sábado, 12 de janeiro de 2013

Universidades federais vão destinar 30% das vagas para cotistas em 2013



Lei das cotas já vale para o próximo ano com índice mínimo de 12,5%. 
Levantamento do G1 mostra a oferta de vagas nas universidades.


Levantamento feito pelo G1 com base nos editais dos processos seletivos das universidades federais para 2013 indica que, no primeiro ano da aplicação da nova lei de cotas, pelo menos 30% do total de vagas ofertadas serão preenchidas por estudantes que fizeram todo o ensino médio em escolas públicas, número maior que o mínimo de 12,5% previsto pela lei.
Veja no vídeo ao lado como funciona a lei de cotas nas universidades federais
A lei número 12.771/2012 sancionada em agosto determina que, até 2016, 50% das vagas sejam para alunos que fizeram todo o ensino médio em escola pública. Além disso, metade deste índice será para alunos com renda familiar até 1,5 salário mínimo. Há ainda um percentual para estudantes autodeclarados pretos, pardos e indígenas de acordo com a proporção desta população no estado da instituição, segundo o IBGE. A lei vale também para os institutos federais de educação superior, que não constam do levantamento do G1.
O processo seletivo varia de acordo com cada universidade. A maioria vai preencher as vagas pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que será lançado no dia 7 de janeiro e vai usar as notas dos estudantes no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que serão divulgadas no próximo dia 28. Outras instituições têm seus próprios processos seletivos ou um sistema misto que combina as notas do Enem, vestibular próprio, e o Sisu.

O país tem 59 universidades federais, sendo que 51 instituições já divulgaram o número de vagas abertas no processo seletivo para ingresso no primeiro semestre e, em alguns casos, no segundo semestre de 2013. São mais de 165 mil vagas anunciadas, das quais 48,9 mil serão preenchidas pelo sistema de cota. Dessas, 19,5 mil (40% das cotas) serão destinadas a estudantes com renda familiar até um salário mínimo e meio. E ainda 24,2 mil vagas (50%) da cota, será reservada para estudantes autodeclarados pretos, pardos ou indígenas.
Algumas universidades já se anteciparam às determinações da lei e definiram o percentual de 50% das vagas para cotistas no ano que vem, como as federais do Sergipe (UFS), Juiz de Fora (UFJF), Oeste do Pará (Ufopa) e São João Del Rei (UFSJ). O caso mais extremo é da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), de Santa Catarina, que destinará 85% das vatas para cotistas. Outras universidades vão usar a lei combinada com sistemas de cotas que já adotavam.
VEJA A DISTRIBUIÇÃO DAS VAGAS NAS UNIVERSIDADES FEDERAIS DE ACORDO COM A LEI DE COTAS
UFInstituiçãoVagas em
2013 (1º e 2º semestres)

Vagas para
quem fez ensino público
% de vagas
para  cotistas
Vagas para renda de até
1,5 s.m.
Vagas para
pretos,
pardos e indígenas
ACUFAC2.01050325%252188
ALUFAL5.1681.30825%6741.009
AMUFAM5.45680214,7%218401
AMUFRA56029912,5%158249
APUNIFAP1.03017617%48128
BAUFBA6.7072.88443%1.4422.418
BAUFRB2.1601.08050%540828
CEUFC6.25882713%89689
CEUNILAB3849625%5072
DFUNB2.09230514,5%176713
ESUFES4.2742.13750%1.1011.336
GOUFG5.0011.13920%540394
MAUFMAEdital ainda não foi divulgado
MGUFMG6.67086212,5%480585
MGUFJF1.57078550%393421
MGUFLA2503512,5%2025
MGUFOP2.66279930%400429
MGUFSJ2.8501.42650%714766
MGUFTM84411312,5%6198
MGUFV3.28069621%370531
MGUFU2.14872850%374467
MGUFVJM1.37068550%343368
MGUNIFALEdital ainda não foi divulgado
MGUNIFEI1.43519412,5%88155
MSUFGD1.46537525%198225
MSUFMS4.19552412,5%Não divulgado
MTUFMT5.12378550%393421
PAUFPA8.5691.88622%150895
PAUFOPA1.15057650%287460
PBUFPB5.0901.78935%1.105720
PBUFCG3.11542012,5%228131
PEUFPE6.5011.06115%Não divulgado
PEUFRPE3.3401.67050%Não divulgado
PEUNIVASF1.33066550%Não divulgado
PIUFPIEdital ainda não foi divulgado
PRUFPR5.08767412,5%370290
PRUTFPR3.5501.77550%876632
PRUNILAEdital ainda não foi divulgado
RJUFRJ8.9022.81130%1.4511.731
RJUFF7.66295812,5%Não divulgado
RJUNIRIOEdital ainda não foi divulgado
RJUFRRJEdital ainda não foi divulgado
RNUFRN3.01542012,5%233245
RNUFERSAEdital ainda não foi divulgado
ROUNIR2.51034912,5%Não divulgado
RRUFRR1.06953550%270459
RSUFCSPA4485712,5%2322
RSFURG2.28126030%282152
RSUFPELEdital ainda não foi divulgado
RSUFRGS5.4241.62830%814814
RSUFSM4.3611.70035%741618
RSUNIPAMPA3.1109330%Não definido436
SCUFSC4.2141.20930%610271
SCUFFS2.0151.70085%868382
SEUFS5.5002.75050%1.3751.925
SPUNIFESP2.90944915%240214
SPUFSCAR2.5771.03040%512414
SPUFABCEdital ainda não foi divulgado
TOUFT1.61534412,5%172171
TOTAL (entre as que já publicaram edital)165.33248.97130% (média)19.94125.577
O estudante que for disputar uma vaga pelos critérios da lei de cotas deverá ficar atento na hora de se inscrever para o Sisu. O Sisu seguirá usando como critério a nota de cada candidato no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). No próximo processo seletivo para o primeiro semestre de 2013, valerá a nota do Enem 2012, realizado nos dias 3 e 4 de novembro, e que será divulgada a todos os candidatos no dia 28.
A instituição que decidir oferecer vagas por meio do sistema deverá definir suas condições específicas dentro de cinco critérios:
1) O número de vagas em cada curso e turno participante do Sisu, além do semestre de ingresso;
2) Se a instituição for federal, o número de vagas reservadas em decorrência da lei de cotas (em 2013, a reserva mínima obrigatória por lei é de 12,5% do total de vagas);
3) O número de vagas reservadas além do mínimo obrigatório, além dos critérios de bonificação sobre a nota final do candidato que preencha os requisitos das políticas de ações afirmativas específicas de cada instituição;
4) Os pesos de cada prova do Enem, e as notas mínimas que a instituição deseja definir para selecionar seus candidatos, em cada curso e turno;
5) Os documentos exigidos pela instituição para que os candidatos selecionados possam fazer a matrícula.
Exemplo de distribuição de vagas pela lei de cotas (Foto: Divulgação / MEC)Exemplo de distribuição de vagas pela lei de cotas (Foto: Divulgação / MEC)
Os estudantes que optarem por concorrer às vagas reservadas pela lei de cotas serão classificados dentro de grupos e subgrupos de inscritos. Os dois grupos são: estudantes de escola pública com renda familiar de até 1,5 salário-mínimo per capita e estudantes de escola pública independente da reda. Dentro desses dois grupos, esses estudantes são divididos entre os que se autodeclararam pretos, pardos ou indígenas, e os que não se autodeclararam pretos, pardos ou indígenas.
Se, após as chamadas regulares do Sisu, não houver candidatos classificados em número suficiente para o preenchimento das vagas reservadas aos autodeclarados pretos, pardos ou indígenas, aquelas eventualmente remanescentes serão ofertadas, na lista de espera, aos estudantes que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas.
A lei afirma que 50% das vagas reservadas são destinadas a estudantes de baixa renda, e uma porcentagem definida pelo Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em cada estado para a população preta, parda e indígna. Por isso, o Sisu usa os dois grupos (baixa renda e qualquer renda), além dos dois subgrupos de cada um (referente à raça), para definir quatro regras para a oferta das vagas remanescentes:
1- As vagas reservadas dentro da cota social e da cota racial (estudantes pretos, pardos e indígenas de escola pública e renda familiar de até 1,5 salário-mínimo) serão oferecidas primeiro a estudantes de outras cores ou raças, de acordo com a autodeclaração, que também sejam de escola pública e tenham renda de até 1,5 salário-mínimo, e depois a estudantes de escola pública, independente da renda familiar, dando prioridade aos pretos, pardos e indígenas;
2- As vagas reservadas dentro da cota social (estudantes de escola pública e renda familiar de até 1,5 salário-mínimo) serão oferecidas primeiro a estudantes pretos, pardos ou indígenas de escola pública e renda de até 1,5 salário-mínimo, e depois aos estudantes de escola pública de qualquer faixa de renda, dando prioridade aos pretos, pardos e indígenas;
3- As vagas reservadas pela cota racial (estudantes pretos, pardos e indígenas de escola pública e independente da renda familiar) serão oferecidas primeiro a estudantes de outras raças de escola pública e qualquer renda, e depois aos estudantes de escola pública de renda de até 1,5 salário-mínimo dando prioridade aos pretos, pardos e indígenas;
4- As vagas reservadas a estudantes de escola pública, de qualquer faixa de renda, que não se autodeclaram pretos, pardos ou indígenas, serão oferecidades primeiro aos autodeclarados pretos, pardos e indígenas, oriundos de escola pública e de qualquer faixa de renda, e depois aos estudantes de escola pública e renda de até 1,5 salário-mínimo, dando prioridade ao critério racial.
by G1
.

TRF4 derruba segunda liminar do RS que suspendia Sisu


Decisão libera inscrições e a divulgação de resultados do Sisu. 
É a segunda liminar revertida nos últimos dois dias no Rio Grande do Sul.


Após recurso do Ministério da Educação (MEC), o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) decidiu na tarde desta sexta-feira (11) derrubar a segunda liminar que suspendia o prazo para inscrições e a divulgação dos resultados do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Mesmo antes da decisão, o MEC já havia informado que o prazo de inscrições seria mantido até as 23h59 desta sexta.
A decisão do TRF4 atendeu o pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) e do INEP, que recorreram contra a liminar deferida em primeira instância. Na tarde de quinta-feira (10), o tribunal já havia suspendido uma primeira liminar com teor semelhante.O juiz federal Nicolau Konkel Júnior suspendeu a liminar que havia sido concedida pela Justiça Federal de Bagé (RS) ao estudante Lucas Almeida Figueiredo. A decisão determinava a suspensão do prazo de inscrição no SISU e a divulgação dos resultados, prevista para o próximo dia 13, e também ordenava ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) que desse vista ao autor de sua prova de redação e espelho de correção.
"O edital Enem 2012 estabeleceu rigoroso procedimento de revisão das provas dissertativas elaboradas pelos participantes do Exame Nacional, compreendendo, inicialmente, avaliação por dois examinadores distintos e, num segundo momento, caso necessário, reavaliação por um terceiro expert", justificou o juiz federal.
No julgamento do primeiro recurso do MEC, o relator manteve apenas o direito da estudante Thaniza Borba de ver a correção da redação do Enem e o direito a pedir revisão caso não concorde com a nota obtida. Neste segundo caso, o direito de vista da prova não foi concedido ao aluno.
Mapa do G1 mostra onde estão as mais de 129 mil vagas do Sisu 2013 (Foto: G1)Mapa do G1 mostra onde estão as mais de 129 mil vagas do Sisu 2013 (Foto: G1
by G1
)

Sisu registra quase 2 milhões de inscritos, diz Ministério da Educação



Inscrições foram encerradas as 23h59 de sexta-feira (11).
Primeira chamada sai na próxima segunda-feira.


O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do Ministério da Educação registrou até as 23h59 desta sexta-feira (11) o total de 1.949.958 candidatos que irão concorrer a 129.319 vagas em 3.752 cursos de ensino superior de 101 instituições públicas (federais ou estaduais).
De acordo com o MEC, no ano passado o sistema registrou 1.757.399 inscritos. O balanço final foi informado na manhã deste sábado (12) no site do MEC.

A primeira chamada será divulgada na segunda-feira (14) e as matrículas acontecem entre 18 e 22 de janeiro. O sistema vai selecionar candidatos que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2012. Um novo balanço com todos os números referentes à primeira edição deste ano do Sisu será divulgado também na segunda.

Como cada candidato pode fazer inscrição em duas opções de curso, o número de inscrições registradas foi de 3.801.894. Em 2012, o Sisu teve 3.411.111 inscrições. O sistema considerou apenas inscrições feitas por estudantes no site sisualuno.mec.gov.br.
Veja a seguir as instruções dos próximos passos do processo seletivo deste semestre:

Na tarde desta sexta-feira, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) decidiu derrubar a segunda liminar que suspendia o prazo para inscrições e a divulgação dos resultados do Sistema de Seleção Unificada (Sisu).

A decisão, favorável ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), libera o calendário do sistema definido pelo MEC em dezembro.

Os prazos haviam sido suspensos depois que um candidato obteve decisão favorável do juiz federal substituto Gustavo Chies Cignachi, da Vara Federal de Bagé, o mesmo que havia concedido, um dia antes, uma liminar idêntica à estudante Thamisa Borba. O MEC recorreu das duas decisões e, na quinta, conseguiu suspender a liminar de Thamisa.
Quem pode participar do Sisu 2013?
Apenas quem fez o Enem 2012 e tirou nota maior do que zero na prova de redação. O resultado no exame é a pontuação utilizada para selecionar os candidatos nas vagas escolhidas. Para se inscrever, basta usar o CPF ou o número de inscrição no Enem, além da senha cadastrada no sistema do Enem, que será a mesma utilizada pelo Sisu. Quem perdeu a senha do Enem deverá recuperá-la no site do exame.
VEJA O CALENDÁRIO DO SISU 2013
7 a 11 de janeiro
Período de inscrições do Sisu
14 de janeiro
Primeira chamada do Sisu
18 a 22 de janeiro
Matrícula da primeira chamada do Sisu
28 de janeiro
Segunda chamada do Sisu
1º a 5 de fevereiro
Matrícula da segunda chamada do Sisu
28 de janeiro a 8 de fevereiro
Prazo para participar da lista de espera
a partir de 18 de fevereiro
Convocação dos candidatos da lista de espera
Como funciona a seleção?
Após o período de inscrição, o sistema selecionará automaticamente os candidatos com maior pontuação, na quantidade referente ao número de vagas em cada curso. O resultado desta seleção será divulgado na primeira chamada, no dia 14.
Os candidatos selecionados em sua primeira opção de curso devem fazer a matrícula entre os dias 18 e 22 de janeiro. Eles não poderão participar das chamadas seguintes.
Quem for selecionado na segunda opção continuará participando da seleção, inclusive quem fizer a matrícula no mesmo período, e poderá ser convocado na segunda chamada para sua primeira opção de curso. A segunda chamada está prevista para o dia 28.
A matrícula dos convocados na segunda chamada acontece entre 1º e 5 de fevereiro.
Como funciona a lista de espera?
No dia 28 o Sisu abre as inscrições para a lista de espera, que podem ser feitas até 8 de fevereiro. Para se inscrever, é preciso acessar o sistema durante esse período especificado, no boletim de acompanhamento, clicar no botão que correspondente à confirmação de interesse em participar da lista de espera do Sisu.
Dessa lista podem participar tanto quem não foi convocado em nenhuma chamada quanto quem foi selecionado em sua segunda opção - mesmo tendo feito matrícula. Porém, cada candidato só poderá disputar as vagas remanescentes relativas à sua primeira opção.
A lista será divulgada em 18 de fevereiro. A partir daí, a seleção será feita gradativamente pelas instituições.
Como a lei de cotas será aplicada no Sisu?
No ato da inscrição, o candidato também deverá especificar a modalidade de concorrência da qual quer participar. Ele poderá concorrer às vagas reservadas pela Lei nº 12.711, de 29 de agosto de 2012.
A lei determina que, até 2016, 50% das vagas das instituições federais sejam para alunos que fizeram todo o ensino médio em escola pública. Além disso, metade deste índice será para alunos com renda familiar até 1,5 salário mínimo. Há ainda um percentual para estudantes autodeclarados pretos, pardos e indígenas de acordo com a proporção desta população no estado da instituição, segundo o IBGE.
Em 2013, pelo menos 30% do total de vagas ofertadas pelas universidades serão preenchidas nestes critérios.
O candidato inscrito no Sisu pode se inscrever no Prouni?
Sim, mas só podem participar do Prouni quem cursou todo o ensino médio em escola pública ou foi bolsista integral em uma particular. A seleção do Prouni também será feita usando a nota do Enem 2012.
Porém, apenas um dos resultados será considerado. Caso o candidato seja aprovado pelo Sisu para uma vaga em universidade pública, mas também receba uma bolsa de estudos do Prouni para uma instituição privada, ele terá que optar por apenas uma delas, já que não é permitido acumular as duas vagas.

"Prefiro a paz mais injusta à mais justa das guerras." - Cícero



Onda de violência varre o Oriente 

Médio e paz continua distante

Guerra civil na Síria provoca mais de 40 mil mortes e deixa 500 mil refugiados. Votação histórica na ONU eleva Palestina a estado observador.


Em 2012, uma onda de violência varreu a região do Oriente Médio. A Primavera Árabe ainda está longe dos seus ideais.
Malala, menina paquistanesa que sonha ser médica, foi covardemente atacada por fanáticos do Talibã. Ela se tornou um símbolo da luta pela liberdade, uma luta que tantos outros também travaram.
Síria atravessa o ano assolada pela guerra civil. O presidente Bashar Al-Assad segue com promessas de esmagar o inimigo com mão de ferro. Civis são alvos em todo o país. Já são mais de 500 mil refugiados e mais de 40 mil mortos. Não há cessar-fogo, nem acordo de paz.
O conflito extrapola as fronteiras e Síria e Turquia estremecem. Rússia e China são grandes aliados do governo, mas outras cem nações reconhecem que a oposição é a legítima representante do país.
Irã segue com seu programa nuclear, ameaça um navio de guerra americano e faz testes com mísseis no estreito de Ormuz.
O ano é de atentados devastadores no Iraque, no Líbano e no Afeganistão, mas a Primavera Árabe dá alguns sinais. A eleição no Iêmen põe fim a três décadas de poder de Ali Saleh. Na Tunísia, o ex-ditador Ben Ali é condenado à prisão perpétua, mesma punição de Hosni Mubarak. O ex-presidente do Egito chegou a ter a morte anunciada, mas não confirmada.
Na praça Tahir, no coração do Cairo, houve protestos o ano inteiro. Os egípcios entraram 2012 exigindo a saída dos militares do poder. Nas eleições, elegem Mohamed Mursi, da Irmandade Muçulmana, mas ele enfrenta uma crise após a outra. Ainda é frágil a democracia no país.
É frágil também o cessar-fogo entre Israel e a Palestina. Este ano, a escalada de provocações culminou com um ataque aéreo fulminante. O líder militar do Hamas é morto na Faixa de Gaza e o que se sucede deixa o mundo assustado. Um acordo é anunciado após oito dias.
Na ONU, uma votação histórica: a Palestina é elevada a estado observador. O ano de 2012 chega ao fim com as mesmas velhas dúvidas: a paz virá um dia?

Único sobrevivente de chacina na Síria conta como escapou



Mohammed Ali tomou cinco tiros e foi única vítima a escapar com vida de chacina que matou outras 20 pessoas.


Mohammed Ali trabalha como vendedor em um posto de gasolina no sul da Turquia. Mas a história que ele diz ter protagonizado é uma das mais impressionantes do conflito na Síria.Assista ao vídeo.
Durante o mês sagrado do Ramadã, em agosto de 2012, Ali conta ter decidido viajar de Beirute, a capital do Líbano, para o vilarejo no norte da Síria onde mora sua família.
Um dia, ele resolveu ir a Aleppo, a maior cidade da Síria, para fazer compras.
''Fui lá para comprar um telefone celular e um chip. Fui parado em um posto de controle. Os milicianos armados (pró-governo) perguntaram de onde eu era. Eles pediram meu passaporte e identidade. Levaram tudo que eu tinha: meus telefones, meus anéis de ouro. Me colocaram no porta-malas de um carro. E nos levaram para um edifício de inteligência da Força Aérea'', relata.
Mohammed Ali tomou cinco tiros e foi única vítima a escapar com vida de chacina que matou outras 20 pessoas.  (Foto: BBC)Mohammed Ali tomou cinco tiros e foi única vítima a escapar com vida de chacina que matou outras 20 pessoas. (Foto: BBC)
''Após três dias sem comida ou sem água, tarde da noite, os homens armados disseram que iam nos levar para outra estação. Éramos 21 pessoas, nos levaram para uma área deserta.''
''Fui atingido por cinco balas'', afirma, indicando cada um de seus ferimentos. ''Uma delas me atingiu no ouvido, outra entrou no meu ombro, duas atingiram minha perna, e outra, meu quadril.''
Único sobrevivente
Após ter sido atingido pelos disparos, ele conta que desmaiou e ficou inconsciente por 10 a 15 minutos. Quando acordou, conta que ouviu o carro que os tinha trazido ao local saindo em disparada e que todos os demais 20 prisioneiros levados ao local juntamente com ele estavam mortos.
''Consegui me levantar e comecei a caminhar, mas caía a cada 10 minutos. Bati em uma porta, uma mulher atendeu e disse que não havia ninguém ali e que eu tentasse outra casa.
Na casa seguinte, relata, ''quatro homens abriram a porta. Tive medo de dizer que eu fora atingido por forças do governo, no caso de eles trabalharem para o regime. Então, disse a eles que haviam atirado contra mim e levado todo o meu dinheiro''.
''Eles me perguntaram: 'Onde quer que nós o levemos?' E eu disse: 'Para qualquer lugar, estou sangrando há duas horas.''
Mohammed foi levado a um hospital. Após ter se recuperado, conseguiu cruzar ilegalmente a fronteira da Síria com a Turquia, onde, atualmente, batalha para sobreviver.
Antes da guerra civil na Síria, ele era bem pago como alfaiate. Agora, dorme em um colchão em um quartinho que aluga aos fundos do posto de gasolina onde trabalha. O quarto nem sequer tem uma cadeira.
''Não tenho qualquer plano, agora'', afirma. Ele conta que pretende recomeçar a fazer roupas, mas precisa de documentos para provar sua identidade.
Ele agora tem tempo de sobra para refletir sobre a sua ''segunda vida''. E o porquê de ele ter sido o único sobrevivente entrev 21 pessoas.
''Não sei'', afirma, com um sorriso. ''Talvez seja porque eu pude suportar os tiros. No Islã, acreditamos que ninguém morre antes da sua hora. Talvez a minha hora ainda não tivesse chegado.''
É impossível comprovar a veracidade de seu relato, assim como o de deiversos outros refugiados que fugiram da Síria deixando para trás documentos ou fotografias.
by G1

É tão aviltante, tão desgraçada a situação, que fica impossivel comentar. by Deise



CPI do Cachoeira custou R$ 167 mil 




aos cofres do Congresso



Comissão criada para investigar bicheiro acabou com relatório de 2 páginas.
Gastos se concentraram em diárias, passagens aéreas e hospedagem.

Criada para apurar o elo de políticos e empresários com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, a comissão parlamentar mista de inquérito conhecida como CPI do Cachoeira custou aos cofres públicos R$ 167.101,16, segundo dados oficiais obtidos pelo G1 na Diretoria Geral do Senado.
A comissão durou oito meses, mas os trabalhos se concentraram no primeiro semestre do ano passado. Depois do recesso de julho, as eleições levaram à suspensão dos trabalhos até o fim de outubro. Em novembro e dezembro, as atenções se concentraram para votar o relatório final com as conclusões.
Parlamentares durante sessão de votação do relatório final da CPI do Cachoeira (Foto: Marcos Oliveira / Agência Senado)Parlamentares durante sessão de votação do relatório final da CPI do Cachoeira; conclusão com mais de 4 mil páginas foi rejeitado para aprovação de parecer com duas páginas (Foto:Marcos Oliveira/Agência Senado)
Ao final dos trabalhos, a CPI consumiu menos recursos do que inicialmente previsto. O requerimento de criação da comissão fixava em R$ 200 mil o limite das despesas a serem realizadas no trabalho de investigação.
Dos 167 mil dispendidos, a maior parte, R$ 130.642,06, foi usada para pagamento de diárias.
Para pagamento de passagens áreas domésticas, o Congresso desembolsou no período de funcionamento da comissão outros R$ 33.619,20. O restante, R$ 2.839,9, foi usado para pagamento de hospedagem em Brasília, que cobrem custos especialmente de pessoas chamadas a depor.
Das 35 pessoas convocadas ou convidadas para falar à CPI, somente 16 aceitaram dar informações; as outras 19 permaneceram caladas.
Relatório
A CPI do Cachoeira teve fim no dia 18 de dezembro com a rejeição do relatório final elaborado pelo deputado Odair Cunha (PT-MG), escalado para conduzir a investigação. Sem consenso, o texto do relator, com mais de 4 mil páginas, deu lugar a um "parecer alternativo" de duas páginas que encaminhava ao Ministério Público todo o material recolhido na apuração.

Este documento, redigido pelo deputado Luiz Pitiman (PMDB-DF) e que acabou aprovado como relatório final, não sugere o indiciamento de nenhum dos suspeitos de envolvimento com o esquema de Cachoeira.
O líder do PSDB, senador Alvaro Dias (PR), que integrou a CPI, disse acreditar que a comissão não "cumpriu o seu papel", pois deixou de apurar desvios de dinheiro público em licitações e a suposta relação da construtora Delta com empresas fantasma.
"A CPI deixou a desejar, não cumpriu o seu papel. Ela escondeu mais do que revelou, ficou adstrita ao que a Polícia Federal tinha revelado. A CPI tinha que chegar ao desvio de dinheiro público através de licitações fraudadas, esquema de empresas laranjas com a participação da Delta e remessas ao exterior", afirmou o tucano.
Ele explicou que a maioria comissão rejeitou o relatório de Odair Cunha por considerar que houve "blindagem" à construtora Delta. "O relatório foi dirigido, por isso o rejeitamos. Na verdade isso que deveríamos ter investigado a Polícia Federal não investigou nem o Ministério Público".
Já para o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), vice-presidente da CPI, os mais de R$ 167 mil gastos "valeram a pena". Ele destacou que o relatório de Odair Cunha, apesar de não ter sido aprovado pela maioria, foi entregue ao Ministério Público Federal, a quem caberá iniciar novas investigações ou anexar os dados aos inquéritos já abertos.
Para o petista, o parecer do relator trouxe elementos novos que devem auxiliar as apurações do MPF e da Polícia Federal. "Acho que o gasto se justificou. Todo o relatório do deputado Odair Cunha vai ao Ministério Público Federal e é um documento muito importante, completo. Os dados constantes do relatório falam por si, então o gasto valeu a pena", disse.
.
by G1

Presidente da Argentina se encontra com Fidel e Raúl Castro em Cuba


Cristina Kirchner viajou a Cuba para acompanhar situação de Hugo Chávez.
Líder venezuelano foi operado pela 4ª vez de câncer em 11 de dezembro.
Da France Fresse
A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, se encontrou com Fidel e Raúl Castro em Cuba. Ela chegou na sexta-feira ao país caribenho para acompanhar de perto a situação do líder venezuelano, Hugo Chávez, operado de um câncer na capital cubana há um mês.
Presidente da Argentina, Cristina Kirchner, durante encontro com Fidel (Foto: Alex Castro/Granma/AP)Presidente da Argentina, Cristina Kirchner, durante encontro com Fidel (Foto: Alex Castro/Granma/AP)
Presidente da Argentina, Cristina Kirchner, se encontrou com Fidel e Raul Castro (Foto: Alex Castro/Granma/AP)Presidente da Argentina, Cristina Kirchner, se encontrou com Fidel e Raul Castro (Foto: Alex Castro/Granma/AP)
"Cheguei a Havana, está amanhecendo e o Malecón aparece em todo o seu esplendor. Me disseram que Fidel e Raúl Castro estão me esperando", escreveu Cristina Kirchner no Twitter, acrescentando que leva uma Bíblia para Chávez.
Kirchner, que chegou às 7h local (10h Brasília), explicou que a Bíblia lhe foi entregue por dirigentes da Federação Argentina das Igrejas Evangélicas, durante uma reunião na noite de quinta-feira na Casa Rosada, em Buenos Aires.
Na saída do Hotel Nacional, onde está hospedada, Kirchner disse à imprensa que se dispunha "a almoçar com o comandante Fidel Castro e com o presidente Raúl Castro", antes de se "reunir com familiares e amigos do presidente Hugo Chávez, que tanto ajudou a Argentina quando ela mais necessitava".
Ao voltar ao hotel, às 19h10 local (22h10), Kirchner desceu do automóvel sem dar declarações sobre seu encontro com Fidel e Raul Castro, e com os familiares de Chávez.
A visita de Kirchner coincide com a viagem do vice-presidente venezuelano, Nicolás Maduro, a Havana para se informar pessoalmente do estado de saúde de Chávez, operado de um câncer - pela quarta vez - no dia 11 de dezembro.
Antes de viajar, Maduro disse que iria a Havana para "continuar este trabalho que fazemos de visitar a família, de conversar com a equipe médica, de visitar nosso comandante presidente, de entregar-lhe as boas novas de um povo trabalhando"
.
by G1

Em Alta

"Não permita que o ruído das opiniões alheias matem a sua voz interior" (Steve Jobs)

  Comitê de MundoPsicologos Saber se relacionar para viver bem em sociedade requer flexibilidade. Muitas vezes, temos que ceder porque só as...

Mais Lidas