (SP) com sete pessoas a bordo.
Presidenciável do PSB tinha viajado para cumprir agenda de campanha.

Do G1, em São Paulo
A queda de um avião em Santos, na manhã desta quarta-feira (13), levou à morte sete pessoas. Entre elas estava o candidato à presidência pelo PSB, Eduardo Campos.

Veja abaixo a lista das vítimas do acidente:

Alexandre Severo Gomes da Silva era foógrafo (Foto: Sabrina Meira/Arquivo pessoal )Alexandre Severo Gomes da Silva era fotógrafo
(Foto: Sabrina Meira/Arquivo pessoal )
Alexandre Severo Gomes da Silva, fotógrafo
Nasceu no Recife, em 1978. Começou a fotografar em 2002. Formou-se na Universidade Católica de Pernambuco em 2011 e concluiu o curso de pós-graduação em fotografia na FAAP em 2014. Foi fotógrafo no Jornal do Commercio entre 2005 e 2011. Morava em São Paulo.



 

Carlos Percol, assessor de imprensa de Eduardo Campos que morreu na queda de avião. (Foto: Reprodução / TV Globo)Carlos Percol, assessor de imprensa de Campos, 
morreu na queda de avião
(Foto: Reprodução / TV Globo)
Carlos Augusto Ramos Leal Filho, assessor
Conhecido como Percol, o jornalista de 36 anos era assessor de imprensa. Durante o governo de Eduardo Campos em Pernambuco, foi gerente de Relações com a Imprensa, assessorando diretamente o governador. Em 2012, coordenou a comunicação da campanha de Geraldo Julio, que se elegeu prefeito de Recife, e foi nomeado secretário de imprensa da gestão.



Eduardo Campos em entrevista ao G1, que foi transmitida ao vivo na segunda-feira (11) (Foto: Caio Kenji/G1)Eduardo Campos em entrevista ao G1, que foi
transmitida ao vivo na segunda-feira (11)
(Foto: Caio Kenji/G1)
Eduardo Henrique Acioly Campos, candidado à presidência
Nascido em Recife, era presidenciável pelo PSB. Ele foi deputado federal e governou Pernambuco por dois mandatos. Saiba mais.






Geraldo da Cunha, piloto

Marcos Martins, piloto
Ele era natural de Castelo Branco (PR) e vivia em São Paulo. Tinha 42 anos e exercia a profissão há aproximadamente 15 anos. Era casado com Flávia Vargas Martins, de 32 anos, e deixou dois filhos, um de 7 anos e outro de 2, de acordo com a sogra Lourdes Vargas.

Marcelo de Oliveira Lyra era cinegrafista (Foto: Reprodução/Instagram)Marcelo de Oliveira Lyra era cinegrafista
(Foto: Reprodução/Instagram)
Marcelo de Oliveira Lyra, cinegrafista
 






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(Foto: Reprodução/TV Sergipe
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