sábado, 5 de janeiro de 2013

Luiz Inácio É o Mensalão. by Deise


Renan, o indestrutível


Seis anos depois de deixar a presidência do Senado acossado por denúncias de corrupção, Renan Calheiros manobra nos bastidores e se torna favorito para comandar o Congresso
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SEMPRE NO TOPO
Só uma catástrofe pode tirar a vitória de Renan
Há seis anos, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) deixou a presidência do Senado pela porta dos fundos. Acusado de ter despesas pessoais pagas por uma empreiteira, Renan teve suas contas devassadas, perdeu musculatura política e não lhe restou outra saída senão renunciar ao posto. Conseguiu, porém, evitar a cassação do mandato em plenário e, agora, é considerado nome certo para comandar o Congresso até 2014, ano da corrida presidencial. Convencido do seu amplo favoritismo, Renan procurou fugir dos holofotes nos últimos dias. Só uma catástrofe tira a sua vitória. Como maior bancada do Senado, o PMDB tem a prerrogativa de indicar o novo presidente. Além de não possuir adversários em condições de derrotá-lo no interior do partido, Renan conta com a simpatia de legendas da oposição, como o PSDB, partido que ajudou a fundar na década de 1980. No apagar das luzes de 2012, senadores da chamada ala rebelde do PMDB até ensaiaram lançar uma candidatura alternativa. Foram cogitados os nomes dos senadores Luiz Henrique (SC) e Waldemir Moka (MS), mas
eles recuaram, cientes da falta de votos para superar Renan. “Só entro na disputa se tiver a certeza da vitória”, blefou Luiz Henrique, praticamente jogando a toalha.
A recuperação de Renan e sua volta ao comando do Senado, seis anos depois de ser defenestrado da principal cadeira do Congresso, confirmam a máxima de que a Casa é uma espécie de associação entre amigos. O político disposto a atender aos anseios do “clube” se credencia politicamente até ser alçado ao poder. Na lógica desse modelo, só pode alcançar o posto máximo do Senado quem for capaz de conciliar os interesses – muitas vezes escusos e nem sempre salutares para a democracia – de todos. Conhecedor dos meandros e subterrâneos do Legislativo, Renan soube trilhar esse caminho com desenvoltura. Com a eleição de José Sarney (PMDB-AP) para a presidência da Casa, ele se rearticulou e voltou a ter o comando do PMDB e de partidos da base aliada. A retomada da força política de Renan ficou clara durante a CPI de Carlinhos Cachoeira, quando o governo precisou de seu partido e ele atuou para evitar maiores transtornos para aliados do Planalto durante as investigações. Teve êxito na iniciativa.
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PODER
Com a eleição de Sarney para a presidência do Senado,
Renan voltou a ter o comando do PMDB
Embora torçam o nariz para sua eleição, porque sabem que terão de negociar cada votação importante numa mesa de cacife muito alto, integrantes do governo chegaram à conclusão de que Renan é um mal necessário. Concluíram também que o Planalto não tem como atropelar uma bancada experiente como a do PMDB no Senado para fazer valer sua vontade. O Palácio do Planalto até tentou emplacar Eduardo Braga (PMDB-AM) na cadeira de presidente, nomeando-o líder do governo. Não deu certo. O outro plano era trabalhar nos bastidores pelo nome do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Mas Lobão não quis deixar a Esplanada. “Ele quer ficar no ministério. Renan e Lobão já conversaram sobre o assunto e meu pai declinou da candidatura em favor do Renan”, conta o senador Lobão Filho (PMDB-MA). A saída do Executivo foi deixar o jogo correr sozinho. Bom para o indestrutível Renan, acostumado a altos e baixos em sua trajetória.
O gráfico do poder político de Renan sempre se moveu em ritmo de montanha-russa, desde que ele saiu da Assembleia Legislativa de Alagoas para o topo no Congresso. Quando foi eleito presidente do Senado, em 2005, o peemedebista estava longe de ser uma figura de currículo ilibado. Pesava em suas costas o passado de braço direito e líder de governo na curta gestão Fernando Collor, em 1990. Durante o impeachment do ex-presidente alagoano, Renan traiu Collor e ajudou a alimentar as denúncias contra o ex-tesoureiro Paulo César Farias. A estratégia de desvinculação da imagem funcionou. Em 1998, Renan saiu das páginas dos escândalos e deu a volta por cima ao ser nomeado ministro da Justiça no fim do primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso. Sua passagem pelo ministério, porém, durou pouco mais de um ano. A saída foi precipitada por conflitos com a cúpula da Polícia Federal.
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Em 2003, Renan conseguiu se livrar dos antigos estigmas políticos e ganhou espaço no governo Luiz Inácio Lula da Silva, amparado pelo PMDB. Com a bancada do partido nas mãos, tornou-se líder natural e o principal interlocutor do PMDB no Congresso junto ao governo. Assim, pavimentou o caminho que o levou até o comando do Legislativo, em 2005. O tiro que derrubou Renan da presidência do Senado, em 2007, partiu do campo pessoal e ricocheteou nas relações da vida pública. Ele foi acusado de pagar pensão alimentícia a sua ex-amante Mônica Veloso, com quem teve uma filha, com recursos da empreiteira Mendes Júnior – empresa ativa no mercado de licitações de grandes obras governamentais. A denúncia de uso do cargo público para favorecimento próprio foi desdobrada em outras. Ao Conselho de Ética do Senado, ele teve que se explicar sobre a utilização de laranjas na compra de empresas de comunicação em Alagoas. Precisou justificar também o fato de sua família ter vendido a peso de ouro uma fábrica de refrigerantes para uma firma que, meses depois, obteve uma série de benefícios fiscais do governo. As apurações foram arquivadas na Casa, depois de sua absolvição em plenário, mas se transformaram em dois inquéritos contra o senador. Graças à ajuda de habilidosos advogados, os processos tramitam lentamente no Supremo Tribunal Federal (STF).
Para se esquivar das denúncias que pesam contra ele e ainda carecem de explicação, Renan repete um mantra. Diz ter sido vítima de uma campanha de adversários que usaram “problemas pessoais” para atingi-lo. Por isso, hoje ele prefere manter a discrição. A atuação legislativa é planejada no sentido de evitar estardalhaços. Renan ajuda a acompanhar projetos de relevância ou de grande importância para o governo, mas evita relatorias de temas de apelo midiático que o obriguem a ter contato frequente com veículos de comunicação. Tomou horror a jornalistas. Atende todos que o procuram, mas usa a habilidade com as palavras para conversar durante muito tempo sem dizer nada. “Renan mente em off” tornou-se um bordão nos corredores do Congresso para resumir a rejeição do parlamentar ao contato com a imprensa. Aos mais próximos, Renan tem repetido que está “preparado emocionalmente” para ver ressuscitado seu histórico de escândalos. Para o político alagoano, tudo vale a pena quando a recompensa é a volta ao poder. 
by Josie Jeronimo

Xerém: estudo de 1996 antevê com precisão locais de enchente



Mapa da COPPE sobreposto à região de Xerém. A tragédia de 03 de Janeiro de 2013 ultrapassou ligeiramente às previsões, mas os lugares mais afetados estavam dentro das Áreas de Proteção Permanente dos rios locais (faixa de 30m de proteção das margens).

Será que a população do bairro de Xerém, em Duque de Caxias, construiria suas casas no mesmo local se conhecessem os mapas desenhados para o Plano Diretor da Bacia do Iguaçu - Sarapuí, da COPPE UFRJ? Feitos por encomenda da antiga SERLA (atual INEA - Instituto Estadual do Ambiente), eles foram elaborados em 1996, ou seja, há cerca de 17 anos.

O problema é que a população não teve essa opção, já que o próprio plano nunca foi executado ou mesmo divulgado.

Entretanto, o plano detalha com precisão as manchas de inundação, denominação das áreas que podem sofrer com enchentes. Este mapa poderia ser usado para a realocação de famílias e o planejamento de toda a região.

Principais problemas do Brasil, as questões relacionadas a enchentes e deslizamentos têm solução muito mais fácil do que as relacionadas a terremotos, maremotos e outros desastres naturais.

Mapa do Plano Diretor da COPPE sobreposto ao Google Earth. As Bacias do Rios Iguaçu e Sarapuí atingem as cidades de Duque de Caxias, Nova Iguaçu, São João de Meriti, Nilópolis, Mesquita, Belford Roxo e uma pequena área do Rio de Janeiro. Clique para ampliar.

A região metropolitana do Rio de Janeiro sempre sofreu com as chuvas. Não é de hoje que urbanistas, geógrafos e outros técnicos alertam sobre estes problemas. A tragédia de Caxias já está anunciada há décadas. Quem lê corretamente um mapa sabe disso.

Não adianta montar gabinete de emergência. Planos de contingência se fazem em épocas tranquilas, não durante a contingência.

Entre 2005 e 2008, trabalhei como arquiteto-ubanista da Prefeitura da Cidade de Nova Iguaçu, na equipe da extinta SPUR (Secretaria de Projeto Urbano). Nesse período, nós constantemente consultávamos o Plano Diretor da Bacia do Iguaçu e do Sarapuí

Os técnicos da COPPE e do governo são bons. Precisamos de políticos e administradores menos imediatistas e que sejam responsabilizados por essas tragédias, recorrentes a cada verão. Tomara que os habitantes dessas áreas não se esqueçam do seu sofrimento na hora de votar.

A repórter Daniele Bragança colheu o depoimento do morador Pablo Souza Rangel de Oliveira, 21 anos, estudante de história na Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Sua casa fica localizada na Mantiqueira, um dos bairros de Duque de Caxias, Baixada Fluminense, mais atingidos pelas chuvas. Pablo conta a agonia de ver, em poucos minutos a casa tomada pela água.

Segue o seu relato:

“Aqui na rua, a minha casa é alta. Em 20 minutos, subiu meio metro. Isso na minha casa, a rua já estava alagada. Teve vizinho meu, da parte de baixo da rua, que a casa alagou 1 metro e meio. O pouco que entrou na minha casa já fez perder muita coisa: cama, guarda-roupa, colchão, geladeira. Alguns eletrodomésticos nós conseguimos salvar. A água entrou às 4h20 da manhã da quinta.   

O principal problema agora é e jogar fora o entulho dos móveis destruídos e lidar com a falta de caminhões de limpeza. Não passa carro para nada. Já buscamos o posto de controle, tentamos falar com secretários e políticos. Ninguém disse que dá para nos ajudar. Comida e água há bastante. Do posto montado na praça Mantiqueira até colchão ganhamos. O problema é limpar a rua. Se chover forte de novo, a água não vai escorrer por causa do lixo acumulado e voltará a atingir as casas”


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Na região da Baixada Fluminense, as chuvas na madrugada desta quinta-feira (3), provocaram a morte de 1 pessoa e há um desaparecido. Segundo o boletim da Defesa Civil Estadual, 45 casas foram destruídas e 200 danificadas; 1.276 pessoas tiveram que deixar suas casas no município de Duque de Caxias.

Veja abaixo fotos da região. Clique para ampliar.


                                                                                                                        by oeco.com

A democracia corre perigo


 

Deve haver algo mais entre a rampa do Congresso e a decisão do candidato à Presidência da Câmara dos Deputados, o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), de se manifestar publicamente e avisar que não vai cumprir os mandados de cassação contra parlamentares que são réus no processo do mensalão, mesmo que o Supremo Tribunal Federal (STF) assim determine. Antes, só o atual presidente da Casa, Marco Maia (PT-RS), tinha sido tão enfático sobre o assunto. Ambos entendem que é necessária uma votação secreta em plenário para que os deputados percam o mandato. A decisão, solitária e pessoal, precisa de 257 votos, entre os 513 possíveis, para que o colega deixe de parlamentar.

É a campanha eleitoral. Não deixa de ser emblemático que o anúncio de Henrique Eduardo Alves tenha sido feito exatamente no dia da posse de José Genoino (PT-SP), antes suplente, como deputado. Para justificar sua posição, o peemedebista usou argumento simples e evasivo: “A Constituição foi feita por congressistas”.

O Supremo Tribunal Federal pode entender de forma diferente. E alegar que a Carta Magna foi feita por congressistas, mas é interpretada pelo colégio da mais alta Corte do país. É guerra de poderes? É, e daquelas em que não há vencedores nem vencidos. Só um derrotado: a democracia, ameaçada por picuinhas jurídicas e interpretações da lei ao bel- prazer do interessado.

Já o personagem principal do momento em toda essa polêmica prefere dizer que vai trabalhar com “alegria”. Será que Genoino quer dizer que vai rir da condenação que sofreu e que a considera injusta e abusiva? Ou será que vai rir de uma eventual desobediência a uma decisão do Supremo pela Câmara dos Deputados? Afinal, não custa lembrar, o voto em plenário é secreto. Só falta mais essa para o processo do mensalão mergulhar o país em verdadeira crise institucional. Quem dará a palavra final? E nem dá mais para chamar Hugo Chávez para dar pitaco.

                                                                                        by Eduardo Homem de Carvalho

Esperando o cara.... by Deise

Esse Cara Sou Eu
                                     Roberto Carlos

O cara que pensa 
em você toda hora
Que conta os segundos se você demora
Que está todo o tempo querendo te ver
Porque já não sabe ficar sem você
E no meio da noite te chama
Pra dizer que te ama
Esse cara sou eu
O cara que pega você pelo braço
Esbarra em quem for que interrompa seus passos
Está do seu lado pro que der e vier
O herói esperado por toda mulher
Por você ele encara o perigo
Seu melhor amigo
Esse cara sou eu
O cara que ama você do seu jeito
Que depois do amor você se deita em seu peito
Te acaricia os cabelos, te fala de amor
Te fala outras coisas, te causa calor
De manhã você acorda feliz
Num sorriso que diz
Esse cara sou eu
Esse cara sou eu
Eu sou o cara certo pra você
Que te faz feliz e que te adora
Que enxuga seu pranto quando você chora
Esse cara sou eu
Esse cara sou eu
O cara que sempre te espera sorrindo
Que abre a porta do carro quando você vem vindo
Te beija na boca, te abraça feliz
Apaixonado te olha e te diz
Que sentiu sua falta e reclama
Ele te ama
Esse cara sou eu

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