domingo, 25 de setembro de 2011

A guerra No Brasil

 
 
by Sergio Rubim

O que se pode observar, diariamente, na vida do povo brasileiro é uma guerra silenciosa entre alguns grupos organizados, legalizados e legitimados e uma população inteira cuja condição político econômica varia entre a submissão e a adulação.

Guerra entre facções do tráfego de drogas, entre quadrilhas especializadas no furto de caixas eletrônicos ou veículos pesados de carga, e, só para exemplificar, gangs de ruas interessadas em pequenos furtos domésticos ou acessórios de automóveis particulares, já não importam mais e nem pesam muito na desestruturação do caráter nacional. Estes são fatores, vamos chama-los, periféricos. Estão nas bordas da sociedade.

O que está no centro da guerra, no chamado núcleo duro do poder, expressão idiota e babaca criada pela turma de um tal de Zé Dirceu, é o poder ele mesmo.

Começando por uma estrutura judiciária inerte, escrava de uma ritualística clerical e uma processualística medieval. Os agentes públicos da lei sabem da lerda aplicabilidade, da sua dualidade, do seu limitado alcance e dos confortos inerentes aos cargos. Lícitos e necessários, desde que a contrapartida fosse ao mesmo tom. A linguagem jurídica é um idioma retrovadelíngua. Incompatível com síntese vocal e gráfica da
sociedade do século 21.

O Juizado Especial criado sob os princípios da celeridade, simplicidade e informalidade, cujo objetivo era auxiliar o cidadão em pequenas causas, por exemplo, desligar uma linha telefônica fixa ou móvel, pode levar dois ou três anos, fazendo o usuário passar por constrangimentos financeiros e emocionais que vão do desespero ao vínculo oneroso e compulsório com aquilo que não se pretende mais ter.

Não há necessidade de falar na Lei de Execução Penal e sua total inaplicabilidade, visto que o Estado não oferece equipamentos onde o cumprimento da pena ocorreria. Das decisões do STF e STJ sobre algumas matérias, especialmente quando envolve aspectos políticos partidários, não há o que comentar.

Dai-me os fatos e eu te darei o Direito. Esta é a lógica primeira e operacional de um dos poderes do Estado. Criou-se, no entanto, ao longo dos tempos, uma hiper-resma, agora cyber-resma, onde gravadas repousam todas as possibilidades de entendimento da coisa. A operacionalidade do poder funciona no passo das carruagens do século 19. Diferente do que ocorre em outros países. As razões não cabem aqui.

Não se trata da qualidade ou da atualidade da lei, mas de como ela será aplicada na escala do tempo.

Do legislativo, uma graça eterna, às vezes romana em sua capacidade Brutiana, outras vezes pecúnia em suas votações. Infeliz o país que tem parlamentos como os nossos. Para não ter que abstrair, vejamos a ALESC, gloriosa casa de inválidos, ausentes, incapazes e distantes, de solícitas senhoras e severos procuradores. Em breve, internacionais operadores, liames funcionais entre Florianópolis, New York e Beijing. Às vossas custas, eleitores.

Do Executivo, negociador de plebiscito ou referendum, dependendo da data, anterior ou posterior à lesão pública pretendida. E através dele, nos três níveis de jurisdição, fluem os negócios que enriquecem alguns, beneficiam a outros e recompensam os mais chegados.

Fora da esfera pública, conglomerados privados, maiores e menores, todos, invariavelmente interessados na partição do bolo do Delfim Neto, imagem culinária, do subsetor doçuras e guloseimas, quando era ministro da economia, para lembrar que a divisão só depois de pronto o bolo.

Os interesses destes grupos privados vão das verbas de comunicação às licitações de pequenas obras de engenharia civil, cujos preços finais são inflacionados e os materiais, quase nunca aqueles que você usaria em sua casa.

Calados e ativos, internamente, a tudo assistem e consentem impávidos, os Tribunais de Contas. E contas fazem...

Estes, acima, formam um dos exércitos da guerra nacional. Ajudam-se mutuamente, divergem em detalhes, protegem-se na adversidade.

O outro exército, maior e menos armado, sedento por legalidade, eficiência, resolutividade, serviços essenciais à vida, como saúde, educação, segurança, moradia e transportes.

Houve um período, não muito distante, em que os dois lados, em sua maioria lutaram na mesma frente pela democracia e liberdade.

Obtidas, fez-se nova cisão na sociedade brasileira. Cisão esta que organiza uma guerra, clara e visível, entre os que assaltam o Estado e nele se abrigam, e de outro lado, os que dele precisam e por ele pagam...

Enfim algo útil para a população no diario Catarinense. Desta vez, o comprometimento com um governo corrupto nao deve ter sido compensador. Pode apostar.

Isso é INCRÍVEL!!!!!

 Foi descoberto, dentro da estrutura do Estado, um órgão que tem total autonomia, tem salários milionários e não presta contas a ninguém. O chefe do esquema é o procurador-geral Mauro Flores Pedrozo, desde setembro de 2008.



SUPERCONTRACHEQUES



Ministério Público junto ao Tribunal de Contas é imune a controles e paga valores além do permitido

    Com nome de Ministério Público, localizado no prédio do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e com as contas pagas por recursos do governo do Estado, existe um órgão público praticamente imune a controles e que paga salários muito acima de qualquer limite constitucional. O nome desse órgão é Ministério Público junto ao Tribunal de Contas do Estado (MP-TCE).
Apesar do nome, não se trata de um braço do Ministério Público, estadual ou federal. Embora divida com ele salas e gabinetes, não é uma estrutura do TCE. Mesmo com as despesas vinculadas ao percentual da arrecadação que cabe ao governo, é independente.

Ao contrário dos demais órgãos estaduais, MP-TCE não detalha, minimamente que seja, como gasta o dinheiro público que recebe. A estrutura, nas palavras de quem acompanha de perto as contas do Estado, é um “alien” na administração pública. Leia mais

Do Diário Catarinense


quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Nenhum vento poderá desviar a minha barca…Nenhum raio mudará o meu caminho…Eparrei Oyá!




 Orixá Magnífico, com intensa vibração.

Iansã é a Deusa da Tempestade, do Fogo e da Sensualidade.
Simboliza as mulheres guerreiras e todas as pessoas que têm determinação e vivacidade. Destemida e justiceira, teme nada. Mostra o seu amor e sua alegria contagiante na mesma proporção que exterioriza a sua raiva e o seu ódio.
É a mulher que acorda de manhã, beija os filhos e sai em busca do sustento. Capaz de grandes esforços para conquistar os homens e para proteger seus rebentos. Sabe conquistar, seja no fervor das guerras, seja na arte do amor.
É o retrato da mulher dos Séculos 20 e 21, a mulher batalhadora que vende quitutes no mercado para sustentar seus noves filhos.
Iansã é a Paixão
Paixão violenta, que corrói, que cria sentimentos de loucura, que cria desejo de possuir, o desejo sexual. É a volúpia, o clímax, é o desejo incontido, o sentimento mais forte que a razão.
É o Orixá que faz nossos corações baterem com mais força e cria em nossas mentes os sentimentos mais profundos, abusados, ousados e desesperados. É o ciúmes doentio, a inveja suave, o fascínio enlouquecido.
Iansã é o Vento


É agitada como próprio vento, extrovertida e sensual como poucas.
Vento e brisa que alivia o calor, no entanto é também o calor, a quentura, o abafamento. É o tremular dos panos, dos cabelos, que arranca árvores, derruba casas, sustenta o fogo, espalha sementes.

Iansã é Transformadora
Tem também ligação com a floresta, onde se esconde, entra como mulher e se transforma num búfalo, cujo animal considerado Sagrado e Nobre por muitas tribos, pela sua carne que alimentava o povo, o couro que fornecia suas roupas e abrigos, os ossos que fornecia suas ferramentas.
Propícia a caça e alimento abundante.
Iansã é o Fogo


É a quentura, o aquecimento, o aconchego e a proximidade. O fogo das paixões, da alegria, o fogo que dá a faísca, o impulso. de temperamento forte, sensual e autoritário.
É a lava vulcânica destruidora, a devastação e o incêndio pelas chamas.
Iansã é o Raio
É a beleza desse fenômeno natural, é o seu poder, a sua eletricidade. É o choque elétrico, a energia que gera o funcionamento de rádios, televisões e máquinas.
Iansã esta presente no ato simples de acendermos uma lâmpada ou uma vela, é a energia viva, pulsante, vibrante. Orixá intimamente ligada aos avanços tecnológicos
Iansã é a Senhora dos Espíritos – dos Mortos


Senhora dos eguns (palavra dita no Candomblé, mas são os espíritos de baixa luz, conhecidos como obsessores). É ela que servira de guia, quem indicará o caminho, ao lado de Obaluaiê, para aquele espírito que se desprendeu do corpo.

Iansã Percorre Vários Reinos Para Aprender


Foi a paixão de Ogum, Oxaguian, Exu. Conviveu e seduziu Oxóssi, Logun-Edé e tentou em vão, relacionar-se com Obaluaiê.
Em Ifé, terra de Ogum, foi a grande paixão do guerreiro. Aprendeu com ele e ganhou o direito do manuseio da espada e o direito de usá-la. No auge da paixão por Ogum, Iansã partiu, indo a Oxogbô, terra de Oxaguian, aprendeu e recebeu o direito de usar o escudo para se proteger. Quando Oxaguian estava tomado de paixão por Oyá, ela partiu.
Pelas estradas deparou-se com Exu, com ele se relacionou e aprendeu os mistérios do fogo e da magia. No reino de Oxóssi, seduziu o Deus da caça, aprendendo a caçar, tirar a pele do búfalo e se transformar naquele animal com ajuda da magia aprendida com Exu.
Seduziu o jovem Logun-Edé, filho de Oxóssi e Oxum com ele aprendeu a pescar. Oyá partiu, para o reino de Obaluaiê, pois queria descobrir seus mistérios e até mesmo conhecer seu rosto. Uma vez chegando ao reino de Obaluaiê, Iansã tratou de insinuar-se:
- Como vai Senhor das Chagas?
Obaluaiê responde:
- O que Oyá quer em meu reino?
Por sua vez Iansã responde:
- Ser sua amiga, conhecer e aprender, somente isso. E para provar minha amizade dançarei para você a dança dos ventos! (Dança da qual Iansã usou para seduzir reis como Oxóssi, Oxaguian e Ogum).
Durante horas Iansã dançou, sem emocionar e sequer atrair a atenção de Obaluiê, incapaz de seduzi-lo, Obaluiê jamais se relacionou com ninguém, Iansã então procurou apenas aprender, fosse o que fosse, assim dirigiu-se ao homem palha:
- Obaluaiê, com Ogum aprendi a usar a espada, com Oxaguian o escudo, com Oxóssi a caçar, com Logun-Edé a pescar, com Exu os mistérios do fogo. Falta-me apenas aprender algo contigo.
Obaluaiê por sua vez:
- Você quer aprender mesmo, Oyá? Então ensinarei como tratar os mortos!
De inicio Iansã relutou, mas seu desejo de aprender foi mais forte e com Obaluaiê, aprendeu a conviver com os eguns (espíritos de baixa luz) e a controlá-los. Partiu então Oyá para o reino de Xangô, lá acreditava que teria o vaidoso dos reis e aprenderia a viver ricamente. Mas, ao chegar ao reino do Deus do trovão, Iansã aprendeu muito mais que isso… Aprendeu a amar verdadeiramente e com uma paixão violenta, pois Xangô dividiu com ela os poderes do raio e deu a ela seu coração.
ou
Seu filho é conhecido por seu temperamento explosivo. Está sempre chamando a atenção por ser inquieto e extrovertido. Sempre a sua palavra é que vale e gosta de impor aos outros a sua vontade. Não admite ser contrariado, pouco importando se tem ou não razão, pois não gosta de dialogar. Em estado normal é muito alegre e decidido. Questionado torna-se violento, partindo para a agressão, com berros, gritos e choro. Tem um prazer enorme em contrariar todo tipo de preconceito. Passa por cima de tudo que está fazendo na vida, quando fica tentado por uma aventura. Em seus gestos demonstra o momento que está passando, não conseguindo disfarçar a alegria ou a tristeza. Não tem medo de nada. Enfrenta qualquer situação de peito aberto. É leal e objetivo. Sua grande qualidade, a garra, e seu grande defeito, a impensada franqueza, o que lhe prejudica o convívio social.

Iansã é a mulher guerreira que, em vez de ficar no lar, vai à guerra. São assim os filhos de Iansã, que preferem as batalhas grandes e dramáticas ao cotidiano repetitivo.

Costumam ver guerra em tudo, sendo portanto competitivos, agressivos e dados a ataques de cólera. Ao contrário, porém, da busca de certa estratégia militar, que faz parte da maneira de ser dos filhos de Ogum, os filhos de Iansã costumam ser mais individualistas, achando que com a coragem e a disposição para a batalha, vencerão todos os problemas.

São fortemente influenciados pelo arquétipo da deusa aquelas figuras que repentinamente mudam todo o rumo da sua vida por um amor ou por um ideal. Talvez uma súbita conversão religiosa, fazendo com que a pessoa mude completamente de código de valores morais e até de eixo base de sua vida, pode acontecer com os filhos de Iansã num dado momento de sua vida.

Da mesma forma que o filho de Iansã revirou sua vida uma vez de pernas para o ar, poderá novamente chegar à conclusão de que estava enganado e, algum tempo depois, fazer mais uma alteração - tão ou mais radical ainda que a anterior.

São de Iansã, aquelas pessoas que podem ter um desastroso ataque de cólera no meio de uma festa, num acontecimento social, na casa de um amigo - e, o que é mais desconcertante, momentos após extravasar uma irreprimível felicidade, fazer questão de mostrar, à todos, aspectos particulares de sua vida.

Os Filhos de Iansã são atirados, extrovertidos e chocantemente diretos. Às vezes tentam ser maquiavélicos ou sutis, mas, a longo prazo, um filho de Iansã sempre acaba mostrando cabalmente quais seus objetivos e pretensões.

Têm uma tendência a desenvolver vida sexual muito irregular, pontilhada por súbitas paixões, que começam de repente e podem terminar mais inesperadamente ainda. Se mostram incapazes de perdoar qualquer traição - que não a que ele mesmo faz contra o ser amado. Enfim, seu temperamento sensual e voluptuoso pode levá-las a aventuras amorosas extraconjugais múltiplas e freqüentes, sem reserva nem decência, o que não as impede de continuarem muito ciumentas dos seus maridos, por elas mesmas enganados. Mas quando estão amando verdadeiramente são dedicadas a uma pessoa são extremamente companheiras.

Todas essas características criam uma grande dificuldade de relacionamentos duradouros com os filhos de Iansã. Se por um lado são alegres e expansivos, por outro, podem ser muito violentos quando contrariados; se têm a tendência para a franqueza e para o estilo direto, também não podem ser considerados confiáveis, pois fatos menores provocam reações enormes e, quando possessos, não há ética que segure os filhos de Iansã, dispostos a destruir tudo com seu vento forte e arrasador.
 Ao mesmo tempo, costumam ser amigos fiéis para os poucos escolhidos ara seu círculo mais íntimo



É verdade. Tem coisas que só o dinheiro pode comprar. Tem gente que se vende por bem pouco, tb é verdade. Mas havemos de concordar que, se dinheiro nao compra felicidade, ele torna a infelicidade bem mais confortavel.














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