quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

Sempre teremos tempo para dançar



Em 2016, os artistas chineses Sun Yuan e Peng Yu construíram a obra chamada "Não Posso me Ajudar", um robô industrial de um braço mecânico e sensores visuais. Ele foi colocado atrás de paredes de acrílico transparente e tinha um dever específico: conter um líquido viscoso vermelho-escuro dentro de uma área próxima a ele.

O líquido hidráulico era necessário para o robô funcionar, e parecer sangue real foi uma escolha deliberada dos artistas. De forma que o braço puxar o líquido para si funcionava como uma tarefa de "sobrevivência". Quando os sensores detectavam que o fluido escorria demais, o braço robótico puxava-o para si.

Os artistas também deram ao robô a capacidade de fazer "danças felizes" e fazer movimentos que não eram necessários para manter o líquido hidráulico por perto. Quando tinha tempo o suficiente para não puxar o líquido para si, o braço mecânico saudava os espectadores. Inicialmente o robô interagia com a multidão com frequência, mas com o decorrer do tempo o braço mecânico dançava cada vez menos, pois a quantidade de líquido hidráulico tornava-se cada vez maior.

Através dos anos o robô passou a ter tempo apenas para tentar manter-se vivo, e por causa da escassez da lubrificação tornou-se cada vez mais ruidoso, gerando guinchos mecânicos que causavam impressão de cansaço e desespero. Essa é obra de arte absolutamente impressionante parou em 2019, quando ficou sem líquido hidráulico.

A metáfora da obra é que nós nos matamos mental e fisicamente o tempo todo, morremos sempre e ansiamos por viver. Sacrificamo-nos pelos outros, por dinheiro, por atenção, por sucesso, lentamente nos afogando com cada vez mais responsabilidades, e temos cada vez menos tempo livre para desfrutar da vida.

Mas há uma mensagem além do sisifismo da batalha pela sobrevivência. É verdade que não há escapatória do tempo. É verdade que o ciclo de todos se completa, e que nenhum de nós sai vivo deste mundo. Mas nós não somos máquinas, há tempo para que você se cure, descanse e ame.

Nós sempre teremos tempo para dançar.

Texto de Arthur Louzada

terça-feira, 25 de janeiro de 2022

Sabendo próxima a sua morte, Stephen Hawking fez alarmantes previsões sobre o fim do Planeta Terra


“Se a humanidade quiser continuar (a viver) por mais milhões de anos, nosso futuro residirá na ousadia de ir onde ninguém mais ousou ir. Não temos outra opção.”– Stephen Hawking


    Stephen Hawking é um físico e cosmólogo que ajudou a entender a origem do universo, o papel dos buracos negros e escreveu o livro Uma Breve História do Tempo, enquanto multiplicava sua estimativa de vida muitas vezes. Diagnosticado aos 21 anos com esclerose lateral amiotrófica (ELA), tinha a expectativa de viver no máximo três anos e, em janeiro deste ano, comemorou seu 75º aniversário. Hawking ocupa a cadeira de Isaac Newton como professor de matemática na Universidade de Cambridge.
    A Terra está se tornando muito pequena para nós. Nossos recursos físicos estão acabando de forma alarmante – afirmou. Tudo isso não se trata de ficção científica e, sim, da lei da probabilidade.
    Segundo o cientista, existem 8 possíveis motivos para um fim do mundo criado pela própria humanidade. E o progresso na ciência e tecnologia criará “novas formas de as coisas darem errado”.
“Apesar de serem baixas as possibilidades de um desastre no planeta Terra em um ano qualquer, isso vai se acumulando com o tempo e se transforma em uma quase certeza para os próximos mil ou dez mil anos”, disse Hawking.

Veja abaixo o que o astrofísico já disse sobre a extinção do Planeta Terra:

1. Humanidade tem menos de 600 anos para deixar a Terra
    Se a humanidade não se tornar uma espécie espacial nos próximos cinco séculos, talvez seja extinta, disse Stephen Hawking, em novembro de 2017, durante a abertura de um evento em Pequim (China). Segundo ele, o crescimento populacional e o aumento do consumo de energia transformarão a Terra em uma bola de fogo até 2600.


2. Alerta contra a Inteligência Artificial
  Também em novembro deste ano , o físico voltou a expressar preocupação com a evolução da Inteligência Artificial — como já havia feito em 2014 . Ele reconheceu o potencial dessa tecnologia para erradicar a pobreza, as doenças e até para transformar a sociedade como um todo para algo melhor. Mas, mesmo assim, ele diz que devemos estar preparados para o pior. “O sucesso em criar a inteligência artificial pode ser o maior evento na história de nossa civilização. Ou o pior. Nós só não sabemos. Nós não podemos saber se seremos infinitamente ajudados ou até destruídos por ela.” Hawking cita as armas autônomas ou “novas maneiras de poucos oprimirem muitos” como um dos perigos da Inteligência Artificial, que, segundo ele, pode ainda representar “uma grande ruptura para nossa economia”.

3. Humanidade precisa de “um novo lar”
    No documentário “The Search for a New Earth”, o britânico disse que é imprescindível desenvolver tecnologias que possibilitem a colonização de um outro planeta com a maior urgência possível e sugere o Ross 128 b com o ‘novo lar’ da humanidade. De acordo com Hawking, há várias ameaças para a humanidade que podem provocar a extinção da nossa espécie, tais como as alterações climáticas e a superpopulação.

4. Busca de alienígenas pode gerar catástrofe
    Em julho de 2017, Hawking alertou ser pouco provável que qualquer forma de vida alienígena ficasse satisfeita ao saber da nossa existência. “O encontro com uma civilização avançada pode lembrar o encontro dos nativos americanos com Colombo. Isso não deu bom resultado”. De acordo com ele, os alienígenas podem ser “saqueadores” que conquistam os planetas para se apropriar dos recursos.

5. Mudança climática pode transformar a Terra em Vênus
    Após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar a saída do país do Acordo Climático de Paris, o físico britânico repetiu alertas a respeito dos perigos das mudanças climáticas. “As ações de Trump podem levar a Terra à beira do abismo e transformá-la em Vênus, com uma temperatura de 250ºC e chuva de ácido sulfúrico.”“Estamos em um ponto crítico no qual o aquecimento global vai se tornar irreversível”, alertou o cientista. Segundo Hawking, essa é “uma das maiores ameaças que enfrentamos e que podemos prevenir se agirmos agora”. Essa ameaça já tinha sido citada pelo físico no documentário “A Última Hora”, de 2007.

6. Buracos negros podem ser convertidos em usinas de energia
    O Universo, segundo Stephen Hawking, pode ter buracos negros do tamanho de montanhas que poderiam prover energia suficiente para abastecer nosso planeta .

7. Grande guerra mundial pode ser o fim da raça humana
    “O fracasso humano que eu mais gostaria de corrigir é a agressão”, disse Hawking em uma palestra no Museu da Ciência de Londres, em 2015. “Pode ter sido uma vantagem para a sobrevivência na época dos homens das cavernas, para conseguir mais comida, território ou parceiros para reprodução, mas agora é uma ameaça que pode destruir todos nós”, afirmou o físico, que acrescentou que uma grande guerra mundial significaria o fim da civilização e talvez o fim da raça humana.

8. Engenharia genética ameaça mais que as armas nucleares
    Em 2001, Hawking disse ao jornal britânico Daily Telegraph que a raça humana enfrenta a perspectiva de ser exterminada por um vírus criado por ela mesma . “No longo prazo, fico mais preocupado com a biologia. Armas nucleares precisam de instalações grandes, mas engenharia genética pode ser feita em um pequeno laboratório. Você não consegue regulamentar cada laboratório do mundo. O perigo é que, seja por um acidente seja algo planejado, criemos um vírus que possa nos destruir”, disse o cientista.

    “A raça humana não pode sobreviver nestas condições”, acrescentou.

Fonte:  Uol Notícias


segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

Julian Assange vai saber se recurso contra extradição para os EUA pode prosseguir. A decisão deve sair por volta das 10h45 de segunda-feira.


Julian Assange deve saber se pode recorrer da decisão de extraditá-lo para os Estados Unidos ao Supremo Tribunal
Assange, de 50 anos, é procurado nos Estados Unidos por uma suposta conspiração após a publicação pelo WikiLeaks de centenas de milhares de documentos vazados relacionados às guerras do Afeganistão e do Iraque.
Em dezembro do ano passado, as autoridades norte-americanas venceram a contestação da Suprema Corte para derrubar uma decisão de que Assange não deveria ser extraditado devido a um risco real e “opressivo” de suicídio.
A noiva de Assange, Stella Moris, chamou a decisão da Suprema Corte de “perigosa e equivocada” e disse que os advogados do fundador do WikiLeaks pretendiam recorrer à Suprema Corte.
A noiva de Julian Assange, Stella Moris (Kirsty O'Connor/PA) (Fio PA)

Para que um recurso proposto seja considerado pelo mais alto tribunal do Reino Unido, um caso deve levantar uma questão de direito de “importância pública geral”.
Na segunda-feira, a Suprema Corte dará sua decisão sobre se isso se aplica ao caso de Assange, no que se espera que seja uma decisão verbal curta.
Se os juízes decidirem que não há questão legal, Assange não poderá apelar para a Suprema Corte, e o pedido de extradição será enviado à secretária do Interior, Priti Patel , para aprovação.
Birnberg Peirce Solicitors, de Assange, disse anteriormente que o caso levantava questões legais “sérias e importantes”, incluindo a “dependência” das garantias dadas pelos EUA sobre as condições de prisão que ele enfrentaria se extraditado.
A decisão do Lord Chief Justice Lord Burnett e Lord Justice Holroyde deve ocorrer por volta das 10h45.

terça-feira, 18 de janeiro de 2022

Sobre Miriam Belchior, Celso Daniel e Vida que segue...





A coordenadora do PAC, Miriam Belchior (Foto:Arquivo/ABr)

A futura ministra do Planejamento, Miriam Belchior, 54 anos, está há oito anos no governo. Em 2002, ela participou da equipe que fez a transição do governo de Fernando Henrique Cardoso para o de Luiz Inácio Lula da Silva.

Miriam Belchior foi confirmada no cargo nesta quarta-feira (24) pelo atual titular do ministério, Paulo Bernardo, que afirmou ter sido convidado para continuar no governo, em pasta a ser definida.

A futura ministra é a atual coordenadora do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), cuja gestão, a partir do ano que vem, passará para o âmbito do Ministério do Planejamento. Ela era secretária-executiva do PAC quando substituiu na função a presidente eleita, Dilma Rousseff, que coordenava o programa na condição de ministra da Casa Civil.

No primeiro governo Lula, Belchior foi assessora especial do presidente até junho de 2004, quando foi chamada pelo então ministro da Casa Civil, José Dirceu, para desempenhar a função de subchefe de Avaliação e Monitoramento da pasta. No primeiro mandato de Lula, Belchior também auxiliou o governo na integração dos programas sociais.

Oriunda dos movimentos sociais, Miriam Belchior iniciou a vida política no ABC paulista. No atual governo, é muito próxima do chefe de gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho, que também ocupou cargos no Prefeitura de Santo André antes de integrar o governo Lula.

Engenheira de alimentos, formada pela Universidade de Campinas (Unicamp), a futura ministra se tornou mestre em Administração Pública e Governamental pela Fundação Getulio Vargas (FGV), de São Paulo, com a dissertação “A Aplicação do Planejamento Estratégico Situacional em Governos Locais: Possibilidades e Limites – os casos de Santo André e São José dos Campos”.

Entre 2001 e 2008, foi professora da Fundação de Pesquisa e Desenvolvimento de Administração, Contabilidade e Economia (Fundace), ligada à Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto. Entre 1999 e 2002, lecionou na Universidade São Marcos, em São Paulo.

Miriam foi casada por dez anos com o ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel, assassinado em 2002, após ter sido sequestrado em 18 de janeiro daquele ano. Os dois já estavam separados quando ele foi assassinado.

De janeiro de 1997 a dezembro de 2000, ela foi secretária de Administração e Modernização Administrativa da Prefeitura de Santo André, e, de janeiro de 2001 a novembro de 2002, secretária municipal de Inclusão Social e Habitação.

Na Prefeitura de Santo André, coordenou ainda o Programa de Modernização Administrativa, selecionado como uma das 100 melhores práticas públicas do mundo pela ONU em 2000.

São Paulo, sábado, 30 de julho de 2005 




PANORÂMICA
SANTO ANDRÉ


Ex-mulher de Celso Daniel diz não saber nada sobre esquema de corrupção
Acompanhada por um advogado ex-sócio do ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça), Míriam Belchior declarou ontem à Promotoria paulista que desconhecia qualquer esquema de corrupção na gestão do prefeito assassinado de Santo André, Celso Daniel (PT). Os dois foram casados durante dez anos, mas estavam separados.
O nome de Míriam foi citado por João Francisco, irmão de Daniel, como uma das pessoas que se opuseram ao esquema.
Ao lado do advogado Luiz Fernando Pacheco, ex-sócio do ministro, Míriam desqualificou as afirmações do ex-cunhado. "Ele não está apto a falar sobre a administração de seu irmão."
Sobre Sérgio Gomes da Silva, acusado de ser o mandante do crime, disse que os dois não se falam por divergências pessoais antigas. Míriam foi assessora do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Hoje ocupa uma subchefia na Casa Civil.
(DA REPORTAGEM LOCAL)



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sábado, 15 de janeiro de 2022

China está acumulando mais de metade dos alimentos no mundoO resultado desse movimento de compras veio em forma de inflação mundial





Por: AGROLINK -Leonardo Gottems
Publicado em 03/01/2022 às 07:26h.

A China vai controlar 69% das reservas de milho de todo o mundo já no primeiro semestre de 2022, além de 60% das reservas de arroz e 51% do trigo. As projeções são do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), segundo o qual esse acúmulo aumentou em cerca de 20 pontos percentuais nos últimos 10 anos.

Considerando que as afirmações vieram do maior adversário dos chineses, a informação poderia ter um viés suspeito. No entanto, a “fome” do gigante asiático é comprovada por declarações vindas do próprio governo comunista.

“A China detém atualmente um estoque de alimentos em níveis historicamente altos […] que conseguem responder a uma demanda equivalente a um ano e meio”, afirmou no último mês de novembro Qin Yuyun, responsável pelo departamento de cereais da Administração Nacional de Alimentos e Reservas Estratégicas de Pequim.

Apenas em 2020 a China gastou US$ 98,1 bilhões de dólares em importações de alimentos, de acordo com os dados da Administração Geral e Alfandegária do país asiático. De janeiro a setembro de 2021, Pequim reforçou as suas reservas nos maiores níveis desde 2016 comprando mais soja, milho e trigo entre duas a doze vezes mais que Brasil e EUA, por exemplo.

O resultado desse acúmulo de reservas veio em forma de inflação: segundo os dados da Agência para a Alimentação e Agricultura da ONU, os preços dos alimentos dispararam 30% num ano em todo o mundo. Em novembro, o índice alimentar das Nações Unidas voltou a registar um novo máximo de 10 anos. “A acumulação da China é uma das razões para o aumento dos preços”, afirmou Akio Shibata, presidente do Instituto de Investigação de Recursos Naturais de Tochigi, em entrevista ao Nikkei Asia.

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