Confira as melhores histórias do famoso presídio americano
A emblemática prisão de Alcatraz, localizada em uma ilha na costa de San Francisco, Califórnia, recebeu 1.576 criminosos durante o período em que esteve em atividade, entre 1934 e 1963. Alguns deles eram famosos por terem cometido os mais chocantes crimes da história dos EUA. O dia 11 de agosto marca o 80° aniversário da inauguração de Alcatraz, e nós lembramos os detentos mais famosos que estiveram atrás das grades no local
George Barnes -- mais conhecido como “Kelly Metralhadora” -- foi um mafioso da época da proibição do álcool nos EUA que cumpriu pena em Alcatraz, depois de um dos sequestros mais famosos dos EUA. Barnes, juntamente com a mulher Kathryn, sequestrou o magnata do petróleo texano Charles F. Urschel por um resgate de US$ 200 mil -- o que em 1933 era uma grande fortuna
Apesar dos assassinatos, foi por causa da evasão de divisas que Capone foi condenado em 1931. Seu período preso começou em Atlanta (foto), mas os rumores de favorecimento no tratamento acabaram fazendo com que ele fosse transferido Alcatraz, com esquema muito mais rigoroso
Após ficar preso em Alcatraz, George foi transferido em 1951, morrendo três anos depois. Na foto, um pôster com as digitais de Barne
O último “Inimigo Público Número 1” a ser capturado nos EUA, Albin Francis Karpowicz -- também conhecido como Alvin “creepy” (assustador) Karpis graças ao seu sorriso sinistro -- foi o prisioneiro a passar mais tempo em Alcatraz, tendo passado 26 anos encarcerado
Karpis foi um mafiosos mais brutais da era da Depressão, famoso por assaltos a bancos, sequestros e assassinatos. Na foto, após uma busca pessoal pelo chefe do FBI, J. Edgar Hoover (direita), Karpis (centro) foi preso em 1936
Em Alcatraz, Karpis trabalhou na confeitaria, mas estava sempre metido em confusões. Ele foi transferido de Alcatraz pouco tempo antes do fechamento da cadeia, em 1963, e foi deportado para o Canadá em 1969 (foto)
James “Whitey” Bulger era um criminoso relativamente de pouca importância quando foi transferido para Alcatraz em 1959 para completar uma pena por assalto a mão armada e sequestro. No entanto, seus crimes posteriores acabaram rendendo a fama como um dos mais temidos criminosos dos EUA
Bulger – fotografado em Alcatraz – juntou-se à máfia irlandesa de Boston depois de ser solto e antes de se tornar um informante do FBI em 1975. Uma pista falsa para o FBI o forçou a se esconder em 1994, antes de acabar preso por múltiplas acusações (incluindo envolvimento em 11 assassinatos em 2011). Ele recebeu duas penas de prisão perpétua em 2013
O status de celebridade não protege criminosos, como o gângster de Hollywood Micky Cohen descobriu. Além de ser um dos criminosos mais famosos de Los Angeles, Cohen (na foto com ex-muler Lavonne Weaver) tornou-se amigo de estrelas -- como Frank Sinatra e Judy Garland
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Cohen enfrentou dois períodos em Alcatraz por a evasão fiscal: de 1951 a 1955, e um curto período em 1961 (foto), que foi marcado por um ataque que o deixou parcialmente paralisado. Transferido, Cohen permaneceu encarcerado até 1972, antes de morrer em 1976
Em toda a história de Alcatraz, foram relatadas 14 tentativas de fuga, sendo a mais bem-sucedida a elaborada em 1962 pelos irmãos Clarence (esquerda) e John (centro) Anglin, e por Frank Morris (à direita)
Usando cabeças falsas nas camas para enganar os guardas, o trio de ladrões de banco fugiu através de buracos escavados nas paredes. Uma vez fora da cela, eles escalaram os muros e tentaram atravessar a baía de San Francisco em jangadas feitas de capas de chuva. Embora acredita-se que tenham se afogado, os seus corpos nunca foram recuperados. A história inspirou o filme de 1979 'Fuga de Alcatraz', estrelado por Clint Eastwood
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Quais foram as mais espetaculares fugas de presos?
por Roberto Navarro | Edição 28
Existem inúmeras histórias de escapadas sensacionais, principalmente no século 20. Certamente um dos casos mais famosos, que virou livro e filme de sucesso, foi o do francês Henri Charrière, o Papillon, que, na década de 1940, escapou de uma terrível prisão na Guiana Francesa. Mas numa lista sobre o tema também não poderiam faltar pelo menos outros quatro episódios incríveis:
COM A AJUDA DO CORREIO
Em março de 1849, o escravo Henry Brown escapou de uma fazenda na Carolina do Norte, nos Estados Unidos, com a ajuda do correio. Henry se enfiou numa caixa de madeira construída por um amigo carpinteiro e convenceu dois companheiros a despachar o volume pelo correio para a cidade da Filadélfia, onde foi resgatado por militantes abolicionistas após uma jornada de mais de 27 horas
ALIADOS PELA LIBERDADE
Stalag Luft III era um dos maiores campos nazistas de prisioneiros de guerra. Ele ficava na atual Polônia e tinha até celas construídas sobre palafitas para impedir a escavação de túneis. Entre os quase 10 mil presos aliados, havia mineiros, carpinteiros, engenheiros e geólogos, que logo se uniram para escavar três túneis, apesar da vigilância. Em março de 1944, 76 homens escaparam, episódio que inspirou o filme Fugindo do Inferno (1963)
O MISTÉRIO DE ALCATRAZ
A prisão estadual na ilha de Alcatraz, na baía de São Francisco, era considerada à prova de fugas. Ela ficava quase 2 quilômetros distante do continente, tinha cercas elétricas e até microfones subterrâneos para detectar a construção de túneis. Mesmo assim, em 1962, os presos Frank Morris e Clarence e John Anglin escavaram o chão de suas celas e chegaram ao mar. Só não se sabe até hoje se eles alcançaram o continente ou morreram afogados
PESADELO TURCO
Em 1970, o americano Billy Hayes foi preso na Turquia com 2 quilos de haxixe. Condenado a 30 anos, ele foi enviado para Sagmalicar, uma prisão famosa pela brutalidade dos guardas e pela segurança reforçada. Transferido afinal para uma prisão menos rigorosa, numa ilha, Hayes fugiu, após cinco anos de cárcere, roubando um barco a remo e navegando até a Grécia. Sua história deu origem ao filme Expresso da Meia-Noite (1978).
Mergulhe nessa
Na livraria:
Great Escapes and Rescues: An Encyclopedia, Roger Howard, Henry Holt, 1999
Escapada para a glóriaO francês Papillon driblou a prisão, enfrentou um mar com tubarões e virou autor de um best seller
1. Quando jovem, em Paris, Henri Charrière era um conhecido arrombador de cofres e gigolô. Por ter no peito a tatuagem de uma borboleta, ganhou o apelido de Papillon - nome do inseto em francês. Em 1931, aos 25 anos, foi preso e indiciado pelo assassinato de um gigolô rival, crime que sempre negou ter cometido
2. Condenado à prisão perpétua, ele foi enviado para Cayenne, uma colônia penal na Guiana Francesa, considerada à prova de fugas. Além de ficar num local conhecido como Ilha do Diabo, rodeada por mares infestados de tubarões, a prisão tinha como barreira adicional a selva que a cercava, com pântanos cheios de jacarés e cobras venenosas
3. Em 1934, Papillon arriscou uma fuga: navegou quase 3 mil quilômetros e chegou à selva venezuelana, onde passou a viver entre os índios. O plano teria sido perfeito se ele não tivesse se envolvido num conflito com os nativos por causa de uma mulher da tribo. Obrigado a deixar seu esconderijo, acabou capturado e enviado de volta à Ilha do Diabo
4. Nos anos seguintes, Papillon tentou outras sete fugas, todas frustradas. Em 1944, porém, conseguiu construir uma jangada usando cocos e coqueiros e se lançou no mar, flutuando na corrente até chegar de novo à Venezuela. Dessa vez, entretanto, rumou até a capital do país, Caracas, onde abriu um restaurante e virou um empresário bem-sucedido
5. Em 1968, aos 62 anos, ele escreveu o livro Papillon, publicado no ano seguinte na França, com estardalhaço. Em 1970, o governo francês lhe deu um perdão oficial, permitindo o retorno do ex-prisioneiro à terra natal. Quando morreu, em 1973, Papillon era um autor de sucesso: seu livro, traduzido para 16 idiomas, vendeu cerca de 5 milhões de cópias no mundo e até virou filme
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