quinta-feira, 6 de outubro de 2016

As mulheres com mais de 40 são incomparáveis




O jornalista norte-americano Andy Rooney (1919-2011) teve uma vida longa. Ele fez reportagens nos campos de concentração nazistas, apresentou um quadro chamado ’Alguns Minutos com Andy Rooney’ na TV CBS, foi condecorado com a Medalha Estrela de Bronze e com a Medalha do Ar e ficou famoso por várias conquistas. Um de seus temas preferidos era a preferência dos homens por mulheres veteranas ao invés daquelas um pouco mais novas.
Com o passar do tempo, valorizo e admiro mais as mulheres com mais de 40.
São muitas as razões que me fazem pensar assim. Uma mulher de 40 anos nunca vai te acordar durante a noite para perguntar «Em que você está pensando?». Ela não tá nem aí para o que você pensa. Se uma dama de mais de 40 anos não quer assistir futebol na televisão, ela não vai ficar do seu lado atrapalhando. Não, ela vai fazer alguma coisa para ela, na maior parte das vezes alguma coisa muito mais interessante. Uma mulher de 40 ou mais se conhece suficientemente bem para saber quem ela é, o que ela quer e o que esperar dos outros. Poucas mulheres desta idade estão preocupadas com o que você pode pensar sobre o que elas fazem.
As mulheres de 40 ou mais têm senso de dignidade. É muito raro que façam drama numa ópera ou em um restaurante. Claro, se você merecer ela vai atacar com tudo, e onde mais dói, mas vai sair tranquila, como se nada tivesse acontecido.
As mulheres adultas não fingem falsa modéstia porque elas sabem muito bem o que é a ingratidão.
Uma mulher de 40 anos não tem nenhum problema em te apresentar para as amigas dela. Algumas mulheres mais jovens tentariam evitar o encontro, inclusive com as suas melhores amigas, porque lhes falta confiança. As mulheres com experiência não estão nem aí se as suas amigas são atraentes. Elas sabem que as amigas — as verdadeiras — nunca farão nada contra elas.
As mulheres de 40 anos ou mais têm a intuição de um oráculo. Você nunca precisa se confessar, elas já sabem tudo sobre você e sobre seus sentimentos.
O batom vermelho fica ótimo em mulheres de 40 anos. O mesmo não acontece com as mais jovens. Se você for capaz de relevar algumas rugas, você irá perceber que as mulheres de 40 ou mais são muito mais sensuais e atraentes do que a maioria das mais jovens.
As mulheres de 40 são sinceras e não têm papas na língua. Não têm medo de dizer na frente dos outros se você é um imbecil ou se você se comporta como tal. Você nunca terá que adivinhar o que ela pensa sobre você. Ela mesma vai te dizer.
São muitas as razões pelas quais podemos admirar uma mulher de mais de 40. Infelizmente não posso dizer o mesmo dos homens. Por cada bela dama que viveu mais de 4 décadas há um fóssil careca e barrigudo com calças amareladas que sabe exatamente como fazer papel de ridículo na frente de uma garçonete de 20 anos.
Senhoras, peço perdão.
Para todos os homens que dizem «por que comprar uma vaca inteira se eu posso ter leite sempre que eu quiser?», tenho uma coisa a dizer: hoje em dia, 80% das mulheres não estão interessadas em casamento. Por quê? Porque elas sabem que não tem sentido comprar um porco inteiro apenas por um punhado de salsicha.

by IncrivelClub

Furacão fecha Disney e outros parques de Orlando, e cancela voos no Brasil


Imagens de satélite coletadas pela NASA.
Imagens de satélite coletadas pela NASA: maior furacão da última década
Após atingir o Haiti, a República Dominicana e Cuba, no Caribe, o furacão Matthew, o mais poderoso no Oceano Atlântico em quase uma década, deve atingir o estado da Flórida, nos Estados Unidos, nas próximas horas desta quinta-feira (6). Até agora, a tempestade, que ganhou força na última madrugada, quando passava pela região das Bahamas, já deixou uma trilha de inundações, vários estabelecimentos destruídos, milhares de pessoas desabrigadas e 108 mortos, todos no Haiti.
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O Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos, prevê ventos de até 209 quilômetros por hora, alcançando o número 4 na escala de intensidade Saffir-Simpson e tempestades fortes com até 38,1 centímetros de chuva.
Infográfico do percurso do furacão Matthew. (Foto: Estadão Conteúdo)
A possível ameaça fez com que as autoridades americanas mandassem um alerta a cerca de duas milhões de pessoas da costa leste americana, pedindo que elas deixassem suas casas e procurassem um abrigo no interior do estado.
Em Orlando, os parques temáticos mudaram sua programação e horário de funcionamento. O Walt Disney Resort e o Universal Studios ficarão abertos até as 17h de hoje e permanecerão fechados nesta sexta-feira, (7). O SeaWorld e fechou às 14h desta quinta, e também não abre na sexta, assim como o Legoland Florida, a cerca de uma hora e meia de Orlando. Ainda não se sabe se os visitantes que teriam ingressos para esse dia serão ressarcidos, ou se poderão visitá-los em outro dia.
Magic Kingdom, da Disney, em Orlando: fechado na sexta-feira (Foto: divulgação)
O incidente também fez com que três voos que seguiriam de São Paulo para a Flórida fossem cancelados: dois rumo a Miami, pela American Airlines; e um da LATAM, para Orlando. De acordo com a assessoria do Aeroporto Internacional de Guarulhos, outros dois voos da LATAM estão com atrasos: o 8094 e 0 8090 – este último deve decolar somente na madrugada de sexta (7).
Em Miami e Orlando, lojas e shoppings estão fechando mais cedo, e não há mais água para comprar em vários supermercados das duas cidades.
Confira algumas medidas de segurança divulgadas pelo governo americano para quem mora ou estará na Flórida nos próximos dias:
-Fazer um estoque de alimentos não perecíveis para, no mínimo, três dias;
-Congelar água em sacos e garrafas plásticas, a fim de mantê-las geladas por mais tempo;
-Carregar todos os celulares;
-Encher o tanque de gasolina, para o caso de evacuação da cidade;
-Colocar protetores em portas e janelas;
-Não estacionar carros perto ou embaixo de árvores;
-Ter um kit de emergência com produtos de higiene, algumas peças de roupa, cobertor, medicamentos, lanterna, fósforos e rádio de pilha.
Por Laís Franklin

Inveja não é desejar o que o outro tem, e sim, destruir o que o outro tem de bom. (Melanie Klein)


Apesar de frequentemente negada, a inveja é um sentimento que surge desde a infância e que deverá ser elaborada durante a maturação do indivíduo.




A sociedade que se apresenta nos dias atuais parece ser baseada apenas no ter, no fazer e no adquirir. O ser humano parece viver um momento onde a posse das coisas é mais importante e estimulada perante a grande maioria das pessoas do que conquistas e desejos internos. Muitos relacionamentos podem funcionar nesta base, onde a percepção do outro pode estar vinculada ao que ele proporciona em termos de aparência e não em suas verdadeiras contribuições emocionais.

Enquanto a busca por um corpo perfeito se anuncia na caminhada de muitos, através de dietas, academias e ingestão de medicamentos que prometem grandes milagres, cada vez mais a importância com as emoções e com a saúde mental vai se perdendo. A grande ironia é que o impulso para adquirir um belo corpo, uma conta bancária recheada e a posse de muitos produtos estão em algo associado aos desejos inconscientes e como se reage a eles.

Ao mesmo tempo em que a sociedade aceita certos padrões, atitudes e assuntos, tende a ser hipócrita quando são mencionadas as malignidades comuns aos seres humanos. A maioria das pessoas tenta se ausentar de observações dessa natureza. Os indivíduos, de modo geral, têm grande resistência quando a psicanálise afirma que o mal está em todos e que a hostilidade, a vingança, a tortura e a inveja pertencem ao homem.


A prosperidade alheia

Um desses sentimentos, por exemplo, é o da inveja. A frase de Nelson Rodrigues, “Amigos verdadeiros não são aqueles que te acompanham nos momentos ruins de sua vida e sim aqueles que suportam o seu sucesso”, exemplifica quanto a inveja está ao redor e pertence quase que à rotina, muito mais do que se imagina.

A proposta aqui é refletir se realmente as pessoas se incomodam com a prosperidade alheia. E caso seja afirmativo, qual seria a reação subsequente? Talvez mais interessante fosse causar movimento na própria vida ao invés de invejar o seu colega ao lado. Será possível controlar esse sentimento que todos conhecem, mas que poucos admitem tê-lo? O que faremos então? Interessante é perceber que as pessoas vivenciam a inveja e falam dela, mas utilizam outros nomes, já que a inveja é tida como sentimento repulsivo – o máximo que podem admitir é ter inveja boa e o interessante é que esse termo (inveja boa), além de ser incorreto, não existe.

Portanto, a fofoca, que é uma ferramenta para depreciar além de tencionar o controle ilusório do seu alvo, e o ciúme – sentimento onde se idealiza eliminar a pessoa que supostamente pode estar ameaçando o relacionamento – são diferentes nomes para se referir à presença da mascarada inveja.

Saber que a sociedade tende a aceitar melhor a fofoca e o ciúme e condena a sua manifestação pura não evita a atuação do invejoso. Reprimir nunca é a solução. A violência das manifestações varia muito – desde uma simples tentativa de destruir o outro com palavras, causando intrigas, até a destruição de fato.
Melanie Klein e a primeira inveja

Segundo Elisabeth Roudinesco, em seu dicionário de psicanálise, Melanie Klein (1882-1960) introduz pela primeira vez o termo inveja em 1924, atribuindo esse sentimento a desejos inconscientes de destruição ao objeto no qual há relacionamento. A primeira manifestação da inveja, já no nascimento, seria, portanto, contra o seio materno. Quando o bebê nasce, ele é expulso de um paraíso onde não sentia fome, dor, sede ou qualquer vicissitude (mudanças ou diversidades de coisas que se sucedem). O aparelho psíquico dele ainda não pode perceber a existência de si mesmo e muito menos de um outro. As suas primeiras relações, na grande maioria da população, são com sua mãe, que lhe oferece o seio para aplacar a fome e sanar tal desconforto.

Tem-se, portanto, uma relação de total dependência, onde o bebê sobreviverá apenas se a mãe ofertar seu leite e carinho. Esse é o protótipo das primeiras relações, que influenciará o adulto em maior ou menor grau nas suas relações futuras. No imaginário do bebê, a mãe, conforme vai se constituindo como um ser separado dele, possui a totalidade das coisas. O bebê tem a fantasia de que a mãe contém a completude que ele sentia no útero e, ao mesmo tempo, ele se percebe incompleto. A corrida inicia-se, o bebê quer retornar à sensação de perfeição e o alvo será o único objeto de relação: a mãe.

O sentimento que nasce no bebê diante dessa ilusão de “tudo ou nada” é a inveja. Invejar é querer destruir o que o outro tem, de forma a acabar com a relação de dependência. Portanto, quando o bebê sente fome e a mãe não está lá no exato momento de sua fome, o seio pode ser recebido com mordidas e beliscões. Essa reação, segundo Melanie Klein, demonstra a existência da inveja primária.

No ínterim entre a espera e o momento de saciar sua fome, o bebê começa a fantasiar sobre a inveja e através do seu pensamento mágico acredita que pode e está destruindo o seio (Continente de tudo). A inveja primária, então, é inerente ao ser humano, e esses registros são arquivados no inconsciente de todos. Quando há interferência, a palavra inconsciente é uma alusão de desejos que não podem ser controlados e nem percebidos. A existência deles só podem ser observados através das reações.

Todavia, a todo momento em que o ser humano é colocado frente a algo ou alguém a quem acredita que possui mais do que si, a inveja pode ser acionada. Não se inveja apenas a prosperidade, mas também as capacidades contidas no outro. Sempre se inveja o que é bom, já que trata-se de uma imitação do primeiro modelo mãe/bebê. Como dito acima, não existe inveja boa, já que esse termo está sempre relacionado à destruição, a tentar esvaziar as capacidades do outro, a esgotar suas conquistas. Suportar o sucesso de alguém é estar em constante encontro com os próprios sentimentos invejosos. A grande maioria dos bebês enfrenta esse conflito, suporta a inveja e continua o seu desenvolvimento.
No adulto

Para Melanie Klein, a sequência maturacional e emocional somente pode ser conquistada de forma satisfatória caso o bebê sustente pequenas doses de inveja sem provocar sem provocar destruições, mesmo que imaginárias, no seio em outro objeto com o qual esteja se relacionando. Quando se fala em objeto, nesse texto, refere-se a uma palavra técnica em psicanálise que significa tudo, seja uma pessoa ou uma coisa que fazem parte. Importante compreender é que as destruições em fantasia, e obviamente não na realidade, ainda assim são inveja.

No entanto, lidar com a inveja não é algo tão simples. Esse sentimento dispara a ansiedade, e se para um adulto contê-la é difícil, imagine para um bebê que ainda não tem completa noção da realidade e se depara com um meio assustador e desconhecido.

Existem mecanismo internos que defendem o sujeito dessa ansiedade, e uma das formas encontradas pelo aparelho psíquico é expulsar esse mal angustiante de dentro e depositá-lo no meio ambiente. Quando isso ocorre, o meio externo passa a ser sentido como perseguidor. O indivíduo observa, por exemplo, um grupo de pessoas conhecidas, e sente que esse grupo está falando mal dele. Essa sensação é proveniente da inveja, mas passa a ser depositada em caráter defensivo na realidade. Em verdade, esse grupo de pessoas não está comentando sobre o sujeito, mas o sentido interno de que o meio ambiente oferece perseguição é intenso a ponto de se acreditar nessa fantasia.

Nota-se que se relacionar com um indivíduo portador de grau considerável de inveja torna-se bastante dificultoso, já que é comumente aceito buscar um círculo social de pessoas com afinidades de pensamentos e, facilmente, esse sujeito pode vir a ser alvo de inveja logo que represente algo admirável.

O invejoso apresentará dificuldade em usufruir das boas coisas da vida, de amigos que possam proporcionar momentos agradáveis e sentir prazer por elas, valorizar pequenos feitos e realizações. Cabe lembrar que todas as movimentações desse sujeito estão para tentar eliminar a diferença que possa existir entre o eu e o outro. Já que não se tem posse de algo que se deseja, a tentativa será destruir, pois assim a equação se igualaria.

Somente quando se percebe que a vida não é perfeita é que se pode aproveitar a realidade em si e usufruí-la, tendo gratidão pela vivência. Se o sujeito se fecha em si, afasta os outros e é incapaz de saber aproveitar os prazeres; pode-se estar de frente para a inveja. Exatamente da mesma forma que o bebê tenta encontrar a sua completude e acredita que a mãe está completa, a pessoa que cria a ilusão da perfeição – de casamento, de carreira profissional, de filhos, de empreendimentos perfeitos e plenos -, está fadada a não gozar a vida. Essa forma de pensar impede os prazeres, já que essa caminhada é impossível de ser realizada.

A clínica psicanalítica tem por objetivo levar o indivíduo a se relacionar com a realidade e aceitá-la. A ideia é trabalhar com o que se tem e realmente se pode. O filósofo grego Epicuro dizia que “as pessoas felizes lembram o passado com gratidão, alegram-se com o presente e encaram o futuro sem medo”. Seu objetivo era atingir a felicidade onde para ele seria a completa ausência de dor.

Melanie Klein, em sua obra Inveja e Gratidão, apresenta a teoria de que somente a gratidão é que pode ajudar o indivíduo a suportar a inveja. Conclui-se, portanto que ser grato diante da realidade é sem dúvida chegar mais perto da felicidade.
Inveja branca

É da natureza humana sentir inveja. Por mais que a gente tente evitar, é impossível não desejar para nós o que os outros têm: seja mais dinheiro, um emprego melhor, ou até traços da personalidade, como ser mais engraçado. Lógico que se sentir “verde de inveja” não é nada bom, mas a chamada “inveja branca” pode, sim, ser boa para você.

Não entende qual a diferença entre esses dois tipos de sentimento? De acordo com psicólogos, a inveja “verde” é destrutiva – você acha que o sucesso de alguém que alcançou o que você queria não é merecido e deseja que aquela pessoa se dê mal. Já a inveja branca surge quando você vê o que os outros alcançam e fica motivado a buscar seus objetivos porque sente que “se outra pessoa conseguiu, você também consegue”.

E é justamente esse o poder da inveja: ela pode motivá-lo. Mas isso só funciona quando você se compara com a pessoa certa. Não adianta ter inveja do Bill Gates e pensar em objetivos que, no momento, não estão em seu alcance. Inveje quem está na mesma situação que você e, usando as mesmas ferramentas que você, está se dando bem.

Quando vemos alguém como nós se dando bem, nos sentimos bem – por mais que exista aquela pontinha de inveja. Isso significa que também somos capazes de alcançar nossos objetivos. E mais- podemos fazer as coisas ainda melhor. Quando você vê um amigo jogando videogame, por exemplo, e observa quais são suas técnicas, pode, a partir dessa observação, criar táticas ainda melhores e ter ainda mais sucesso que ele.

Isso quer dizer que a inveja também nos motiva a ser mais criativos. Afinal, toda a criatividade vem da observação. Um estudo realizado pela Associação Americana de Psicologia, por exemplo, mostra que quem tem a chance de observar alguém realizando uma tarefa primeiro consegue ter mais ideias novas do que aqueles que não observam ninguém praticando as mesmas atividades antes de sua vez.

E, da mesma forma que a inveja te deixa criativo, segundo uma pesquisa publicada no Journal of Personality and Social Psychology, ela pode te deixar mais inteligente. Quando estudantes faziam um teste de matemática sozinhos, eles tiravam notas piores do que quando tinham outros estudantes realizando o mesmo teste, com os quais pudessem comparar sua performance.
Saiba como controlar suas emoções


A raiva, o medo e a inveja são alguns dos sentimentos que nos ajudam a viver e a sobreviver. Fundamentais em doses moderadas, podem botar tudo a perder quando tomam conta de nós. Solução? Aprenda a dominar as suas emoções! Os sentimentos são uma espécie de leme que estabelece, direciona e corrige a rota da vida humana. Mais do que isto, sem eles, provavelmente morreríamos muito cedo, não existiria o conceito de propriedade privada, não haveria democracia, não haveria laços como os do casamento… A lista é imensa. Talvez por esta razão, os sentimentos não tiveram alterações ao longo de milhões de anos de evolução da humanidade. “As emoções servem para que nos adaptemos ao meio em que vivemos, permitindo que possamos nos proteger, expressar o que nos foi agradável ou desagradável e perceber quando ultrapassamos limites”, explica a psicóloga clínica Inês Cavalieri, que atua em aconselhamento e diagnóstico psicológico.

O amor é um sentimento, a saudade é outro. Mas, o nosso objetivo aqui é abordar aqueles sentimentos materializados pela ação ou que a sua manifestação em exagero pode prejudicar o individuo e as pessoas que o cercam. São as emoções perigosas como a raiva, o medo, que em excesso podem trazer danos irreparáveis. Excessos? Ações? “As emoções são sentimentos que podem levar a uma ação. Um sentimento de cólera pode levar a um ataque, um sentimento de tristeza provoca o choro”, esclarece Inês Cavalieri.
Perigo do descontrole

Os sentimentos são fundamentais para a vida, porém, a falta de controle dos sentimentos é tão grave quanto a inexistência deles. Os sentimentos precisam estar equilibrados, caso contrário, o descontrole faz com que você perca o domínio sobre si mesmo, destrói relações de amizade e inviabiliza o convívio em sociedade. E mais: o descontrole constante é responsável por doenças físicas e psicológicas. Alarmante, não? A saída é: vigie e dome os seus sentimentos, antes que eles consigam dominar você.

Lembre-se: não se trata de bloquear esses sentimentos. Na dose certa, eles são fundamentais. Uma pessoa sem agressividade nenhuma não terá força para lutar pelas suas conquistas, se não for ciumenta, não conseguirá cuidar do que é seu. Eles precisam existir, mas em equilíbrio, na dose certa. Eles devem ser externados na hora e na dose certa. Controlados eles só podem fazer bem a sua vida, pois foi para isto que eles foram feitos. “O medo ou a ansiedade, por exemplo, em pequenas doses, pode ajudar você a não se arriscar demais num negócio ou fazer com que você planeje e se prepare para enfrentar melhor uma situação difícil. As emoções também podem funcionar como molas propulsoras para enfrentar desafios”, completa a PhD em psicologia Ana Maria Rossi, especialista em biofeedback e presidente da Isma-Br (International Stress Management Association, associação internacional que estuda o estresse e suas formas de prevenção).

E por falar em estresse, um alerta importante: o descontrole das emoções pode causar e agravar doenças. Pessoas irritáveis tendem a ter mais enxaquecas; o medo descendo a ladeira é péssimo para o coração etc. Isto porque o descontrole maltrata o descontrolado, as vítimas e, finalmente, faz muito mal para o corpo do descontrolado.

Porém, para domá-las é preciso saber a sua função, reconhecê-las, saber a causa e a melhor forma para retomar o equilíbrio. Mas como? A fórmula para colocar as suas emoções nos eixos não existe. É muito complexa, depende da sua força interior, do seu histórico de vivências, das suas crenças e, em muitos casos, requer a ajuda de um especialista. O que existe são alguns caminhos que podem ajudar você a construir o seu próprio autocontrole. Vamos a eles.
Raiva

O que é: a mais destrutiva das emoções. Uma sensação de revolta que faz com que você tenha vontade de gritar, ou esbofetear o rosto de alguém. Geralmente ocasionado quando algo que você considera correto e justo lhe é negado, burlado ou negligenciado. Pode ir desde uma vaga no estacionamento até um processo perdido (por negligência do seu confiável advogado). A raiva surge diante de situações de frustração que despertam a agressividade. Temos raiva quando algo nos desagrada e, por isso, sentimos aquela vontade, geralmente controlada, de “voar no pescoço de alguém”, diz Inês Cavalieri.

Que aparência tem: Lábios cerrados, sobrancelhas arqueadas, respiração acelerada, pupilas dilatadas, taquicardia, músculos contraídos. Em casos mais graves de descontrole: faces intensamente vermelhas (caminhando para o roxo beliscão), olhos arregalados e ameaçadores.

Importância para a sobrevivência: Ferramenta que serve para você defender o seu território, seu ponto de vista, sua vida, além de ajudá-lo a reforçar e manter os seus limites pessoais, profissionais, sociais. “Uma dose de agressividade serve para que você possa enfrentar as dificuldades, defender seus interesses e satisfazer suas necessidades. Sem ela você se tornaria apático”, lembra a psicóloga.

Quando passa da medida: Você já ouviu as expressões “pavio curto” ou “ferver em pouca água”? O termômetro de que a sua raiva passou da medida é quando você entra em estado de ira profunda por um motivo que merecia um simples aborrecimento, isto é, suas explosões são inadequadas. Por exemplo: basta que um amigo se atrase dez minutos, e você já está pronto para explodir. Um incidente no trânsito, você não pode esfolar o infrator (ou devolver a malcriação), é razão de sobra para estragar o seu dia. No trabalho, esqueceram de entregar imediatamente uma encomenda esperada (e que ninguém sabia da urgência) e pronto: você reivindicou aos berros a cabeça do negligente, amaldiçoado e incompetente responsável. Enfim… por tudo e por nada você quase sufoca de tanta raiva.

Mas, cuidado. A raiva velada também é ruim. É como se fosse o mesmo veneno, porém, em doses pequenas. Se é velada, como saber? Este tipo de ira geralmente se autodenuncia através do senso de humor. Não na falta de humor, como é óbvio, mas no tipo de humor. Sob a raiva, muitas pessoas ficam sarcásticas, ácidas, irônicas. De acordo com especialistas 90% do que se passa por humor é, na verdade, uma raiva contida e persistente. Neste caso – e aqui uma questão de estilo do raivoso – a raiva é disfarçada por comentários supostamente humorados, alfinetadas esporádicas, opiniões impiedosas.

Como retomar o controle: Com a civilização, os ensinamentos religiosos e as regras sociais, muitos aprenderam a “engolir” a raiva. Uma atitude nada recomendada. Por quê? As especialistas afirmam que esta medida cria pontos sensíveis que quando são tocados transformam-se em vulcões de ira. Você já presenciou explosões de iras inadequadas e ouviu do raivoso a justificativa “desculpe, mais isto foi a gota d”água”. É isto. Disfarçar ou engolir a raiva é pior. Quando ela se manifestar (e ela algum dia se manifesta), virá com força dobrada, com todo o radicalismo dos não atendidos.

E não subestime a raiva. “A raiva é a mais devastadora de todas as emoções. É intensa, é como se fosse a base de um vulcão, algo em ebulição que consome muita energia. Raiva em excesso gera processos depressivos e autodestrutivos. Não só para o próprio raivoso, mas também para quem convive com ele. Pessoas que não conseguem lidar com a raiva têm 65% mais chance de ter problemas cardíacos”, afirma Ana Maria Rossi.

O que fazer: Primeiro, utilize a sinceridade, quando ficar com raiva diga que está com raiva e explique os seus motivos. Tente expor suas razões e escute a opinião do outro. É uma forma de aliviar e refletir sobre os verdadeiros motivos, além de o outro saber quais são os seus limites. Sim, pois haverá motivos de raiva incuráveis e as pessoas a sua volta precisam saber que exatamente sobre aquele ponto a sua tolerância é zero. Estabeleça quais são os seus limites.

Outra forma de minimizar uma raiva frequente é rever os seus conceitos. Por que isto tem de necessariamente fazer tão mal a você? Segundo as especialistas, a raiva pode ser fruto de padrões ou expectativas pouco realistas em relação às outras pessoas e se este for o caso, cabe o exercício da tolerância e da flexibilidade. Você não faz a mínima ideia se o seu nível de raiva é aceitável ou adequado? Peça feedback, toque no assunto e mencione que você se sente tenso ultimamente, pergunte se o outro não concorda.

Recomendação importante: não cultive a raiva! De acordo com Ana Maria, a raiva é muito comum nos conflitos de trabalho. Raiva do chefe, por exemplo. O subordinado acha que não tem o reconhecimento pelo seu trabalho, que nunca recebe uma palavra positiva. Este quadro é muito perigoso e não pode ser alimentado. “Você pode começar um processo de sabotagem e prejudicar a produção de todos a sua volta, a sua e, em última instância, prejudicar a empresa.” Para controlar a raiva é fundamental expor o que você está sentindo, conversar com o chefe, por exemplo”, diz ela.

Se o seu chefe for intratável ou você simplesmente não o suporta, tente ainda uma solução a curto prazo: a válvula de escape da atividade física intensa. A raiva faz muito mal ao corpo, então, nada melhor do que tratá-lo também. Em médio prazo: procure outro emprego.
Medo


O que é: Mãos suadas, um pavor que percorre cada centímetro da sua pele, blackout mental. Pode sentir-se medo de qualquer coisa: de inícios, de fins, de locais fechados, de mudança, de falar em público… “O medo é a base dos distúrbios de ansiedade e desencadeia as fobias. 13% da população sofre de fobias. As mais comuns são as fobias de lugares abertos, altura, insetos/animais e lugares fechados”, dia Ana Maria.

Que aparência tem: Taquicardia, boca seca, mãos suadas, pupilas dilatadas. Estas e outras reações metabólicas são desencadeadas, levando à produção de cortisol (hormônio relacionado ao estresse). “A presença do hormônio no organismo pode causar tontura, transpiração excessiva, dificuldade em raciocinar, náuseas, palpitação”, detalha ela.

Importância para a sobrevivência: O medo prende a nossa atenção e ajuda-nos a evitar situações perigosas. “O medo é um mecanismo de defesa ativado em caso de perigo real, que prepara o corpo para enfrentar uma ameaça ou fugir dela. Quando, ao atravessar a rua, você ouve uma buzina, automaticamente seus batimentos cardíacos se alteram e seu corpo se prepara para correr”, explica a psicóloga Inês Cavalieri. Este efeito físico do medo se consiste em um dos seus principais prejuízos quando ele surge em um contexto inadequado. Imagine que você não tem controle sobre o seu medo e está fazendo um teste muito importante para a sua carreira. O quadro é: você não consegue se controlar, está apavorado. O medo, neste momento, já desencadeou o processo que confere mais força e energia para a luta ou a fuga, isto é, boa parte do sangue desviou-se do cérebro para os músculos. Mas no teste você precisa do cérebro 100%. E agora?

Fora de si: O sinal do medo inadequado é traduzido por situações que teoricamente deveriam agradar a você, mas, inexplicavelmente, o apavoram. Por exemplo: viajar, iniciar um novo relacionamento, iniciar um esporte…

Como retomar o controle: E aqui a ironia. Medo todos temos, o que é preciso é a coragem para enfrentar o medo. Sim, pois esta emoção não tem outro jeito. É preciso encará-la mesmo. Exatamente o que você pensou. Tem medo de avião? A cura: andar de avião. Medo de falar em público? A cura: falar em público.

É difícil e envolve uma boa dose de sofrimento, mas é possível. Comece em pequenas doses, pequenos riscos. Outro recurso valioso é fazer uma espécie de lista do que pode ocorrer se a tarefa assustadora resultar em derrota. Quando somos capazes de visualizar saídas é mais fácil dar os primeiros passos. Todos os tipos de medo têm pouco de racional, por isso, este exercício funciona. Falar em público pode acarretar o que de mal? Você esquecer o discurso? Gaguejar? Isto não constitui um perigo real. “O medo é uma reação aprendida, portanto, para vencê-lo é preciso admiti-lo, compreendê-lo e reavaliá-lo. É preciso avaliar se o medo é proporcional ao risco efetivo. Conhecendo melhor os riscos talvez seja possível redimensionar o medo”, completa Inês Cavalieri. Lembre-se de que tudo que pode acontecer é acontecer o pior, e isto provavelmente já lhe aconteceu.
Inveja

O que é: Desejo urgente de possuir alguma coisa que pertence a outro. O invejoso, sempre que recebe uma notícia boa, questiona-se por que aquilo não aconteceu com ele. Vê o proprietário de um objeto e pensa: quero um igual… “Percebemos a inveja quando existe um sentimento de incapacidade diante do querer ter algo que pertence ao outro, ou de querer ser algo que o outro é”, afirma Inês Cavalieri.

Que aparência tem: Semblante de desconforto, desolamento, grande ansiedade, sentido de urgência. Em alguns casos: olhos arregalados e fixos (alguns – diz a crença popular – têm o poder de matar plantas).

Importância para a sobrevivência: Faz com que você saiba exatamente aquilo que deseja para você, além de funcionar como um motivador de conquistas.

Fora de si: Manifesta-se, principalmente (se não for patológica,) quando você está em baixa. É muito difícil não invejar os bens alheios quando se está sem dinheiro para o básico, por exemplo. Justificativas à parte em nome da tal da inofensiva inveja saudável, os efeitos colaterais são terríveis para o invejoso que passou da medida. Estes vivem insatisfeitos, pois estão sempre desejando e valorizando o que é dos outros, nunca o que é seu. Também não lhe sobra tempo para cuidar de sua própria vida, pois está sempre cobiçando o carro novo do primo, a grama verde do vizinho, a excelente forma da amiga, o prato pedido na mesa ao lado etc. Mas o sinal mais grave de que a inveja está caminhando para a patologia é quando o invejoso passa a ter raiva do invejado. “A inveja foge do controle quando gera raiva pelo outro ter ou ser o que se deseja, levando à vontade de tirar, destruir ou estragar o objeto de desejo. É o tal do “se eu não posso ter, então que ninguém tenha”, continua Inês Cavalieri. O mundo do trabalho, então, é um reduto de invejosos. Se o colega ao lado ganha uma promoção, o invejoso passa a produzir uma raiva velada. Como consequência, faz pequenas sabotagens para minar o trabalho do outro, erra dados com a intenção de prejudicar. “A inveja é uma emoção intensa. O invejoso sente como se o mundo estivesse lhe devendo algo e o cobra por não estar no lugar do outro. É como se o mundo conspirasse contra ele”, esclarece Ana Maria Rossi.

Importante: não menospreze a inveja. Ela mata mesmo. O provérbio tem muita sabedoria e há provas. Recorde-se. No Velho Testamento, Caim matou Abel por invejar a sua bondade e a sua ligação sincera com Deus. Na tragédia shakespeariana Otelo, o Mouro de Veneza, Iago, invejoso da vida de Otelo (alta patente no Exército e uma esposa linda), elabora uma intriga perfeita que faz com que Otelo desconfie e mate a sua amada Desdêmona.

Como retomar o controle: Reverta o jogo. Faça a inveja trabalhar a seu favor. Transforme a chama da inveja em munição para lutar pelo que você quer. Quer um carro novo, economize. Quer um corpinho de sílfide? Músculos? Submeta-se a uma dieta. Passe à ação. Se quer um carro novo ou uma silhueta de esportista, vá à luta. Mas, sobretudo, valorize suas conquistas, fale delas para as pessoas, fale do desafio que foi vencê-las, qual foi o seu ponto zero.

Muito bem. O problema é que mesmo de coisas que você sabe que no fundo não quer, mesmo assim, você tem inveja. Ana Maria afirma que racionalizar a situação e desviar o seu foco para o que lhe pertence são maneiras de sair deste ciclo de sentimentos negativos. Como fazer isso? “Tente separar a realidade da fantasia dos fatos, neutralizar as emoções, conversar sobre a questão com um amigo”, complementa ela.


Fonte: por Fernanda Nascimento, professora responsável pela formação psicanálise na Escola Paulista de Psicanálise (www.apsicanalise.com) / Contato: fernandaterapias.wix.com/vivaterapias / Margot Cardoso (Saiba como controlar suas emoções)

Obama declara emergência na Flórida por furacão e ordena ajuda federal


Furacão Matthew deixou mais de 100 mortos no Caribe.
Estado de emergência permite desbloqueio rápido de recursos.

Do G1, em São Paulo

Imagem de satélite da Nasa mostra o furacão Matthew nesta quinta-feira (6) (Foto: NASA/Handout via REUTERS)Imagem de satélite da Nasa mostra o furacão Matthew nesta quinta-feira (6) (Foto: NASA/Handout via REUTERS)
O presidente dos EUA, Barack Obama, assinou nesta quinta-feira (6) uma declaração de emergência no estado da Flórida, que deve ser atingido pelo furacão Matthew nesta noite, e ordenou ajuda federal para a região.
O furacão Matthew, a tempestade mais forte em quase uma década no Caribe, avança rumo ao sudeste dos Estados Unidos nesta quinta-feira depois de matar mais de 100 pessoas no Caribe.

Ao decretar o estado de emergência federal, o presidente permite desbloquear rapidamente recursos federais de assistência e que as agências de segurança interior (DHS) e de gestão de situações de emergência (FEMA), coordenem os trabalhos de resgate.

De acordo com comunicado da Casa Branca, a ação do presidente autoriza a FEMA, do Departamento de Segurança, "coordenar os esforços de socorro com o propósito de aliviar as dificuldades e o sofrimento causados pela emergência" e "prestar a assistência adequada (..) para salvar vidas e proteger propriedades, saúde pública e segurança".

Segundo a nota, a FEMA está autorizada a enviar equipamentos e recursos necessários para aliviar os impactos da emergência. O governo federal contribuirá com 75% dos recursos necessários para a assistência, diz a nota.
O furacão Matthew, que já atingiu o Haiti, a República Dominicana e Cuba, agora segue em direção ao sudeste dos Estados Unidos, na região dos estados da Flórida, Georgia, Carolina do Sul e Carolina do Norte. Os quatro estados declararam estado de emergência.

A tempestade pode atingir diretamente a Flórida ou passar logo ao lado do litoral do estado na noite desta quinta-feira.
Homem instala prtoeção a janela em casa de frente para o mar em Garden City Beach, na Carolina do Norte, para se preparar para a passagem do furacão Matthew (Foto: REUTERS/Randall Hill)Homem instala prtoeção a janela em casa de frente para o mar em Garden City Beach, na Carolina do Norte, para se preparar para a passagem do furacão Matthew (Foto: REUTERS/Randall Hill)
Segundo o último boletim do NHC, 12h (horário de Brasília), Matthew se encontrava 40 km a oeste de Nassau, capital das Bahamas, e 290 km a sudeste de West Palm Beach, balneário situado a 100 km ao norte de Miami, com ventos de 200 km/h.

Os danos podem ser "catastróficos" se o furacão se abater diretamente sobre a Flórida, alertou o governador Rick Scott, exortando cerca de 1,5 milhão de pessoas a obedecerem a ordens de retirada.

Voos cancelados
Os governos da Flórida, Geórgia, e Carolina do Sul emitiram ordem de evacuação aos moradores do litoral. De acordo com o canal Weather Channel, mais de 12 milhões de habitantes dos EUA estão sujeitos a avisos e alertas de furacão.
Pescadores consertam redes perto das ruínas de uma casa destruída por passagem do furacão Matthew em Les Cayes, no Haiti, na quarta (5) (Foto: Reuters/Andres Martinez Casar)Pescadores consertam redes perto das ruínas de uma casa destruída por passagem do furacão Matthew em Les Cayes, no Haiti, na quarta (5) (Foto: Reuters/Andres Martinez Casar)
As estradas de Flórida, Geórgia e Carolinas do Norte e do Sul ficaram congestionadas e as lojas que vendem alimentos ficaram sem suprimentos à medida que a tempestade se aproximava, causando a elevação das águas e levando consigo chuvas pesadas e ventos que ganharam força de quarta para quinta-feira e chegaram a cerca de 205 km/h.

Além disso, voos programados em direção à Flórida foram cancelados.

As estradas dos quatro estados ficaram congestionadas e as lojas que vendem alimentos ficaram sem suprimentos.
Categoria 4
O fenômeno Matthew atingiu o Haiti e Cuba como um furacão de categoria 4, em uma escala de 5, pelo Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos. Depois, foi rebaixado à categoria 3. Mas ao passar pelo noroeste das Bahamas no trajeto em direção à costa atlântica da Flórida, voltou a subir para a 4.
Nesta quarta, Obama já havia alertado para a chegada do furacão no país. "Isso é algo que deve ser levado a sério. Esperamos o melhor, mas queremos nos preparar para o pior", disse Obama, descrevendo Matthew como uma "tempestade séria" que pode ter um "efeito devastador".
Moradores limpam casa destruída por passagem do furacão Matthew em Les Cayes, no Haiti, na quarta (5) (Foto: Reuters/Andres Martinez Casar)Moradores limpam casa destruída por passagem do furacão Matthew em Les Cayes, no Haiti, na quarta (5) (Foto: Reuters/Andres Martinez Casar)
Casas ficam destruídas pela passagem do furacão Matthew por Jeremie, no Haiti (Foto: Carlos Garcia Rawlins/Reuters)Casas ficam destruídas pela passagem do furacão Matthew por Jeremie, no Haiti (Foto: Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

A assustadora imagem de satélite que mostra o potencial devastador do furacão Matthew


Considerado o mais poderoso furacão no Atlântico em quase uma década, Mathew foi identificao por uma imagem infravermelha feita do espaço pela NASA.

Da BBC

Imagem do furacão Matthew durante passagem pelo Haiti: a similaridade com um crânio humano assustou muita gente e viralizou na internet (Foto: NASA/ BBC)Imagem do furacão Matthew durante passagem pelo Haiti: a similaridade com um crânio humano assustou muita gente e viralizou na internet (Foto: NASA/ BBC)
O furacão Matthew já é considerado o mais poderoso do Atlântico em quase uma década.
A enorme tempestade, que agora segue em direção à Flórida (EUA), atingiu o Haiti, República Dominicana e Cuba deixando um rastro de destruição, inundações, milhares desabrigados e ao menos 25 mortes.
Os danos já causados pelo furacão são tão assustadores quanto algumas das imagens de satélite fornecidas pela Agência Espacial dos EUA (NASA).
Uma das fotos que mais chamou a atenção foi registrada durante passagem do furacão pelo Haiti. A similaridade da imagem com um crânio humano assustou muita gente.
A foto, feita a partir do espaço, viralizou nas redes sociais e foi descrita como "aterrorizante". Ela mostra a tempestade em cores vibrantes, com destaque para o "olho" cercado por densas nuvens que delineiam o que se assemelha com o formato de um crânio de perfil e dentes.
No Twitter, muitos usuários compararam o furacão Matthew com o personagem "Ghost Rider", da Marvel.
Matthew, contudo, não é personagem fictício e, desde que se formou no fim de setembro perto da fronteira entre aColômbia e a Venezuela, o furacão já provocou ao menos 25 mortes.
Até agora o maior estrago foi registrado no Haiti. Dados da ONU contabilizam ao menos 21 pessoas mortas no país e 350 mil desalojadas. Também foram registradas quatro mortes na República Dominicana.
Uma mulher caminha por uma rua durante passagem do furacão Matthews em Porto Príncipe, no Haiti (Foto: Carlos Garcia Rawlins/Reuters)Uma mulher caminha por uma rua durante passagem do furacão Matthews em Porto Príncipe, no Haiti (Foto: Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
O furacão Andrew foi o último grande a atingir a Flórida, em agosto de 1992, quando provocou ao menos 15 mortes.
Em 2004, passaram pelo Estado norte-americano os furacões Charley, Frances e Ivan. Entre eles, o Ivan destruiu cidades do Caribe e dos Estados Unidos e foi considerado o mais forte da última década - título que pode ser desbancado pelo Matthew.
Residentes da Flórida já se preparam para a chegada do furacão estocando suprimentos e reforçando janelas e portas das casas.
Nesta quarta, as prateleiras de um supermercado West Palm Beach estavam completamente vazias. A compra de água potável foi limitada nesse supermercado a quatro galões por pessoa.

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