domingo, 22 de abril de 2012

Velho conhecido


                                                                                  by blog Claudio Humberto

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O presidente do Senado, José Sarney, conversava com amigos, dia antes de sua internação no Hospital Sírio Libanês, quando alguém mencionou a tese de que a cirurgia bariátrica que emagreceu Demóstenes Torres mexeu com sua cabeça, alterou o comportamento do senador goiano. Sarney discordou, lembrando que Demóstenes, antes da cirurgia, foi um opositor duríssimo do líder do PMDB, Renan Calheiros, e,                                   já magro, também foi implacável contra ele próprio.
                                                                     Exibindo seu melhor sorriso mona lisa, Sarney sacramentou:

- Renan e eu conhecemos o Demóstenes gordo e o Demóstenes magro…

Famosa e ardilosa


by Orlando Brito

                                                              Fotografia é história                                         
Foto

Emilinha Borba, a cantora de maior fã-clube do Brasil, em visita ao Palácio do Planalto. Falecida em 2005, foi eleita várias vezes a Rainha do Rádio.
Como foi – Cheguei ao apartamento de Emilinha, em Copacabana, na hora marcada. Mas não adiantou. Aos prantos, a fiel secretária de Emilinha disse-me que a cantora havia sido internada às pressas por conta de uma pneumonia aguda. Lastimei, desejei melhoras e tomei o rumo do Galeão. Afinal, no dia seguinte, eu precisava estar em Brasília para cobrir o encontro do presidente Collor com vários artistas. Uma pena, pois Emilinha era essencial para enriquecer o conjunto de famosos que fotografei para o livro “Senhores e Senhoras”, que publiquei em 1992. Eu já tinha retratado nomes importantes da cultura. Raquel de Queiróz, Mário Lago, João Cabral de Mello Neto, Antônio Houaiss, Barbosa Lima Sobrinho, Dom Hélder, Mário Quintana, Burle Marx, Iberê Camargo e Grande Otelo, etc. Todos ambientados à frente do tecido presente na totalidade das poses. Era uma peça de ligação entre os personagens que dava unidade visual ao trabalho. Horas depois eu chegava ao Palácio do Planalto para retratar a cerimônia. Caramba! As pessoas com quem tomei o mesmo elevador foram justamente a amiga da estrela e a própria Emilinha, boazinha da silva. Com elas, o ator Grande Otelo, que havia posado para mim um mês antes, no Rio. Otelo abraçou-me e disse-me que se sentia honrado por estar na publicação acompanhado de figuras tão célebres. Desconcertada, a zelosa secretária se desculpou me dizendo que, na verdade, a ex-rainha da era do rádio havia pintado o cabelo e que o resultado não saíra a seu gosto. Não precisava escusa tão esfarrapada. Lamento até hoje não tê-la em meu livro e poder contar a história de uma foto que não fiz. Ao despedir-me não perdi a chance de desejar boa recuperação de um mal tão grave, pneumonia aguda. *Orlando Brito.

Please Mr. Postman. by Deise


Qual foi a parte da história OFICIAL que eu perdi???? by Deise


by Claudio Humberto


LULA: 57% DOS BRASILEIROS QUEREM ELE

A presidenta Dilma Rousseff bateu mais um recorde de popularidade, mas seu antecessor, Lula, é o preferido dos brasileiros para ser o candidato do PT ao Planalto em 2014, segundo pesquisa Datafolha, nos dias 18 e 19 deste mês. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. O governo de Dilma foi avaliado como ótimo ou bom por 64% dos brasileiros, contra 59% em janeiro. A taxa é a mais alta obtida por Dilma desde a sua posse e é também a maior aprovação presidencial com um ano e três meses de mandato em todas as pesquisas até hoje feitas pelo Datafolha. Para 29%, Dilma faz um governo regular. Outros 5% consideram que a atual administração é ruim ou péssima. Em janeiro, essas taxas eram de 33% e 6%. Ainda segundo a pesquisa, Lula é o predileto de 57% dos brasileiros para disputar novamente o Planalto daqui a dois anos e meio. Outros 32% citam Dilma. Para 6%, nenhum dos dois deve concorrer. E 5% não souberam responder.


Cachoeira pode ser o
‘laranja’ dos ‘laranjas’, com máfias na jogada



O bicheiro Carlos Cachoeira pode ser o “cérebro”, mas dificilmente seus negócios prosperariam nas mãos dos “subs”, interlocutores que parecem atores de chanchada, deslocados em gabinetes oficiais. Por trás do poder do “chefão” estariam máfias da Ásia, Espanha e da Itália – esta ainda sob implacável perseguição judicial. Estudo do Instituto Brasileiro Giovani Falconi – homenagem ao célebre juiz antimáfia – derruba a teoria de que o goiano age sozinho, controlando milhõe$.

PF: investigações revelam que Demóstenes
 negociou dívida da Delta



DEMOSTENES TORRES


Investigações da Polícia Federal revelaram que o senador Demóstenes Torres (ex-DEM) realizou negociação com a prefeitura de Anápolis (GO) para que fossem pagos 20 milhões à empreiteira Delta. O dinheiro se referia a uma dívida no contrato de recolhimento de lixo que já foi feito pela Queiroz Galvão e agora está sob responsabilidade da Delda. Segundo três gravações, essa dívida foi “comprada” pela Delta por R$ 4,5 milhões. Em diálogo gravado em nove de julho de 2011, Demóstenes relatou a Cachoeira que o prefeito de Anápolis, Antonio Gomide (PT), concordava em pagar 50% por meio de precatórios e negociar os outros 50% da dívida. Gomide disse que a dívida é de 2002 e 2003 e que ele assumiu em 2009, além disso, nega que as gravações se tratem de pagamento de propina. "A própria empresa Queiroz Galvão nos procurou para um acerto, mas como está rolando na Justiça, resolvemos deixar na Justiça", afirmou. Já o advogado do senador Demóstenes Torres (ex-DEM), Antônio Carlos de Almeida Castro, afirmou que não faz comentários sobre gravações pontuais, pois o Supremo. As informações são da Folha de S. Paulo.




As Organizações Cachoeira


     by Claudio Dantas Sequeira

           Uma rede criminosa

          que corrompe o País

Como o bicheiro montou um verdadeiro império empresarial para desviar verbas, fraudar licitações, lavar dinheiro e se infiltrar no poder público. Esse bilionário esquema de corrupção funciona há 16 anos e se espalha por todo o Brasil
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INVESTIGAÇÃO
CPI pretende apurar o alcance do esquema de Cachoeira
Na semana passada, ISTOÉ obteve a íntegra do inquérito da Operação Monte Carlo, que resultou na prisão do bicheiro Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira. São quase 15 mil páginas, reunidas em 40 volumes e duas dezenas de apensos, além de 11 mil horas de gravações. Na análise do processo, do qual apenas alguns trechos eram conhecidos até então, a Polícia Federal não só traz à tona as relações promíscuas do esquema do bicheiro com autoridades nos três níveis de poder como esmiúça um império de empresas criadas com a finalidade de corromper em todo o País, desviar verbas, fraudar licitações e lavar o dinheiro ilegal. O levantamento também deixa claro que o grupo de Cachoeira vem agindo há pelo menos 16 anos e foi capaz de ultrapassar diversos governos e tonalidades partidárias. “Aqui come todo mundo, cara. Se não pagar pra todo mundo não funciona. Eu tô nisso há 16 anos!”, sintetiza Lenine Araújo de Souza, o braço direito de Cachoeira, em diálogo gravado pela Polícia Federal.

A descentralização dos negócios e o uso extensivo de laranjas deram capilaridade nacional à atuação de Cachoeira. Embora o bicheiro mantenha o controle das empresas por meio de um núcleo formado por parentes e amigos próximos, a PF identificou pelo menos 149 pessoas que em algum momento estiveram ou ainda estão associadas à quadrilha. Normalmente, a máfia de Cachoeira participa de licitações que já consideram ganhas, à base, é claro, de pagamentos de propina para autoridades e servidores estratégicos. A análise desse império de dimensões bilionárias indica que Cachoeira, nos últimos anos, usou especialmente empresas ligadas à área de medicamentos para se aproximar de governos em, no mínimo, nove Estados. O objetivo do empresário-bicheiro era abocanhar uma bilionária fatia da verba pública destinada à compra de medicamentos genéricos. Para isso, criou o laboratório Vitapan, com sede em Anápolis (GO), que rapidamente se tornou um dos principais fornecedores nacionais de genéricos. O laboratório foi uma espécie de cartão de visitas de Cachoeira para se infiltrar em governos estaduais e municipais. Hoje, a empresa está avaliada em R$ 100 milhões, tem convênios até com a Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, e está associada a outros grandes do setor, como a Neo Química e o laboratório Teuto Brasileiro. A Neo Química está hoje nas mãos do grupo Hypermarcas do empresário Marcelo Henrique Limírio, sócio de Cachoeira no Instituto de Ciências Farmacêuticas (ICF), que produz testes laboratoriais e faturou R$ 10 milhões em 2010, segundo a PF. Limírio também é sócio do senador Demóstenes Torres no Instituto de Nova Educação, faculdade criada em Contagem, e doou R$ 2,2 milhões para as campanhas de Demóstenes e do governador de Goiás, Marconi Perillo.

Ao longo dos últimos 16 anos, Cachoeira aprimorou e diversificou esse esquema. Mas, no início de suas atividades, ele usava empresas de gestão de loterias, seu core business, para fazer a aproximação com o poder público. Com a empresa Capital Bet, ele venceu sozinho a concorrência para a distribuição de bilhetes de loterias no Rio Grande do Sul, em 2001, na gestão Olívio Dutra. Com a Gerplan, que controlava a loteria em Goiás, entrou no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. O modus operandi incluía fraudes nos prêmios das loterias e suborno de autoridades, como foi revelado no escândalo Waldomiro Diniz, que desembocaria na CPI dos Bingos.
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ALVO 
Senador Demóstenes Torres reaparece
no Congresso e gera tumulto
Hoje as organizações de Cachoeira possuem tentáculos que vão muito além da loteria e do jogo do bicho. Entre os negócios com fachada legal mais lucrativos de Cachoeira, está a construção civil. Até aqui desconhecida do mercado, a Mapa Construtora firmou contratos com prefeituras do Ceará e de São Paulo. Na capital paulista, a empreiteira é a responsável pela construção do edifício que vai abrigar o arquivo geral da USP – contrato de R$ 2,1 milhões. Na cidade cearense de Vartoja, firmou convênios de R$ 1,8 milhão para a construção de uma escola infantil e uma quadra esportiva, que ainda não saíram do papel. Outra empresa do grupo do bicheiro, a Trade Construtora, obteve contrato de obras públicas em Anápolis, na atual gestão do petista Antônio Gomide. A Trade foi condenada pela Controladoria do Estado a devolver R$ 360 mil por irregularidades. Esses contratos, no entanto, representam uma pequena parcela do lucro de Cachoeira no setor.

A partir de rastreamentos bancários feitos pela PF, sabe-se agora que boa parte dos recursos públicos que irrigaram o esquema do bicheiro saiu de contratos da Construtora Delta, líder de repasses do governo na área do Ministério dos Transportes. Segundo a PF, Cachoeira seria “sócio oculto” da Delta, articulando negócios conjuntos com a empreiteira, discutindo planilhas de obras, compartilhando funcionários e, inclusive, despachando da própria sede da empresa. Um dos diálogos interceptados pela PF mostra como Cachoeira e a Delta fizeram um consórcio para a compra da empresa Ideal Segurança, responsável pela segurança de aterros sanitários controlados pela Delta, por R$ 199 milhões. Em outro grampo revelador, até agora inédito, descobre-se que o ex-diretor do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) Luiz Antônio Pagot foi monitorado clandestinamente por pelo menos dois anos. “Tem mais de um ano que o tal do Pagot tá no grampo, entendeu?”, conta o espião Dadá ao bicheiro, em 11 de julho de 2011. Questionado por ISTOÉ, Pagot confirmou que, quando estava no comando do Dnit, foi informado por um delegado amigo sobre a existência de grampos no gabinete em Brasília e em seu escritório em Cuiabá (MT). A deflagração da Operação Monte Carlo indica que Cachoeira trabalhou pela demissão de Pagot e da cúpula do Ministério dos Transportes. Agora, suspeita-se que a Delta pode ter tido acesso a informações privilegiadas de dentro do Dnit, responsável pelas maiores obras da empreiteira.

Sócio ou não da Delta, está cada vez mais claro que a empreiteira fazia a ponte com outras empresas do grupo de Cachoeira para facilitar o toma lá dá cá com o mundo político. A Delta também tem contratos em Anápolis, que abrangem obras rodoviárias e coleta de lixo. Nos contratos das duas empresas a PF vê o dedo do deputado federal Rubens Otoni (PT), flagrado em vídeo negociando com Carlinhos doação de R$ 100 mil para o caixa 2 de sua campanha eleitoral. Otoni, aliás, está na lista da PF de beneficiários do jogo do bicho. Foi denunciado que o senador Demóstenes Torres recebia 30% do faturamento da jogatina comandada por Cachoeira. Só que esse montante, na verdade, era repartido entre os deputados Leréia (PSDB), Jovair Arantes (DEM) e o próprio Rubens Otoni, segundo as investigações.
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O caso mais flagrante, talvez, seja o repasse de R$ 26,2 milhões feito pela Delta à empreiteira Alberto e Pantoja Construções. Sem negócios reais e funcionando num endereço fictício, a empresa destinou R$ 17,8 milhões às companhias Midway Int. Labs. e Rio Vermelho Dist., que injetaram capital na campanha do deputado federal Sandes Júnior (PP-GO), do ex-senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO), do governador Marconi Perillo (PSDB-GO) e da vereadora Miriam Garcia (PSDB-GO). Também foram beneficiados políticos do Distrito Federal, de Pernambuco e São Paulo. Já a Emprodata Administração de Imóveis, também uma empresa de fachada, repassou ao menos R$ 100 mil à Asfalto Brasília Ltda., que injetou R$ 175 mil na campanha da deputada Jaqueline Roriz (PMN).

Outra empresa do esquema, a MZ Construções efetuou depósitos de R$ 520 mil na conta da Negocial Fomento Mercantil, que doou R$ 20 mil para a campanha do deputado federal Augusto Coutinho (DEM-PE). A gráfica Laser Press, também usada pela quadrilha, foi doadora da campanha do deputado Edson Aparecido (PSDB-SP). O argumento usado pela Delta é de que tais repasses não têm relação com as campanhas políticas, são apenas pagamentos a alguns dos milhares de fornecedores da empresa. Faria sentido, não fosse a proximidade de Carlinhos com a empreiteira.

Por fim, o levantamento da Operação Monte Carlo também indica que Cachoeira passou a investir em imóveis rurais para a criação de gado, recurso usado como meio para a lavagem e evasão de capitais. Seu patrimônio inclui ao menos 31 imóveis, incluída aí uma fazenda de gado nelore. Cachoeira também vinha fazendo investimentos pesados em empreendimentos imobiliários, turísticos e até na implantação de cidades. A preferência é por áreas ainda não regularizadas, pelas quais ele poderia subornar autoridades e servidores para conseguir a regularização e depois revender o imóvel com uma valorização exponencial. Um dos maiores negócios na mira de Cachoeira é uma fazenda de dez milhões de metros quadrados no Distrito Federal. A área está sendo cogitada a abrigar uma extensão da cidade-satélite de Vicente Pires. Num diálogo interceptado pela PF, Gleyb Ferreira, gerente do esquema Cachoeira, trata da negociação com um grupo de São Paulo de metade da fazenda, avaliada em R$ 1,07 bilhão e cuja regularização será acertada com a Terracap na base da propina. Outra parcela estaria sendo negociada com o grupo Brookfield, que, segundo suspeita a PF, teria o ex-governador José Roberto Arruda como representante informal no DF. “Se o pessoal da Brookfield também abrir as pernas e começar com muito rolo, eu passo para São Paulo”, diz Gleyb. 
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