sexta-feira, 18 de novembro de 2022

Se fazem isso na democracia, imagine na ditadura

12/11/2016

A ditadura militar é um regime que tem na sua gênese a corrupção, porque não nasce de parto natural, mas por fórceps. Sem contar que o filho é fruto de estupro institucional. Quem acredita que algo gerado nestas condições pode ser melhor que a democracia deveria procurar tratamento. Imediatamente!

Matéria do insuspeito, já que parceiro, O Globo, de 2015, dizia que a “União gastará R$ 3,8 bi com pagamento de pensões vitalícias a filhas de militares este ano”. Precisa desenhar?

A ditadura não surge do embate de ideias, mas da força bruta das armas em compadrio com a manipulação pelos grupos mafiomidiáticos, que serão seus parceiros e maiores beneficiários. Pensar que o silêncio sobre casos de corrupção é ausência de corrupção é de uma imbecilidade tão grande que não há adjetivos suficientes para qualificar tão baixo nível de cognição. Por exemplo, em protesto contra a PEC 241 foram ocupadas centenas de escolas e universidades por todo o país. Pense porque isso não interessa às velhas mídias? A Folha de São Paulo, envolvida na briga de bugio do PSDB, revelou que José Serra estava lavando 23 milhões na Suíça. Quantos minutos sobre isto viste no Jornal Nacional? Quantas capas da Veja? Viu alguma reportagem no Jornal Zero Hora? Pergunte-se, por quê!?

A única contribuição que regimes ditatoriais lega a pessoas desacostumadas à transparência é a ignorância. É uma espécie de embotamento que mata ou atrofia neurônios.

Se tudo isso não é suficiente para saber que nenhuma ditadura é boa, bastaria pensar quem são aqueles que apoiam golpes ditatoriais. Tome-se o exemplo da Rede Globo. Buscou por todas as formas dar o golpe em 1954. Não conseguiu. Mas não perdeu as esperanças. Graças ao golpe bem sucedido em 1964, a famiglia Marinho dona da Rede Globo é considerada a mais rica do Brasil pela Revista Forbes. Há dezenas de livros que explicam como a Rede Globo construiu seu império na ditadura. Posso citar duas fontes de cabeça para quem se interessar: Muito Além do Cidadão Kane e A História Secreta da Rede Globo.

Se você é gaúcho, nem precisa se interessar pela história da Rede Globo para entender como se captura capachos mediante distribuição de estatuetas. Embaixo do seu nariz está a RBS. Graças a ditadura a RBS tornou o RS e Santa Catarina sua capitania hereditária. Não por acaso só é considerado bom governante aqueles que se submetem aos seus interesses. Os demais não prestam.

Assim se explica porque não verás crítica à ditadura militar na velha mídia pelo simples fato de que eles, como vazou no famoso escândalo da Parabólica, não criticam parceiros. É até uma questão de gratidão. Então, para saber se está sendo enganado, basta observar para que lado apontam a Rede Globo e a RBS e seguir no sentido oposto. Não há erro, pode acreditar!

Se tudo isso não bastasse, pense no fato de que os militares são julgados por seus parceiros de farda. Imagine médico julgando médico, professor julgando professor, polícia julgando polícia. Bandido julgando bandido, mídia julgando mídia. Aliás, já viste um grupo de mídia, nem digo criticar, mas noticiar sobre outro grupo de mídia?! Captou!?


Por jloeffler – No dia 12/11/2016

Publicado em 11 de Novembro de 2016 às 08h51

O Superior Tribunal Militar (STM) aumentou a pena aplicada a quatro oficiais do Exército – três majores e um capitão-, acusados de montarem um esquema fraudulento, que desviou cerca de R$ 1,7 milhão do Centro de Pagamento do Exército (CPEx). O major, tido como chefe do esquema, vai cumprir quase 10 anos de reclusão, em regime fechado.

Em um voto extenso, o ministro relator, Cleonilson Nicácio Silva, disse que a conduta do major se revelou egoísta, com meios inescrupulosos e modus operandi improbo, o que implicou na majoração da pena aplicada.

Segundo a denúncia do Ministério Público Militar, em de abril de 2002, o Centro de Pagamento do Exército (CPEx) identificou a realização de vários pagamentos, a pensionistas, processados indevidamente. Durante as investigações, foi constatada a implantação de mais de 50 pensionistas laranjas.

A promotoria informou que fichas-cadastro implantadas no Sistema de Pagamento do Exército tinham erros grosseiros, como pensionistas e instituidores não cadastrados no sistema da Seção de Inativos e Pensionistas (SIP), processos não localizados, contas invertidas e valores indevidos, inexistência de desconto de Imposto de Renda, melhoria de pensão e pensão ainda não julgada, saques de parcelas remuneratórias não cumulativas, alteração de compensação orgânica com base na mudança de posto de referência e inexistência no banco de dados do CPEx dos endereços desses pensionistas.

Perícia -Os peritos de informática constataram que as pessoas haviam sido implantadas supostamente no Comando da 1ª Região Militar (Cmdo 1ª RM), situado no Estado do Rio de Janeiro. Todavia, após a análise dos arquivos, comprovou-se que as implantações estavam associadas ao Órgão Pagador da 15ª Circunscrição de Serviço Militar (15ª CSM), situado no Estado do Paraná.

Foram implantados, de forma irregular, 54 pensionistas fantasmas. Todas as contas bancárias identificadas nos cadastros dos falsos pensionistas foram abertas na Caixa Econômica Federal, em agências situadas principalmente nos Estados de Pernambuco e da Paraíba, sendo que todas, com exceção de três contas, foram abertas no primeiro trimestre de 2002. Dos 54 falsos pensionistas, apenas quatro não tiveram seus nomes utilizados na execução de qualquer pagamento, disse a denúncia.

Os peritos de informática verificaram que, para a realização da fraude, foi necessária a criação de programas, que alteravam as rotinas previstas feitas dentro do Sistema de Pagamento de Pessoal do Exército (SIAPES) e com códigos pessoais de militares do próprio CPex.

Duas frentes criminosas

Em depoimento, um sargento da unidade militar afirmou que fez as modificações, cumprindo ordem verbal de um major, utilizando planilhas que lhe foram entregues por ele, também, por outro oficial, o major chefe do esquema. Depois das inserções das planilhas, os arquivos de pagamento eram transferidos para o computador de grande porte, instalado no Centro Integrado de Telemática do Exército (CITEx).

Dos pensionistas que receberam pagamentos irregulares do Exército, verificou-se que muitos eram parentes por afinidade de um dos oficiais, residentes principalmente nos estados de Pernambuco e da Paraíba.

Ainda de acordo com Ministério Público, a fraude foi feita em duas frentes: a primeira, realizada no CPEx, foi responsável pelo planejamento e pela execução das mudanças na rotina de pagamento do Exército por parte dos oficiais; e a segunda, em algumas cidades dos Estados de Pernambuco e da Paraíba, onde foram recrutadas diversas pessoas, para abrirem contas de caderneta de poupança na Caixa Econômica Federal, com a promessa de receberem um benefício do Governo ou um emprego futuro, dentre outros argumentos apresentados, sob a condição de não ficarem com a posse dos cartões magnéticos.

Esse recrutamento, informou a promotoria, teve a participação direta de seis civis, todos cunhados de um dos militares do CPEx, e, ainda, a participação de outros dois civis. O grupo ficava com a posse dos cartões magnéticos das contas de poupança dos falsos pensionistas, possibilitando os diversos saques e movimentações bancárias que foram realizados.

De acordo com o laudo pericial contábil, foram desviados para as contas de poupança dos falsos pensionistas o montante de R$ 1.767.924,13, sendo revertido para o CPEx a quantia de R$ 971.886,23, restando como prejuízo para o Exército Brasileiro o valor original de R$ 796.037,90. Ainda de acordo com o Ministério Público, com os valores corrigidos, a fraude causou um prejuízo de R$ 3,4 milhões, em valores atuais.

Dos diversos saques efetuados nas contas dos falsos pensionistas, vários foram filmados pelas câmaras da Caixa Econômica Federal , o que possibilitou a identificação de alguns dos autores dos saques, bem como de algumas movimentações financeiras, realizadas nessas contas dos réus.

Denúncia -Diante das provas coletadas, o Ministério Público Militar (MPM) denunciou diversos militares e civis, que foram identificados como integrantes do esquema criminoso operado dentro do quartel do Exército. O Cpex é o órgão do Exército responsável pelo pagamentos de todos os militares da Força, pensionistas e servidores civis.

Agindo em co-autoria, sustentou a acusação, os réus obtiveram vantagem pecuniária ilícita em prejuízo do Exército Brasileiro, que foi mantido em erro, mediante modificações fraudulentas nos programas do Sistema de Pagamento; crimes de estelionato praticados pelos civis, crimes de receptação e peculato, por parte dos militares.

Todos foram denunciados à Justiça Militar da União (JMU), na Auditoria de Brasília, em 21 de janeiro de 2003. E, desde então, o processo se arrastou com inúmeros recursos, inclusive pedidos diversos de perícias. Somente a Sessão de julgamento foi adiada 17 vezes, muitas delas em virtudes do não comparecimento dos réus ou de suas defesas.

Julgamento -Em Sessão de 25 de novembro de 2014, o Conselho Especial de Justiça da 1ª Auditoria da 11ª CJM julgou e condenou quatros oficiais do Exército e dois civis. O major, considerado chefe do esquema, recebeu a pena de cinco anos e cinco meses de reclusão. Um outro major foi condenado à pena de cinco anos e quatro meses de reclusão; um capitão e outro major, ambos, à pena de três anos e nove meses de reclusão, todos por estelionato, crime previstos artigo 251 do Código penal Militar, em regime semiaberto e o direito de apelar em liberdade.

Dois civis também foram condenados à pena de três anos de reclusão, também por peculato. Foram absolvidos, um capitão, um subtenente, dois sargentos e dois civis por não terem cometido crime algum, decidiu os juízes de primeiro grau.

Inconformadas com as condenações, as defesas dos quatros oficiais resolveram apelar junto ao Superior Tribunal Militar (STM).

Ao analisar o recurso, nesta terça-feira (9), em um julgamento longo, de mais de 8 horas de duração e finalizados às 22h30, e com 14 recursos preliminares, o relator, ministro Cleonilson Nicácio Silva, resolver manter as condenações e aumentar a pena aplicada a todos os quatro oficiais.

Em seu voto, o ministro destacou a participação de um deles, o major tido como chefe do esquema montado dentro do CPex para desvio de dinheiro público. A defesa do oficial pediu a absolvição dele, sustentando a (…) falta de prova material do cometimento da infração (…) ao argumento de que (…) não há nada, nestes autos, que demonstre que o acusado (…) tenha, de alguma forma, causado qualquer prejuízo ao erário pela inclusão de falsos pensionistas no sistema de pagamento (…).

Para o relator, a defesa não tinha razão, uma vez que foram comprovadas a autoria, a materialidade e a culpabilidade do réu. Ele sustentou também que os autos comprovam que o acusado foi um dos idealizadores e principais executores da empreitada criminosa. Afinal, ordenou a criação de programas que alteravam a rotina de pagamento da Força Terrestre, possibilitando a inclusão de falsos pensionistas.

Além de manter a condenação, o ministro decidiu por aumentar a pena imposta ao major para 9 anos, 8 meses e 20 dias de reclusão e definiu o regime fechado para o cumprimento da pena.

Sopesaram em seu desfavor a intensidade do dolo ou grau da culpa, o modo de execução, os motivos determinantes e a insensibilidade, a indiferença ou o arrependimento após o crime. Impõe-se o reconhecimento desfavorável dessa circunstância, afinal, o réu manipulou seus subordinados para a criação de programas de informática que alteravam a rotina do pagamento dos pensionistas do Exército Brasileiro, evidenciando o elevado juízo de censura de sua conduta.

O acusado agiu de forma premeditada, organizando e planejando a prática delituosa, atuando, até mesmo, na cooptação de indivíduos humildes para que abrissem contas correntes na Caixa Econômica Federal com objetivo de receber indevidamente importâncias em prejuízo da Administração Militar, fundamentou o relator.

O segundo major, foi condenado à pena de 8 anos e 9 meses de reclusão, em regime fechado; o terceiro major, à pena de pena de 5 anos de reclusão, em regime semiaberto e o capitão, à pena de 4 anos, 10 meses e 10 dias de reclusão, em regime semiaberto.

Os demais ministros do STM, por maioria, acompanharam o voto do relator, que manteve a condenação e exasperou a pena impostos aos militares do Exército.

Fonte: Superior Tribunal Militar

Caiado por fora, merda por dentro!



Se você, que a marchou ao lado do Movimento de Bundas Liberadas ainda não vomitou, não se preocupe. Eu vomito por ti! Pedro Taques, outro da turma turma do Ronaldo Caiado e do Demóstenes Torres, é também parceiro do Napoleão das Alterosas. Como disse o Rodrigo Duvivier, Dani Schwery tem jeito de quem limpa o chão merda. Não bastasse a pomba gira da Janaína Paschoal e da “mulher selva” dos cogumelos alucinógenos, agora aparece Dani Schwery posando de Madalena Arrependida.

Nem a República de Saló reuniu tanta gente escrota.

O resultado disso tudo é esse cheiro insuportável. De Geddel Vieira Lima à Rede Globo, passando por José Sarney, Gerdau, RBS, Lista de Furnas, Lista Falciani, Lista Odebrecht e Panama Papers.

Tem razão o Michel Temer, como se sentir normal com tanta ânsia de vômito. Agora, se o Mi Shell resolver proibir nosso vômito teremos de defeca-lo!


Postado em 20 Nov 2016 -por : Mauro Donato


Dani Schwery em seus tempos de militância pró impeachment

Um plano encabeçado e financiado por Aécio Neves e Ronaldo Caiado; eleições indiretas são para salvar FHC; movimentos pró impeachment como o MBL são fantoches.

Quem afirma é Daniela Schwery, uma das primeiras manifestantes a conclamar a população a ir para as ruas ‘contra a ditadura comunista que seria a reeleição de Dilma’, cujos vídeos atingiam 70 mil views.

Dizendo-se enganada pelo PSDB, hoje Schwery desfiliou-se do partido e ganha a vida como assessora do humorista Juca Chaves. Ela conversou com o DCM na última sexta-feira. A seguir, os principais trechos da entrevista.

DCM: Esses grupos sempre se disseram independentes, espontâneos, apartidários que não recebiam dinheiro de partidos ou de políticos. Mesmo quando todo mundo já sabia que o Vem Pra Rua, por exemplo, tinha dinheiro do Jorge Paulo Lehmann, sócio da cervejaria Ambev.

Schwery: Espontâneo o cacete. Eu fui a uma reunião quando o Vem Pra Rua estava querendo surgir no cenário com o Rogerio Chequer. Era gente que não queria aparecer, sempre ficou escondida, não subia nos carros de som. Essa turma é PSDB.

DCM: Você diz que MBL, Vem Pra Rua e afins não são movimentos sociais? O que são então?

Schwery: Eles são profissionais da comunicação. Eles estudam as massas e tal. Rogério Chequer é um profissional da comunicação. Quando ia a eventos ele orientava até na hora de tirar fotos. A Carla Zambelli é amiga do Augusto Nunes. A cúpula do PSDB é toda ligada ao Reinaldo Azevedo. Eles foram se infiltrando e forjando ser algo espontâneo. Mas nós nunca reconhecemos nenhum desses grupos como liderança. A gente criticava o Lula por não ter estudo e daí vem o Kim Kataguiri? Me poupe.

Mas você não fazia parte? A todo momento usa termos como ‘nós’ e ‘eles’. Quem são os ‘nós’ e os ‘eles’?

‘Eles’ são essa turma liberal. Eles caíam matando em cima de mim porque eu era do PSDB e para eles PT é igual PSDB. Eu também acho isso, mas eles são uns hipócritas porque fazem esse discurso enquanto a cúpula deles… Humm.

Tudo encenação?

O que foi aquela marcha a pé até Brasília? Ridículo. Saíam da marcha, comiam bem, dormiam em hotéis e voltavam para a estrada para fazer fotos. A Carla Zambelli é amicíssima do Danilo Amaral do ‘Acorda Brasil’, um cara que ia para manifestação contra corrupção mas que foi citado 18 vezes na Lava Jato.

Quem então é a cúpula, quem puxou todo esse processo?

Aécio e Caiado. No começo houve um acordo ‘todo mundo com todo mundo’ para unir forças, ignorando nossas diferenças. Mas a cúpula dessa galera não era clara pras pessoas. E quem conduziu dessa maneira foi o Aécio junto ao Caiado, que fizeram um acordão para que o pedido de impeachment produzido pelo Helio Bicudo fosse adiante numa grande jogada. Caiado pagou a Carla Zambelli para liderar esse processo todo de empurrar o impeachment do Bicudo, por isso queremos CPI desses ‘movimentos’.


Mensagem de celular de Carla Zambelli, dos Nas Ruas

Mas impeachment não era o desejo de vocês?

A gente queria novas eleições, derrubar o Temer também, mas depois começaram a fantasiar a coisa toda, separar as contas da Dilma e do Temer, do PT e do PMDB. Pegaram a pior argumentação, que era a das pedaladas. Nós ficamos putos.

As coisas que vocês (referindo-se ao DCM) criticam, nós concordamos. Temos a autocrítica de que tudo que serviu para Dilma serviria para o Alckmin também. Nós sempre alertamos que se o PT fosse derubado a Lava Jato iria chegar no PSDB também. Repare que no começo o PSDB se dizia contra o impeachment.

Havia vários pedidos de impeachment. Por que brigaram para fazer valer o capitaneado por Helio Bicudo, Janaína Paschoal e Reale Junior?

O primeiro pedido de impeachment quem fez foi o Bolsonaro. Tinha fundamentação para derrubar os dois, a chapa. Apoiamos. Não se tratava de ser pró Bolsonaro ou não. Mas já tinha um pedido lá, então que fosse aquele. Mas a cúpula depois entrou com outros pedidos para retardar o processo enquanto construía o marketing todo. Foi então que apareceram a Carla Zambelli, a Janaína Paschoal, para fazer toda essa engrenagem em torno do pedido do Helio Bicudo.

Tudo ficou aparelhado. Conseguiram o ‘aval’ de 43 ‘movimentos sociais’ e pronto. Mas que movimentos? Alguém que tinha uma página no facebook com 600 curtidas era um ‘movimento’. Um grupinho de WhatsApp era um ‘movimento’, tinha um nome, assinaram lá e pronto. Muita gente foi enganada, não concordou depois de ter assinado, mas a Carla dizia ‘agora já era, sua assinatura já foi’.

Tudo isso com qual a intenção?

Eleições indiretas. A gente alertava sobre isso. O FHC, se você perguntar ele vai dizer que não, mas ele aceita voltar. Deve estar com o c… na mão com o avanço da Lava Jato e já fez as continhas de que antes de 2018 a operação chegaria nele. Então o Xico Graziano [um dos principais assessores do ex-presidente, autor do artigo “Volta, FHC”] já veio arquitetando isso, visando o foro privilegiado.

Quando então a ficha caiu? Há uma mensagem entre vocês de Heduan Pinheiro de um tal Movimento Brasil Melhor instruindo como fazer para a mobilização ‘parecer’ democrática, que deveria ‘parecer’ espontânea perante a mídia… termos explícitos revelando que tudo sempre foi uma farsa. Por que demorou tanto para perceber?

É difícil. Eu era uma idiota, iludida. Essa turma de Aécio Neves, Ronaldo Caiado, eles iam enfiando os assessores de imprensa nos grupos de WhatsApp. A gente não sabia quem era quem.

O DEM aos poucos ‘contratava’ essas lideranças dos grupos como assessoria de comunicação, mas era pagamento pois eles não podiam falar claramente: “Vou te dar uma grana para você fazer o que eu quero”. Mas somos umas formigas contra o poderio. Eu tentava alertar as pessoas. Dizia: “O populismo mudou de lado, gente. Vamos tomar cuidado, vamos raciocinar”, poucos percebiam. Eu fiquei tomando porrada e agora muita gente me dá razão.

Em meu artigo sobre a rixa atual entre os movimentos, creditei a falta de vaga no camarote como um dos motivos. Argumento que você concorda em sua réplica. Você diz que o pessoal da Movimentomania conseguiu o que queria. Quem conseguiu o quê?

Não está vendo que agora todos são pró Temer? O Kim Kataguiri não conseguiu a coluna dele na Folha? Jornalistas sem emprego e aquele menino vazio escrevendo na Folha, não é uma conquista? Do Vem Pra Rua, nove pessoas conseguiram cargos na FIESP. O tal Forum Internacional da Carla quem financiou foi o DEM.


Só o DEM?

Tem dinheiro da Companhia Suzano também, os Feffer.

Neste domingo ocorrerá uma manifestação puxada pelo Vem Pra Rua em defesa da Lava Jato e das 10 Medidas Contra a Corrupção. É mais uma mentira então?

Sobre eles eu concordo quando você diz que posam de indignados. Eles são profissionais. Sentam com o pessoal do PSDB e começam a contar prazo, eles sabem quando irá acontecer tal coisa e se mobilizam previamente para as datas ficarem próximas. Eles fazem uma coisa bem trabalhada, com profissionalismo, com marketing.

Esse negócio das 10 Medidas é tudo palhaçada, Onyx está sendo populista. Quem não gosta de ouvir aquilo? Se querem reconhecer caixa 2 como crime agora é porque querem deixar todo um passado para trás. Só agora é crime? Isso é para salvar o rabinho deles. Por isso o pessoal da intervenção militar entrou de sola na última quarta-feira e a gente entrou para defendê-los.

Defendê-los?

Eu os admiro porque são resilientes. Pode ser que o mote deles não seja o mais adequado, mas para quebrar essa estrutura que está aí, eles são loucos o suficiente. É um desespero. A gente vê que a Lava Jato está murchando e que o PSDB vai sair ileso e ainda mais fortalecido disso tudo… não é de ‘emputecer’? Sei que não é ideal nem adequado, mas é desespero.

Tem recebido ameaças?

Sim, já foram atrás até da minha mãe. Sinceramente, tenho mais medo do pessoal do PSDB que do pessoal do PT. Eles são ardilosos, são requintados na maldade.


quarta-feira, 9 de novembro de 2022

Rombo de R$ 400 bilhões de Bolsonaro:


Rombo de R$ 400 bilhões de Bolsonaro: economistas explicam como Lula deve agir
Fórum ouviu Marcio Pochmann, ex-presidente do Ipea, e Marco Antônio Rocha, professor da Unicamp, que expuseram o grave problema e opinaram sobre como sair da enrascada criada pelo atual governo

Créditos: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Escrito en ECONOMIA el 9/11/2022 · 18:02 hs

Toda a empáfia de Paulo Guedes sobre “responsabilidade fiscal” e o discurso vago e moralista de Jair Bolsonaro (PL) no que diz respeito a questões econômicas, ainda que o futuro ex-presidente assuma abertamente que não compreende bulhufas sobre o assunto, trouxeram como resultado o inverso do que prometiam há quatros: um cenário e equilíbrio nas contas públicas e um controle castiço com os gastos do governo federal.

A eleição passou, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu e a bomba foi lançada no colo do presidente eleito. Um rombo astronômico inicialmente calculado em R$ 250 bilhões, mas que, segundo o ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, é na verdade de R$ 400 bilhões.

Bolsonaro violou por várias vezes o orçamento que tinha à disposição, sempre pressionando o Congresso por mais dinheiro. Sua estrepolia final e fatal foi a PEC criminosa e eleitoreira que saiu distribuindo “auxílios” a torto e a direito, muito além do necessário e indispensável Auxílio Brasil, o que terminou por explodir com as finanças públicas.

A reportagem da Fórum foi ouvir dois economistas reconhecidos, Marcio Pochmann, ex-presidente do Ipea, e Marco Antônio Rocha, professor da Unicamp, para entender melhor o que aconteceu durante o mandato do atual presidente de extrema direita que resultou no desastre fiscal atual e pediu também que os dois especialistas apontassem caminhos para que Lula consiga equacionar esse que talvez seja o maior problema que herdará de Bolsonaro.

Pochmann lembrou que Bolsonaro, Guedes e suas equipes se jactavam de uma suposta responsabilidade com as contas e que, com esse discurso, esvaziaram investimentos e programas sociais e ainda assim deixam um déficit colossal.

“Mesmo diante de toda a retórica de compromisso com o equilíbrio fiscal, o governo Bolsonaro se despede deixando um enorme déficit nas contas públicas. Um déficit, inclusive, alterado em sua trajetória, mesmo com uma política forte de restrição de gastos, especialmente nas áreas social e de ciência e tecnologia, e também pela própria política de privatização”, começou explicando.

O ex-presidente do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), de 2007 a 2012, lembrou que toda a doutrina de Guedes, de um neoliberalismo extravagante, resultou mais uma vez num caos social e na perda de controle das contas públicas.

“Mais uma vez, comprova-se quanto o receituário neoliberal consegue na prática efetuar o que propõe. O déficit estimado para o ano de 2023 começa a ser melhor expresso com as informações que chegam após o encerramento das eleições, até então vigorava o discurso emblemático de que o país era um dos poucos que crescia no mundo, que reduzia inflação e reduzia o emprego. Agora sabe-se o quanto isso era artificialidade, a partir da melhor compreensão do tamanho da desorganização das finanças públicas deixadas por esse governo”, acrescentou Pochmann.

Já Marco Antônio Rocha começou desmistificando o tão venerado teto de gastos e explicando que o tal rombo não é exatamente um problema financeiro, mas sim uma questão política que agora se transformou numa espécie de arapuca para Lula, que já recebera a faixa com o enorme pepino nas mãos.

“Antes de discutir o tamanho do tal rombo, valem algumas considerações. Primeiro de tudo temos essa falsa imagem de que há um ‘problema de caixa’, ou que não há dinheiro por conta de um rombo deixado, como agora por exemplo, pelo governo Bolsonaro. O problema aí é a série de buracos deixada no orçamento de 2023, na Lei Orçamentária de 2023, pra ser mais preciso. Verbas que deveriam ser contempladas, que deveriam estar no orçamento, e que não foram. É menos um problema de falta de dinheiro e mais um problema, digamos, de armadilha política, de uma bomba política, que o governo Bolsonaro deixou armada. Ou seja, ele deixou para o próximo governo uma obrigação de renegociar todo um orçamento porque toda a peça orçamentária de 2023 é uma piada, uma obra ficcional, porque sequer contemplava verbas de custeio. Sabendo disso, já foi deixado dessa forma para que o próximo governo chegasse tendo que renegociar toda a questão orçamentária pra contemplar despesas fundamentais. É um problema muito mais de ordem política do que de ordem financeira, e é mais uma herança deixada por Jair Bolsonaro, entre tantas outras péssimas heranças, colocando um governo que acabou de ser eleito diante de uma pesada e difícil negociação política”, explanou Rocha.

O professor da Unicamp falou sobre a desorganização de não prever gastos essenciais e fundamentais com estrepolias fiscais encampadas por Bolsonaro, que ao fim resultou na bomba que agora precisará ser desarmada pelo presidente eleito.

“Quando a gente fala desse buraco orçamentário, se formos pensar de forma bem simples, tem o pacote de medidas de auxílio eleitoreiro, assim como alguns auxílios fundamentais, como é o caso do Auxílio Brasil, que precisam ser recompostos para o ano que vem. A discussão é sobre o Auxílio Brasil e a transformação dele de volta em Bolsa Família, só que para além disso, há uma série de outros pontos não contemplados na Lei Orçamentária de 2023, muitos relacionados a custeios de atividades fundamentais, e de reestruturação de políticas sociais fundamentais, como por exemplo o sucateamento e o abandono dos órgãos de fiscalização ambiental e a Farmácia Popular, são verbas que precisam ser custeadas porque sem esses serviços há uma ameaça ao funcionamento do Estado brasileiro. Há também outras questões que estão relacionados a um conflito distributivo que o governo Bolsonaro empurra para o próximo governo, como é o caso do reajuste dos servidores públicos, que até podem nem ser contemplados na PEC que será apresentada, mas estão neste conflito distributivo, já que estão quatro ou cinco anos sem reajusto e diante de uma significativa inflação. O custeio das universidades federais também está muito comprometido, com algumas ameaçando sequer continuarem funcionando o ano que e, tudo isso, somado, é parte de um conflito político que o governo Bolsonaro deixou armado para o próximo governo. É certo que tudo isso criará um desgaste político para o próximo governo” detalhou.

Rocha aproveitou para alertar sobre as negociações que já foram iniciadas no Congresso para que, talvez, uma PEC seja usada para modificar o desastroso orçamento deixado por Bolsonaro para o próximo ano, embora a equipe econômica de Lula e o próprio presidente eleito estejam mais inclinados a achar soluções que não passe pelo parlamento, para evitar “dívidas” precoces com deputados e senadores.

“Quando falamos do valor da PEC, se ela será de R$ 200 bilhões, ou R$ 400 bilhões, isso não é o que mais importa. O que importa de fato é: o que você vai querer recompor nessa primeira negociação. Quanto mais o governo conseguir recompor isso, significa que ele terá menos conflitos com bases de apoio suas em 2023, mas ao passo que ocorrerá um conflito maior com o mercado financeiro, que quer reduzir isso o máximo possível. A gente não pode deixar de lembrar que ocorreram ações deliberadas do governo Bolsonaro para desmontar uma série de políticas públicas e por consequência desmontar certas estruturas do Estado Brasileiro, como os órgãos de fiscalização ambiental que eu já citei, as universidades federais, enfim. O custeio dessas instituições já está tão comprometido que, o que parece comprometido agora é o funcionamento delas. Eu quero chamar a atenção, de novo, para o fato de que não é só uma conta financeira, mas sim uma conta política. Quanto mais o governo conseguir empurrar o volume dessa PEC, criando assim um quadro de desgaste com o mercado financeiro, também vai significar ao longo de 2023 um desgaste político menor do futuro governo”, acrescentou o acadêmico da universidade paulista.

Voltando a Marcio Pochmann, a pergunta sobre como sair desse enrosco é respondida com um verdadeiro mantra do mundo econômico, tão real quanto indispensável para o Brasil.

“O novo governo deverá estabelecer um caminho que não passe, evidentemente, pela prevalência do neoliberalismo. É necessário compreender que parte importante da diferença entre o que o Estado brasileiro arrecada e ele gasta, está diretamente vinculada à ausência de crescimento econômico. A economia precisa ser rapidamente estimulada a voltar a crescer em bases sólidas, por que a ampliação da atividade econômica vem acompanhada de maior arrecadação, e, portanto, melhores condições para enfrentar o desequilíbrio das contas públicas no Brasil”, concluiu Pochmann.

Marco Antônio Rocha, questionado sobre uma saída para o grave problema, preferiu insistir numa composição orçamentária que efetivamente cubra os gastos com o que importa e é essencial, resgatando o país, o povo e a própria estrutura estatal do país, não sem acabar com o famigerado teto de gastos e com uma reestruturação do falido e ineficiente regime fiscal brasileiro.

“A saída agora é negociar essa composição orçamentária, cobrir todas essas questões relativas, pois é uma discussão pública, é uma discussão política porque afinal definirá o curso dessa reconstrução nacional, e que foi legitimada pelas urnas, e na mesma PEC estipular a reestruturação do regime fiscal brasileiro, até porque o teto de gastos não de certo, e isso é consensual, e outras regras que são muito impeditivas do planejamento orçamentário. Reestruturar o regime fiscal brasileiro, revogar o teto e reforçar o orçamento dentro do que necessário, do razoável tendo em vista a intenção que temos de reconstruir as funções do Estado brasileiro”, pontuou Rocha.

Gal Costa, uma das maiores cantoras do Brasil, morre aos 77 anos

Informação foi confirmada pela assessoria da cantora. Foram 57 anos de carreira e clássicos da MPB como 'Baby', 'Meu nome é Gal', 'Chuva de Prata', 'Meu bem, meu mal' e 'Barato total'.

Por g1

09/11/2022 11h11 Atualizado há 11 minutos
Adriana Spaca/Brazil Photo Press via AFP/Arquivo

Gal Costa, uma das maiores cantoras do Brasil, morreu aos 77 anos, em São Paulo, nesta quarta-feira (9). A informação foi confirmada pela assessoria da cantora. Ela havia dado uma pausa em shows, após passar por uma cirurgia para retirar um nódulo na fossa nasal direita.


Maria da Graça Costa Penna Burgos nasceu em 26 de setembro de 1945 em Salvador e foi a voz de clássicos da MPB como "Baby", "Meu nome é Gal", "Chuva de Prata", "Meu bem, meu mal", "Pérola Negra" e "Barato total".

Foram 57 anos de carreira, iniciada em 1965, quando a cantora apresentou músicas inéditas de Caetano Veloso e Gilberto Gil. Ela ainda era Maria da Graça quando lançou "Eu vim da Bahia", samba de Gil sobre a origem da cantora e do compositor.

Os músicos João Gilberto, Caetano Veloso e Gal Costa, em agosto de 1971 — Foto: Estadão Conteúdo/Arquivo

Três anos depois, veio outro clássico: "Baby", de Caetano Veloso. A canção foi feita para Maria Bethânia, mas Gal a lançou em disco e a projetou no álbum-manifesto da Tropicália. "Divino maravilhoso" (de Gil e Caetano) foi outra da fase tropicalista.
Ao longo dos anos 60 e 70, ela seguiu misturando estilos. Dedicou-se ao suingue de Jorge Ben Jor com "Que pena (Ela já não gosta mais de mim)" e foi pelo rock com "Cinema Olympia", mais uma de Caetano. "Meu nome é Gal", de Roberto e Erasmo Carlos, serviu como carta de apresentação unindo Jovem Guarda e Tropicália.

Ao gravar "Pérola negra", em 1971, ajudou a revelar o então jovem compositor Luiz Melodia (1951-2017). No mesmo ano, lançou "Vapor barato", mostrando a força dos versos de Jards Macalé e Waly Salomão.
A cantora Gal Costa durante ensaio no Rio de Janeiro em setembro de 1968 para a capa do disco 'Gal Costa', lançado em 1969, pela gravadora Philips — Foto: Estadão Conteúdo/Arquivo

Ela seguiu gravando várias músicas de Gil e Caetano, mas foi incluindo no repertório versos de outros compositores como Cazuza ("Brasil", 1998); Michael Sullivan e Paulo Massadas ("Um dia de domingo", de 1985); e Marília Mendonça ("Cuidando de longe", 2018).

Na longa carreira, Gal lançou mais de 40 álbuns entre discos de estúdio e ao vivo. "Fa-tal", "Índia" e "Profana" foram três dos principais.
Caetano Veloso e Gal Costa no programa 'Saudade não tem idade' — Foto: Acervo Grupo Globo

Ela estava em turnê com o show "As várias pontas de uma estrela", no qual revisitava grandes sucessos dos anos 80 do cancioneiro popular da MPB. "Açaí", "Nada mais", "Sorte" e "Lua de mel" eram algumas das músicas do repertório.

Bem recebido pelo público e pela crítica, esse show fez com que a agenda de Gal ficasse agitada após a pandemia. A estreia aconteceu em São Paulo, em outubro do ano passado.

Além de rodar o Brasil, Gal entrou na programação de vários festivais e ainda tinha uma turnê na Europa prevista para novembro.

A cantora Gal Costa, durante participação especial para o disco de Gilberto Gil 'Expresso 2222', gravado no estúdio da Rádio Eldorado em São Paulo em junho de 1972 — Foto: Solano José de Freitas/Estadão Conteúdo/Arquivo

Ela deixa o filho Gabriel, de 17 anos, que inspirou o último álbum de inéditas. "A pele do futuro", de 2018, foi o 40º disco da carreira. "Está vindo a geração que salvará o planeta", disse ela ao g1, quando lançou o álbum.

O último álbum lançado foi "Nenhuma Dor", em 2021, quando Gal regravou músicas como "Meu Bem, Meu Mal", "Juventude Transviada" e "Coração Vagabundo", com cantores como Seu Jorge, Tim Bernardes e Criolo.

segunda-feira, 7 de novembro de 2022

Ex-ator Guilherme de Pádua morre aos 53 anos

Informação foi transmitida pelo pastor Márcio Valadão, da Igreja Batista da Lagoinha. Guilherme de Pádua sofreu um infarto na noite deste domingo (6/11)


Ex-ator Guilherme de Pádua morreu aos 53 anos(foto: Reprodução)

Estado de Minas 06/11/2022 22:57 - atualizado 06/11/2022 23:48

O ex-ator Guilherme de Pádua, que cumpriu pena pelo assassinato da atriz Daniella Perez, morreu neste domingo (6/11) em Belo Horizonte. Ele tinha 53 anos. A informação foi transmitida pelo pastor Márcio Valadão, da Igreja Batista da Lagoinha, em vídeo publicado no Instagram. Segundo o religioso, Pádua sofreu um infarto pouco antes das 22h.

“Recebi o telefonema de uma irmã falando de um dos nossos pastores que acabou de falecer. Aquilo para mim foi um impacto muito grande, pois hoje, às 10h, eu estava dirigindo o culto, e ele estava no primeiro banco com a esposa, servindo ao Senhor, cantando, orando, louvando (...)”, disse.

Guilherme de Pádua interpretou o motorista Bira na novela De Corpo e Alma, da TV Globo, em 1992. Seu personagem fazia par romântico com Yasmin, vivida pela atriz Daniella Perez, filha da autora Glória Perez. No decorrer das gravações, Pádua assassinou Daniella com a ajuda da ex-mulher, Paula Nogueira Thomaz.

As investigações da época dão conta de que Guilherme teria ficado insatisfeito com a diminuição de seu papel na novela, enquanto Paula demonstrava ciúmes pelas cenas de Daniella com o ator.

Após armar uma emboscada para a atriz em um posto de combustíveis, o casal a levou para um matagal na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e desferiu pelo menos 20 golpes de punhal. O crime ocorrido em 29 de novembro de 1992 chocou todo o país.

Pastor Márcio Valadão anunciou a morte de Guilherme de Pádua

“É um moço que a sociedade não compreende, porque ele praticou aquele crime tão terrível da Daniela Perez, foi preso, cumpriu a pena e se converteu. Era uma lagarta e virou borboleta. Dentro de casa, caiu e morreu. Morreu agorinha. Acabou de morrer”, lembrou Márcio Valadão.

Por ter matado Daniella Perez, Guilherme de Pádua foi condenado a 19 anos e 6 meses de prisão. Após cumprir um terço da pena, ele ganhou liberdade em 14 de outubro de 1999. Posteriormente, aderiu à Igreja Batista da Lagoinha, na qual tinha um trabalho social com ex-presidiários, segundo Valadão.

“Esse moço, Guilherme de Pádua, ficou tão conhecido. Era um artista de TV e fez aquela besteira anos atrás. Até hoje fica um estigma muito grande. Mas eu tive o privilégio de conviver com ele. Durante muitos anos, esteve conosco. Depois que saiu da prisão, cumpriu a pena, e hoje tem um trabalho de cuidar de ex-presos no ministério pastoral”.

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