quinta-feira, 26 de abril de 2012

Sem medo de ser feliz. by Deise

Recordar é preciso. Vendo as noticias separadas nao se consegueter ideia do que se transformou o Brasil depois que este Canalha e seus Petralhas assumiram o governo brasileiro. Vejamos este video com uma serie de noticias do governo Lula. E depois sem pudor, perguntem a si mesmo, SE O PIOR CEGO, É AQUELE QUE REALMENTE NAO QUER VER. Definitivamente, a IGNORANCIA sempre foi é sera a grande mãe da MISÉRIA. Em todos os sentidos. E pensar que tem fanático que ainda defende e acha este escroto o máximo e ainda querem no s enfiar goela abaixo que o POVO BRASILEIRO quer este anormal e megalomaniaco novamente. nao me incluam neste povo. Até a voz dele me irrita, ojeito dele me enoja, seus discursos me embrulham. Sua roubalheira coletiva me põe á beira de um ataque de nervos. Eu detesto Lula e seus petralhas. E espero viver para ver o povo gritando PT NUNCA MAIS. Na verdade eu lamento sermos um povo tao hospitaleiro. Sendo bem sincera, (e já disse isso anteriormente aqui), entendo que Lula e seus comparsas, meliantes e delinquentes, mereciam morte igualzinha ou até pior que de Kadafi. Nestas horas lamento muito, a qualidade amorosa de nosso povo. by Deise

Pronto. Falei. by deise

Estou achando de última esta história de todo o jornalista ficar batendo na historia da transferencia do cantor Pedro, filho de Leonardo, para outro hospital.
O rapaz chegou basicamente morto no hospital, foi atendido por uma equipe competente, foi socorrido e ressucitado da parada cardiaca e embora grave seu estado, vem apresentando melhoras. Sinal que está em boas mãos. Penso ser de uma ingratidão e GROSSERIA absurda, ficarem a cada programa jornalistico,  frisando esta parte. Nao acredito que Leonardo esteja dizendo isso a todo o momento. Ele não seria tão sem noção.
Muito mais REPETIÇÃO dos repórteres, daquilo que foi falado num primeiro momento.
Ninguem  DA FAMILIA, seria louco de transportar o garoto, no estado que está: em coma induzido e todo entubado.
Um pouco de respeito e consideração com os profissionais da equipe, (mercadoria em baixa no mercado), não seria nada mal. Afinal como já dizia minha avó que era uma sábia: canja de galinha e bom senso, nunca fez ou fará mal a alguem.

Ecad se posiciona sobre CPI no Senado

by Blog claudiohumberto

O Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) publicou nota sobre o relatório final da CPI que investiga o órgão, divulgado ontem (24). A comissão instalada pelo Senado pede o indiciamento de oito diretores do Ecad, inclusive a superintendente da instituição, Glória Braga, que formariam uma espécie de “confraria”, por falsidade ideológica, apropriação indébita, agiotagem e crime contra a ordem econômica. A CPI analisa a necessidade de alteração da atual legislação que define o recolhimento e distribuição de direitos autorais. Em nota, o escritório central informa que distribuiu, em 2011, “R$ 411,8 milhões a 92.650 compositores, intérpretes, músicos, editores musicais e produtores fonográficos, um crescimento de mais de 18% em relação ao ano anterior”. Sobre a acusação dos parlamentares de que “dirigir o Ecad se tornou um negócio rentoso”, o órgão esclarece que, nos últimos cinco anos, a distribuição de direitos autorais cresceu 64,38%, ou seja, a remuneração aos titulares cresceu mais do que o dobro da inflação deste período. “É preciso atentar que o que está em jogo neste cenário é a luta pelo direito de receber o que os criadores entendem ser justo pelo uso de suas músicas. O pano de fundo dessa questão não é moral. É meramente econômico”, afirma a nota.

Curtas

by Blog claudiohumberto

 

Petista língua solta

Foto
Remígio Todeschini, ex-tesoureiro da CUT, que tem deficiência auditiva, e por isso fala alto, é também notório por sua falta de tato. Certa vez, ao dirigir uma seção do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), impaciente com a fala do conselheiro Rodolfo Tavares, da Confederação Nacional da Agricultura, o petista se virou para o economista Carlos Augusto Gonçalves, que secretariava a reunião, e, sem perceber que o microfone estava aberto e ampliava sua voz para toda a sala, “segredou”:
- Carlos Augusto, esse Rodolfo Tavares, além de direita, é um f.d.p!
A reunião, obviamente, acabou!

ES: Justiça pede força-tarefa  contra roubalheira

A Polícia Federal ainda examina o pedido do desembargador Pedro Valls Feu Rosa, valente presidente do TJ do Espírito Santo, de enviar força tarefa ao Estado para auxiliar na investigação da impressionante roubalheira de R$ 50 milhões no município de Presidente Kennedy. Feu Rosa mandou prender, entre outros, o prefeito, cinco secretários, quatro vereadores e 14 empresários, na “Operação Lee Oswald”.

Cadeia cheia
Foram cumpridos em Presidente Kennedy (ES) 51 mandados de busca e apreensão, 13 de prisão preventiva e 15 de prisão temporária.

Cumplicidade

Além do prefeito Reginaldo Quinta, foram presos o presidente da Câmara Municipal, Dorlei Cruz, seu vice e mais dois vereadores.

Desdobramento

A “Operação Lee Oswald” é um desdobramento de outras duas operações da Polícia Federal – a “Moeda de Troca” e a “Tsunami”.

Município rico
Presidente Kennedy é a campeã em recebimento de royalties do petróleo – quase 20% de todo o crédito destinado ao Espírito Santo.

‘Descontrole’ de Pagot provoca pânico no PR
O ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) Luiz Antonio Pagot deixou a cúpula do PR (Partido da República) em pânico, à beira de um ataque de nervos, após se desfiliar ao partido. Pagot inclusive acusou o “dono” do PR, deputado Valdemar Costa Neto (SP), de ligações ao bicheiro Cachoeira, a quem atribui sua demissão do cargo. Pagot passou o dia em Brasília, ontem.

Abandonado
Além de se sentir traído pelo PT, Pagot é um poço de mágoas com o padrinho, senador Blairo Maggi (MT), sentindo-se abandonado.


Surtado
O senador Blairo Maggi já avisou à ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) que não tem o menor controle sobre Pagot: “Ele surtou”.

 Indecente
Faixa da Força Sindical há dias, na Câmara dos Deputados: “Nesta Copa marque um golaço com um trabalho descente” (sic).

Conexão perigosa
Os senadores Pedro Taques (PDT-MT) e Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e o deputado Miro Teixeira (PDT), da CPI do Cachoeira, vão pedir à Justiça os inquéritos que envolvam autoridades com foro privilegiado. Suspeitam que têm conexões com a Operação Monte Carlo.

Investigados
Taques, Jarbas e Miro estão de olho em ministros, governadores, parlamentares, juízes, procuradores, presidente da República... São estes que têm direito ao chamado “foro privilegiado”.

Holofote eleitoral
 
O senador Sérgio Petecão (PSD-AC) registra o “clima eleitoral” da primeira reunião da CPI mista que investigará os esquemas do contraventor Carlinhos Cachoeira: “É todo mundo querendo aparecer”.

Se matasse...
O senador Aécio Neves (PSDB-MG), cuja atuação continua muito discreta, agora acha que “a maioria dos parlamentares está arrependida” da criação da CPI mista do Cachoeira.

A serviço de...

Agora que o deputado Odair Cunha (PT-MG) virou relator da CPI mista do Cachoeira, os eleitores poderão finalmente entender seu slogan na campanha para 3º Secretário da Câmara: “Um mandato a serviço.”

Convite direto

O deputado Fábio Faria (PSD) pediu que Aldo Rebelo (Esportes) avise os deputados na próxima visita ao Rio Grande do Norte. “Além de não receber o ministro, a governadora sequer nos avisa da visita”.

Faz de conta
O senador João Capiberibe (PSB) comemorou a decisão do Superior Tribunal de Justiça de afastar cinco conselheiros do Tribunal de Contas do Amapá: “É um tribunal de faz de conta. Espero que sejam presos”.

Governo em foco

Para o deputado Ronaldo Caiado (GO), o “DEM pagou tudo o que tinha de pagar” em relação a denúncias envolvendo Carlinhos Cachoeira: “Somos expectadores privilegiados. Agora é a vez do governo”.

Olho por olho


Se apalpar menores é “diferença cultural” do diplomata tarado do Irã em Brasília, as mães deveriam tê-lo apedrejado para quitar a “diferença”.

Câmara do DF arquiva pedido
de impeachment contra Agnelo


A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) rejeitou o pedido de impeachment contra o governador Agnelo Queiroz, solicitado por Diego Ramalho Freitas, diretor do Comitê Ficha Limpa/DF e do Movimento Adote um Distrital. A justificativa apresentada pela Procuradoria Geral da CLDF foi a “inexistência de provas mínimas na peça acusatória a corroborarem as acusações do denunciante”. Nesta caso, o órgão alega que estaria “ausente a justa causa para dar início à persecução por crime de responsabilidade”. Com o arquivamento, apenas o pedido de impeachment, apresentado pelo PSDB/DF na última segunda (23), continua tramitando na Casa.

Fato.


Polícia identifica a causa da morte de adolescentes na Bahia

by Estadão
SÃO PAULO - Os corpos dos cinco jovens que estavam desaparecidos desde a última sexta-feira, 20, foram liberados do Instituto Médico Legal (IML) no início da tarde desta quarta-feira, 25. De acordo com o IML, por volta das 14h faltavam apenas dois corpos para serem liberados. As famílias não quiseram divulgar os locais dos enterros.
Em entrevista ao estadão.com.br, o delegado da Polícia Civil da Bahia responsável pelas investigações, Marcos Vinícius Almeida Costa, afirma que a causa da morte dos cinco adolescentes foi um acidente seguido de capotamento e, provavelmente, afogamento.
'Ao que tudo indica, o carro seguiu reto em uma curva que leva para a esquerda e, como o carro foi encontrado, com os quatro pneus para cima, dentro de um lago, não podemos descartar a hipótese de que eles poderiam ter se afogado'.
Segundo Costa, a polícia não identificou marcas de frenagem no asfa lto. Além disso, o velocímetro no veículo, um Fiat Punto, marcava 220km/h. 'Como o grupo estava viajando durante a noite, por volta das 22h, o condutor - identificado como André pelo delegado - não teria visto a curva e passado reto'.
O delegado afirma que o carro capotou e caiu em um lago, onde todos os passageiros poderiam ter morrido afogados. 'Apenas um menino, o Marlon, que seguia no banco do passageiro, foi encontrado fora do veículo e não sabemos ainda se ele foi arremessado durante a queda ou se ele chegou a tentar sobreviver'.
A polícia descartou, de acordo com o delegado responsável pelas investigações, quaisquer outras hipóteses sobre a morte dos jovens. Segundo Costa, o laudo da perícia vai determinar se houve afogamento, ou não, mas que a polícia afirma que o carro saiu da pista acidentalmente.
Caso. Os universitários Amanda Oliveira, de 22 anos, Izadora Ribeiro, de 21, Marllonn Amaral, de 21, Rosaflor Oliveira, de 24, e André Galão, de 28, estavam em um Fiat Punto de cor bege, placas ODC 6985, a caminho de Prado, na Bahia, onde iriam participar de uma festa de aniversário da mãe de Izadora.

Aprovada reforma do Código Florestal; ruralistas impõem derrota ao governo


by Estadão




Após 13 anos de tramitação no Congresso Nacional, a reforma do Código Florestal passou pela última etapa de votação ontem na Câmara com uma importante derrota para o governo Dilma Rousseff. A derrota só não foi maior porque os ruralistas se viram impedidos de garantir anistia ampla para os desmatadores, conforme desejavam. A recuperação das áreas desmatadas - principal polêmica que opôs ambientalistas e ruralistas - será objeto de novas batalhas no Congresso.
O novo Código Florestal, que segue para a sanção da presidente, determina que propriedades rurais com rios de até 10 metros de largura terão de recuperar uma faixa de 15 metros em cada margem. Há atenuantes nessa regra para os pequenos produtores. Mas o texto é omisso sobre o que fazer com propriedades que têm rios mais largos.
Os efeitos dessa omissão dividem a opinião de especialistas. Para representantes do agronegócio, as demais Áreas de Preservação Permanente (APPs) serão recuperadas com base em regras a serem definidas pelos Estados. Para técnicos do governo, poderá valer a regra geral aprovada para a proteção das margens de rios, que prevê entre 30 metros e 500 metros de vegetação ripária, dependendo do tamanho dos rios.
Etapa. Apesar de reunirem uma larga maioria de votos na Câmara, os aliados do agronegócio perderam na questão mais importante em jogo nessa última etapa da votação. O relator Paulo Piau (PMDB-MG) teve de mudar mais uma vez seu texto porque não podia mais liberar os produtores rurais de recuperem parte das APPs. A exigência havia sido aprovada pela Câmara e pelo Senado e não poderia simplesmente desaparecer. Os ruralistas se convenceram de que a disputa iria parar no Supremo Tribunal Federal e recuaram.
'O governo ganhou por W.O., por uma questão do regimento', disse o relator. 'Tem muita gente de cabeça baixa aqui', completou Piau, que também é produtor rural e integrante da Frente Parlamentar da Agropecuária.
O texto do relator foi aprovado por 90 votos de diferença, 1 voto a menos do que os ruralistas conseguiram reunir em maio, na maior derrota política imposta à Dilma Rousseff em seu primeiro ano de mandato. Na ocasião, a Câmara dispensou os produtores rurais de recuperarem áreas desmatadas até 2008, o que equivalia a uma anistia ampla aos desmatadores.
O placar registrou 274 votos a favor do relatório de Piau contra 184 de apoio à proposta defendida por Dilma Rousseff, aprovada por acordo no Senado, em dezembro. Nas demais votações da noite, o governo também perdeu. Em uma delas, os chamados apicuns, áreas de manguezais que abrigam a produção de camarão, deixaram de ser classificadas como APPs. No Senado, um acordo havia definido limites à ampliação das áreas de cultivo do camarão no Nordeste.
Questionada pelo Estado ontem à noite, Dilma Rousseff não se manifestou sobre o resultado da votação. O Estado apurou que a presidente não ficou satisfeita com o tratamento dado às áreas desmatadas até 2008, mas ainda não se decidiu sobre o veto a parte do texto.
O resultado da votação claramente impõe um novo round de debates para a recuperação das áreas desmatadas, sobretudo às margens de rios, consideradas mais importantes na proteção dos recursos hídricos.
Segurança jurídica. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse à noite que, numa primeira avaliação, o texto aprovado pela Câmara não garante 'o tão almejado equilíbrio entre a produção e a proteção do meio ambiente'. Segundo a ministra, a segurança jurídica tampouco foi alcançada, já que resta no texto uma lacuna sobre como será a recuperação às margens de rios com mais de 10 metros de largura.
Insatisfeitos com o resultado, os ruralistas já prepararam projeto de lei para estabelecer faixas menores do que 15 metros para a recuperação das margens de rios nas propriedades, anunciou o vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado Homero Pereira (PSD-MT).
No caso dos rios mais estreitos, a recuperação cai para cinco metros, de acordo com a proposta, que prevê também antecipar a suspensão das multas aos desmatadores para imediatamente após a aprovação da nova lei, e não a partir do compromisso assumido pelos proprietários rurais de regularizar seus imóveis, por meio do Cadastro Ambiental Rural. 'Recuperar 15 metros , como ficou no Código, é muito para a agricultura brasileira', insistiu o relator Paulo Piau.
Para permitir que o Senado assuma o comando da nova fase da discussão, os senadores Jorge Vianna (PT-AC) e Luiz Henrique (PMDB-SC) protocolaram ontem mesmo projeto de lei com regras para a regularização ambiental das propriedades

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Cachoeira, Waldomiro Diniz, Pagot e Buratti são alguns dos nomes que podem ser convocados pela CPI

by Prosa e Politica

 

Na primeira reunião da CPI Mista, o senador Alvaro Dias (PSDB/PR) protocolou 31 requerimentos, que serão apreciados e votados nas próximas reuniões do colegiado. Os requerimentos convocam agentes públicos e privados envolvidos nas denúncias sobre ações do contraventor Cachoeira. Entre os convocados estão nomes como do próprio Cachoeira, do presidente da Delta Construções, Fernando Cavendish, assim como seus sócios, além do ex-diretor do Dnit, Luiz Antonio Pagot, do ex-assessor da Casa Cvil, Waldomiro Diniz, e de Rogério Buratti, ex-assessor de José Dirceu e Palocci. Outros requerimentos do senador pedem informações ao Coaf sobre movimentações financeiras dos principais personagens do escândalo.

                                  Abaixo da lista de requerimentos apresentada por Alvaro Dias.

Deputado de Mato Grosso diz que ex-diretor

 do Dnit indicava até diretores da Delta


“Na verdade, quem tem que dar explicações é o Pagot, porque ele, enquanto diretor geral do Dnit, tinha contatos dentro da Delta e chegou a indicar um dos diretores conhecido por Acassio, por ser uma pessoa de sua inteira confiança”, disse ao site Olhar Direto o deputado Wellington Fagundes (PR-MT), acusado na semana passada pelo ex-diretor geral do Dnit, Luiz Antonio Pagot, de atuar como lobista da Delta dentro do Dnit e de ter conspirado para sua queda.
Pagot foi demitido 2011 por suspeita de corrupção que ainda está sendo investigada pela Polícia Federal.

Em 2002, Marina Santana foi candidata a Governadora de Goiás pelo PT tendo como Vice Arquicelso Bites LEÃO Leite, à época vereador em Valparaíso, no entorno do DF.
Em 2008, a professora Lucimar Conceição do Nascimento foi candidata a Prefeitura de Valparaíso de Goiás, tendo como candidato a Vice o PM Jairo Martins de Souza, envolvido agora na Operação Monte Carlo, suspeito de ser o delator do bando de Cachoeira.

O importante é deixar que falem 


A CPI do Cachoeira tem um indício muito bom de que pode produzir resultados e revelar muitos esquemas de corrupção. Integrantes, envolvidos e adjacentes da quadrilha estão dispostos a abrir a boca, contar tudo. O caminho é esse.
Primeiro foi Luiz Pagot, ex-diretor do Dnit que se dizendo vítima do esquema, já denunciou os nomes de alguns parlamentares que, segundo ele, agem como lobistas da empresa Delta.
Agora o tesoureiro de Cachoeira Geovani Pereira da Silva, foragido da justiça há quase dois meses e apontado pela Polícia Federal como o arquivo vivo do esquema de pagamento de propina a políticos e servidores públicos comandado pelo bicheiro, diz que quer contar tudo, quer “cooperar”. O recado a CPI foi seu advogado Calisto Abdala Neto, que tenta garantir a liberdade do cliente. “Ele (o Geovani) está pronto para cooperar com a Justiça e com a CPI”, disse o advogado.

A CPI e o fim do jornalismo investigativo de araque

 by Leandro Fortes under Imprensa
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Há oito anos, escrevi um livrete chamado “Jornalismo Investigativo”, como parte do esforço da Editora Contexto em popularizar o conhecimento básico sobre a atividade jornalística no Brasil. Digo “livrete” sem nenhum desmerecimento, muito menos falsa modéstia, mas para reforçar sua aparência miúda e funcional, um livro curto e conceitual onde plantei uma semente de discussão necessária ao tema, apesar das naturais deficiências de linguagem acadêmica de quem jamais foi além do bacharelado. Quis, ainda assim, formular uma conjuntura de ordem prática para, de início, neutralizar a lengalenga de que todo jornalismo é investigativo, um clichê baseado numa meia verdade que serve para esconder uma mentira inteira. Primeiro, é preciso que se diga, nem todo jornalismo é investigativo, embora seja fato que tanto a estrutura da entrevista jornalística co mo a mais singela das apurações não deixam de ser, no fim das contas, um tipo de investigação. Como é fato que, pelo prisma dessa lógica reducionista, qualquer atividade ligada à produção de conhecimento também é investigativa.

A consideração a que quero chegar é fruto de minha observação profissional, sobretudo ao longo da última década, período em que a imprensa tornou-se, no Brasil, um bloco quase que monolítico de oposição não somente ao governo federal, a partir da eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002, mas a tudo e a todos vinculados a agendas da esquerda progressista, aí incluídos, principalmente, os movimentos sociais, os grupos de apoio a minorias e os defensores de cotas raciais. Em todos esses casos, a velha mídia nacional age com atuação estrutural de um partido, empenhada em fazer um discurso conservador quase sempre descolado da realidade, escoltado por um discurso moralista disperso em núcleos de noticiários solidificados, aqui e ali, em matérias, reportagens e editoriais de indignação seletiva.

A solidez – e a eficácia – desse modelo se retroalimenta da defesa permanente do grande capital em detrimento das questões sociais, o que tanto tem garantido um alto grau de financiamento desta estrutura midiática, como tem servido para formar gerações de jornalistas francamente alinhados ao que se convencionou chamar de “economia de mercado”, sem que para tal lhes tenha sido apresentado nenhum mecanismo de crítica ou reflexão. Essa circunstância tem ditado, por exemplo, o comportamento da imprensa em relação a marchas, atos públicos e manifestações de rua, tratados, no todo, como questões relacionadas a trânsito e segurança pública. Interditados, portanto, em seu fundamento social básico e fundamental, sobre o qual o jornalismo comercial dos oligopólios de comunicação do Brasil só se debruça para descer o pau.

O resultado mais perverso dessa estrutura midiática rica e reacionária é a perpetuação de uma política potencialmente criminosa de assassinato de reputações e intimidação de agentes públicos e privados contrários às linhas editoriais desses veículos. Ou, talvez pior ainda, a capacidade destes em atrair esses mesmos agentes para seu ventre, sob a velha promessa de conciliação, para depois, novamente, estrangulá-los sob a vista do público.

“Jornalismo Investigativo”, porém, foi escrito anteriormente ao chamado “escândalo do mensalão”, antes, portanto, de a mídia brasileira formar o bloco partidário ora em progresso, tristemente conservador, que se anuncia diuturnamente como guardião das liberdades de expressão e imprensa – conceitos que mistura de forma deliberada para, justamente, esconder sua real indiferença, tanto por um quanto pelo outro. Distante, por um breve instante de tempo, da guerra ideológica deflagrada a partir do mensalão, me foi possível escrever um livro essencialmente simples sobre o verdadeiro conceito de jornalismo investigativo, ao qual reputo a condição de elemento de influência transversal, e não um gênero capaz de ser enclausurado em editorias, como o são os jornalismos político, econômico, esportivo, cultural, etc.
Jornalismo investigativo é a sistematização de técnicas e conceitos de apuração para a produção de reportagens de fôlego, não necessariamente medidas pelo tamanho, mas pela profundidade de seus temas e, principalmente, pela relevância da notícia que ela, obrigatoriamente, terá que encerrar. Este conceito, portanto, baseado na investigação jornalística, existe para ser utilizado em todos os gêneros de reportagem, em maior ou menor grau, por qualquer repórter. Daí minha implicância com o termo “jornalista investigativo”, ostentado por muitos repórteres brasileiros como uma espécie de distintivo de xerife, quando na verdade a investigação jornalística é determinada pela pauta, não pela vaidade de quem a toca. O mesmo vale para o título de “repórter especial”, normalmente uma maneira de o jornalista contar ao mundo que g anha mais que seus colegas de redação, ou que ficou velho demais para estar no mesmo posto de focas recém-formados.

Para compor o livro editado pela Contexto, chamei alguns jornalistas para colaborar com artigos de fundo, como se dizia antigamente, os quais foram publicados nas últimas páginas do livro. Fui o mais plural possível, em muitos sentidos, inclusive ideológico, embora essa ainda não fosse uma discussão relevante, ou pelo menos estimulante, dentro da imprensa brasileira, à época. O mais experiente deles, o jornalista Ricardo Noblat, hoje visceralmente identificado ao bloco de oposição conservadora montado na mídia, havia também escrito um livro para a Contexto sobre sua experiência como editor-chefe do Correio Braziliense, principal diário de Brasília que, por um breve período de oito anos (1994-2002), ele transformou de um pasquim provinciano e corrupto em um jornal respeitado em todo o país. Curiosamente, coube a Noblat assinar um artigo intitulado ”Todo jornalismo é investigativo” e, assim, reforçar a lengalenga que o livro esforça-se, da primeira à última página, em desmistificar.

Tivesse hoje que escrever o mesmo livro, eu teria aberto o leque desses artigos e buscaria opiniões menos fechadas na grande imprensa. Em 2004, quando o livro foi escrito (embora lançado no primeiro semestre de 2005), o fenômeno da blogosfera progressista era ainda incipiente, nem tampouco estava em voga a sanha reacionária dos blogs corporativos da velha mídia. No mais, minha intenção era a de fazer um livro didático o bastante para servir de guia inicial para estudantes de jornalismo. Nesse sentido, o livro teve relativo sucesso. Ao longo desses anos, são raras as palestras e debates dos quais participo, Brasil afora, em que não me apareça ao menos um estudante para comentar a obra ou para me pedir que autografe um exemplar.

Faz-se necessário, agora, voltar ao tema para trazer o mínimo equilíbrio ao recrudescimento dessa discussão na mídia, agora às voltas com uma CPI, dita do Cachoeira, mas que poderá lhe revolver as vísceras, finalmente. Contra a comissão se levantaram os suspeitos de sempre, agora, mais do que nunca, prontos a sacar da algibeira o argumento surrado e cafajeste dos atentados às liberdades de imprensa e expressão. A alcova de onde brota essa confusão deliberada entre dois conceitos distintos está prestes a tomar a função antes tão cara a certo patriotismo: o de ser o último refúgio dos canalhas.
Veio da revista Veja, semanal da Editora Abril, a reação mais exaltada da velha mídia, a se autodenominar “imprensa livre” sob ataque de fantasmas do autoritarismo, em previsível – e risível – ataque de pânico, às vésperas de um processo no qual terá que explicar as ligações de um quadro orgânico da empresa, o jornalista Policarpo Jr., com a quadrilha do bicheiro Carlinhos Cachoeira. Primeiro, com novos estudos do Santo Sudário, depois, com revelações sobre a superioridade dos seres altos sobre as baixas criaturas, a revista entrou numa espiral escapista pela qual pretende convencer seus leitores de que a CPI que se avizinha é parte de uma vingança do governo cuja consequência maligna será a de embaçar o julgamento do “mensalão”. Pobres leitores da Veja.

Não há, obviamente, nenhum risco à liberdade de imprensa ou de expressão, nem à democracia e ao bem estar social por causa da CPI do Cachoeira. Há, isso sim, um claro constrangimento de setores da mídia com a possibilidade de serem investigados por autoridades às quais dedicou, na última década, tratamento persecutório, preconceituoso e de desqualificação sumária. Sem falar, é claro, nas 200 ligações do diretor da Veja em Brasília para Cachoeira, mentor confesso de todos os furos jornalísticos da revista neste período. Em recente panfletagem editorial, Veja tentou montar uma defesa prévia a partir de uma tese obtusa pela qual jornalistas e promotores de Justiça obedecem à mesma prática ao visitar o submundo do crime. Daí, a CPI da Cachoeira, ao investigar a associação delituosa entre a Veja e o bicheiro goiano, estaria colocando sob suspeita não os repórteres da semanal da Abril, mas o trabalho de todos os chamados “jornalistas investigativos” do país.

A tese é primária, mas há muita gente no topo da pirâmide social brasileira disposta a acreditar em absurdos, de modo a poder continuar a acreditar nas próprias convicções políticas conservadoras. Caso emblemático é o do atentado da bolinha de papel sofrido pelo tucano José Serra, na campanha eleitoral de 2010. Na época, coube ao Jornal Nacional da TV Globo montar um inesquecível teatro com um perito particular, Ricardo Molina, a fim de dar ao eleitor de Serra um motivo para entrar na fila da urna eleitoral sem a certeza de estar cometendo um ato de desonestidade política. Para tal, fartou-se com a fantasia do rolo-fantasma de fita crepe, gravíssimo pedregulho de plástico e cola a entorpecer as idéias do candidato do PSDB.

Todos nós, jornalistas, já nos deparamos, em menor ou maior escala, com fontes do submundo. Esta é a verdade que a Veja usa para tentar se safar da CPI. Há, contudo, uma diferença importante entre buscar informação e fazer uso de um crime (no caso, o esquema de espionagem da quadrilha de Cachoeira) como elemento de pauta – até porque, do ponto de vista da ética jornalística, o crime em si, este sim, é que deve ser a pauta. A confissão do bicheiro, captada por um grampo da PF, de que “todos os furos” recentes da Veja se originaram dos afazeres de uma confraria de criminosos, nos deixa diante da complexidade desse terrível zeitgeist, o espírito de um tempo determinado pelos espetáculos de vale tudo nas redações brasileiras.

Foi Cachoeira que deu à Veja, a Policarpo Jr., a fita na qual um ex-diretor dos Correios recebe propina. O material foi produzido pela quadrilha de Cachoeira e serviu para criar o escândalo do mensalão. Sob o comando de Policarpo, um jovem repórter de apenas 24 anos, Gustavo Ribeiro, foi instado a invadir o apartamento do ex-ministro José Dirceu, em um hotel de Brasília. Flagrado por uma camareira, o jornalista acabou investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal, mas escapou ileso. Não se sabe, até hoje, o que ele pretendia fazer: plantar ou roubar coisas. A matéria de Ribeiro, capa da Veja, era em cima de imagens roubadas do sistema interno de segurança do hotel, onde apareciam políticos e autoridades que freqüentavam o apartamento de Dirceu. A PF desconfia que o roubo (atenção: entre jornalistas de verdade, o roubo seria a pauta) foi levado a cabo pela turma de Cachoeira. A Veja, seria, portanto, receptadora do produto de um crime. Isso se não tiver, ela mesmo, o encomendado.

Por isso, além da podridão política que naturalmente irá vir à tona com a CPI do Cachoeira, o Brasil terá a ótima e rara oportunidade de discutir a ética e os limites do jornalismo a partir de casos concretos. Veremos como irão se comportar, desta feita, os arautos da moralidade da velha mídia, os mesmos que tinham no senador Demóstenes Torres o espelho de suas vontades

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