quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Barreira de corais: ação do homem ameaça um dos mais belos e naturais patrimônios da humanidade

A Grande Barreira de Corais da Austrália abriga mais de 400 tipos da espécie

O maior conjunto de recifes de corais do mundo está ameaçado por causa da poluição e ação das pragas. A Grande Barreira de Corais, na costa nordeste da Austrália, formada há dezenas de milhões de anos, está passando por um processo de limpeza das águas e erradicação da praga de estrelas que se alimentam dos mais de 400 tipos de corais que estão ao longo dos 2.000 km de extensão 
AnteriorO maior conjunto de recifes de corais do mundo está ameaçado por causa da poluição e ação das pragas. A Grande Barreira de Corais, na costa nordeste da Austrália, formada há dezenas de milhões de anos, está passando por um processo de limpeza das águas e erradicação da praga de estrelas que se alimentam dos mais de 400 tipos de corais que estão ao longo dos 2.000 km de extensão Próxima


















Foto: Getty Image

Justiça autoriza lançamento da 'biografia gay' de Lampião

Por unanimidade, a 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJ-SE) reformou a sentença de primeiro grau que proibia a venda da obra

O cangaceiro Lampião
O cangaceiro Lampião (Reprodução/VEJA)
Depois de três anos, finalmente o escritor e juiz aposentado Pedro de Morais vai poder lançar e vender o seu livro Lampião, O Mata Sete, em que diz que Virgulino Ferreira, o famoso cangaceiro nordestino, era gay. Por unanimidade, a 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJ-SE) reformou a sentença de primeiro grau que proibia o lançamento e a venda da obra.
Para o autor, o voto unânime dos desembargadores pode abrir um precedente no Brasil para autores que estão com biografias paradas na Justiça. "Foi um voto notável", disse Morais, ao se referir ao desembargador Cezário Siqueira Neto, relator do processo.
No voto, Siqueira Neto entendeu que garantir o direito à liberdade de expressão coaduna-se com os recentes julgamentos do Supremo Tribunal Federal (STF). "Não é demais repetir que, se a autora da ação sentiu-se ‘ofendida’ com o conteúdo do livro, pode-se valer dos meios legais cabíveis. Porém, querer impedir o direito de livre expressão do autor da obra, no caso concreto, caracterizaria patente medida de censura, vedada por nossa Constituinte", afirmou o magistrado.

'Roberto Carlos em Detalhes' e outras biografias censuradas


Garrincha, de Ruy Castro

Uma medida – 25 centímetros – levou as filhas do jogador de futebol Mané Garrincha a processar o escritor Ruy Castro pela publicação da biografia Estrela Solitária: Um Brasileiro Chamado Garrincha, lançada em 1995. O número se refere ao tamanho do órgão sexual do ídolo e o detalhe rendeu ao autor e à editora Companhia das Letras uma ação por danos morais e materiais, em 2001, ano em que Castro foi condenado em primeira instância. O título chegou a ser impedido pela Justiça de ser vendido por um ano. Após recorrer, o autor foi eximido do processo por danos morais pelo desembargador João Wehbi Dib da Segunda Câmara Civel do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que viu como elogio a referência ao tamanho avantajado do órgão sexual de Garrincha. A editora e Castro, porém, não escaparam da condenação por danos materiais e tiveram que repassar 5% do valor de capa de cada exemplar vendido às filhas do jogador.
 

Lampião, de Pedro de Morais

A filha de Lampião e Maria Bonita, Expedita Ferreira Nunes, de 79 anos, não gostou de ver detalhes sobre a vida íntima dos pais destrinchados no livro Lampião – O Mata Sete e conquistou na Justiça o fim de sua circulação, em novembro de 2011. Na publicação, o juiz aposentado Pedro de Morais defende a tese de que o rei do cangaço era homossexual e dividia com a mulher a paixão pelo cangaceiro Luiz Pedro. Morais também levantou suspeitas de que Lampião não é o verdadeiro pai de Expedita, já que um tiro na virilha o havia deixado estéril. Apesar da extensa pesquisa apresentada pelo autor para embasar as histórias, o juiz Aldo de Albuquerque Mello, da 7ª Vara Cível de Aracaju, ordenou a retirada do título das livrarias. 

Roberto Carlos, de Paulo Sérgio de Araújo

O historiador Paulo Sérgio de Araújo passou a encabeçar a luta pela publicação de biografias não-autorizadas depois de ter as vendas de seu livro Roberto Carlos em Detalhes embargadas pela Justiça. Em 2006, o historiador publicou o título que trazia detalhes sobre a vida pessoal e trajetória musical de Roberto Carlos. A obra atingiu o topo na lista dos livros mais vendidos e foi logo censurada pelo cantor. Em agosto de 2007, ele conquistou o direito de recolher mais de 10 000 exemplares restantes da tiragem de 60 000 que estavam estocados na editora Planeta, responsável pela publicação. 

Guimarães Rosa, de Alaor Barbosa

A biografia Sinfonia de Minas Gerais - A Vida e a Literatura de João Guimarães Rosa, de Alaor Barbosa, foi considerada de baixa qualidade pela filha do escritor mineiro. Por isso, Vilma Guimarães Rosa exigiu a retirada dos exemplares das livrarias logo após o lançamento, em 2008. Vilma encrencou com a passagem em que Barbosa retrata a relação de Rosa com a língua portuguesa a que o escritor mineiro teria classificado como “inferior”. No processo, porém, a herdeira alegou impossibilidade de ser ressarcida pelos direitos autorais a que tem direito sobre qualquer publicação a respeito do pai. 

Noel Rosa, de João Máximo e Carlos Didier

Bastou Lindaura, a viúva do sambista Noel Rosa morrer, em 2001, para duas sobrinhas do compositor - Irami Medeiros Rosa de Melo e Maria Alice Joseph – proibirem a circulação do livro Noel Rosa – Uma Biografia, de João Máximo e Carlos Didier, lançado em 1990 pela editora UnB. As duas irmãs, filhas do irmão caçula de Noel Rosa, tentam na Justiça deslegitimar Lindaura como herdeira do sambista já que eles não foram casados oficialmente e não tiveram filhos. O livro retrata a vida conjugal de Rosa e Lindaura, uma prova que contradiz a versão das sobrinhas. 

O relator afirmou, ainda, que a liberdade de expressão é algo fundamental na ordem democrática, por isso não é papel do Poder Judiciário estabelecer padrões de conduta que impliquem restrição à divulgação do pensamento. "Cabe, sim, impor indenizações compatíveis com ofensa decorrente de uma divulgação ofensiva", completou.
Para o desembargador, "as pessoas públicas, por se submeterem voluntariamente à exposição pública, abrem mão de uma parcela de sua privacidade, sendo menor a intensidade de proteção", citando em seu voto a doutrina do procurador federal Marcelo Novelino.
Processo - Em outubro de 2012, Vera Ferreira, neta de Lampião, entrou com duas ações na Justiça: uma por danos morais, justamente, pelo autor discutir a sexualidade do cangaceiro; e outra impedindo o lançamento do livro. Vera queria uma indenização de 2 milhões de reais nas duas ações, por danos morais e por Morais ter vendido os livros na 2ª Bienal de Salvador, que ocorreu em 6 de novembro de 2011. O escritor disse que Vera perdeu nas duas ações que moveu.
1 minuto com Augusto Nunes: Os censurados viraram censores 
O livro, de 306 páginas, ainda não tem data para ser lançado. "Vou conversar com o meu advogado, Frederico Costa Nascimento, sobre o assunto. Também pretendo conversar com o escritor Oleone Coelho Fontes, que faz a introdução do livro, para decidirmos isso", comentou. O autor tem mil exemplares em casa e há outros 10 000 já encomendados.
O advogado de Vera Ferreira, Wilson Winne de Oliva, disse que vai recorrer da decisão no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele disse que, embora respeite a decisão do TJ de Sergipe, não concorda, pois o que está em jogo é a intimidade de uma família. "E intimidade não é história", defende. Wilson tem 15 dias, a partir da publicação no Diário Oficial da Justiça, para entrar com o recurso. "Acredito que até segunda-feira, dia 6, faremos isso", afirmou.
(Com Estadão Conteúdo)

Diminuição da capacidade de identificar odores pode prever a morte




Pesquisadores da Universidade de Chicago apontam que alterações do olfato podem ser um prenúncio de mortalidade



Cientistas afirmam que o olfato é o sentido mais subestimado - Bloomberg / Tomohiro Ohsumi

RIO -
Para os mais velhos, ser incapaz de identificar odores fortes é um prenúncio de morte dentro de cinco anos, de acordo com um estudo publicado nesta quarta-feira na revista “PLoS ONE”. Trinta e nove por cento dos participantes do estudo que falharam um simples teste de cheiro morreram durante esse período, em comparação com 19% das pessoas com perda moderada de olfato, e apenas 10% das pessoas com um saudável senso de olfato.

Os perigos de perda de olfato foram "surpreendentemente significativos", os pesquisadores disseram, acima e além da maioria das doenças crônicas. Alterações do olfato foram melhores preditores de mortalidade do que um diagnóstico de insuficiência cardíaca, doença pulmonar ou câncer. Somente lesão hepática grave foi um preditor mais poderoso da morte. Para aqueles já em alto risco, a falta o olfato mais do que duplicou a probabilidade de morte.

VEJA TAMBÉM

Dieta rica em alimentos gordurosos pode comprometer o olfato, aponta estudo
Empresa lança mensagens de texto com cheiro
Pesquisadora desenvolve ‘nariz eletrônico’ para robôs



- Achamos que a perda de olfato é como o canário na mina de carvão - disse o principal autor do estudo, Jayant M. Pinto, professor associado de cirurgia da Universidade de Chicago, especializado em genética e tratamento de olfato e a presença de sinusopatia. - Isso não causa diretamente a morte, mas é um prenúncio, um alerta de que algo deu muito errado, que o dano foi feito. Nossas descobertas poderiam fornecer um teste clínico útil, uma maneira rápida e barata de identificar pacientes que estão mais em risco.

O estudo foi parte do Projeto Nacional de Vida Social, Saúde e Envelhecimento (NSHAP, na sigla em inglês), o primeiro estudo em casa de relações sociais e de saúde em uma amostra nacionalmente representativa de homens e mulheres com 57-85 anos.

Na primeira parte do projeto, conduzida em 2005-06, uma equipe profissional de pesquisa do Centro Nacional de Pesquisa de Opinião da Universidade de Chicago usou um teste bem avaliado, adaptado pela autora sênior do estudo, Martha K. McClintock, para esse campo de pesquisa de 3.005 participantes. Ele mediu a habilidade dos participantes de identificar cinco odores comuns distintos.

Os testes usaram “Sniffin’Sticks”, dispositivos de odores que lembram canetinhas de colorir, mas carregadas com aromas em vez de tinta. Participantes tiveram que tentar identificar cada cheiro, um por vez, de cinco opções disponíveis. Com o objetivo de aumentar a dificuldade, os odores eram menta, peixe, laranja, rosa e couro.

Medindo o cheiro com esse teste, eles concluiram que quase 78% dos testados foram classificados como tendo o olfato normal; 45,5% identificaram corretamente cinco dos cinco odores e 29% identificaram quatro de cinco.

Quase 20% acertaram dois ou três de cinco. Os 2,4% restantes puderam identificar apenas um dos cinco odores, e 1,1% não conseguiram identificar nenhum.

Os entrevistadores também avaliaram idade dos participantes, saúde física e mental, recursos sociais e financeiros, educação, abuso de drogas e álcool, através de entrevistas estruturadas, testes ou questionários. Como esperado, o desempenho no teste de cheiro diminuiu de forma constante com a idade; 64% dos jovens de 57 anos identificaram corretamente todos os cinco cheiros. Isso caiu para 25% nos participantes de 85 anos.

Na segunda parte, em 2010-11, a equipe de pesquisa confirmou cuidadosamente quais os participantes ainda estavam vivos. Durante esse intervalo de cinco anos, 430 (12,5%) dos originais 3005 tinham morrido; 2565 ainda estavam vivos.

Quando ajustado para as variáveis ​​de indicadores demográficos, como idade, sexo, status socioeconômico, saúde em geral, e raça, pessoas com perda de olfato maior quando testadas pela primeira vez foram substancialmente mais propensos a ter morrido cinco anos mais tarde. Mesmo a perda de cheiro suave foi associada com maior risco.

- Esse sentido evolutivo antigo pode apontar um mecanismo chave que afeta a longevidade humana - observou McClintock, professor de psicologia que estudou comunicação olfativa e feromônios ao longo de sua carreira.

Perda cheiro relacionada à idade pode ter um impacto substancial no estilo de vida e bem-estar, de acordo com Pinto, membro da equipe de cirurgia de otorrinolaringologia da universidade.

- Muitas pessoas com déficits de cheiro perdmr a alegria de comer. Eles fazem escolhas alimentares pobres, recebem menos nutrição. Eles não sabem quando os alimentos estragaram nem detectam odores que são sinais de perigo, como um vazamento de gás ou fumaça. Eles podem não perceber falhas na higiene pessoal - afirmou. - De todos os sentidos humanos, o cheiro é o mais subestimado e subvalorizado-até que ele se foi.

Precisamente como a perda de olfato contribui para a mortalidade ainda não está claro.

- Obviamente, as pessoas não morrem apenas porque seu sistema olfativo está danificado - disse McClintock.

A equipe de pesquisa, que inclui biopsicólogos, médicos, sociólogos e estatísticos, está ponderando várias hipóteses. O nervo olfativo, o único nervo craniano diretamente exposto ao ambiente, pode servir como um canal, eles sugerem, expondo o sistema nervoso central para a poluição, toxinas no ar, patógenos ou partículas.

McClintock observou que o sistema olfativo também tem células-tronco que se auto-regeneram, por isso, "uma diminuição na capacidade de sentir o cheiro pode ser sinal de uma diminuição da capacidade do corpo para reconstruir componentes-chave que estão em declínio com a idade e levar a todas as causas de mortalidade".


Read more: http://oglobo.globo.com/sociedade/saude/diminuicao-da-capacidade-de-identificar-odores-pode-prever-morte-14104845#ixzz3Ew12HQ9U

Em Alta

O significado de Amor Fati: estoicismo e o amor ao destino

"Aceite as coisas às quais o destino o prende e ame as pessoas com quem o destino o une, mas faça isso de todo o coração." - Marcu...

Mais Lidas