domingo, 26 de fevereiro de 2023

As terríveis 10 estratégias de manipulação massiva, reveladas por Noam Chomsky


Noam Chomsky é um dos intelectuais mais respeitados do mundo. Este pensador americano foi considerado o mais importante da era contemporânea pelo The New York Times. Uma de suas principais contribuições é ter proposto e analisado as estratégias de manipulação de massa que existem no mundo hoje.

Noam Chomsky ficou conhecido como lingüista, mas também é filósofo e cientista político. Ao mesmo tempo, ele se tornou um dos principais ativistas das causas libertárias. Seus escritos circularam pelo mundo e não param de surpreender os leitores.

Chomsky elaborou um texto didático no qual ele sintetiza as estratégias de manipulação maciça. Suas reflexões sobre isso são profundas e complexas. No entanto, para fins didáticos, ele resumiu tudo em princípios simples e acessíveis a todos.



1. A distração das estratégias de manipulação maciça
Segundo Chomsky, a mais recorrente das estratégias de manipulação massiva é a distração. Consiste basicamente em direcionar a atenção do público para tópicos irrelevantes ou banais. Desta forma, eles mantêm as mentes das pessoas ocupadas.

Para distrair as pessoas, abarrotam-lhes de informações. Muita importância é dada, por exemplo, a eventos esportivos. Também ao show, às curiosidades, etc. Isso faz com que as pessoas percam de vista quais são seus reais problemas.

2. Problema-reação-solução
Às vezes o poder, deliberadamente, deixa de assistir ou assiste de forma deficiente certas realidades. Eles fazem dessa visão dos cidadãos um problema que exige uma solução externa. E propõem a solução eles mesmos.

Essa é uma das estratégias de manipulação em massa para tomar decisões que são impopulares. Por exemplo, quando eles querem privatizar uma empresa pública, intencionalmente diminuem sua produtividade. No final, isso justifica a venda.

3. Gradualidade
Esta é outra das estratégias de manipulação maciça para introduzir medidas que normalmente as pessoas não aceitariam. Consiste em aplicá-las pouco a pouco, de forma que sejam praticamente imperceptíveis.

Foi o que aconteceu, por exemplo, com a redução dos direitos trabalhistas. Em diferentes sociedades têm implementado medidas, ou formas de trabalho, que acabam fazendo com que o trabalhador não tenha garantia de segurança social normal.

4. Adiar
Esta estratégia consiste em fazer com que os cidadãos pensem que estão tomando uma medida que temporariamente é prejudicial, mas que no futuro pode trazer grandes benefícios para toda a sociedade e, claro, para os indivíduos.

O objetivo é que as pessoas se acostumem com a medida e não a rejeitem, pensando no suposto bem que trará amanhã. No momento, o efeito da “normalização” já operou e as pessoas não protestam porque os benefícios prometidos não chegam.

5. Infantilizar o público
Muitas das mensagens televisivas, especialmente publicidade, tendem a falar ao público como se fossem crianças. Eles usam gestos, palavras e atitudes que são conciliadoras e impregnadas com uma certa aura de ingenuidade.

O objetivo é superar as resistências das pessoas. É uma das estratégias de manipulação massiva que busca neutralizar o senso crítico das pessoas. Os políticos também empregam essas táticas, às vezes se mostrando como figuras paternas.

6. Apelar para as emoções
As mensagens que são projetadas a partir do poder não têm como objetivo a mente reflexiva das pessoas. O que eles procuram principalmente é gerar emoções e atingir o inconsciente dos indivíduos. Por isso, muitas dessas mensagens são cheias de emoção.

O objetivo disso é criar uma espécie de “curto-circuito” com a área mais racional das pessoas. Com emoções, o conteúdo geral da mensagem é capturado, não seus elementos específicos. Desta forma, a capacidade crítica é neutralizada.

7. Criar públicos ignorantes
Manter as pessoas na ignorância é um dos propósitos do poder. Ignorância significa não dar às pessoas as ferramentas para que possam analisar a realidade por si mesmas. Diga-lhe os dados anedóticos, mas não deixe que ele conheça as estruturas internas dos fatos.

Manter-se na ignorância também não dar ênfase à educação. Promover uma ampla lacuna entre a qualidade da educação privada e a educação pública. Adormecer a curiosidade de conhecimento e dá pouco valor aos produtos de inteligência.

8. Promover públicos complacentes
A maioria das modas e tendências não são criadas espontaneamente. Quase sempre são induzidas e promovidas de um centro de poder que exerce sua influência para criar ondas massivas de gostos, interesses ou opiniões.

A mídia geralmente promove certas modas e tendências, a maioria delas em torno de estilos de vida tolos, supérfluos ou mesmo ridículos. Eles convencem as pessoas de que se comportar assim é “o que está na moda”.

9. Reforço da auto-censura
Outra estratégia de manipulação em massa é fazer as pessoas acreditarem que elas, e somente elas, são as culpadas de seus problemas. Qualquer coisa negativa que aconteça a eles, depende apenas delas mesmas. Desta forma, fazem-lhes acreditar que o ambiente é perfeito e que, se ocorrer uma falha, é responsabilidade do indivíduo.

Portanto, as pessoas acabam tentando se encaixar em seu ambiente e se sentindo culpadas por não conseguir. Elas deslocam a indignação que o sistema poderia causar, para uma culpa permanente por si mesmos.

10. Conhecimento profundo do ser humano
Durante as últimas décadas, a ciência conseguiu coletar uma quantidade impressionante de conhecimento sobre a biologia e a psicologia dos seres humanos. No entanto, todo esse patrimônio não está disponível para a maioria das pessoas.

Apenas uma quantidade mínima de informações está disponível ao público. Enquanto isso, as elites têm todo esse conhecimento e usam-no conforme sua conveniência. Mais uma vez, fica claro que a ignorância facilita a ação do poder sobre a sociedade.

Todas essas estratégias de manipulação em massa visam manter o mundo como ele é mais poderoso. Bloqueie a capacidade crítica e a autonomia da maioria das pessoas. No entanto, depende também de nos deixarmos ser passivamente manipulados, ou oferecer resistência tanto quanto possível.

sábado, 25 de fevereiro de 2023

'Não tem como a pessoa ir para casa', diz trabalhador resgatado em condições análogas à escravidão em Bento Gonçalves

Um empresário que prestava serviços para vinícolas da região foi preso. Foram relatados casos de violência com choque elétrico e spray de pimenta. Ginásio da cidade recebe os trabalhadores.

Por Ana Julia Griguol, g1 RS e RBS TV

23/02/2023 15h58 


Empresário é preso por manter 150 trabalhadores em condições análogas à escravidão no RS

O primeiro grupo de trabalhadores resgatados na noite de quarta-feira (22) em situação análoga à escravidão chegou ao ginásio Darcy Pozza em Bento Gonçalves, na Serra, na tarde desta quinta (23). O local servirá de alojamento aos cerca de 200 homens resgatados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Inicialmente, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) informou que eram 150 pessoas. O número foi atualizado no fim da tarde desta quinta (23). Um dos homens relatou à RBS TV as condições em que ele e os colegas viviam na acomodação oferecida pelos empregadores e a relação com a empresa responsável pela contratação.

"Todos os dias, a gente amanhece com o pensamento de ir para casa. Mas não tem como a pessoa ir para casa, porque eles prendem a gente de uma forma que ou a gente fica ou, se não quiser ficar, vai morrer. Se a gente quiser sair, quebrar o contrato, sai sem direito a nada, nem os dias trabalhados, sem passagem, sem nada. Então, a gente é forçado a ficar", contou.

A operação foi realizada por PRF, MTE e Polícia Federal (PF), após três trabalhadores procurarem a PRF em Caxias do Sul, afirmando que tinham fugido do alojamento em que eram mantidos contra sua vontade. Eles contaram que vieram da Bahia para trabalhar na colheita da uva com promessa de salários superiores a R$ 3 mil, além de acomodação e alimentação.

Imagens de espaços onde eram mantidos os trabalhadores em Bento Gonçalves — Foto: Polícia Rodoviária Federal/Divulgação

No entanto, ao chegarem no RS, os trabalhadores relataram enfrentar atrasos nos pagamentos dos salários, violência física, longas jornadas de trabalho e oferta de alimentos estragados. Também disseram que eram coagidos a permanecer no local sob a pena de pagamento de uma multa por quebra do contrato de trabalho. Foram relatados casos de violência com choque elétrico e spray de pimenta, conforme relata o gerente regional do MTE.

"Alguns diziam que tinham recebido um adiantamento, mas nunca tiveram pagamento do que foi prometido. Em contrapartida, tinham essa indicação: 'vai lá e compra no mercadinho que te vende fiado', e esse mercadinho praticava preços elevados. Foi identificado um saco de feijão a R$ 22. O empregado ficava sempre devendo e não conseguia sair sem pagar a conta, não recebia o salário e ficava essa situação, de ficar preso no local por conta da dívida. Isso foi uma das coisas que caracterizou o trabalho escravo, além dessa história das agressões. Nossa fiscalização apreendeu no local uma máquina de choque elétrico e spray de pimenta que era usado contra os empregados que reclamavam da situação. É uma situação escandalosa de tratamento das pessoas", conta Vanius Corte, gerente regional do Ministério do Trabalho e Emprego.

Situação de escravidão: espaço onde ficavam trabalhadores em Bento Gonçalves — Foto: Polícia Rodoviária Federal/Divulgação

Prisão e pagamento de fiança

O responsável pela empresa, que mantinha esses trabalhadores nessas condições, segundo a polícia, foi preso e encaminhado, inicialmente, para a delegacia da Polícia Federal (PF) em Caxias do Sul. Após, foi transferido para um presídio em Bento Gonçalves. Ele foi liberado nesta quinta após pagar fiança de cerca de R$ 40 mil. O homem tem 45 anos de idade e é natural de Valente, na Bahia.

Segundo a PF, a empresa tem contratos com diversas vinícolas da região, presta serviços de apoio administrativo e os trabalhadores teriam sido contratados para atuar na colheita da uva.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

Ponte cede com mais de 100 pessoas entre RS e SC; bombeiros buscam cinco desaparecidos

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

Mulher é atropelada e estuprada por motorista na Serra do RS, diz polícia

Suspeito pelos crimes jogou carro de ribanceira no Morro do Dedão, em Canela. Ele é conhecido pelos policiais por seu 'modus operandi'

Por FERNANDA FAUTH

Uma moradora de Santa Maria do Herval foi atropelada e sequestrada na área central do município e, na sequência, estuprada numa estrada na área rural de Gramado. O suspeito é conhecido das forças de segurança por seu "modus operandi", ou seja, a forma como age. O crime aconteceu na manhã de domingo (12).


Depois da sequência de situações de violência, a vítima foi levada para o Hospital Arcanjo São Miguel, em Gramado, onde o caso é investigado. "O atropelamento foi proposital. Para consumar os demais atos", diz o delegado titular da Delegacia de Polícia de Gramado, Gustavo Barcellos.

A suspeita é de que o homem tenha planejado o ataque à vítima. Para abordar a mulher, ainda em Santa Maria do Herval, ele teria provocado o atropelamento com a intenção de prestar socorro. É quando ele sequestra a vítima e, depois, comete o estupro. "Ela teria sido amarrada, com a desculpa de que seria imobilizada para ser levada ao hospital. Com isso, levou ao local onde os abusos sexuais teriam ocorrido", complementa o delegado.

Conforme a mulher informou à Polícia, ele estava armado no momento do estupro, ameaçando-a. "Conforme relato da vítima, teria sido usada uma arma para subjugá-la, e é esse relato que norteia nossa investigação", afirma Barcellos.

Ela conseguiu fugir do carro após lutar com o criminoso. A moradora de Santa Maria do Herval correu em direção à mata próxima da estrada, em Gramado, e pediu ajuda de pessoas que passavam naquele momento. A vítima foi socorrida e levada ao hospital gramadense. Depois de passar por atendimento médico, recebeu alta no mesmo dia do crime. Na segunda-feira (13), a Polícia colheu o depoimento dela.

O delegado Barcellos não revelou detalhes da investigação e do suspeito. O nome e a identidade da vítima também foram preservados.

Veículo encontrado pode ter sido utilizado em crime

A Brigada Militar realizou na terça-feira (14) buscas a um veículo. O Volkswagen Gol, de cor branca, teria sido utilizado no crime pelo suspeito e sido desfeito ainda no domingo. "Existe a suspeita que seja o mesmo veículo utilizado na ocorrência de tentativa de homicídio e estupro", diz o tenente do 3º Batalhão Ambiental da Brigada Militar, Marco Antônio Ritter. Conforme testemunhas, o automóvel teria sido jogado de uma ribanceira no Morro do Dedão, em Canela.

Os policiais militares montaram equipe de buscas e entraram na mata do local, que tem dificuldade de acesso. "O suspeito conhece Canela, pois é daqui, e sabe a dificuldade de localizar um veículo naquele penhasco, tanto acessando por rapel por cima, ou por baixo, é bem difícil", pontua o tenente.

Os Bombeiros de Canela já haviam realizado uma incursão no domingo, quando não foi possível encontrar o automóvel por ser noite.

Ainda na terça-feira, após algumas horas de caminhada pelos brigadianos, o veículo foi encontrado. Ele caiu de uma altura superior a 100 metros, entre penhasco e platôs, e ficou preso entre galhos e cipós, que o impediam de despencar para um outro nível abaixo, com aproximadamente cinco metros de altura.

Os militares cortaram a mata, até que o veículo caiu e permaneceu em local seguro para aproximação e averiguação do seu interior. Partes do carro foram retiradas e coletadas, preservadas para a perícia e encaminhadas para a Delegacia de Polícia de Canela.

Veículo furtado

O carro foi furtado no município de Parobé alguns dias antes, conforme o tenente Ritter. "As placas não foram localizadas, pois podem ter caído quando o carro despencou do perau. Mas conseguimos pegar as informações de chassi dele", reitera.

O suspeito possui antecedentes por outros crimes semelhantes de estupro, sendo preso em 2017, após tentar arrombar e furtar uma agência bancária, também em Santa Maria do Herval.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

As boas mães erram todos os dias


Por Elisangela Siqueira
-10 jan 2018



A mãe que nunca errou pelo menos uma vez por dia que atire a primeira pedra.

A função mais difícil de desempenhar no mundo é a maternidade, se fomos educados com muitas recessões, tentamos cuidar que nossos filhos tenham poucas e se crescemos com muita liberdade, queremos que nossos filhos, tenham mais limites.

A liberdade em excesso, assim como limites, são desastrosos, ou seja, os extremos são problemáticos e são considerados como negligência.

Como é difícil encontrar o meio termo, o caminho do meio, o que funcionará com o meu filho e comigo, talvez não funcione com o seu filho e para você.

É andar numa corda bamba diariamente, há situações que podemos parar e pensar como agir, outras precisam de intervenções rapidamente. Haja equilíbrio!

A mãe que no final do dia, pensa: ” Hoje eu errei com meu(s) filho(s), podia ter feito diferente”, está mais sensata do que aquela mãe que não se questiona e acha que fez tudo certo.

Afinal, nós, mães somos seres humanos e nos atrapalhamos com nossa criação e o quê queremos passar para nossos filhos, dessa forma está em vantagem a mãe que percebe que errou numa determinada situação e partir dessa reflexão, poderá agir diferente.

Sou a favor das mães que erram e desejo que todas as mães possam perceber que erraram e partir disso se modificar e corrigir a falha, afinal se está fácil educar um filho, há algo de muito errado.

Sejamos a favor das mães que erram todos os dias!

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