Governo investiu 10 milhões de reais para preparar o Comando de Operações Táticas, que só agirá na Copa do Mundo se tudo der errado
Alana Rizzo
Treinamento do Comando de Operações Táticas da Polícia Federal (COT) - Antonio Milena
Se nesta Copa um único tiro for disparado pelo Comando de Operações Táticas (COT) é sinal de que todas as outras forças de segurança falharam. A tropa de elite da Polícia Federal foi criada em 1987 para combater o terrorismo, mas poderá agir no Mundial em praticamente qualquer situação – mas apenas como último recurso.
Com uma média de 110 operações por ano, o COT é formado por menos de 100 policiais treinados à exaustão para atuar em situações que vão do desarme de bombas e resgate de reféns até assalto a bancos, prisão de traficantes internacionais e operações de reintegração de terras indígenas (como prova do seu currículo diversificado, o COT registra ainda a solução de três sequestros de aeronaves).
Relatórios obtidos por VEJA mostram que o governo federal gastou mais de 10 milhões de reais para armar o grupo para o Mundial. Hoje, o COT é a única tropa brasileira a operar com o calibre 338, mais estável e capaz de parar um veículo com um único tiro. Seus policiais estão capacitados para atingir uma bola em campo, por exemplo, posicionados a uma distância de até 1 000 metros, o equivalente a dez campos de futebol no padrão da Fifa.
Durante a preparação para a Copa, o COT considerou o pior cenário: o da ocorrência de atentados terroristas. O treinamento dos policiais incluiu simulações de episódios como os dos ataques a ônibus e estações de metrô em Londres e Madrid e o massacre na escola de Beslan, na Rússia. As técnicas usadas na captura de Osama Bin Laden pelo Seal Team Six da Marinha norte-americana também foram estudadas. Mas a maior preocupação do grupo é com atos simultâneos e coordenados. Ações como essas são impossíveis de prever e a reação policial é determinante na redução de danos, segundo especialistas em segurança.
Espalhados pelas 12 cidades-sede, os policiais do COT estão preparados para atuar em todo território nacional e chegar a qualquer ponto do país em até três horas. Nos últimos seis meses, o grupo realizou missões de reconhecimento em hotéis, aeroportos, portos, estádios e estações de metrô. As equipes esquadrinharam cada centímetro desses locais para armazenar dados como: planta baixa dos edifícios, localização de canos de gás, rotas de fuga e invasão.
Para candidatar-se a um lugar no COT, basta pertencer aos quadros da Polícia Federal e se dispor a passar por um curso de 18 semanas. Nele, os candidatos recebem um número, um uniforme e têm cabeça raspada. São levados a LINs (sigla para “local incerto e não identificado”), onde passam por treinamentos de operações aéreas, anfíbias, ribeirinhas e aprendem técnicas para pilotar e parar um trem, por exemplo. A privação de sono e de alimentação faz parte do treinamento. Mais da metade dos candidatos não chega ao fim do curso.
Durante a preparação para a Copa, o COT considerou o pior cenário: o da ocorrência de atentados terroristas. O treinamento dos policiais incluiu simulações de episódios como os dos ataques a ônibus e estações de metrô em Londres e Madrid e o massacre na escola de Beslan, na Rússia. As técnicas usadas na captura de Osama Bin Laden pelo Seal Team Six da Marinha norte-americana também foram estudadas. Mas a maior preocupação do grupo é com atos simultâneos e coordenados. Ações como essas são impossíveis de prever e a reação policial é determinante na redução de danos, segundo especialistas em segurança.
Espalhados pelas 12 cidades-sede, os policiais do COT estão preparados para atuar em todo território nacional e chegar a qualquer ponto do país em até três horas. Nos últimos seis meses, o grupo realizou missões de reconhecimento em hotéis, aeroportos, portos, estádios e estações de metrô. As equipes esquadrinharam cada centímetro desses locais para armazenar dados como: planta baixa dos edifícios, localização de canos de gás, rotas de fuga e invasão.
Para candidatar-se a um lugar no COT, basta pertencer aos quadros da Polícia Federal e se dispor a passar por um curso de 18 semanas. Nele, os candidatos recebem um número, um uniforme e têm cabeça raspada. São levados a LINs (sigla para “local incerto e não identificado”), onde passam por treinamentos de operações aéreas, anfíbias, ribeirinhas e aprendem técnicas para pilotar e parar um trem, por exemplo. A privação de sono e de alimentação faz parte do treinamento. Mais da metade dos candidatos não chega ao fim do curso.
by Veja