quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Quatro cartunistas estão entre os mortos no ataque em Paris

França

Stéphane Charbonnier, o Charb, editor-chefe da publicação é um mortos. Charge com chefe do EI foi publicada no Twitter pouco antes de atentado

Os principais cartunistas da revista satírica francesa "Charles Hebdo", Georges Wolinski, Jean Cabut, Charb e Tignous, mortos no atentado à redação
Em sentido horário, Georges Wolinski, Jean Cabut, Charb e Tignous, mortos no atentado (AFP)
Os chargistas da revista de humor Charlie Hebdo, Charb, Cabu, Wolinski e Tignous, morreram nesta quarta-feira no violento ataque terrorista contra a redação da publicação, confirmaram as autoridades. O mais recente post publicado pela revista em sua página no Twitter, pouco antes do ataque terrorista desta quarta-feira em Paris, foi uma charge satirizando o chefe do grupo terrorista Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi. O desenho traz “bons votos” e deseja ‘boa saúde’ ao jihadista.
Editor da publicação desde 2009, Stéphane Charbonnier, o Charb, já havia recebido ameaças de morte e vivia sob proteção policial. Ele havia sido incluído em uma 'lista de procurados' da rede Al Qaeda após a publicação de caricaturas do profeta Maomé, em 2013. Charb, que tinha 47 anos, sempre insistiu que as charges satirizando o profeta eram peças de humor como quaisquer outras.
Georges Wolinski, de 80 anos, era um chargista muito querido na França e tinha uma longa carreira como colaborador na imprensa. Ele teve passagens marcantes pelo jornal Libération e pela revista semanal Paris-Match. Bernard Verlhac, o Tignous, tinha 57 anos e era famoso por suas charges políticas. Seu livro mais recente, '5 ans sous Sarkozy' (5 anos sob Sarkozy, em tradução literal), retratando o governo do presidente Nicolás Sarkozy, foi um sucesso na França.
Jean Cabut, que assinava como Cabu, iria completar 77 anos no dia 13 de janeiro e também colaborou com diversas publicações ao longo de sua carreira. Nas décadas de 1970 e 1980, Cabu se tornou muito popular ao produzir desenhos para o programa infantil de televisão Récré A2

Capa da edição de setembro de 2012 da revista francesa Charlie Hebdo - VEJA

Capa da edição de setembro de 2012 da revista francesa Charlie Hebdo - VEJA
Vítima é socorrida após atentado ao "Charlie Hebdo"
Vítima é socorrida após atentado ao "Charlie Hebdo" - Reuters/VEJA
Homens armados foram vistos perto das instalações do jornal satírico francês Charlie Hebdo em Paris antes do ataque - 07/01/2015
Homens armados foram vistos perto das instalações do jornal satírico francês Charlie Hebdo em Paris antes do ataque - 07/01/2015 - Anne Gelbard/AFP
Pessoas se abraçam, depois que homens armados invadiram os escritórios da revista francesa Charlie Hebdo, em Paris. Pelo menos 12 pessoas morreram durante o ataque
Pessoas se abraçam, depois que homens armados invadiram os escritórios da revista francesa Charlie Hebdo, em Paris. Pelo menos 12 pessoas morreram durante o ataque - Remy de la Mauviniere/AP
Homens armados foram vistos perto das instalações do jornal satírico francês Charlie Hebdo em Paris antes do ataque - 07/01/2015
Homens armados foram vistos perto das instalações do jornal satírico francês Charlie Hebdo em Paris antes do ataque - 07/01/2015 - Anne G
Presidente francês François Hollante chega ao local do atentado ao Charlie Hebdo Reuters
Presidente francês François Hollante chega ao local do atentado ao Charlie Hebdo Reuters - Reuters/VEJA

Policiais e bombeiros se reúnem em frente aos escritórios do jornal satírico francês Charlie Hebdo em Paris, depois de homens armados terem invadido o local - 07/01/2015
Policiais e bombeiros se reúnem em frente aos escritórios do jornal satírico francês Charlie Hebdo em Paris, depois de homens armados terem invadido o local - 07/01/2015 - Philippe Dupeyrat/AFP
Bombeiros carregam um homem ferido em uma maca na frente dos escritórios do jornal satírico francês Charlie Hebdo em Paris, após o ataque de homens armados - 07/01/2015
Bombeiros carregam um homem ferido em uma maca na frente dos escritórios do jornal satírico francês Charlie Hebdo em Paris, após o ataque de homens armados - 07/01/2015 - Philippe Dupeyrat/AFP

Policiais e bombeiros se reúnem em frente aos escritórios do jornal satírico francês Charlie Hebdo em Paris, depois de homens armados terem invadido o local - 07/01/2015
Policiais e bombeiros se reúnem em frente aos escritórios do jornal satírico francês Charlie Hebdo em Paris, depois de homens armados terem invadido o local - 07/01/2015 - Philippe Dupeyrat/AFP
Policiais e socorristas diante da sede do Charlie Hebdo
Policiais e socorristas diante da sede do Charlie Hebdo - Reuters/VEJA
Vidro perfurado por disparo no local do atentado à redação da revista Charlie Hebdo
Vidro perfurado por disparo no local do atentado à redação da revista Charlie Hebdo - Reuters/VEJA
Marcas de bala na janela das instalações do jornal satírico francês Charlie Hebdo em Paris, após ataque de homens armados que invadiram os escritórios deixando pelo menos 12 pessoas mortas - 07/01/2015
Marcas de bala na janela das instalações do jornal satírico francês Charlie Hebdo em Paris, após ataque de homens armados que invadiram os escritórios deixando pelo menos 12 pessoas mortas - 07/01/2015 - Martin Bureau/AFP
Jornalista trabalha na redação do Charlie Hebdo em 2006
Jornalista trabalha na redação do Charlie Hebdo em 2006 - Reuters/VEJA

by Veja

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Torna-se tendência festas sexuais onde um participante tem HIV, promovendo uma “roleta russa” da AIDS




Homens estão colocando em risco a própria vida em orgias de “roleta russa” da AIDS.

No grupo que irá praticar relações sexuais, um está infectado com HIV. A revelação impressionante foi feita por um stripper conhecido apenas como Tijana, seu nome artístico.

Ele ainda teria revelado que o príncipe de Iorque, terceiro filho da rainha Elizabeth II do Reino Unido, teria participado de uma dessas orgias.

Através de nota, o príncipe Andrew negou qualquer participação em festas sexuais desse caráter e ainda afirmou nunca ter participado de orgias.

Tijana, que tem 23 anos, apresentou uma série de locais onde as supostas orgias estão acontecendo. Apelidada de “roleta do sexo esloveno”, vários famosos estão participando da brincadeira perigosa em toda a Europa.

Formou-se uma espécie de partido, onde os que pretendem fazer parte do grupo precisam usar máscaras, para que ninguém saiba quem está por trás. A “brincadeira” está no fato de que um dos participantes que usa a máscara tem HIV diagnosticado.

Em entrevista ao jornal Telegraph, ele disse: “Eu posso ver que todo mundo está falando sobre festas de sexo agora, desde que vasou a participação do príncipe Andrew, mas na verdade elas têm sido muito comuns há bastante tempo. Aqui na Sérvia, o que me chocou de verdade, foram essas festas com um participante com HIV. Essa variação me parece extrema e muito bizarra”.

Ele prossegue: “Quem organiza são pessoas muito ricas e o prazer parece estar embutido no fato de em uma única relação sexual existirá o potencial risco em sair contaminado”.

Segundo Tijana, a prática teve início na Eslovênia, e causa excitação em pessoas que desejam correr riscos.


Fonte: DailyStar Foto: Reprodução / DailyStar

A senha: ‘SG9W’



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Funcionários da Volkswagen entram em greve após 800 demissões


Trabalhadores de São Bernardo do Campo (SP) decidiram paralisar atividades por tempo indeterminado em protesto contra desligamentos

Volkswagen anunciou a demissão de 800 empregados de sua fábrica em São Bernardo do Campo
Volkswagen anunciou a demissão de 800 empregados de sua fábrica em São Bernardo do Campo (Justin Sullivan/Getty Images/VEJA)
Trabalhadores da fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo (SP) decidiram entrar em greve por tempo indeterminado na manhã desta terça-feira, após a montadora demitir 800 funcionários. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, a greve foi aprovada em assembleia, que contou com cerca de 7.000 trabalhadores, quase a totalidade dos funcionários do turno da manhã.
De acordo com a Volkswagen, o desligamento dos trabalhadores tem como objetivo o estabelecimento de "condições para um futuro sólido e sustentável para a Unidade Anchieta, tendo como base o cenário de mercado e os desafios de competitividade". 
O sindicato confirma que estava em negociação com a empresa desde julho, mas que rejeitou a proposta feita pela montadora e optou por manter o acordo trabalhista de 2012 que tem validade até 2016. Após a aprovação da greve, nesta manhã, ainda não foi realizada nenhuma reunião com a diretoria da Volkswagen. 
A fábrica Anchieta, como é conhecida a mais antiga unidade da Volkswagen no Brasil, emprega cerca de 13.000 trabalhadores. Segundo a companhia informou em nota, as demissões ocorrerão após um período de licença remunerada de trinta dias. A empresa alega ainda que, em razão do cenário complexo do setor automotivo, diversas medidas de flexibilização da produção foram aplicadas desde 2013, como, por exemplo férias coletivas, suspensão temporária dos contratos de trabalho (lay-off), entre outras. No entanto, todos os esforços foram insuficientes.
Mercedes - O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC também informou que 244 funcionários foram demitidos na Mercedes-Benz. Eles faziam parte de um grupo de pouco mais de 1.100 trabalhadores que estavam em lay-off desde o ano passado, mas não tiveram essa condição prorrogada, como aconteceu com o restante. Segundo o sindicato, a companhia alega baixo desempenho de alguns desses demitidos. Além disso, uma parte pequena teria aderido a um Programa de Demissão Voluntária (PDV).
Crise - O setor automotivo, importante fonte empregadora no país, foi beneficiado por reduções tributárias após a crise global de 2008, o que ajudou a manter as vendas de veículos no país em alta até 2012, quando o governo federal estendeu benefícios do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) reduzido desde que as montadoras não demitissem. Em 2013 e 2014, porém, as vendas de veículos no país amargaram queda e a expectativa é de nova redução neste ano.
Segundo dados de dezembro de 2014 divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), de janeiro a novembro de 2014 as montadoras eliminaram 10.800 postos de trabalho e empregavam, até aquela data, 146.200 pessoas.
Setor - Alarico Assumpção Júnior, novo presidente da Federação Nacional da Distribuidores de Veículos Automotores (Fenabrave), disse nesta terça que as demissões nas montadoras de veículos brasileiras poderão impactar nos empregos nas concessionárias. "Se você produz menos, você vende menos", afirmou, ponderando que o impacto vai depender de cada grupo empresarial.
Mesmo assim, ele acredita que a piora não deve ser grande, pois o setor já vem se "adequando" ao novo cenário econômico nos últimos dois anos. Questionado, ele não soube precisar quantos empregos foram cortados nas redes nesse período, informando apenas que o setor tem atualmente 409.000 trabalhadores nas redes de distribuição.
(Com Estadão Conteúdo e Reuters

Roberto Carlos está só começando a pagar por seu desprezo pelo jornalismo e pela história

65 roberto e tim1 Roberto Carlos está só começando a pagar por seu desprezo pelo jornalismo e pela história
O assunto musical dos últimos dias tem sido o docudrama Tim Maia: Vale O Que Vier, produzido pela Rede Globo, misturando trechos do filme Tim Maia de Mauro Lima, reconstituições inéditas e depoimentos exclusivos. Apesar da boa audiência (24 pontos, 51% de participação em São Paulo), o especial corre o risco de ser lembrado como uma “falsificação da biografia de Tim Maia” (segundo o DCM) que “limpou a barra de Roberto Carlos” (como definiu a Veja), que “protege Roberto Carlos e corta desprezo por Tim Maia” (UOL), que “mutilou e contradisse Tim Maia” (Pipoca Moderna).
O ponto principal da polêmica é o papel de Roberto Carlos na(s) trama(s). Em Tim Maia, o filme, o cantor capixaba é uma espécie de “inimigo favorito” de Tim desde os tempos de adolescência. Um pupilo ingrato, a quem o Síndico teria ensinado boa parte de seus truques, mas que, com o cetro e a coroa de Rei, teria sido incapaz de ajudar o amigo em dificuldades. Na “recriação do filme” da Globo, Roberto, Erasmo e o personagem narrador (Tim Maia, interpretado pelo mesmo ator Babu Santana do cinema) garantem, em resumo, que o Brasa foi tão generoso quanto possível em relação a Tim e que, literalmente, “lançou o gordinho mais querido do Brasil” ao gravar “Não Vou Ficar” em 1969.
Bem, não vou entrar nessa discussão. Você pode acreditar em quem quiser. Se na versão de Roberto Bonzinho da Globo ou na versão Roberto Malvado dos cinemas (que, na realidade, tem raízes no livro Roberto Carlos em Detalhes de Paulo César Araújo, que publicou pela primeira vez a cena forte de Roberto ordenando para alguém de seu staff que jogasse “um dinheiro aí pro Tião”). Até porque Tim Maia não está aí para ser confrontado nem ouvido, assim como Nice Rossi, que de acordo com os adeptos da corrente do Roberto Malvado, teria sido a verdadeira responsável pela primeira chance de Tim numa gravadora.
Acredite em quem você quiser. Eu tenho pesquisado profundamente o período 1968-1972 da música pop brasileira, do qual tanto um quanto outro são personagens fundamentais, para o meu próximo livro e, depois de entrevistar gente o suficiente e pesquisar em fontes suficientes, tenho uma versão muito mais segura, saborosa e diferente das versões dicotômicas na mesa. Mas não é este meu assunto hoje. Meu assunto é que Roberto Carlos está apenas começando a pagar pelo seu desprezo histórico pelo jornalismo, pelo tanto que esnobou a história e o registro de sua própria figura como parte da cultura popular brasileira.
Quando surgiu como ídolo popular, em meados dos anos 1960, Roberto colaborava com a imprensa de celebridades. Sabemos tudo sobre sua vida íntima, seus amores, suas excentricidades, seus carros, suas casas, seus casamentos. Sobre quando cultivou bigode, sobre onde comprava suas roupas psicodélicas e como cortava seu cabelo. Sobre o sapo que atropelou ou sobre como fala com as plantas. Sabemos dos disfarces que usava para sair à rua e sobre seus pratos favoritos. Mas você nunca viu o Roberto falando sobre música, sobre suas influências, sobre os discos que ouvia ou os músicos com os quais trabalhou. Tim Maia, você já viu falando sobre isso. Já leu, já ouviu.
Roberto entende de jornalismo de celebridades. Para você ter uma ideia, quando ele se tornou ídolo em São Paulo, trouxe do Rio um secretário particular, Nichollas Mariano, a quem convenceu a que se apresentasse como “mordomo” justamente para reforçar para os jornalistas que acampavam na porta de seu apartamento a imagem de nobreza que seu epíteto de “Rei” inspirava. Foi só quando começou a trabalhar com o empresário Marcos Lázaro, em 1967, que este o convenceu a abrir o castelo para a imprensa cultural que surgia, levando jornalistas a turnês pelo Brasil e negociando entrevistas exclusivas. É desta curta fase o pouco de relevante que se publicou sobre Roberto na imprensa brasileira, n’O Pasquim, n’O Bondinho, na revistaRealidade e na Intervalo.
Entretanto, a medida que os anos 1970 avançavam, Roberto descobriu um jeito muito mais simples de lidar com a imprensa escrita: negociando exclusivas com a maior revista semanal da época, a Manchete, em troca de cobertura desbragadamente favorável de sua vida e carreira (é da revista a inacreditável manchete a respeito da separação de Roberto e Nice: “nossa separação foi um ato de amor”). E descobriu uma maneira ainda mais simples e prática de lidar com a imprensa eletrônica: dando as sempre patéticas entrevistas anuais ao jornalismo da TV Globo, emissora da qual é contratado – uma vergonha para o jornalismo da Globo, claro, mas cujas consequências para a própria carreira Roberto é incapaz de perceber.
Fora disso, Roberto tornou-se especialista em falar sem dizer nada (nas minhas pesquisas, encontrei uma entrevista sensacional do cantor a favor e contra a censura ao mesmo tempo, no início dos anos 1970) e a pintar qualquer assunto daquela mesma cor azul-espírita indefinida que adorna sua comunicação visual há décadas.
O mais irônico (e triste) é que a carreira de Roberto Carlos ascendeu precisamente junto com a ascensão da cultura pop e do jornalismo de rock. Foi aí que a cobertura de música popular deixou os cadernos de celebridade e passou a ser vista como um fenômeno ao mesmo tempo artístico e comportamental. A Rolling Stone, o Jornal da Tarde, o Luiz Carlos Maciel, a Ilustrada, a Pop, o Sábado Som de Nelson Motta, a Bizz e a MTV, as listas de melhores de todos os tempos, as biografias e as reedições comemorativas são frutos dessa cultura.
Roberto não só não entende essa cultura como a despreza. Nega entrevistas a jornalistas musicais sérios, mas não recusa receber Gloria Maria para que ela trate seu TOC como mais uma excentricidade, como fez em 2002 em rede nacional. Manda recolher a única tentativa de tratar sua carreira com seriedade acadêmica, Roberto Carlos em Detalhes, porque ele quer a reserva de mercado em publicar sua autobiografia: “Eu estou escrevendo a minha história e informando muito mais as pessoas sobre a minha vida e sobre as minhas coisas do que qualquer outra fonte”, disse ao Fantástico em 2013.
Com todo respeito às suas dores, Roberto, ninguém está nem aí para a sua vida e suas coisas. Mas estamos há 50 anos querendo saber o que você ouvia, em como moldou sua música, como gravou seus clássicos, como concebeu seus shows no Canecão, em como recebeu os arranjadores e produtores de seus álbuns, em como Tim Maia te ensinou a tocar, como ele influenciou na sua “fase soul” e como decidiu gravar “Não Vou Ficar”.
Hoje Roberto é visto como um artista violento que usa de seu poder para processar professores, embargar obras e censurar artistas. Um compositor que não compõe, um cantor que se contenta em reempacotar gravações velhas com capas novas e horríveis. O garoto-propaganda que a Friboi demitiu, o desafeto de Tim Maia que precisou da Globo para mentir a seu favor.
O que há de justo e injusto nisso tudo? Como saber?
Paul McCartney dá entrevistas, curtas e longas, para revistas e para documentários, consulta colecionadores, escreve livros e deixa que escrevam livros. Mick Jagger dá entrevistas, Keith Richards dá entrevistas. Roberto processa biógrafos e acha que basta que saibamos que sua sobremesa favorita é sorvete. Nós sabemos como Paul McCartney, Mick Jagger, Keith Richards e Tim Maia desenvolveram sua obra. De Roberto, não sabemos nada que importa.
Com a obsessão da cultura pop por seu passado, Roberto está começando a pagar por sua própria visão utilitarista do jornalismo e da história. E vai pagar cada vez mais caro, especialmente quando não estiver mais aqui para dar a versão que passou a vida se negando a dar.
by R7

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