sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Entendendo a Esquizofrenia II




COMO TRATAR
Os antipsicóticos, também conhecidos como neurolépticos, são os medicamentos utilizados no tratamento da esquizofrenia. São assim chamados por possuírem efeito calmante (neuro=nervo; lepsis=apreensão) e por combaterem sintomas como delírios, alucinações, comportamento desorganizado e agitado. Eles atuam sobre um neurotransmissor (substância química responsável pela transmissão dos estímulos entre os neurônios) chamado dopamina, cujo excesso provoca os sintomas positivos e desorganizados da esquizofrenia. Bloqueando canais receptores de dopamina nos neurônios, eles evitam que o excesso da substância atinja as células nervosas, reequilibrando o sistema de neurotransmissão. Esse efeito é essencial para a duração do efeito antipsicótico por longo prazo.
O efeito terapêutico pode demorar de 4 a 8 semanas, embora alguma melhora do comportamento já possa ser percebida nos primeiros dias de tratamento. É fundamental que nesse período a medicação seja administrada de forma regular. O tratamento de manutenção não é menos importante, pois é capaz de evitar futuras recaídas e precisa ser mantido mesmo que a crise aguda tenha sido contornada. É comum o abandono do tratamento nessa fase, por acreditar estar curado, o que deixa a pessoa vulnerável a uma nova crise. O médico é o único capaz de determinar o tempo total de tratamento para cada caso, podendo variar de 1 a 5 anos ou, em alguns casos, por período indeterminado.
Os primeiros antipsicóticos foram descobertos na década de 50. A clorpomazina (Amplictil), o primeiro deles, era utilizada como antiemético e sedativo e teve seu efeito antipsicótico descoberto por acaso quando foi usado em pacientes psiquiátricos. A sua eficácia representou uma revolução na maneira de tratar os doentes mentais, recebendo a alcunha de “esvaziadora de hospícios”, pois contribuiu para a desinternação de milhares de pacientes. Logo depois vieram outras substâncias, como o haloperidol (Haldol). Os antipsicóticos mais antigos são conhecidos como típicos ou de primeira geração, possuem uma alta afinidade por receptores de dopamina e são muito eficazes no combate à psicose.
Entretanto, a ocorrência de efeitos colaterais duradouros (vulgarmente conhecidos como impregnação), principalmente do tipo parkinsoniano (tremores, rigidez, lentidão e apatia) e de discinesias tardias (distúrbios do movimento, contraturas musculares), fez com que pesquisadores se preocupassem em desenvolver substâncias tão eficazes quanto, porém melhor toleradas. Surgiram, então, os antipsicóticos de segunda geração ou atípicos.
O primeiro deles foi a clozapina (Leponex), seguido da risperidona (Risperdal) e da olanzapina (Zyprexa). Eles se diferenciam dos mais antigos por possuírem também efeito sobre receptores de serotonina e por um bloqueio mais balanceado dos receptores de dopamina, o que contribui para uma menor incidência de efeitos parkinsonianos. Também são eficazes no tratamento das psicoses, com ação superior aos típicos nos sintomas negativos e cognitivos da esquizofrenia.




Reabilitação

Os antipsicóticos possuem eficácia inquestionável nas fases agudas da esquizofrenia, reduziram drasticamente as internações psiquiátricas e permitiram a convivência dos pacientes na sociedade e junto às suas famílias. Contudo, os sintomas negativos e cognitivos, obstáculos para que muitos possam viver uma vida produtiva e independente, mudaram pouco com os medicamentos atuais.
O tratamento psicossocial, também conhecido como reabilitação psicossocial, procura melhorar esses sintomas e resgatar a autonomia, a individualidade e a capacidade de socialização e relacionamento dessas pessoas, através de oficinas terapêuticas que misturam arte, leitura, trabalhos manuais, música, dança, teatro, atividades físicas, reflexões e debates sobre a doença. O programa deve ser individualizado, levando-se em conta o potencial e as limitações de cada um. O treinamento de habilidades específicas ou o aprendizado de um ofício também pode e deve ser estimulado, visando uma atividade produtiva ou mesmo um trabalho no futuro.
No Brasil, esse tratamento é oferecido no serviço público pelos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e hospitais-dia de centros e hospitais psiquiátricos. Na iniciativa privada também existem clínicas especializadas na reabilitação de pacientes psiquiátricos e alguns planos de saúde já cobrem este tipo de tratamento.
O paciente freqüenta o serviço de 2ª a 6ª feira (ou em alguns dias da semana), geralmente entre as 9 e 17 horas, regressando para sua casa ao final do dia. A freqüência e horário podem ser combinados previamente com a equipe técnica. Esse dispositivo de tratamento vem contribuindo para a redução das internações psiquiátricas e dos índices de recaída, já que é possível identificar mais precocemente sintomas agudos e tratar a crise sem a necessidade de internação hospitalar.
A psicoterapia pode ser oferecida em conjunto com o tratamento psicossocial ou isoladamente. É um espaço para o paciente falar de suas angústias e dificuldades e buscar apoio e coragem para enfrentar os desafios. Pode ajudar a melhorar a auto-estima, a aceitar e compreender melhor sua doença, bem como a monitorar seus próprios sintomas. Ela pode ser individual ou em grupo. No grupo, o paciente ouve o relato de outras pessoas que passaram por problemas semelhantes, relativizando suas experiências. As técnicas psicoterápicas mais utilizadas são a psicodinâmica (psicanálise) e a cognitivo-comportamental.
Uma abordagem mais nova de reabilitação é a que utiliza jogos e tarefas que estimulam funções cognitivas, como memória, atenção, capacidade executiva e de planejamento (reabilitação cognitiva). Ela visa aperfeiçoar funções acometidas pela esquizofrenia e melhorar o desempenho cognitivo global dos pacientes. Pode utilizar técnicas cognitivo-comportamentais para treinar situações cotidianas, como, por exemplo, ir ao supermercado fazer compras. Ajuda o paciente a avaliar e monitorar seu próprio comportamento e desempenho em tarefas do dia-a- dia.




Internação

A esquizofrenia já foi caracterizada como a doença com maior percentual de ocupação de leitos hospitalares no mundo, ganhando das doenças cardiovasculares, segunda colocada. Desde o advento dos antipsicóticos, a partir dos anos 50, essa realidade vem mudando: milhares de pacientes deixaram os hospitais e retornaram ao convívio de suas famílias ou passaram a contar com outros recursos de moradia dentro de sua comunidade. A psiquiatria e, em particular a esquizofrenia, passaram a ser tratadas ambulatorialmente.
A internação continua sendo hoje necessária em alguns casos, mas a grande maioria não precisa dela para seu tratamento. Internações prolongadas, como as que eram praticadas antigamente, em que o paciente ficava por meses ou anos internado, mostraram ser prejudiciais a longo prazo para a doença e seus portadores. A falta de estímulos para uma vida produtiva, a rotina manicomial, o distanciamento da família, a escassez de relações afetivas, enfim, o isolamento da sociedade e do mundo, tornavam os pacientes mais retraídos e apáticos, permitindo que os sintomas negativos da esquizofrenia se cronificassem. O retorno ao lar ficava mais difícil à medida que o tempo de internação se prolongava. Muitos pacientes relutavam em deixar os hospitais com medo da realidade distante que encontrariam lá fora.
A hospitalização é necessária quando se esgotam os recursos ambulatoriais para tratamento e quando o paciente oferece risco à sua vida ou à sua integridade. A internação visa garantir o início do tratamento, abrandar os sintomas mais agudos e as alterações de comportamento que estão colocando-o em risco. A duração da internação deve ser a menor necessária para que as suas motivações sejam controladas. A família deve estar presente a todo o momento para evitar que esse período signifique uma ruptura nas suas relações, já que, na maioria dos casos, a internação é cercada de conflitos de ambas as partes.
Foto: quadro do pintor Tony Robert-Fleury (1837-1912), retratando Philippe Pinel desacorrentando pacientes no Hospital de Salpetriere, em Paris. O ato de Pinel representou um marco na história da psiquiatria, quando loucos passaram a ser tratados como pacientes e não mais como vagabundos e marginalizados. Nascia a psiquiatria enquanto especialidade médica, a mais antiga das especialidades clínicas.




Eletrochoque

A eletroconvulsoterapia (ECT), popularmente conhecida como eletrochoque, é um tratamento antigo na psiquiatria, que antecede o arsenal farmacológico que hoje temos à disposição para tratar as doenças psiquiátricas. No passado era utilizada indiscriminadamente para vários transtornos, inclusive de forma errada, como medida punitiva para pacientes com mau comportamento. Isso fez com que o ECT fosse cercado de tabus que persistem até hoje. Outros tratamentos polêmicos, como a lobotomia e o choque insulínico já foram banidos da medicina, mas o eletrochoque permanece como uma alternativa de tratamento, inclusive para a esquizofrenia.
No Brasil, o ECT é regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina. Diferente das práticas antigas, o ECT de hoje só lembra o de antigamente pelo nome. É realizado de maneira criteriosa e com indicações precisas, em circunstâncias muito diferentes, que preservam o paciente e visam exclusivamente sua saúde.
Ele é aplicado sob anestesia, com o paciente monitorado clinicamente através de aparelhos que medem seus batimentos cardíacos, pressão arterial e saturação de oxigênio. Em geral são necessários de 6 a 12 sessões, que são realizadas em dias diferentes, geralmente alternados com um a dois dias de repouso. Através do estímulo elétrico, o ECT provoca uma liberação maciça de neurotransmissores no cérebro, o que melhora o quadro mental do paciente após algumas sessões. Abaixo as principais indicações:
  1. Ausência de resposta aos antipsicóticos diante da gravidade do quadro;
  2. Catatonia com riscos à saúde, por inanição, desidratação e outras complicações médicas;
  3. Risco grande de suicídio ou tentativas sucessivas;
  4. Gravidez, quando o quadro é grave e há restrições ao uso de antipsicóticos.
O ECT ainda é utilizado nos dias de hoje no mundo inteiro (com exceção de poucos países que o proibiram por questões políticas), por ser um tratamento eficaz e pouco arriscado. O principal efeito colateral é sobre a memória, podendo provocar amnésia durante o período do tratamento, mas com recuperação posteriormente.
QUAL O REMEDIO
Os antipsicóticos (ou neurolépticos) são medicamentos que combatem a psicose, indicados no tratamento da esquizofrenia. Eles agem diretamente no neurônio, bloqueando receptores de dopamina e impedindo que o excesso da substância, alteração química mais comum na doença, continue provocando os sintomas positivos e as alterações de comportamento.
Os mais antigos, desenvolvidos a partir da década de 50, são chamados de típicos ou de antipsicóticos de primeira geração, cujos mais conhecidos são o haloperidol (Haldol) e a clorpromazina (Amplictil). Eles podem ser subdivididos, de acordo com sua potência, em alta potência (alta afinidade por receptores de dopamina já em doses baixas) e baixa potência (baixa afinidade por receptores de dopamina, sendo necessário doses mais altas para o alcance terapêutico).
O haloperidol, por exemplo, é de alta potência, com doses terapêuticas que variam entre 1 e 20mg. Já a clorpromazina é considerada de baixa potência, com doses antipsicóticas geralmente acima de 200mg. O antipsicótico de baixa potência costuma ter um efeito sedativo maior do que o de alta potência, sendo eles comumente usados em conjunto para finalidades distintas (controle dos sintomas positivos + sedação, p.ex.).
A partir da década de 90 surgiram substâncias com ação mais equilibrada nos receptores de dopamina e efeito adicional sobre receptores de serotonina. Elas foram classificadas como antipsicóticos de segunda geração ou atípicos. A clozapina (Leponex) foi a primeira a ser descoberta, seguida pela risperidona (Risperdal) e a olanzapina (Zyprexa). Outras substâncias com o mesmo perfil foram desenvolvidas. Veja abaixo a tabela de antipsicóticos disponíveis no Brasil:
→ Aqui entra tabela de antipsicóticos



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ClasseSubstânciaNome ComercialApresentações
(via de administração)
Primeira Geração - Baixa PotênciaClorpromazinaAmplictil ®
Longactil
Genérico
Comp. 25 e 100mg (oral)
Gotas 1mg/gt (oral)
Ampolas 25mg (injetável)
LevomepromazinaNeozine ®
Levozine
Comp. 25 e 100mg (oral)
Gotas 1mg/gt (oral)
PericiazinaNeuleptil ®Comp. 10mg (oral)
Gotas 0,25mg/gt (oral)
TioridazinaMelleril ®Comp. 25, 50, 100 e 200mg (oral), Líquido 30mg/ml com dosador em mg (oral)
Primeira Geração - Alta PotênciaHaloperidolHaldol ®
Haldol decanoato
Halo
Genérico
Comp. 1 e 5mg (oral)
Gotas 0,1mg/gt
Ampola 5mg (injetável)
Depot (Haldol Decanoato) – ampola 50mg (IM)
FlufenazinaFlufenan ®Comp. 5 mg (oral)
Depot (Flufenan Depot) – ampola 25mg (IM)
PimozidaOrap ®Comp. 1 e 4 mg (oral)
TrifluoperazinaStelazine ®Comp. 2 e 5mg (oral)
SulpiridaDogmatil ®
Equilid
Comp. 50 e 200mg (oral)
Gotas 1mg/gt
PipotiazinaPiportil L4 ®Depot – ampola 100mg (4ml), ampola 25mg (1ml)
ZuclopentixolClopixol ®Comp. 10 e 25mg (oral)
Acuphase – ampola 50mg (injetável), Depot – ampola 200mg (IM)
PenfluridolSemap ®Comp. 20mg (oral – 1x por semana)
Segunda GeraçãoRisperidonaRisperdal ®
Risperdal-Consta
Zargus
Risperidon
Respidon
Genérico
Comp. 1, 2, 3 e 4 mg (oral)
Líquido 1mg/ml com dosador ® (oral), Depot (Risperdal Consta®) – ampola 25mg (IM)
OlanzapinaZyprexa ®
Zyprexa-Zydis
Zyprexa IM
Comp. 2,5 – 5 – 10mg (oral)
Comp. orodispersíveis (Zyprexa-Zydis) 5 e 10mg (oral)
Ampola 10mg (IM)
QuetiapinaSeroquel ®
Seroquel XRO ®
Comp. 25, 100 e 200mg (oral)
Comp. 50, 200 e 300mg (oral)
ZiprasidonaGeodon ®
Geodon IM
Cáps. 40 e 80mg (oral)
Ampola 20mg (IM)
AripiprazolAbilify ®Comp. 10, 15, 20 e 30mg (oral)
AmissulpridaSocian ®Comp. 50 e 200mg (oral)
ClozapinaLeponex ®Comp. 25 e 100mg (oral)
PaliperidonaInvega ®Comp. 3, 6 e 9mg (oral)
Os de segunda geração são mais eficientes do que os de primeira geração em alguns aspectos: causam menos efeitos de impregnação (tipo parkinsoniano, distonias e discinesias), são mais eficazes no combate aos sintomas negativos e cognitivos e têm uma ação complementar sobre o humor (ação antidepressiva e estabilizadora do humor).
Os antipsicóticos diferem também quanto à sua via de administração. A maioria é por via oral (comprimidos, cápsulas, líquido, comprimidos orodispersíveis, comprimidos de liberação controlada), mas existem formas injetáveis de absorção rápida (para pacientes agitados) e de absorção lenta ou “depot” (de depósito, para pacientes que se recusam a ingerir medicamentos). Os antipsicóticos de depósito são administrados por via intramuscular em intervalos que variam de 14 a 28 dias, dependendo da substância.
O efeito terapêutico completo dos antipsicóticos, seja qual for a via de administração, é geralmente lento e pode demorar de 4 a 8 semanas. Contudo, alguma melhora dos sintomas pode ser notada ainda na primeira semana de tratamento. O tempo total de uso da medicação deve ser determinado pelo médico, de acordo com as particularidades de cada caso (tempo de doença, número de recaídas, gravidade do caso), sendo normalmente de 1 a 5 anos ou por tempo indeterminado.
Mesmo que o paciente apresente a remissão completa dos sintomas em poucos meses de tratamento, a medicação deve ser mantida por um período chamado de tratamento de manutenção, a fim de se evitar recaídas e de se alcançar efeitos mais duradouros sobre o comportamento e a cognição.

Efeitos Colaterais

Antes de prosseguir, leia atentamente os alertas a seguir:  
Cada antipsicótico possui um conjunto diferente de efeitos colaterais. Alguns efeitos ocorrem mais no início, desaparecendo à medida que o organismo vai se adaptando ao medicamento;
  • Em caso de efeito colateral, a medicação não deve ser interrompida por conta própria. Entre em contato com o médico e busque uma orientação. A suspensão abrupta do medicamento pode acarretar problemas muito mais graves à saúde, como a piora rápida do quadro psicótico;
  • Os antipsicóticos são medicações seguras. A tolerabilidade é boa e os benefícios do tratamento são muito superiores ao risco de efeitos colaterais;
  • Antipsicóticos não causam dependência física ou psicológica, como muitos acreditam;
  • Abordamos aqui os efeitos colaterais mais importantes, sem discriminar a substância mais responsável por este ou aquele efeito. É uma prerrogativa do médico diagnosticar e tratar os efeitos colaterais dos medicamentos que prescreve. O familiar e o portador devem esclarecer suas dúvidas e consultar o médico sempre que necessário antes de tomar qualquer atitude.
1. Efeitos Neurológicos
  • Tremores
  • Rigidez muscular
  • Contrações musculares involuntárias (semelhantes a câimbras)
  • Inquietação
  • Ansiedade
  • Dificuldade de ficar parado muito tempo
  • Ficar marchando
  • Lentidão
  • Aumento da salivação
  • Síndrome neuroléptica: quadro raro caracterizado por febre (40ºC), rigidez muscular, variação da pressão arterial, taquicardia, sudorese, palidez, confusão mental, desorientação. O paciente deve ser levado imediatamente ao médico.
2. Efeitos Cardiovasculares
  • Redução da pressão arterial ou hipotensão postural (quando o paciente se levanta)
  • Taquicardia
  • Bradicardia
  • Distúrbios da condução cardíaca em pacientes com predisposição a arritmias (raro)
  • 3. Alterações visuais
    Visão embaçada
  • Cuidado com pacientes que tenham glaucoma
4. Alterações cutâneas
Reações cutâneas, como rash cutâneo (manchas ou pápulas avermelhadas pelo corpo)
  • Sensibilidade à luz solar (uso de fotoprotetor)
  • 5. Aumento do colesterol
  • Aumento de LDL e triglicerídeos
6. Ganho de peso

7. Alterações hormonais
  • Aumento da prolactina, que pode causar entumescimento da glândula mamária nas mulheres com saída de leite
  • Alterações menstruais
  • Redução de libido
8. Hiperglicemia e Diabetes (raros)
  • Aumento da glicose no sangue
  • Diabetes em pessoas predispostas (mais raro)
9. Efeitos Hematológicos (raros)
  • Diminuição de glóbulos brancos (agranulocitose)
  • Redução de plaquetas

  • 10. Efeitos Hepáticos
  • Aumento transitório de transaminases (enzimas do fígado conhecidas pela sigla TGO e TGP) 
  • 11. Efeitos Gastrintestinais
  • Boca seca
    Náuseas
    Vômitos
    Diarréia Prisão de ventre

    12) Efeitos Urogenitais
    Retenção urinária

  • PROTEGENDO DAS RECAIDAS
A pessoa acometida pela esquizofrenia tem uma maior vulnerabilidade ao estresse, ou seja, é menos tolerante e reage mal quando em situações de sobrecarga emocional, que requeiram maior equilíbrio mental. Isso explica, por exemplo, porque um ambiente familiar negativo pode ser tão danoso à estabilidade ou porque muitos pacientes entram em crise em momentos de perigo, trauma ou estresse.
Essa dificuldade está relacionada à capacidade individual de processar informações do meio e de planejar saídas ou soluções para uma determinada situação. A sensação de estar perdido ou paralisado diante de algo provoca uma reação que desestabiliza a pessoa e a torna ainda mais vulnerável ao ambiente, gerando medo, desconfiança e deixando-a em estado de alerta.
A contrapartida comportamental disso é um maior isolamento, retraimento emocional, necessidade de estar atento a tudo, menor necessidade de sono e avaliações deturpadas da realidade, características que antecedem a crise. Identificar esses sintomas é essencial para uma intervenção precoce, evitando-se um novo surto da doença.
Da mesma forma, zelar pelo ambiente do paciente, reduzindo o estresse e fatores que possam gerar instabilidade, é fundamental na prevenção de recaídas. Sabemos que nem todos os fatores podem ser controlados, que fatalidades ocorrem e que a crise muitas vezes chega sem aviso prévio. Porém, é possível controlar alguns fatores de proteção e evitar outros de vulnerabilidade, fazendo a nossa parte pela estabilidade da doença.



            COMO PROTEGER?


Existem fatores que foram relacionados pelos pesquisadores a uma maior chance de recaída e outros que conferem proteção à pessoa vulnerável a novas crises de esquizofrenia. O equilíbrio entre esses fatores deve tender para o lado da proteção para que o indivíduo mantenha-se estabilizado.
Os principais fatores de proteção contra recaídas são:
  • Todas as formas de tratamento: médico, psicoterápico, psicossocial e de família.
  • Tolerância pessoal ao estresse.
  • Ambiente social e familiar em harmonia.
  • Os fatores de risco para a recaída são:
  • A própria doença: gravidade das alterações neuroquímicas (níveis de dopamina), intensidade dos sintomas, disfunção cognitiva e dificuldade de processamento das informações do ambiente.
    Personalidade difícil.
  • Ambiente social e familiar estressante ou superestimulante.
  • Eventos de vida traumáticos ou estressantes.
Os fatores de proteção devem ser maiores do que os de risco para que a doença permaneça estabilizada. Todos os fatores de proteção podem ser aperfeiçoados com o tratamento: a tolerância pessoal pode ser reforçada através da psicoterapia e dos medicamentos; o ambiente social pode ser readequado através do tratamento psicossocial e de família, levando-se em conta as potencialidades e fragilidades de cada um; o ambiente familiar pode melhorar com a orientação ou terapia de família.
Já entre os fatores de risco, apenas o ambiente social e familiar são passíveis de mudança. As características da própria doença, como os níveis de dopamina, a gravidade dos sintomas e da disfunção cognitiva podem não ser completamente neutralizados com os tratamentos. Por isso existem pacientes mais graves e que respondem pior ao tratamento do que outros. A personalidade é mais resistente à psicoterapia e pacientes mais difíceis não aderem bem a esse tratamento. Eventos de vida traumáticos, como catástrofes, acidentes ou morte de algum familiar também não podem ser controlados.
Portanto, o enfoque no tratamento médico, psicoterápico, psicossocial e de família são os recursos hoje disponíveis, que podem manter o paciente bem por longo tempo, ajudando na sua recuperação e na superação dos obstáculos.

                ATIVIDADES DIÁRIAS

Uma das maiores preocupações da família e do paciente com o tratamento é qual será o grau de autonomia que ele conseguirá alcançar com a recuperação de sua doença. Muitos trabalhavam, estudavam e tinham outras atividades regulares antes de adoecerem. A primeira crise representou, para a maioria, uma ruptura neste processo. Os familiares temem que os sintomas mais duradouros da esquizofrenia interfiram com a capacidade de planejamento e realização, dificultando a retomada de uma vida produtiva. Isso inclui, além do trabalho e dos estudos, os relacionamentos afetivos e sociais, a capacidade de manter o tratamento e de equilibrar-se para uma vida saudável, almejando maior independência social, emocional e financeira.
Abordamos os sintomas mais persistentes da esquizofrenia, como os cognitivos e os negativos, que ocorrem em grau variado de intensidade na maioria dos pacientes. Esses sintomas costumam interferir mais na autonomia do que os sintomas positivos. Os tratamentos precisam ser planejados, levando-se em conta o quadro clínico e as limitações de cada um, com metas de curto, médio e longo prazo, que precisarão ser reavaliadas à medida que o paciente avança em seus objetivos. O grau de autonomia a ser alcançado depende também da estabilidade da doença (prevenção de recaídas) e da qualidade do meio em que o paciente vive (menor sobrecarga e estresse).
O trabalho deve ter num primeiro momento um propósito ocupacional. O paciente deve ser estimulado dentro de suas potencialidades, com o cuidado de se evitar a superestimulação ou a sobrecarga de responsabilidades e demandas que possam desestruturá-lo. Ele pode ser gradativamente encorajado a assumir novas responsabilidades à medida que se mostrar mais seguro e confortável em sua função. A equipe terapêutica pode ajudar nesta orientação.
Alguns podem necessitar de um trabalho assistido, ou seja, sob supervisão de alguém que possa assumir responsabilidades que o paciente demonstra não suportar. Esta proteção visa evitar que o trabalho se transforme num potencial risco de recaída, por exceder as capacidades de enfrentamento por parte do paciente, gerando mais angústia e estresse.
Não é nenhum demérito se o paciente precisar assumir uma função com grau menor de complexidade do que a que vinha exercendo antes de seu adoecimento. O processo de reabilitação deve focar no melhor desfecho de longo prazo, sem abrir mão da estabilidade da doença, componente fundamental.




Relacionamentos

Um aspecto importante para a autonomia dos portadores de esquizofrenia é a capacidade de se relacionarem com outras pessoas, ampliando assim seu ciclo social. A timidez, a introspecção, o isolamento e a inibição social que alguns apresentam dificultam a formação de novas amizades e de relacionamentos afetivos, que poderiam ajudar no resgate da motivação e do prazer para novas atividades. É comum a constatação por familiares e portadores de que a falta de companhia é muitas vezes o motivo para a ociosidade.
Outro ponto comum entre os familiares é que os modos e a capacidade do paciente avaliar seu comportamento em situações sociais geram, muitas vezes, constrangimento para si próprio. Alguns relutam em freqüentar determinados ambientes e em outros as famílias têm resistência a levá-los, por temer que o comportamento não será adequado.
O aprendizado social, ou seja, o treinamento e a exposição a situações e ambientes sociais devem fazer parte do processo de reabilitação. A privação social, seja qual for a razão alegada, só contribui para que antigos hábitos permaneçam disfuncionais e para que novas habilidades não sejam incorporadas para moldar melhor o comportamento.
O tratamento psicossocial e a psicoterapia podem oferecer ferramentas para ampliar relacionamentos e para aperfeiçoar o comportamento social, ajudando o paciente a ter uma melhor autocrítica e a monitorar (e corrigir) seus próprios hábitos e atitudes. Entretanto, a família não deve se furtar a levar o paciente aos eventos sociais, ajudando-o no treinamento contínuo desse aprendizado e resgatando o prazer da convivência em comunidade.

Lazer

O lazer é tão importante quanto às demais atividades rotineiras do paciente. Alguns incorrem no erro de julgar atividades ocupacionais, que não o trabalho, como lazer. Aula de artes, atividades físicas, oficinas lúdicas, terapias, enfim, a maior parte das atividades propostas aos pacientes tem caráter terapêutico. Embora possam ser prazerosas, não substituem os momentos de lazer.
Lazer são atividades espontâneas e voltadas ao entretenimento e prazer, que ajudam a descarregar tensões, que trazem relaxamento e bem estar e que, se possível (e é desejável que assim o seja), reúnam pessoas amigas e queridas.
Apesar da reabilitação psicossocial incluir atividades com este propósito, é recomendável que elas também aconteçam em outros ambientes, como o familiar. A família precisa de momentos de congraçamento e prazer, para estreitar seus laços afetivos e aproximar as histórias de vida das pessoas. Manter um momento desses, ao mínimo algumas horas uma vez por semana, para ir ao cinema ou a um restaurante, ou mesmo a um piquenique no parque, pode ajudar a melhorar os relacionamentos.

Finalmente uma gota de Trabalho Sério, dentro de um oceano de inoperancia. Fui até ele. Uma vez que onde estou, me disseram para pedir advogadono CRAS. E eu fui. Claro que fui à audiencia SEM advogado,uma vez que a assistente social do Municipio, estava "ocupada" quando liguei, e disse que me retornaria. Claro que isso nao aconteceu. E fui para o TC sem advogado. E hoje ligando para o CRAS para dar o feedback, ouvi que a Assistente Social viajou. Lembrei a quem me atendeu, que o FERIADO COMEÇA AMANHA E SE ESTENDE ATÉ TERÇA. Bem que ela poderia ter bom senso... e deveriamos nos respeitar mais. Só um pouquinho já deixaria este país menos pior. Pq bom, eu realmente não sei se um dia ficará. Mediano já daria para encarar. Ai resolvi buscar uma gravação junto ao CRAS. E vejamos o que acontece quando a gente se agacha demais. e para quem achar ruim, ainda tem a gravaçao da própria audiencia realizada dia 9. Valha me Deus.. by Deise

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Depois de ouvir isso, que é o que ocorre em SC, fui buscar ajuda na esfera Federal.
O que me apavora não é os gritos dos maus. Mas o silencio dos bons.
      
De:João Vicente P. Panitz (joao.panitz@dpu.gov.br)
Enviada:quarta-feira, 9 de novembro de 2011 00:21:59
Para: docevinganza@hotmail.com (docevinganza@hotmail.com)


Cara Assistida Deise,

Segue a redução a termo do atendimento realizado pelo telefone, por este Defensor, no dia 08 de novembro de 2011 a partir das 18hs e 30 min.
O Procedimento foi distribuído para Exma. Defensora Pública Federal Dra. Vanessa Almeida Moreira Barossi.
Adianto que se trata de caso de competência da Justiça Estadual, para o qual a Defensoria Pública da União não tem atribuição legal de atuar (art. 20, Lei Complementar nº 80/94).
De qualquer forma, em regime de urgência uma vez que há audiência aprazada para amanhã (09/11/2011) as 9hs, e mesmo considerando o fato de que o atendimento pelo telefone limita em muito a cognição do caso, oriento Vossa Senhoria a buscar assistência de um advogado dativo junto à Ordem dos Advogados do Brasil de Santa Catarina, na subseção do muncipio.

É indispensável o comparecimento ao ato judicial acompanhada de advogado.
A Defensoria Pública da União segue à disposição de Vossa Senhoria.

Cordialmente,

João Vicente Pandolfo Panitz
Defensor Público Federal
 

E não é?????




Será que alguém se salva, ou é apenas "marketingui". Esperemos para ver. Há coisas fazemos e sabemos que chegará a algum lugar. Outras, é apenas faz de conta. Na politica, fingir que faz alguma coisa já é praxe. E no Judiciário a coisa não anda lá estas coisas...Como o Juiz de primeira instancia, que pode dar um Nao, sabendo que o TJ no recurso dará um SIM. Pois depende tudo da fundamentação. E ai o Juiz passa por bonzinho, e os desembargadores por ruinzinho. É esperar para ver... Afinal, nem tudo que reluz é ouro. E nem devemos acreditar, em tudo que vemos. Principamente papéis. Infelizmente, o coitado do papel, se obriga a aceitar qualquer coisa. by Deise

by Cangablog


Jailson vai ao STF denunciar marajás

 do MP do Tribunal de Contas de SC




Nesta quarta-feira (9), o deputado estadual Jailson Lima esteve em Brasília para protocolar uma denúncia no Supremo Tribunal Federal. O teor do documento se referia à autonomia do Ministério Público que é vinculado ao Tribunal de Contas do Estado. Outros estados já haviam recorrido a Suprema Corte para denunciar a autonomia do órgão, cuja jurisprudência serviu como base para protocolar a denúncia do órgão catarinense na Capital Federal.

O deputado Jailson já havia solicitado por meio de Pedidos de Informação o resultado da auditoria realizada no próprio Ministério Público, no entanto não obteve resposta. ''Solicitamos por meio de documento oficial e mesmo assim não recebemos a lista de cargos, funções e salários dos servidores deste que não é um Ministério e sim um Mistério Público do Tribunal de Contas'', comentou o parlamentar.

Denúncias publicadas na imprensa revelam que um procurador do órgão recebeu salário no valor de 78 mil reais, excedendo expressivamente o teto Constitucional, que é de R$ 25 mil. ''Após a revelação tomamos as providências para averiguar o caso, mas ainda assim não obtivemos respostas. Vamos aguardar os desdobramentos na questão destes supersalários, mas viemos ao STF questionar a autonomia do órgão'', concluiu o parlamentar.


Luiz Hames Assessor de Imprensa
  Jornalista

Meu Tarot de 11/11/11‏. Claro que o louco nao poderia faltar.... novas... Quanto ao afetivo, esta tudo bem obrigada. Nao ha necessidade de surpresa alguma. O tradicional está mais do que otimo. Nem de surpresas mais eu gosto, Se tudo corre a meu favor na familia, fico gratissima. Mas testar ainda mais minha "loucura"... fala sério meu...by Deise

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Tenho certeza disso.

Nós, mulheres, somos Anjos...
E quando alguém, por maldade,
quebra nossas asas,
Nós continuamos a voar...
 de Vassouras !
Porque somos FLEX !!!

VOCE SABIA????

by Deise

Que Santa Catarina é o único estado
 do BRASIL,
que NAO POSSUI DEFENSORIA PÚBLICA??????????????????????

AGORA JA SABEM.

Onde vamos com esta informação?
LITERALMENTE À  LUGAR ALGUM

OU QUEM PRECISAR JA SABE:
TA FERRADO!!!!!!

Recebi de um pessoa que desejo um bem danado. Como uma irmã de lutas¨& vitórias. Mesmos as menorzinhas.... Nos conhecemos de maneira muito estranha. Para mim é claro. São um destes anjos, que Deus quando está muito atarefado, coloca no caminho da gente...

Pode Se Achar !!!

"Se alguém lhe fechar a porta, não gaste energia com o confronto, procure as janelas.
Lembre-se da sabedoria da água:
a água nunca discute com seus obstáculos, mas os contorna."
Querido Deus,
a pessoa que está lendo isso, é bonita, forte e eu a adoro.
 Ajude-a a viver a vida dela ao máximo.
Por favor, promova-a e faça-a superar todas as expectativas. Ajude-a a brilhar nos lugares mais obscuros onde é impossível amar.
Proteja-a o tempo todo e erga-a quando ela mais precisar de ti, fazendo-a saber que caminhando contigo, Ela estará sempre segura".

Agora, você já está na contagem!!!!
Em 9 minutos, algo vai te fazer feliz.
 Mas você tem que dizer a outros 9 amigos que você os ama, inclusive eu.
Vai lá... coragem....  EU AMO VOCES!

p.s. não mande somente para 9 pessoas e sim para todos q você acredita merecer ler isso. 
Aqui acredito  que mais de 9 pessoas lerão...

“Pelos caminhos que ando, um dia vai ser, só não sei quando”. Paulo Leminski

by MM

DIARIAS COMPLICADAS
 
 Quem conta a história abaixo sobre diárias que não foram gastas numa viagem de servidores do Ministério do Esporte a Barcelona é o jornalista Paulo Henrique Amorim em seu blog www.conversaafiada.com.br,
 bastando digitar Magic Paula na área de busca.
 
Vamos a ela: “Magic Paula (a estrela brasileira do basquete) foi convidada para ser uma das secretárias do Ministério do Esporte, na gestão Agnelo Queiroz (hoje governador de Brasília).
 Orlando Silva era secretário também e cuidava da parte de Educação e Esportes. Magic Paula, de Esporte Olímpico.
 Magic Paula pediu a conta rápido. Aliás, pediu a conta por causa de uma prestação de contas.
Ela foi a Barcelona numa missão oficial, na companhia do ministro Queiroz. Na hora de pagar a conta do hotel, soube que alguém muito poderoso, ligado ao esporte, tinha pago por ela.
Ao chegar a Brasília, já saturada de tantas irregularidades, resolveu usar a conta do hotel para pedir a conta.
 Perguntou como fazia para devolver as diárias.
 Foi um Deus nos acuda!
Devolver as diárias, onde já se viu uma coisa dessas? Se ela devolvia, os outros, também objeto da gentileza, tinham que devolver.
 Magic Paula foi embora do Ministério.
 E deu uma entrevista a este ansioso blogueiro (Paulo Henrique Amorim) no programa “Edição de Notícias”, da TV Record. Ali, ela contou também que recebeu a incumbência de promover um evento de esporte amador em Manaus.
 Havia em cima da mesa do ministro uma oferta de produzir o evento por R$ 7 milhões. Proposta de alguém muito poderoso, ligado ao esporte. Magic Paula pediu tempo e correu atrás de patrocínios.
Voltou ao Ministério com uma alternativa: conseguiria realizar o evento por R$ 2 milhões.
 Uma pena! A proposta de R$ 7 milhões era irrecusável!
 Quem são esses poderosos que rondam o Ministério do Esporte? Quantos poderosos sentaram na praça no Ministério do Esporte na véspera da Copa e das Olimpíadas?
 Magic Paula, depois que saiu do Ministério, jamais voltou a ser entrevistada na Globo.
 Logo na Globo, onde Armando Nogueira sobre ela e Hortência escreveu textos memoráveis.
Pois é, amigo navegante, bem que a Polícia Federal poderia ter uma conversinha com a minha colega Magic Paula, que está aqui em Guadalajara, e recuperou para este ansioso blogueiro o nome deste poderoso dirigente, tão querido no Ministério.
Quem será?
 Por que a Globo o protege?”

Este é meu Clube. Porque são Sal Da Terra. by Deise


by MM

Repasso abaixo o e-mail que recebi cujo conteúdo é grave.Temos o total conhecimento que essa matéria não é nenhuma novidade, mas, como é difícil corrigir esse tipo de atitude. Essa é a democracia que vivemos em nosso Brasil. Um forte abraço e um bom final de semana,
Carlos Alberto




 
Juiz critica monopólios na mídia e aponta manipulação em cobertura da RBS
O presidente da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris), João Ricardo dos Santos Costa, criticou a cobertura que o jornal Zero Hora fez de um seminário sobre liberdade de imprensa e Poder Judiciário, em Porto Alegre. A matéria sobre o evento omitiu a parte do debate relacionada aos monopólios de comunicação. “Esse é um caso paradigmático: em um evento promovido para discutir a liberdade de imprensa, a própria imprensa comete um atentado à liberdade de imprensa ao omitir um dos principais temas do evento", diz o juiz em entrevista à Carta Maior.
Marco Aurélio Weissheimer
No dia 21 outubro, a Associação Nacional dos Jornais (ANJ) e a Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris) promoveram, em Porto Alegre, um seminário para discutir liberdade de imprensa e Poder Judiciário. O convite para o encontro partiu da ANJ que já promoveu um debate similar junto ao Supremo Tribunal Federal (Ver artigo de Venício Lima, Direito à comunicação: o “Fórum” e a “Ciranda”).
 Os interesses temáticos envolvidos no debate não eram exatamente os mesmos. Enquanto que a ANJ e as suas empresas afiliadas estavam mais interessadas em debater a liberdade de imprensa contra ideias de regulação e limite, a Ajuris queria debater também outros temas, como a ameaça que os monopólios de comunicação representam para a liberdade de imprensa e de expressão.

O jornal Zero Hora, do Grupo RBS (e filiado a ANJ) publicou no sábado (24/10/2011) uma matéria de uma página sobre o encontro. Intitulada “A defesa do direito de informar”, a matéria destacou as falas favoráveis à agenda da ANJ – como as da presidente da associação, Judith Brito, e do vice-presidente Institucional e Jurídico da RBS, Paulo Tonet – e omitiu a parte do debate que tratou do tema dos monopólios de comunicação.
 Na mesma edição, o jornal publicou um editorial furioso contra o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, acusando-o de querer censurar o jornalismo investigativo (Ver matéria:
Tarso rechaça editorial da RBS e diz que empresa manipulou conteúdo de conferência).

 No mesmo editorial, o jornal Zero Hora apresentou-se como porta-voz da “imprensa livre e independente” e afirmou que “a credibilidade é a sua principal credencial”.
Agora, dois dias depois de o governador gaúcho acusar a RBS de ter manipulado o conteúdo de uma conferência que proferiu no Ministério Público do RS, omitindo uma parte que não interessava à construção da tese sobre a “censura ao jornalismo investigativo”, mais uma autoridade, desta vez o presidente da Ajuris,

 João Ricardo dos Santos Costa, vem a público criticar uma cobertura da RBS, neste caso, sobre o evento promovido em conjunto com a ANJ.
 A omissão da parte do debate relacionada ao tema do monopólio incomodou o presidente da Associação de Juízes.

“Esse é um caso paradigmático: em um evento promovido para discutir a liberdade de imprensa, a própria imprensa comete um atentado à liberdade de imprensa ao omitir um dos principais temas do evento que era a discussão sobre os monopólios de comunicação”,
disse João Ricardo dos Santos Costa em entrevista à Carta Maior.
Na entrevista, o presidente da Ajuris defende, citando Chomsky, que “o maior obstáculo à liberdade de imprensa e de expressão são os monopólios das empresas de comunicação”. A “credibilidade” reivindicada pela RBS no editorial citado não suporta, aparentemente, apresentar a voz de quem pensa diferente dela. “O comportamento do jornal em questão ao veicular a notícia suprimindo um dos temas mais importantes do debate, que é a questão dos monopólios, mostra justamente a necessidade daquilo que estamos defendendo”, destaca o magistrado.
Carta Maior: Qual foi o objetivo do seminário sobre Liberdade de Imprensa e Poder Judiciário e quais foram os principais temas debatidos no encontro realizado dia 21 de outubro em Porto Alegre?

João Ricardo dos Santos Costa: A Ajuris foi procurada pela Associação Nacional de Jornais (ANJ) para promover um evento com o objetivo de debater liberdade de imprensa e o Poder Judiciário. A relação se justifica pelo grande número de questões que chegam ao Judiciário envolvendo a atividade jornalística. Essas questões envolvem, muitas vezes, decisões que limitam a divulgação de certas matérias. Pois bem, fomos procurados para fazer esse debate que gira em torno de dois valores constitucionais: a liberdade de expressão e a independência do Judiciário. Para alguns haveria um aparente conflito entre esses dois princípios. Nós nos dispomos, então, a construir por meio do debate o que significa a convivência desses dois valores em sociedade democrática. Esse foi o grande desafio que esse evento pretendia enfrentar.
Há duas posições veementes neste debate. De um lado há aqueles que não admitem nenhum tipo de cerceamento à informação; de outro, há aqueles que não admitem qualquer tipo de restrição ao trabalho do Judiciário. Do ponto de vista constitucional, cabe ao Judiciário solucionar todos os conflitos, inclusive os que envolvem a imprensa. A imprensa não está fora das regulações judiciais. Há um embate muito forte entre essas duas posições. Se, de um lado, a ANJ buscou explorar o tema da liberdade de imprensa sob a ótica da atividade judicial, nós buscamos fazer um debate sobre a questão constitucional da liberdade de imprensa, no que diz respeito à distribuição de concessões aos veículos de comunicação.

Carta Maior: Por que a Ajuris decidiu abordar o tema da liberdade de imprensa sob essa ótica?

João Ricardo dos Santos Costa: Chomsky tem dito que o maior obstáculo à liberdade de imprensa e de expressão são os monopólios das empresas de comunicação. Não só ele, aliás. Vários pensadores contemporâneos dizem a mesma coisa. Para nós, esse é o cerne da questão. Hoje não há pluralidade, não há apropriação social da informação. O que existe é o interesse econômico que prepondera. Os editoriais são muito mais voltados aos negócios. Hoje mesmo, o editorial de um jornal local [Zero Hora/RBS] expressa preocupação com a vitória de Cristina Kirchner na Argentina dizendo que seria um governo populista que teria explorado o luto [pela morte de Néstor Kirchner] para se reeleger.Há toda uma preocupação sobre o que representa esse governo para os negócios das empresas de comunicação, em especial no que diz respeito ao conflito entre o governo argentino e o grupo Clarín. A sociedade brasileira só tem conhecimento do lado da empresa de comunicação. A visão do governo argentino sobre esse tema nunca foi exposta aqui no Brasil.
E aí vem uma questão fundamental relacionada à liberdade de imprensa. O problema não é o que os meios de comunicação veiculam, mas sim o que omitem. Esse é o grande problema a ser superado.


Carta Maior: E esse tema foi debatido no seminário?

João Ricardo dos Santos Costa: No nosso evento, eu lembro de uma fala do deputado Miro Teixeira. Ele disse que a história da censura envolve o cerceamento de grandes pensadores da humanidade, como Descartes, Locke, Maquiavel, Montesquieu, entre outros. Citou isso para exemplificar os danos sociais dessa censura. Mas hoje o que nós observamos é que os grandes pensadores contemporâneos são cerceados não pelos censores que existiam antigamente, mas pelos próprios detentores dos meios de comunicação. Os grandes meios de comunicação não veiculam, não debatem hoje os grandes pensadores da humanidade. Nomes como Amartya Sen, Noam Chomsky, Hobsbwan, entre outros, não têm suas ideias discutidas na mídia, não são procurados para se manifestar sobre as grandes questões sociais. Não são chamados pela grande mídia para dar sua opinião e o que acaba prevalecendo é o interesse do capital financeiro, que é aquele que não vai pagar a conta da crise.
Eu dou esse exemplo para demonstrar a gravidade do problema representado por esse monopólio, esse interesse econômico preponderante sobre o direito à informação. Esse interesse diz incessantemente para a sociedade que a única saída para superar a crise atual é por meio do sacrifício dos mais pobres e dos setores médios da população. Não se toca na questão do sacrifício do setor financeiro. Este setor não pode ter prejuízo. Quem vai ter prejuízo é a sociedade como um todo, mesmo que isso atinja direitos fundamentais das pessoas.
Então, esse debate sobre a democratização dos meios de comunicação é extremamente importante e deve começar a ser feito de forma transparente para que a sociedade se aproprie do que realmente está acontecendo e que possa ter autonomia em suas decisões e mesmo influenciar a classe política que hoje está entregue aos grandes financiadores de campanha que são os mesmos que fornecem a informação enlatada que estamos recebendo. Nós, da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul, estamos propondo esse debate para a sociedade.

Carta Maior: Esse debate que o senhor relatou não apareceu na cobertura midiática do encontro pelo grupo RBS, que participou do mesmo. O jornal Zero Hora dedicou uma página ao encontro, com uma matéria intitulada “A defesa do direito de informar”, sem fazer nenhuma menção a essa parte do debate envolvendo os temas do monopólio e da democratização dos meios de comunicação. Como é que a Ajuris, que propôs esse debate, recebe esse tipo de cobertura?

João Ricardo dos Santos Costa: O comportamento do jornal em questão ao veicular a notícia suprimindo um dos temas mais importantes do debate, que é a questão dos monopólios, mostra justamente a necessidade daquilo que estamos defendendo. É como eu disse antes: o problema maior é aquilo que é omitido, aquilo que não é revelado. Esse é um caso paradigmático: em um evento promovido para discutir a liberdade de imprensa, a própria imprensa comete um atentado à liberdade de imprensa ao omitir um dos principais temas doevento que era a discussão sobre os monopólios de comunicação. Nós não vamos nos omitir em tratar desse assunto por mais dolorido que ele possa ser. É evidente que não é um assunto que deva ser banalizado. Ele é o mais importante de todos. Estamos tratando de pluralidade de pensamento.

 Carta Maior: No debate, o deputado federal Miro Teixeira defendeu que a liberdade de imprensa é um direito absoluto.
 Qual sua opinião sobre isso?


João Ricardo dos Santos Costa: Eu compartilho a ideia de que não há nenhum direito absoluto, não pode haver. Neste contexto de monopólio, menos ainda. Liberdade absoluta de imprensa em um contexto onde sequer a Constituição Federal é cumprida. no sentido de proibir a existência de monopólios. É algo completamente daninho à democracia. Outra coisa com a qual eu também não concordo , envolvendo esse debate, é a afirmação do ministro Marco Aurélio Buzzi (do Superior Tribunal de Justiça) de que nós temos liberdade até para matar. Nós não temos liberdade para matar. Não vejo, dentro da nossa organização jurídica e de sociedade, que tenhamos liberdade para matar. Do fato de, no Código Penal brasileiro, “matar alguém...pena de tanto a tanto” aparecer como uma expressão afirmativa, não se segue o direito de matar. Nós não podemos matar e não podemos violar o Direito. Não temos essa liberdade. Não temos a liberdade de tirar a liberdade das outras pessoas. O direito individual não chega a esse radicalismo que se pretende com essa afirmação de que a liberdade de imprensa é um direito absoluto.
Carta Maior: A ANJ realizou recentemente, no Supremo Tribunal Federal (STF), um seminário semelhante a este realizado no Rio Grande do Sul. Há, portanto, uma óbvia preocupação com a posição do Poder Judiciário neste debate. Qual é, na sua avaliação, o papel do Judiciário neste contexto?

João Ricardo dos Santos Costa: O fato de se debater, em primeiro lugar, é um grande caminho para amadurecer esses institutos que, aparentemente, estão colidindo, na sociedade. É lógico que o Judiciário, nesta e em outras grandes questões da sociedade brasileira, tem sido provocado a se pronunciar. Muito pela ineficiência do Poder Legislativo. O STF tem decidido sobre questões que o Legislativo se mostra incapaz de resolver: união homoafetiva, aborto, demarcação de terras indígenas, células-tronco, entre outros. A pressão envolvendo esses temas está vindo para cima do Judiciário. E o Judiciário, por sua formatação de autonomia e independência, ele se mostra menos vulnerável a pressões. Decidir é da essência do Poder Judiciário, desagradando um dos lados em litígio.
Quando esse lado é muito poderoso, os danos à instituição podem ser pesados. Numa decisão, por exemplo, que contraria os interesses de um monopólio de comunicação, esse monopólio joga todo esse seu poder para atingir a credibilidade do Judiciário como instituição. Creio que aí aparece um outro grande debate que deve ser feito sobre até que ponto esse tipo de postura não corrói a nossa democracia.


by Deise

Um Índio

Caetano


Um índio descerá de uma estrela colorida e brilhante
De uma estrela que virá numa velocidade estonteante
E pousará no coração do hemisfério sul, na América, num claro instante

Depois de exterminada a última nação indígena
E o espírito dos pássaros das fontes de água límpida
Mais avançado que a mais avançada das mais avançadas das tecnologias

Virá, impávido que nem Muhammed Ali, virá que eu vi
Apaixonadamente como Peri, virá que eu vi
Tranqüilo e infalível como Bruce Lee, virá que eu vi
O axé do afoxé, filhos de Ghandi, virá

Um índio preservado em pleno corpo físico
Em todo sólido, todo gás e todo líquido
Em átomos, palavras, alma, cor, em gesto e cheiro
Em sombra, em luz, em som magnífico

Num ponto equidistante entre o Atlântico e o Pacífico
Do objeto, sim, resplandecente descerá o índio
E as coisas que eu sei que ele dirá, fará, não sei dizer
Assim, de um modo explícito

E aquilo que nesse momento se revelará aos povos
Surpreenderá a todos, não por ser exótico
Mas pelo fato de poder ter sempre estado oculto
Quando terá sido o óbvio




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