segunda-feira, 9 de junho de 2014

Ratos se arrependem de decisões ruins, diz estudo

Comportamento de roedores em experimento derruba
a crença de que sentimento é exclusividade dos humanos


POR O GLOBO
09/06/2014 10:35

Ratos em um pedaço de pão: escolha pelas opções de comida provocou comportamento similar ao arrependimento nos roedores
Foto: YOSHIKAZU TSUNO / AFP




Ratos em um pedaço de pão: escolha pelas opções de comida provocou comportamento similar ao arrependimento nos roedores - YOSHIKAZU TSUNO / AFP

DRES - Pela primeira vez o sentimento de arrependimento foi identificado em outros mamíferos além de humanos: um estudo da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, mostrou que os roedores se arrependem de perder melhores opções de alimentos.

Neurocientistas criaram situações nas quais os ratos tiveram que escolher se esperariam durante um tempo por uma recompensa em comida, ou iriam em direção a outra opção. Aqueles que continuaram em direção à oferta seguinte mostraram um comportamento arrependido. O trabalho foi publicado na revista “Nature Neuroscience”.

Este estudo sugere que sentimentos similares ao arrependimento podem afetar decisões futuras dos roedores e descarta a crença de que o arrependimento é exclusivo dos humanos. Um dos coordenadores do estudo, o professor David Redish, no entanto, alerta que é importante diferenciar arrependimento de decepção.

— Arrependimento é o reconhecimento de que se cometeu um erro, de que se você tivesse feito alguma outra coisa poderia ter se saído melhor — ele disse à ”BBC News”. — A parte difícil é separar a decepção, que acontece quando as coisas não estão tão boas quanto você esperava. A chave foi deixar os ratos escolherem.

Os pesquisadores desenvolveram uma tarefa chamada “fila de restaurante”, na qual os ratos decidiam por quanto tempo esperariam por diferentes alimentos durante 60 minutos.

— É como esperar em uma fila de restaurante: se a do chinês está muito grande, você desiste e vai para o indiano do outro lado da rua — explicou Redish.

Os ratos esperaram por mais tempo pelos sabores preferidos, e assim os pesquisadores puderam determinar boas e más opções de comida. Às vezes, os ratos decidiam não esperar por uma boa opção e iam adiante, apenas para se deparar com a opção ruim — o que os pesquisadores charamar de “situação induzida de arrependimento”. Nesses casos os ratos frequentemente paravam e olhavam para trás, para o que tinham acabado de perder.

No experimento os roedores também fizeram mudanças nas decisões subsequentes, tendendo a esperar e correndo para comer a recompensa.

— Em humanos, uma parte do cérebro chamada córtex orbitofrontal fica ativa durante o arrependimento. Descobrimos que nos ratos que percebiam que tinham cometido um erro, seu córtex orbitofrontal representava a oportunidade perdida — disse o professor. — É interessante porque nos ratos isso reflete o que eles deveriam ter feito, não a recompensa perdida. Faz sentido porque você não se arrepende do que não tinha, você se arrepende do que não fez — observou Redish.
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Por não gostar da comida, Marcola ameaça presos da cozinha

Isolado no RDD, Marcola chegou a ameaçar de morte 
175 detentos responsáveis pela cozinha do presídio



Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, em depoimento na capital federal em 2001
Foto: Fábio Pozzebom/PhotoAgencia / Futura Press


Principal líder da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, chegou a expulsar - e a ameaçar de morte - 175 membros da facção porque não gostou da comida que era servida a ele durante sua internação no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) no Centro de Readaptação Penitenciária (CRP) de Presidente Bernardes, no interior de São Paulo.

Os excluídos eram detentos que trabalhavam na cozinha da Penitenciária 1 de Presidente Bernardes, onde é preparada a comida servida no CRP e na própria P-1, onde estão detidos 1,9 mil homens. O paladar de Marcola não aprovou a comida e revoltado com a situação decidiu punir os "cozinheiros".

“Ele alegou 'falta de responsabilidade' para puni-los, por fazerem uma comida que na opinião dele era mal feita, e também por não reclamarem da falta de temperos e ingredientes para melhorar o sabor das refeições", contou uma autoridade do sistema penitenciário do Oeste Paulista, que acompanhou o desenrolar do caso.

Segundo a mesma autoridade, Marcola chegou a dar um ultimato para os detentos da cozinha. "Ele deu prazo de 30 dias para que a comida fosse melhorada e, se isso não ocorresse, os excluídos seriam punidos com a pena de morte", contou a autoridade. Em muitos casos, as regras do PCC incluem a pena capital para integrantes que são expulsos da facção.

pela reportagem neste fim de semana disseram que a situação ficou tensa. "Essa situação causou uma grande comoção dentro do presídio, com muitos presos com medo de serem mortos porque não conseguiam fazer uma comida que agradasse seu principal chefe", contou um deles. "Eles (detentos excluídos) chegaram a conversar com a direção do presídio pedindo para que liberassem a entrada de temperos e ingredientes na tentativa de melhorar o sabor dos alimentos", contou o agente. Segundo ele, até mesmo parentes dos presos tentaram ajudar. "Houve até visita que foi pega levando tempero Sazon dentro do corpo", contou.

No final, a direção do presídio concordou em liberar a entrada de temperos para fazer a comida, e uma decisão da Justiça ajudou a amenizar a situação. Marcola, quer tinha sido recolhido em 11 de março para ficar 60 dias isolado no RDD, conseguiu um habeas corpus do Tribunal de Justiça, em 10 de abril. "Ele saiu antes de completar um mês de internação e isso ajudou na solução do problema”, contou uma autoridade do Judiciário que também acompanhou o caso. O habeas corpus foi concedido em 9 de abril pelo desembargador Péricles Piza, relator do processo, que pedia a internação de Marcola, na 1ª Câmara de Direito Criminal, do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

De volta à Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, onde cumpre pena com outros líderes do PCC e passa a semana se alimentando, principalmente, de comida levada por parentes nos finais de semana, Marcola foi convencido pelos colegas a cancelar a exclusão dos detentos cozinheiros da P-1 de Bernardes. No entanto, a direção da unidade tem dificuldades até hoje para achar detentos interessados em trabalhar na cozinha. “Eles têm medo de um dia o Marcola volte e resolva novamente puni-los só porque não gostou da comida”, explicou um agente penitenciário da P-1 de Presidente Bernardes.

A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) diz que não fornece informações administrativas sobre a rotina das unidades prisionais por questões de segurança, mas que a situação descrita é “descabida” e tratada como “boato”.

by Terra

“Construtor mente descaradamente. Agora é só na justiça”, desabafam proprietários

“Construtor mente descaradamente. Agora é só na justiça”, desabafam proprietários
Muro do proprietário Rodrigo que está prestes a ruir

A Construtora FLT responsável pela construção de moradias do Programa Minha Casa Minha Vida contestou denúncias feitas por moradores do Bairro Alto de que as edificações foram mal feitas. Em contato com a redação da Rede Sul de Notícias diz que as casas nunca deram problemas e que uma equipe sua já estaria no local das casas fazendo os serviços necessários. “Aqui é só botando abaixo e construindo de novo. Nenhum pedreiro e tampouco engenheiro quer assumir nem mesmo o orçamento disso aqui. Cadê a equipe dele que já estaria aqui, segundo o que ele falou na RSN?? Alguém tá vendo? Mas uma mentira em meio de muitas”, desabafa Luiz Rodrigo Martins, que tem o muro da sua casa prestes a ruir.
Os proprietários se uniram na manhã desta segunda feira (09) e se dirigiram ao Procon. A tarde se reuninem com a advogada que representará os cinco proprietários em uma ação conjunta. “Ele que nem apareça aqui. Se aparecer vamos chamar a polícia e fazer um boletim de ocorrência. Agora ele só fala com nossa advogada e através da justiça”, diz Martins.
“Temos testemunhas e fotografias feitas que comprovam tudo que estamos falando e com isso ele não conta. Contra provas não há argumentos e vamos até o fim.”, diz o proprietário João Regenilson Mendes.  “Ele mente descaradamente. Não nos atende, e quando veio aqui nas pouquíssimas vezes só fez gambiarra. Tem lábia mas é um irresponsável e mente o tempo todo”, atesta Mendes.
De acordo com a construtora, as casas foram construídas e entregues em 2011 e nunca apresentaram problemas. “Mas uma inverdade em meio a um mar de desculpas", diz Rodrigo. Uma prova é o caso da moradora Lovaine Aparecida Miranda, que viu o teto de seu quarto desabar no primeiro mês após ter mudado para a casa. “Como ele pode dizer que nunca deu problema meu Deus. Os problemas aqui são estruturais e nunca acabaram. Ele não mora aqui, não sabe o que passamos e nem quer saber na verdade”, assegura Lovaine.
O construtor responsável pela construção das cinco casas, Fernando Túlio, enviou uma mensagem somente na manhã desta segunda feira (09)  para a jornalista da RSNalegando que está viajando e que uma equipe iria se dirigir ao local para iniciar reparos.
Até o presente momento nem o construtor Fernando, ou algum representante da FLT procurou os proprietários.


by .redesuldenoticias

Uruguaio reencontra cão adotado por ingleses que vieram a pé para a Copa

08/06/2014 19h00 - Atualizado em 08/06/2014 20h32


Perdido no Uruguai, cão seguiu viajantes por quase 500 quilômetros. 
Dono localizou o grupo e marcou encontro em Porto Alegre neste domingo.

Paula MenezesDo G1 RS
Reencontro cão perdido uruguaio ingleses porto alegre beira-rio (Foto: Paula Menezes/G1)Ignacio chora ao reencontrar cão e é amparado por amiga gaúcha (Foto: Paula Menezes/G1)
O estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, foi testemunha de um reencontro emocionante neste domingo (8). Foi ali, ao lado do palco da Copa do Mundo na capital gaúcha, que o uruguaio Ignacio Etchitchury matou a saudade de Negro, seu cachorro de estimação desaparecido no Uruguai há quase dois meses. Adotado por um grupo de torcedores ingleses que veio a pé ao Brasil para assistir aos jogos da seleção do país, o animal foi devolvido ao dono. A cena teve direito a abraços, lágrimas e latidos de felicidade.
Mestiço de labrador, o vira-lata havia sumido de casa ainda em abril, na praia de Solís, no departamento de Maldonado. O uruguaio de 24 anos conta que, após três semanas sem ter notícias do companheiro, viu na televisão uma reportagem sobre os aventureiros ingleses iam a pé da Argentina para Porto Alegre para torcer pela Copa do Mundo. Para sua surpresa, notou que o cão de pelo preto que acompanhava o grupo era Negro, embora tivesse sido rebatizado como Jefferson.
Nacho, como o uruguaio é conhecido, prontamente procurou os estrangeiros por uma rede social. Para comprovar que era o dono, enviou fotos de Negro ainda pequeno, há cerca de sete anos, quando o ganhou de presente um amigo. Ficou sabendo do itinerário dos viajantes e combinou o encontro em Porto Alegre. Chegou à capital gaúcha na sexta-feira (6) e ficou à espera dos ingleses. Por volta das 14h deste domingo, o sonhado momento aconteceu.
Reencontro cão perdido uruguaio ingleses porto alegre beira-rio (Foto: Paula Menezes/G1)Dono reencontro cão ao lado do estádio Beira-Rio
(Foto: Paula Menezes/G1)
“Depois que passaram as semanas, havia perdido a esperança de encontrá-lo. Não tenho palavras para eles (ingleses). Foram muito amáveis desde o primeiro dia que os contatei. Quero agradecer a eles. Agora, o Negro tem dois nomes”, declarou Ignacio aoG1, emocionado.
Negro – ou Jefferson – permaneceu seis semanas com os ingleses Adam Burns (27), David Bewick (32), Pete Johnston (30) e Ben Olsen (31). Os três primeiros saíram de Mendoza, na Argentina, com destino a Porto Alegre, quase 2 mil quilômetros depois. O quarto se junto ao grupo pelo caminho. O projeto foi batizado de Walk to the World Cup (Caminhada para a Copa do Mundo).
Em meio à jornada, que terminou com a chegada à capital gaúcha, os ingleses encontraram o cachorro perdido na costa uruguaia. Desde então, o animal passou a segui-los. Percorreu quase 500 quilômetros lado a lado com os viajantes e ganhou até identidade completa: Jefferson Ramsey Moore.  Os dois “sobrenomes” são homenagens aos lendários Alf Ramsey e Bobby Moore, respectivamente técnico e capitão do time da Inglaterra campeã do mundo em 1966.
Após a aventura no Mundial, Adam já planejava levar o cachorro para Sidney, na Austrália, onde mora atualmente. Com tantos dias de convívio, o inglês relata que irá sentir saudades do amigo canino. “Ele é muito protetor com a gente. Estava sempre atrás de mim. Mas dá para ver como Nacho o ama, chorou muito no reencontro. Ele é um animal amável, fantástico”, elogia o relações públicas.
Reencontro cão perdido uruguaio ingleses porto alegre beira-rio  (Foto: Paula Menezes/G1)Ingleses dizem que vão sentir saudades do cão que batizaram de Jefferson (Foto: Paula Menezes/G1)
A aventura
Foram mais de três meses com os pés na estrada. A jornada começou em 3 de março, em Mendoza, na Argentina. Em Porto Alegre, os quatro amigos ficarão hospedados na casa de uma gaúcha que se prontificou a recebê-los. Na próxima terça-feira, deixam Porto Alegre e vão de avião para o Rio de Janeiro. De lá, eles partem para Manaus para assistir à estreia da Inglaterra na Copa contra Itália.
Depois, o roteiro inclui a cidade de São Paulo, onde a seleção do país atua diante do Uruguai. Para o confronto, porém, os ingleses ainda não têm ingressos. As andanças pelo Brasil incluem ainda Belo Horizonte, quando verão de perto o confronto diante da Coréia do Sul. A “base” dos amigos durante o torneio será na capital carioca.
Quado a Copa acabar, a ideia do grupo é ir para o interior da Bahia para ver de perto um projeto que eles estão ajudando a financiar. O grupo busca doações para um novo poço de água, já em construção, para atender a atingidos pela seca na região. Até agora, o grupo arrecadou, pela internet, cerca de 10 mil libras (ceca de R$ 37,7 mil), metade do que querem conseguir até o final da estadia no país.

Regra dura atrai idosos às invasões do centro


DIEGO ZANCHETTA - O ESTADO DE S.PAULO
08 Junho 2014 | 02h 02

Moradores fogem do aluguel alto e aprovam conduta rígida imposta a vizinhos

Morador da ocupação da Rua Marconi, no coração do centro de São Paulo, Edilísio Melo, de 70 anos, trabalhou por três décadas como vendedor de carros em uma loja na Alameda Barão de Limeira. "Um ano antes de ganhar a aposentadoria a loja faliu e descobri que nunca haviam depositado meu INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) nem o fundo de garantia. Fiquei sem aposentadoria", conta ele, casado com Cleide Vieira de Moraes, de 58 anos.
O casal pagava R$ 650 de aluguel em uma pensão na região do centro conhecida como Cracolândia. Até que um amigo insistiu para que eles fossem conhecer a ocupação mantida pelo Movimento Moradia Para Todos (MMPT), que cobra R$ 30 por semana de cada família para a manutenção do prédio. "Eu nunca imaginava que aqui poderia ser tão organizado, tudo limpo, com pessoas que te respeitam", diz Cleide.
Invadido em outubro de 2012, o edifício de 1939, projetado pelo modernista francês Jacques Pilon (1905-1962), está sendo adquirido pela Prefeitura e será transformado em moradia definitiva para as 142 famílias que ocupam 13 andares.
"Em mais de 40 anos nunca morei em um lugar melhor", afirma Joaquim Vieira de Souza, de 60 anos, que há três décadas faz pesquisas de opinião abordando pedestres no Viaduto do Chá. "Também faço a distribuição de vários jornais de bairros nos comércios", conta.
Ele também cita as regras da ocupação como um dos maiores atrativos do lugar. Não deixar o lixo no horário certo embaixo do prédio ou faltar na escala da limpeza rende multa de R$ 25. "Ninguém pode nem gritar com a mulher aqui. Casal que briga muito é logo expulso. Também não pode som alto. Isso é muito bom", elogia Souza, casado com Berenice Ramos, de 66 anos.
"A gente pagava R$ 500 de aluguel antes, lá na Rua Conde de São Joaquim (no centro), por um cômodo menor do que esse aqui que estamos hoje. E agora estou mais próximo do trabalho. Por mim, ficava aqui para sempre", emenda Souza.
Padaria. Outro edifício icônico do centro, o JM Magalhães, de 1943, antiga sede da Associação dos Representantes Comerciais de São Paulo (Arcesp), no Largo do Paiçandu, está ocupado por 55 famílias que devem realizar o sonho da casa própria na região. A Prefeitura está prestes a concluir a compra do prédio e transformá-lo em moradia definitiva para seus atuais ocupantes.
Em um dos andares do edifício foi montada pelo Fundo Social de Solidariedade do governo estadual uma oficina de corte e costura. Da cozinha comunitária do prédio saem marmitex vendidos por R$ 6 e feitos pelas mulheres da ocupação. "Agora estamos lutando para criar também um salão de beleza", afirma Joanita Damasceno, de 50 anos, responsável pela oficina de costura.
Ela conta que antes tinha muito preconceito com os movimentos de moradia. "Eu olhava esses sem-teto e ficava com raiva, pagava mais de R$ 1 mil para morar. Quando eu vim com um amigo aqui conhecer e vi que na portaria eles barram qualquer morador que esteja bêbado, que ninguém pode usar droga aqui dentro, eu perdi todo esse preconceito. Até minhas filhas já vieram aqui me visitar", conta Joanita, que é divorciada e mora sozinha na ocupação. 

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