O Profissão Repórter acompanhou de perto a greve dos caminhoneiros e seus reflexos para a população.
Na última semana, os protestos de caminhoneiros pararam o Brasil. Caco Barcellos e suas equipes se dividiram para mostrar a interdição de estradas e os reflexos da greve em São Paulo. Confira a reportagem completa no vídeo acima.
Na rodovia Régis Bittencourt, que liga São Paulo ao Sul do país, caminhoneiros reclamam do preço do combustível e se dizem dispostos a permanecer na rodovia por muitos dias. Eles receberam apoio de moradores, que doaram alimentos e itens de higiene. Mas também houve momentos de tensão: um carro tentou passar pelo bloqueio, foi hostilizado pelos manifestantes e logo depois o motorista os ameaçou com uma pistola automática.
Outro ponto de paralisação aconteceu no porto de Santos, o mais importante do Brasil e o mais movimentado da América Latina. Os caminhoneiros autônomos reclamam que o valor do frete é insuficiente para bancar a manutenção dos caminhões, que circulam com pneus carecas e paralamas quebrados. Os manifestantes revelam receber apoio de empresas para seguir parados.
Em São Paulo, também teve protesto de motoqueiros, que se solidarizam com os caminhoneiros e reclamam da alta dos combustíveis.
Como reflexo da paralisação, motoristas fizeram fila para abastecer seus carros. Cerca de 20% do combustível que falta nos postos do país saem da refinaria da Petrobrás em Paulínia, interior de São Paulo. É a maior refinaria do Brasil, agora também sob risco de paralisação. No final da tarde de sábado (26), o Exército fez o primeiro comboio de proteção às carretas que levam querosene de aviação para o aeroporto de Viracopos.
No domingo (27), o presidente Michel Temer anunciou uma redução no preço do diesel de 46 centavos por litro e uma série de concessões aos caminhoneiros, mas centenas deles continuaram parados.
Na terça-feira (29), o Exército e a Polícia Rodoviária Federal foram até o ponto de bloqueio na Régis Bittencourt para garantir a saída de caminhões que ainda continuavam parados no acostamento. Na tarde desta quarta-feira (30), as Forças Armadas escoltaram caminhões para dentro do porto de Santos, mas um grupo de caminhoneiros afirma querer continuar com a greve
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