sábado, 30 de março de 2013

Brasília: um monumento bilionário ao desperdício na Copa


by Veja

Com gastos excessivos (e suspeitos), um futuro incerto e politicagem de sobra, o Estádio Mané Garrincha é o símbolo de uma oportunidade perdida pelo país

Giancarlo Lepiani
O Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, em janeiro de 2013
O Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, em janeiro de 2013 - Ministério do Esporte/Divulgação
Numa cidade acostumada às negociações por baixo do pano, trocas de favores e pressões diversas, o estádio foi concebido para concorrer à vaga de palco da abertura da Copa (o que, era claro desde o começo, tinha pouca chance de acontecer). É por isso que o estádio tem uma capacidade de público tão exagerada
A partida de abertura da Copa do Mundo de 2014 acontecerá no Itaquerão, em São Paulo. A final do torneio está marcada para o reformado Maracanã, no Rio de Janeiro. A arena que melhor representa o evento, no entanto, não é nenhuma delas. O Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, é o melhor retrato do Mundial no país. Com investimentos equivocados, desperdício de verba pública, prazos descumpridos, futuro incerto, ausência de benefícios claros à população e muita politicagem, é um caso emblemático da oportunidade de ouro desperdiçada pelo país-sede - que poderia usar o evento para acelerar seu desenvolvimento e deixar um legado positivo para os brasileiros, mas está longe de transformar essa promessa em realidade. O estádio da capital federal é, também, o palco mais caro entre as doze arenas construídas ou reformadas para a competição: custará pelo menos 1 bilhão de reais. A conta final deverá ser ainda maior. Somados todos os contratos ligados à obra, incluindo os trabalhos no entorno da arena, é possível que o estádio consuma nada menos que 1,5 bilhão de reais dos cofres públicos. Em 2010, o governo do Distrito Federal previa gastar menos de 700 milhões no projeto. Prometia-se ainda a entrega da obra no fim do ano passado, mas ela só será concluída na segunda quinzena de abril, perto da data limite estabelecida pela Fifa para as seis sedes da Copa das Confederações, que acontece em junho. No torneio, o estádio receberá apenas a partida de abertura. Em 2014, serão mais sete jogos, incluindo a disputa de terceiro lugar do Mundial. Depois disso, caberá ao governo encontrar uma forma de conter a gastança e transformar o estádio numa fonte de receitas - se é que isso ainda é possível. 
O governador Agnelo Queiroz costuma se irritar com os questionamentos a respeito do futuro do estádio. Avisa que já procurou empresas estrangeiras especializadas na gestão de grandes arenas e que prepara o caminho para fechar um acordo que entregará a administração do local ao setor privado. Acredita que a procura será grande, já que enxerga boas oportunidades de negócio no estádio. Sua posição, no entanto, é vista com desconfiança por boa parte da população da capital. Agnelo garante, por exemplo, que Brasília entrará para a rota dos megashows internacionais, mas esse tipo de espetáculo anda em crise no país. Como o futebol local é modesto e costuma atrair públicos pequenos, a tendência é que as arquibancadas fiquem vazias durante boa parte do ano. Até o início deste mês, o campeonato regional tinha registrado, ao longo de 36 jogos, um público total de 33.209 pagantes, menos da metade da capacidade total do novo Mané Garrincha (71.400 pessoas). Algumas partidas entre as equipes de Brasília e suas cidades-satélites não reúnem nem uma centena de torcedores - o duelo entre Legião e Brazlândia, por exemplo, foi presenciado por apenas 47 testemunhas. A média de público do torneio seria muito menor não fosse pelo clássico entre Brasiliense e Gama, os arquirrivais do Distrito Federal. No primeiro duelo entre eles em 2013, a presença de 8.489 torcedores foi considerada um sucesso. O presidente da CBF, José Maria Marin, já se ofereceu para dar uma forcinha a Agnelo, transferindo algumas partidas de grandes equipes da Série A do Brasileirão - principalmente as cariocas, que têm muitos torcedores em Brasília - para o estádio da capital federal. Além dessas partidas, só os eventuais jogos da seleção na cidade (algo cada vez mais raro, já que a equipe atua mais na Europa do que no Brasil) serão capazes de encher a nova arena.
Confira as demais reportagens da série:
Quinta-feira: A ilusão das 'arenas multiuso', que só dão lucro nas metrópoles
Sexta-feira: Como ganhar dinheiro com um estádio - a lição dos grandes da Europa
Governo do Distrito Federal/Divulgação
Mudança de planos: quando exibiu a maquete do estádio para Valcke, da Fifa, e Marin, do COL, Agnelo Queiroz mostrou cadeiras em verde, amarelo e azul
Mudança de planos: quando exibiu a maquete do estádio para Valcke, da Fifa, e Marin, do COL, Agnelo Queiroz (ao centro) mostrou cadeiras em verde, amarelo e azul. Mas elas serão vermelhas, como a estrela do PT
Se a chance de ver seu estádio se transformar num elefante branco fosse o único problema de Brasília na Copa, a cidade estaria na mesma situação que outras sedes do Mundial. Mas o caso da capital é ainda pior por causa de uma série de agravantes. O peso da política é um deles. Numa cidade acostumada às negociações por baixo do pano, trocas de favores e pressões diversas, o estádio foi concebido para concorrer à vaga de palco da abertura da Copa (o que, era claro desde o começo, tinha pouca chance de acontecer). É por isso que o estádio tem uma capacidade de público tão exagerada. O governo trabalhou nos bastidores, aproveitando a indefinição em relação ao estádio da candidata mais forte, São Paulo. Não adiantou - a abertura da Copa das Confederações foi o prêmio de consolação. A obra ainda ficou exposta aos caprichos de Agnelo, que trocou o verde, amarelo e azul das cadeiras pelo vermelho do PT, que se espalhará por todas as arquibancadas e tribunas. Pensando bem, a associação de cor até que faz justiça ao tipo de notícia que tem acompanhado a construção do estádio. No início deste mês, o Tribunal de Contas do Distrito Federal ordenou a suspensão dos pagamentos ao consórcio responsável pela obra, em função de irregularidades encontradas numa auditoria - que apontou prejuízo de 72 milhões de reais aos cofres públicos. Um dos motivos foi o gasto excessivo no projeto da cobertura do estádio. Assim como em outras sedes, uma membrana especial será usada para proteger o público do sol e da chuva. Brasília, porém, é a única cidade em que o material será instalado em duas camadas, o que está longe de ser essencial. Além disso, o Tribunal de Contas indica distorções nos valores cobrados - as mesmas empresas foram contratadas para orçar o projeto e executá-lo, mas ainda assim o valor mudou entre uma etapa e outra.
Essa intervenção do Tribunal de Contas não foi a única: nos últimos meses, outros aspectos da obra, como licitações para compra de equipamentos de comunicação visual (9,3 milhões de reais) e serviços de urbanização e paisagismo no entorno da arena (305 milhões), também foram colocados sob suspeita. Entre os problemas citados pelo tribunal estavam termos como "irregularidades relevantes", "restrições à competitividade", "erros nas estimativas de preços" e "falta de clareza na definição das obras". Para completar a frustração dos moradores de Brasília com o projeto da Copa na cidade, as principais obras de infraestrutura ligadas ao evento serão muito mais tímidas do que se alardeava. No ano passado, Brasília transformou-se na primeira cidade-sede a cancelar um projeto da matriz de responsabilidades da Copa - a construção do VLT que ligaria o aeroporto ao setor hoteleiro não será concluída a tempo. Era um projeto de 780 milhões de reais. A obra está parada em função de suspeitas de superfaturamento. Recentemente, o governo teve de fazer cortes dolorosos em seu orçamento - entre outras coisas, para bancar a conta salgada da construção do estádio. Entre as áreas afetadas estão o transporte público e a revitalização urbana - justamente as que o governo mais citava na hora de tentar convencer a população sobre o legado positivo do evento. Itens como recuperação de rodovias e expansão do metrô perderam verbas - e, assim, deverão sofrer atrasos e limitações. Ao assumir o cargo, Agnelo Queiroz prometeu que não comprometeria o orçamento para pagar a conta do Mané Garrincha (ele pretendia bancar o projeto com a venda de terrenos do governo). Pelo que se viu até agora, Brasília talvez merecesse, de fato, abrir o Mundial, como pretendia - não haveria uma ocasião e um palco mais simbólicos do que esses para desfilar os problemas do país da Copa.
Reprodução
O VLT de Brasília: projeto era bonito no papel, mas não vai virar realidade
O VLT de Brasília: projeto era bonito no papel, mas não vai virar realidade

As sedes da Copa onde faltam torcedores...

1 de 4

Brasília

Causaria estranheza se a capital federal não participasse da Copa. Além de ser bastante populosa, a região de Brasília e das cidades-satélites tem localização central no território nacional. Brasília também tem boa rede hoteleira e é servida por muitas rotas aéreas. No futebol, porém, a cidade tem pouca importância. O clube mais relevante do Distrito Federal no momento, o Brasiliense, disputa a terceira divisão do Campeonato Brasileiro. O Gama, que já esteve na elite do torneio, não conseguiu vaga nem na quarta divisão. A média de público do campeonato regional costuma ficar abaixo dos 1.000 torcedores - e o Estádio Bezerrão, reformado pelo governo ao custo de mais de 50 milhões de reais, abrigaria confortavelmente as principais partidas do futebol local (tem 20.000 lugares). Ainda assim, Brasília terá o mais caro estádio da Copa, orçado em mais de 1 bilhão de reais - e com capacidade para mais de 70.000 pessoas.

…e as cidades que poderiam sediar partidas

1 de 4

Goiânia

A capital de Goiás tem bastante tradição no futebol nacional - e seu principal estádio, o Serra Dourada, é um palco importante da modalidade no país. Depois de amargar o rebaixamento no Campeonato Brasileiro, o Goiás está de volta à elite nacional - e o estado ainda conta com mais duas equipes com número razoável de torcedores, Atlético-GO e Vila Nova. Como todos eles costumam usar o Serra Dourada, uma reforma no estádio certamente daria um bom retorno, já que a arena dificilmente ficaria vazia - mesmo com públicos modestos, o estádio seria usado.

RELEMBRANDO as figurinhas carimbadas da História Oficial. "Investigação sobre Manguinhos vazou, diz revista ‘Veja’"





RIO — Reportagem publicada na revista “Veja” desta semana informa que uma operação sigilosa no Rio de Janeiro pode ter vazado para os investigados, entre eles, o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A investigação era por tráfico de influência. Um relatório da Polícia Civil do Rio, ao qual a revista diz ter acesso, afirma que os investigados mudaram de comportamento e passaram a conversar no telefone apenas assuntos pessoais — o que indicaria que eles sabiam que estavam sob escuta.
Como O GLOBO mostrou em uma série de reportagens publicada em novembro de 2010, um parlamentar do Rio era investigado por comandar fraudes e um esquema milionário de sonegação fiscal comandado pelo dono da refinaria de Manguinhos, Ricardo Magro. Cunha então afirmou que era ele o parlamentar investigado.
Agora, segundo a “Veja”, o trabalho da polícia teria sido prejudicado a partir do dia 21 de setembro de 2009. De acordo com a reportagem, 21 de setembro é também a data em que Cunha recebeu uma ligação do então procurador-geral de Justiça do Rio, Cláudio Lopes, e teria ido até a sala do procurador. Ao sair de lá, ligou para Magro, e sugeriu que eles se comunicassem por MSN. A partir desta data, quando então o grupo estaria ciente de que era vigiado, as investigações não avançaram mais.
“ (...) após o dia 21/09, data em que a íntegra dos presentes autos foi encaminhada ao Ministério Público por requisição do Promotor de Justiça que atuava na investigação, os alvos interceptados passaram a apresentar um comportamento diferente daquele demonstrado nos outros períodos de interceptação: alguns simplesmente pararam de falar (...)”, diz trecho do relatório da polícia.
Oito meses de investigação
Em oito meses de investigação a polícia seguiu, filmou e grampeou Cunha, o senador Edson Lobão Filho (PMDB-MA) e mais dez pessoas ligadas ao dono da refinaria de Manguinhos. Os investigadores “flagraram conversas comprometedoras e até viagens e shows, que não deixam dúvida sobre o estreito elo entre os dois políticos e o empresário”, afirma a revista.
De acordo com a “Veja”, Lopes, em 18 de setembro de 2009, teria pedido os autos do inquérito relativo a Cunha. O promotor David Francisco de Faria, da Coordenadoria de Combate à Sonegação Fiscal do MP estadual, entregou a papelada. Mas não sem antes reclamar. Ele teria dito a policiais que nunca havia recebido ordem parecida em uma década de carreira. David Francisco deixou o cargo dois meses após o ocorrido.
As investigações sobre as ligações de Cunha com o esquema fazem parte de um inquérito sob análise no Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com a “Veja”, Eduardo Cunha e Ricardo Magro se falavam até nove vezes por dia. Em 25 de agosto de 2009, Magro teria pedido a Cunha que ajudasse a Braskem (petroquímica da qual a Petrobras é sócia) a vender gasolina a Manguinhos. Cunha prometeu ajudá-lo. No dia seguinte, avisou que tinha notícias “lá da Braskem”.
by O globo

Módulo brasileiro no continente antártico registra -65 Cº no inverno



  • Equipe de cientistas termina instalação de equipamentos que permitem envio automático de dados científicos do continente gelado

RIO- Voltou para o país neste fim de semana a equipe de quatro cientistas do Programa Antártico Brasileiro (Proantar), que fez uma expedição de um mês no módulo Criosfera 1, instalado em janeiro do ano passado no ponto mais próximo do Polo Sul já atingido pela ciência nacional, a 2.500 quilômetros da Estação Antártica Comandante Ferraz. A missão da equipe foi cumprida com a instalação de equipamentos que automatizaram o funcionamento do módulo, capaz de enviar informações de interesse científico mesmo quando desabitada.
Nesta visita, os pesquisadores também observaram que a temperatura no auge do inverno polar, entre julho e agosto, chegou a -65 Cº no módulo, a mais baixa já registrada pelo Proantar. A equipe formada por pesquisadores da Uerj, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e do Instituto Nacional de Meteorologia trouxe também dados e amostras de gelo e neve da região, de micropartículas dispersas na atmosfera antártica e de informações que ajudarão no estudo geológico do continente.
O pesquisador Jefferson Cardia Simões, líder do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia da Criosfera, esteve na região durante a instalação do módulo, inaugurado há um ano. Ele explica que, apesar da Estação Comandante Ferraz e o módulo Criosfera 1 ficarem no mesmo continente, as diferenças de condições climáticas e de terreno nas duas regiões são enormes. Se na estação brasileira o inverno é rigoroso, no entorno do Crisfera 1 vive-se o inverno do inverno. “Crio” é o radical grego para “glacial”. A distância entre as duas instalações é o equivalente ao trajeto entre Rio de Janeiro e Belém.
— Se na Estação Comandante Ferraz, -20 Cº é considerado tempo severo, na região onde está o Criosfera 1 é temperatura de um dia bom. A Antártica dos pinguins que se assiste na TV, onde está Comandante Ferraz, é completamente diferente da região do módulo, isolado por uma paisagem branca por todos os lados, com ventos e extremamente seca — descreve Simões.
A hostilidade do ambiente e da paisagem com 900 metros de espessura de gelo estudados pela equipe brasileira se aproxima das de uma expedição espacial. As roupas usadas têm de oferecer mais proteção ao frio que os pesados uniformes militares usados na Estação Comandante Ferraz, incendiada em fevereiro do ano passado. O acesso ao módulo é feito com aviões que, em vez de pneus, têm esquis no trem de pouso. A instalação brasileira tem o tamanho de um contêiner e é movida a energia solar e eólica.
— Aos poucos, estamos nos aproximando do Polo Sul. O Criosfera 1 contém trabalho com importância geopolítica e científica para o Brasil. O próximo objetivo é fazer expedições ainda mais ao sul do planeta, nos aproximando de 86 graus de latitude — ambiciona Simões, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
O módulo é a instalção mais ao sul do planeta de um país latino-americano. São dos Estados Unidos a estação mais próxima do Polo Sul, a Amundsen-Scott, habitada o ano todo, próxima ao limite de 90 º de latitude sul. O módulo brasileiro não hospeda ninguém durante o inverno. Mas se o Criosfera 1 tem orçamento de R$ 800 mil por ano, a estação americana recebe mais de R$ 600 milhões.
O nível de concentração de carbono da atmosfera na região do módulo brasileiro chegou a 395 partes por milhão, próximo ao nível encontrado em outras partes do planeta, o que prova, segundo o cientista, o alcance dos efeitos do aumento de emissões de CO2 pela humanidade. Já se aposta entre os cientistas quando que o módulo vai registrar a marca de 400 partes por milhão, o que deve ocorrer até o fim do ano e será informado em tempo real para o Brasil. No regresso ao país, na primeira semana do ano, foram trazidas amostras de micropartículas que, estudadas no decorrer do ano, podem provar a presença de carbono elementar na atmosfera próxima ao Polo Sul, o que seria outra prova do poder de dispersão da poluição gerada em indústrias, áreas urbanas e incêndios florestais.

by O Globo


Existe telepatia entre casais?


Telepatia entre casais
Quando Julie Beischel conheceu Mark Boccuzzi em uma conferência e concordou em participar de um experimento sobre telepatia, ela não revelou imediatamente a profunda conexão que sentiu com ele. Afinal, eles não se conheciam.
Hoje casados, Beishcel e Boccuzzi acreditam que a telepatia os ajudou a se conhecerem e se apaixonarem. “Foi diferente de tudo o que já senti”, define Julie.
Os dados do experimento confirmaram sua percepção, e o casal acabou pedindo ao cientista que conduziu o experimento, Dean Radin, do Instituto de Ciências Noéticas (IONS, na sigla em inglês), que celebrasse o casamento. Agora, o casal está escrevendo um livro, Psychic Intimacy: A Handbook for Couples (Intimidade Psíquica: um manual para casais), que destacará as aplicações práticas da telepatia para casais. Eles até sugeriram que Radin transformasse o experimento em um serviço de encontros.
O campo da parapsicologia pode ser movediço para muitos cientistas. Na melhor das hipóteses, são marginalizados; na pior, caem na vala comum de astrólogos e videntes. Os financiamentos do Instituto Nacional de Saúde a projetos desse tipo são escassos. Muita gente se surpreendeu por Beischel, uma cientista “séria” com PhD em farmacologia e toxicologia, ter escrito um livro sobre médiuns.
Mas Beischel, Radin e muitos outros confiam em sua capacidade de responder afirmativamente à pergunta que intriga muitos céticos: a telepatia existe?
Radin conta a história de Hans Berger, o alemão que gravou pela primeira vez um eletroencefalograma em 1924. Ele caiu enquanto andava a cavalo e quase foi atropelado por outros cavalos, que passaram correndo a centímetros de sua cabeça. Sua irmã, a muitos quilômetros de distância, sentiu o perigo e insistiu para que seu pai enviasse um telegrama perguntando se ele estava bem. Ela nunca havia enviado um telegrama, e a experiência deixou Berger tão curioso que ele abandonou a matemática e astronomia para se dedicar à medicina, na esperança de descobrir a origem daquela energia psíquica.
Cem anos depois, a explicação ainda é um mistério, mas cerca de 200 experimentos publicados revelam conexões mentais que vão “muito além da coincidência”, afirma Radin. No entanto, não saber como o processo funciona constrange muitos cientistas.
“Analisando os experimentos e os dados, é evidente que alguma coisa está acontecendo”, argumenta Radin. “A dúvida só existe porque ainda não temos uma boa explicação para isso”.
Até seus amigos mais céticos estão questionando suas crenças. “Eles podem não acreditar que existe, mas já não acham com tanta veemência que não”, afirma Radin.
Por Sheila M. Eldred | Foto: ThinkStock

Carteiras escolares touchscreen para a nova geração



carteira-touchscreen-escola-aprendizado-alunos-discovery-noticias
Alguns dos projetos propostos para o futuro talvez façam você torcer o nariz, mas outros podem fazê-lo dizer “Podemos ter isso agora, por favor?”. A carteira escolar da NumberNet pertence à última categoria.
Pesquisadores da Universidade de Durham estão testando carteiras touchscreen e multiusuário como parte de um projeto de três anos com mais de 400 alunos. A idade dos estudantes varia de 8 a 10 anos e eles utilizam a carteira em grupo para resolver questões de matemática, trabalhando juntos e colaborando em uma grande plataforma, em vez de usar várias folhas de papel.
Como em outras mesas disponíveis no mercado, esta carteira foi projetada para reconhecer múltiplos toques em sua superfície utilizando raios infravermelhos. Feitas com tecido e estrutura próprios para sala de aula, são conectadas a um painel inteligente controlado pelo professor. Isso também permite que o professor utilize os painéis para dar aulas, evitando que as apresentações em PowerPoint ou o quadro-negro fiquem encobertos por estudantes mais altos.
As soluções e “inputs” de outros estudantes podem ser compartilhados pelo professor com outros grupos por meio das telas.
Até o momento, o projeto concluiu que as crianças que trabalharam juntas mostraram melhorias na flexibilidade e fluência matemática quando comparadas àquelas que usaram o método tradicional em papel. O pesquisador-chefe do projeto explica que o objetivo é incentivar mais ativamente o envolvimento dos alunos “já que o conhecimento é obtido por meio do compartilhamento, da solução de problemas e da criação, em vez da audição passiva”.
Se implementado, esse método de aprendizagem pode encorajar a participação de todos os estudantes e não apenas dos mais jovens. O projeto testou apenas um tema, matemática, mas os pesquisadores afirmam que a nova carteira também pode ser utilizada em outras áreas de aprendizagem.
by Discovey/UOl

Bratva: a organização criminosa mais poderosa do mundo



Por Pablo Huerta
Com a morte de um de seus principais chefes, “Avô Hassan”, apelido de Aslan Usoyan, a máfia russa voltou a estampar as manchetes dos jornais internacionais – embora nunca tenha deixado de ser notícia, já que seus tentáculos criminosos são tão extensos que vivem entranhados nas páginas policiais. No entanto, sua existência está relacionada ao contexto econômico e político da sociedade em que se desenvolve. Vale lembrar que a máfia é uma estrutura criminosa que estabelece vínculos com o governo e outras esferas de poder para evitar que seus membros sejam perseguidos e condenados pelos delitos que cometem.
A máfia russa é a mais poderosa do planeta, ao menos que se a considerarmos como um bloco que reúne as etnias da ex-União Soviética, incluindo russos, judeus, ucranianos, armênios, azerbaijanos, assírios, bielo-russos, chechenos, georgianos, usbeques e letões. Dado que algumas etnias engendraram suas próprias máfias nos países que habitam, seria mais apropriado falar da máfia soviética ou máfia do leste.
Comparada com as Tríades chinesas ou a Yacuza, no Japão, a máfia russa é jovem, embora existam microorganizações criminosas desde a época dos czares da Rússia imperial. O crescimento desses grupos se deu com a estagnação econômica da era Brézhnev (1964-1982), abrindo espaço para os vor v zakone, vendedores que forneciam ilegalmente produtos escassos, como jeans, cigarros, vodca, gomas de mascar e equipamentos de alta tecnologia a quem podia pagar. Isso mudou na década de 1990, com a Perestroika e o livre comércio.
A queda do comunismo, o desemprego e a mudança das regras do jogo econômico geraram um terreno fértil para as atividades ilícitas. Criou-se um vácuo na sociedade, que a máfia se dispôs a preencher, sobretudo quando jovens, ex-militares e ex-agentes da KGB começaram a procurar trabalho. Além disso, a burocracia – que caracterizou historicamente esses estados – acabou favorecendo o crescimento dos grupos mafiosos.
O avanço da máfia russa surpreenderia até as start-ups mais famosas do momento (Instagram, por exemplo), já que nos próximos cinco anos, calcula-se que haverá interferência da máfia em 40% das iniciativas privadas, 60% dos órgãos governamentais e, de forma direta ou indireta, em 80% das instituições bancárias.
A internacionalização da economia soviética também ampliou os horizontes mafiosos, sobretudo pela mão de obra que se deslocou para outros países em busca de novas oportunidades e por suas conexões com outras organizações criminosas, como os cartéis do narcotráfico da América Latina. Nessa “abertura de mercados”, Espanha, Hungria, India, Israel, África do Sul e Tailândia são alguns dos principais destinos.
Prostituição, tráfico de mulheres, venda de drogas, tráfico de armas e materiais nucleares, comércio ilegal de petróleo, lavagem de dinheiro de apostas ilegais e práticas menos “comerciais”, como assassinatos, atentados e sequestros, são algumas das atividades que a máfia russa desenvolveu ao longo dos anos.
Para saber mais sobre o funcionamento das máfias do planeta, não perca a série A Máfia Por Dentro, em breve no Discovery.

by Discovery/Uol

Para os animais das regiões polares, o outono é repleto de batalhas dramáticas e viagens épicas. O tempo urge, já que o Oceano Ártico está congelando e o gelo marinho avança 2,5 km por dia em torno da Antártida.


Para os animais das regiões polares, o outono é repleto de batalhas dramáticas e viagens épicas. O tempo urge, já que o Oceano Ártico está congelando e o gelo marinho avança 2,5 km por dia em torno da Antártida.
Os ursos polares se reúnem em grande número na costa do Ártico enquanto esperam o retorno do gelo. Mas logo perdem a paciência e se envolvem em disputas violentas. Enquanto isso, duas mil baleias-beluga se dirigem para um estuário especial, onde podem esfoliar seu corpo branco contra o cascalho – um verdadeiro "spa”! No interior, a tundra sofre uma grande transformação, abandonando os tons de verde para assumir um vermelho vivo. Aqui um boi-almiscarado defende seu harém arremetendo seus chifres contra o adversário a uma velocidade de quase 50km/h.
Mais ao sul da Antártida, filhotes dos pinguins-de-adélia se aglomeram em “creches”. Quando um dos pais retorna da pesca, os filhotes gêmeos enfrentam um divertida corrida de obstáculos – infelizmente, só o ganhador ficará com a refeição. Dois meses depois, os filhotes estão totalmente cobertos por penas, com penteados estilo moicano, e prontos para tomar o seu primeiro banho... com alguma relutância. E com razão: uma foca-leopardo irrompe subitamente do mar e arranca um deles de um bloco de gelo, em uma manobra de caça jamais filmada.
Com a aproximação do inverno, o enorme pinguim-imperador empreende uma jornada épica em direção ao interior para acasalar. Em breve, as mães retornam ao mar, deixando os pais para vigiar os ovos e suportar o inverno mais rigoroso do planeta.
by Discovey/Uol

Em Alta

Atualização.

                                               

Mais Lidas