quarta-feira, 19 de junho de 2024

Parte do solo do bairro Niterói está contaminado por metais pesados em Canoas


Área delimitada pela vigilância abrange 15 quadras. Empresa responsável pela contaminação não teve o nome divulgado, mas já foi notificada e tem até o fim do mês para apresentar uma análise detalhada da extensão do dano causado.

Por Zete Padilha, RBS TV

10/12/2018 

Parte do solo de um bairro de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, está contaminado por metais pesados, conforme a Vigilância Sanitária do município. A área delimitada abrange 15 quadras do bairro Niterói, que tem quase 40 mil habitantes. O local vai da Rua Fernando Ferrari até a BR-116, e da Rua Alegrete até a Rua Minas Gerais.

A primeira suspeita de vazamento de resíduos químicos de uma empresa no bairro Niterói aconteceu há quase um ano. Mas segundo a Secretaria do Meio Ambeite da cidade, a investigação é demorada. Por isso, só agora com base nos laudos é de que foi comprovada a contaminação que atingiu não apenas o solo, mas também o lençol freático.

"O próximo passo é uma investigação detalhada para saber a extensão dessa contaminação. Então, até que saiam esses resultados, a gente precisa tomar as precauções como se fosse sempre o pior cenário", afirma a bióloga da Secretaria do Meio Ambiente de Canoas Nade Coimbra.

A empresa responsável pela contaminação não teve o nome divulgado, mas segundo a Secretaria do Meio Ambiente do município, já foi notificada, e tem até o fim do mês para apresentar uma análise detalhada da extensão do dano causado. Também não está descartado a participação de outras empresas na contaminação do bairro.

"A partir dessa análise detalhada, vai ser feito uma análise de risco. A partir dessa etapa, aí o trabalho é encaminhado para a Fepam [Fundação Estadual de Proteção Ambiental] que vai então avaliar a necessidade de remediação da área e quais são os danos para população e os cuidados que ela vai ter", explica Nade.

Até lá, a Vigilância orienta que os moradores não usem água de poço artesiano, nem para os animais, evitem o consumo de frutas e hortaliças produzidas na área considerada de risco e não façam escavações.

Um dos metais encontrados no solo é o cromo, considerado de alto risco para a saúde. As casas que tem água canalizada pela Corsan não foram atingidas. Este abastecimento é considerado seguro.
A dona de casa Marilete Silveira já estava desconfiada. Ela achou que tinha algo errado na pequena horta que cultiva em casa.

"Nós começamos a notar que murchava, estava podre. Eu dizia 'mãe, mas não pode apodrecer uma coisa que recém plantamos'. Não chegava a ficar pronto, já detonava", afirma Marilete.
Com a notícia de que o solo da área onde mora pode estar contaminado, ela não teve dúvidas. Na manhã desta segunda-feira (10), os pés de feijão, abóbora e pepino foram todos arrancados.
"Não tem como fazer mais nada", afirma a dona de casa.

O susto também ocorreu na casa do autônomo Marcos Pacheco. Ele tem poço artesiano, mas desde as primeiras notícias de contaminação, só usa água mineral.

"Há uma preocupacao grande, gostaria de fazer uma análise porque não sei o que vem no futuro dessa água", afirma.



Área delimitada pela Vigilância abrange 15 quadras do bairro Niterói — Foto: Reprodução/RBS TV

segunda-feira, 27 de maio de 2024

Desde 2009 com este Blog não lembro de em algum momento eu ter pedido algo. Peço agora e não para mim.

        Tenho uma doguinha desde 2011. Estava para doação em um pet em Itapoá/SC, a última da ninhada salva pelo dono da agropecuária. Fui avisada que tinha problema de pele por todo este tempo não teve problemas. Recentemente saíram nódulos e foram retirados em Fevereiro. Ha 20 dias voltaram e nova cirurgia.

        Até agora arquei sozinha com os custos que chegam à 7 mil reais. Foi feito a biópsia e aguardo o resultado esta semana para saber qual quimio fará, no entanto é certo que fará. Estou dando suplemento e alimentação própria preparando ela para as sessões. Neste momento não tenho mais condições de arcar com este custo, por motivos externos.

        Ocorre que sou gaúcha e moro em meu Estado, Rio Grande do Sul e como deve ser do conhecimento de todos, estamos vivendo um momento de devastação, tendo 85% do Estado destruído por inundações, enchentes e deslizamentos. Um pesadelo que parece nao ter fim.

        Quem não está em abrigos, ou em casa de amigos ou parentes, estão sem trabalho. O que é o meu caso. Trabalho com eventos em GRAMADO/RS e não trabalhamos todo este mês sem saber quando voltaremos a atuar. O tempo é o meu obstáculo, além de todos os gaúchos estarem na mesma situação.

Estou colocando os custos desta segunda cirurgia da qual ainda se recupera, e somente até o final da semana saberei o quanto e quantas sessões que podem variar de 6 á 8, com custo médio de 330 reais cada, caso após a quimio possa retornar para casa. Caso precise ficar baixada aumenta.

        Me ajudem a tentar salva-la. Ela é muito importante para mim. OS CUSTOS da Quimio inicialmente não são os maiores, mas de fato se tornou impossível seguir.

        SE sentirem tocados, ajudem. Vou deixar o PIX que é o CNPJ da micro empresa.
                         
                             PIX 51498766000189

                                 Deixando para cirurgia

Na volta para casa!
Os custos da última baixa no inicio do mês. 






domingo, 12 de maio de 2024

Leite posa de bom mocinho, mas cai a máscara


Parabéns governador, que agora quer aparecer como o herói, cobrando ações do governo federal até mesmo se for preciso brigar. Brigar com quem, governador? Lembrando sempre que Leite apoiou o governo Bolsonaro e o seu negacionismo", escreve Edelberto Behs, jornalista.

Eis o artigo.

Preparem a arca. Não foi um aviso dos céus. Foram dicas da natureza, como a cheia de setembro de 2023 no Vale do Rio Taquari, que avisaram autoridades municipais e estaduais. Sem esquecer o alerta enviado pela Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), pioneira, no Brasil, em ofício enviado no dia 26 de abril ao governador do Estado, Eduardo Leite, sob o título visionário “Alerta ao Estado do Rio Grande do Sul e aos Governador do Estado”, seguido pelo subtítulo: “Registro para fins de tomada de conhecimento sobre alertas emitidos há várias décadas”. Apenas três dias depois vieram as chuvas!

Agora, o governador do Estado, Eduardo Leite (PSDB), se mostra surpreso com a maior crise climática vivida pelo Rio Grande do Sul. Não foi por falta de alertas. A Agapan enfatizava no documento ao governador que a crise climática era divulgada pela ciência há várias décadas e que o problema estava vinculado ao “fator antropogênico como seus principais ingredientes de intensificação, sem desconsiderar outros de caráter cíclico e universal”.

O jornal Correio do Povo informava, no dia 25 de abril, “Cenário de perigo: RS terá chuva excessiva semelhante aos extremos de 2023, aponta Metsul”, seguida da linha de apoio “Episódio de instabilidade deve ocorrer entre o final de abril e começo de maio”. Mas parece que o governador não recebe de sua assessoria de imprensa alertas climáticos, mesmo vindos da Metsul.

O Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema), do governo liderado pelo governador que procura aparecer agora como o bom mocinho, cobrando agilidade do governo federal via Twitter, aprovou, em 11 de maio, a resolução 455/2021, que regulamenta e estabelece procedimentos e critérios da emissão de Licenciamento Ambiental por Compromisso (LAC) para as atividades passíveis de licenciamento ambiental no Estado.

O LAC fico conhecido como auto licenciamento privado. A medida permite que 49 atividades econômicas, das quais 31 com alto e médio potenciais poluidores, sejam autorizadas independente do seu porte. Ou seja, permitiu que as raposas cuidassem do galinheiro!

No documento enviado ao governador, a Agapan alertava “a falta de atitudes para estancar e reverter processos que contribuem para o avanço da crise – a exemplo da liberação de mais venenos agrícolas, da autorização para destruir Áreas de Preservação Permanente (APP), da falta de uma política permanente de recuperação das matas ciliares, do incentivo anacrônico à construção de polos carboquímicos e de instalações de infraestrutura que não reconheçam os direitos das comunidades tradicionais, da falta de cuidados e ingerência dos recursos hídricos, entre outros – será motivo de proposta de Ação Civil Pública de nossa parte”.

O presidente da Agapan, Heverton Lacerda, lembrou, também, que já no primeiro mandato do governo Leite, em 2020, o governador aprovou na Assembleia Legislativa a Lei 15.434, chamada de Novo Código Estadual do Meio Ambiente, a lei suprimiu ou flexibilizou mais de 500 artigos do Código Estadual de Meio Ambiente, criado em 2020, afrouxando regras de proteção ambiental dos biomas Pampa e Mata Atlântica.

Com o desmantelamento do código ambiental do Estado, apontou o presidente da Agapan, “cresce o desmatamento e as chuvas têm jogado terra para dentro de leito dos rios. Isso faz com que eles transbordem e afetem moradias”.

Parabéns governador, que agora quer aparecer como o herói, cobrando ações do governo federal até mesmo se for preciso brigar. Brigar com quem, governador? Lembrando sempre que Leite apoiou o governo Bolsonaro e o seu negacionismo.

No portal Sul21, o sociólogo e ex-secretário municipal do Meio Ambiente, Gerson Almeida, frisou que “a tragédia atual no RS é de proporções inéditas, mas não imprevisíveis”. E arrolou: 2009 foi considerado o ano mais seco dos últimos 80 anos; em 2022, 96 municípios gaúchos decretaram situação de emergência devido à estiagem. Em 2023, o Estado passou pelo mais extremo fenômeno climático até então registrado, “um ciclone extratropical durante o qual 157 mil pessoas ficaram desabrigadas e 54 morreram”.

Entre 2013 e 2023, lembrou o presidente da Agapan, o Rio Grande do Sul foi o estado mais atingido por extremos climáticos no Brasil. Foram 2.758 decretações de situação de emergência e de estado de calamidade, segundo dados do Ministério de Integração e de Desenvolvimento Regional.

No ofício ao governador, que se surpreendeu com o volume das cheias, a Agapan afirma que não pode mais, por princípio de precaução diante da crise climática alertada há décadas, “ser complacente com governos que têm demonstrado pouca ou nenhuma sensibilidade para a situação, em especial, da população mais vulnerável, que primeiro sofre e sofrerá com a ampliação do ritmo de avanço das mudanças climáticas”.

Diz mais a Agapan: “O governo do Rio Grande do Sul vai na contramão da ecologia. Estamos regredindo na legislação ambiental enquanto estado que foi precursor na criação de leis ambientalistas”.
Então, governador...

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Município condenado por alagamento em rua da cidade



jpg - 71 KBImagem meramente ilustrativa

A 9° Câmara Cível do TJRS julgou procedente ação que condenou o Município de Esteio a indenizar morador após alagamento em rua, resultado de entupimento nos bueiros da cidade.

Caso

O autor que reside na cidade de Esteio narra que em outubro de 2012 ocorreu um alagamento na rua, em razão de entupimentos dos bueiros.

Segundo o morador, a água acabou invadindo a sua residência, que inutilizou grande parte dos móveis além de danificar a pintura da casa. Ele destacou que não saiu da moradia em função dos saques ocorridos em casas abandonadas, da ultima vez em que houve enchente na região.

Ainda, conforme o autor, as enchentes são constantes e o Município já foi acionado, mas até hoje nada fez, o que configura conduta omissiva por parte do ente público. Na Justiça, ingressou com pedido de indenização por danos morais, materiais e patrimoniais.

O réu contestou, alegando que a chuva na data específica foi além da normalidade, a ponto do Governador decretar situação de emergência.

No 1º grau, o pedido de danos morais foi considerado procedente, no valor de R$ 20 mil. O Município recorreu da sentença.

Decisão

No TJ, o Desembargador Carlos Eduardo Richinitti foi o relator, e destacou a falha na manutenção e conservação do sistema de escoamento pluvial por parte do réu.

O Magistrado afirma que a omissão do Município é evidente, tendo em vista que o autor apresentou queixa sobre a situação dos bueiros em outras situações, e nada foi feito.

O relator concorda com o fato de o temporal ter sido de grandes proporções, mas destaca que outros pontos da cidade não sofreram com alagamentos, pois estavam com o sistema de escoamento funcionando corretamente.

"Inegavelmente, os transtornos vivenciados em virtude da inundação de um lar são evidentes, em especial tratando-se de pessoa idosa, dispensando maiores comprovações à configuração do dano a atributo de personalidade", afirma o Desembargador.

A decisão manteve a sentença do 1º grau.

O voto foi acompanhado pelos Desembargadores Miguel Ângelo da Silva e Tasso Caubi Soares Delabary.

Processo n° 70071558688

Texto: Leonardo Umpierre Munhoz ,
| Assessoria-Coordenadora de imprensa: Adriana Arend | imprensa@tjrs.jus.br

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