terça-feira, 20 de dezembro de 2022

Genoíno: “Não podemos conciliar com o Alto Comando das Forças Armadas


Por Redação PG13
Página 13 reproduz entrevista com José Genuíno, publicada no site de Diálogo e Ação Petista (agrupamento de militantes petistas de diferentes tendências), sobre o tema das Forças Armadas e o governo Lula. Nesta conversa, o dirigente petista aponta vários elementos importantes, sobretudo a importância de acabar com a tutela militar e colocar efetivamente os militares sob comando do poder civil.




Publicado site www.petista.org.br

Ex-presidente do PT, deputado Constituinte e por sete mandatos, além de ex-assessor especial do Ministério da Defesa, José Genoíno, que dispensa maiores apresentações à militância petista, tem sido uma voz importante no combate à adaptação do PT às Instituições burguesas do Estado brasileiro. Crítico à política que parece se desenhar para o futuro governo Lula em relação às Forças Armadas, Genoíno conversou com o DAP a este respeito no dia 4 de dezembro. Ele também falou sobre como vê a situação das negociações com Lira e o Orçamento no Congresso.

Diálogo e Ação Petista: Até que ponto chegou a politização das Forças Armadas?

José Genoíno: Essa politização é obra do inominável, desde quando ele lançou a candidatura dele na AMAN (Academia Militar das Agulhas Negras), em 2014.

Depois houve a intervenção no Rio de Janeiro comandada pelo general Braga Neto, seguida da nomeação de dois oficiais generais para o gabinete do Dias Toffoli, no Supremo Tribunal Federal. E o twitter do general Villas Bôas, em abril de 2018 (na véspera do julgamento de um habeas corpus de Lula no STF, NdR). E a quantidade enorme de generais de quatro estrelas em cargos estratégicos da administração civil.É o escandaloso exercício da tutela militar, os militares comandando o poder civil.
Essa politização via tutela militar tem que ser rompida. Conciliar com isso seria um grande equívoco.

Como acabar com essa politização?

Não podemos conciliar nem negociar com o Alto Comando das Forças Armadas.
Não podemos conciliar com quem, no Alto Comando, questionou as urnas eletrônicas, o resultado das eleições, embarcou na guerra cultural contra o politicamente correto. Nada disso é papel das FFAA.
É preciso exercer o comando civil sobre as FFAA.O Presidente deve exercer claramente o papel de comandante supremo das FFAA como está na constituição (Art. 84-b- XIII, NdR). Não se faz acordo com o Alto Comando militar. O que se faz é exercer o comando civil sobre as forças militares por intermédio do Ministro da Defesa. A desmilitarização do poder civil tem que ser feita de imediato e de uma só vez. Militar da reserva que está exercendo cargo civil tem que ser mandado para casa. Militar da ativa tem que ser mandado de volta para o quartel. Tem que ficar claro e explícito que é o poder civil que manda. Não se faz acordo com o Alto Comando. Acordo se faz com os partidos políticos.

Que reformas deveriam ser feitas nas Forças Armadas?

A primeira coisa é discutir o que é e o que deve ser uma política de defesa. O primeiro problema de segurança do Brasil é enfrentar a vulnerabilidade social em que o país está mergulhado.
Segundo avançar na cooperação regional uma vez que o Brasil não tem nenhum problema militar com seus vizinhos. Terceiro o acesso a tecnologias sensíveis. Enquanto os militares estão preocupados com urna eletrônica, a guerra da Ucrânia, que os EUA estão movendo por procuração contra a Rússia, mostra que as grandes novidades nas armas de guerra são o míssil e o drone. É com esse tipo de problema que eles têm que se preocupar.A política de defesa é submeter o poder militar ao poder civil. É inaceitável que os militares queiram ter o monopólio do patriotismo. Inaceitável que queiram tutelar. Também é preciso estabelecer um regime de quarentena para militares que vão participar da política e não apenas para eles. Para todos os que ocupam funções de Estado, como juízes, promotores, policiais, e vão ingressar na política, é preciso ter quarentena.Temos que abrir o debate sobre o que é política de defesa nacional.

A divulgação do relatório da Comissão da Verdade, em dezembro de 2014, cristalizou um sentimento antipetista nas Forças Armadas?

O antipetismo nas FFAA vem desde 1985 na transição da ditadura para a Nova República. Não foram passados em revista os crimes cometidos.A instalação Comissão da Verdade – e seu relatório – foi positiva porque pela primeira vez o Estado brasileiro investigou e denunciou publicamente crimes cometidos por agentes do Estado. Uma força militar da ONU comandada pelo Brasil, ocupou o Haiti de 2004 até outubro de 2017. Hoje, o presidente Biden, dos EUA, quer envolver novamente o Brasil em nova ocupação. Como responder a isso?

A expedição no Haiti foi um primeiro grande equívoco do primeiro governo Lula que não pode se repetir. Para começar, o problema do Haiti é social, de ausência de políticas públicas e não militar. O Presidente Lula não deve aceitar de modo algum que o Brasil participe de outra expedição ao Haiti. A participação na Minustah foi errada, eu falo até para corrigir a posição que defendi na época a respeito, eu mudei de posição. Foi um erro do governo Lula e esse erro não pode se repetir.
O Presidente Lula vai nomear José Múcio (que foi seu Ministro de Relações Institucionais e depois Presidente do TCU) para Ministro da Defesa. Ele terá condições de restabelecer a disciplina seriamente afetada pelas manifestações políticas de militares da ativa (por exemplo, Pazuello em ato no Rio de Janeiro, declarações golpistas de militares do Gabinete de Segurança Institucional)?
Não quero fulanizar. Quero discutir o processo que está ocorrendo, do qual eu discordo. Com as forças militares não se faz acordo, você comanda. É preciso ter uma autoridade civil em condições de comandar o Alto Comando.
E não podemos seguir a rotina do mais antigo. Quem fez pronunciamento contra as urnas, quem questionou o resultado das eleições, quem se envolveu na guerra cultural promovida pelo inominável não pode ter cargo de comando.

Como você vê o apoio anunciado pelo PT a Lira na negociação da PEC da transição?

A negociação em torno da aprovação da PEC é correta. Precisamos ter recursos para enfrentar a crise social. O que estamos discutindo, na verdade, é o Teto de Gastos.
Mas em relação ao Lira o PT deveria se limitar a dizer que não vai lançar candidato, não vai se envolver na disputa. O PT não deveria se expor declarando que apoia o Lira.
O que o partido deveria fazer é declarar que respeita a regra da proporcionalidade que é a regra da Câmara dos Deputados. Ou seja, a maior bancada indica o presidente. Além disso também não pode deixar de criticar o Orçamento Secreto.

Mas a maior bancada é do PL…
Sim, mas se o PL faz um acordo para indicar o Lira o PT respeitaria esse critério da maior bancada. Quem rompeu com essa regra foram o Severino Cavalcante e o Eduardo Cunha. A Câmara funciona com base na proporcionalidade e é isso que deveria ser respeitado. Não precisava declarar apoio ao Lira.

domingo, 18 de dezembro de 2022

As pessoas que imitam ou copiam outras procuram ser aceitas pelos outros

Você copia ou eles copiam você? Acredite ou não, tem suas vantagens, mas também grandes desvantagens.


Não me apercebi disso até que um dia a minha irmã e os meus amigos disseram-me que não era normal a minha melhor amiga ter-se tornado uma cópia idêntica de mim, como se fosse um clone. Ela usava os mesmos casacos, sapatos, blusas, comparava os mesmos acessórios e se maquiava igual; chegou até a ser namorada do meu cunhado na época.

Como uma abelha que se aproxima do mel, assim era minha amiga, 365 dias por ano e mais de 12 horas ela se encontrava em minha casa. Sua presença era tão óbvia que até meu pai a via como outra filha. Pouco a pouco, ganhou nosso carinho e amor, posso confessar que a amava como se fosse outra irmã; entretanto, as coisas mudaram ao prestar atenção em alguns de seus comportamentos estranhos.

Em algum momento, cresceu dentro de mim uma luta para recuperar minha identidade e minha própria personalidade, já que eu me sentia roubada. Foi difícil aceitar que ela não era o que eu pensava, já que era uma usurpadora. Não só desejava ter minha aparência física, mas queria ter minha família (meu pai e irmã), meus amigos e meu parceiro.
Imitar: algo que todos fazemos

O criminólogo e sociólogo francês Gabriel Tarde, em sua “Teoria da Imitação“, explica que as pessoas, de maneira consciente ou inconsciente, imitam as outras, fazem-no pelo desejo de refletir seus próprios anseios e serem aceitos.

Pode-se imitar por costume, por moda, por obediência, por educação, de maneira ingênua ou reflexiva. Imitar alguém começa por um laço social estreito, que se fortalece a partir dos gestos, atitudes ou movimentos.

Você pode até perceber que na sua relação de casal muitas vezes você consegue imitar certos comportamentos, gestos e atitudes do seu par. Fazemo-lo inconscientemente por sermos empáticos e desejarmos ser aceitos. O problema é quando imitar alguém chega a prejudicar a saúde física e emocional da pessoa, perdendo o controle da própria vida.

O mal
Uma pessoa que estuda todos os seus gestos, que copia seu sotaque ou vocabulário, que adota os mesmos hábitos, flerta com seus parceiros românticos imitando seu estilo e identidade, que copia seu mesmo look, compra os mesmos produtos, tenta entrar no seu grupo de amigos ou família e quer roubar as suas ideias, é totalmente prejudicial à sua saúde emocional.

Essas atitudes são insultuosas e assustadoras, pois podem interferir na sua vida diária e causar problemas desnecessários. Mas por que fazem isso?

1 Falta de segurança e baixa autoestima
Quando uma pessoa carece de segurança, é comum que imite alguém por quem tenha certa admiração, já que essa pessoa se converte no candidato perfeito para o que quer ser, absorvendo todos seus traços pessoais, seus gestos movimentos, frases e modo de falar.

O imitador deseja sentir essa segurança em si mesmo, já que não a encontra em seu interior; talvez, teve algum trauma na infância e por tal motivo deixou de acreditar que é capaz, assim, deseja fervorosamente converter-se nesse ídolo que admira.

Também a baixa autoestima fomenta a imitação de outra pessoa, pois deseja converter-se em alguém. O importante será trabalhar na autoconfiança para evitar imitar, já que pode prejudicar na tomada de decisões e na forma como resolvemos os problemas da vida.

2 Inveja e concorrência
Uma pessoa invejosa pelo seu sucesso fará o impossível para conseguir algo parecido com o que você tem, imitando tudo o que fizer. Em alguns casos, o imitador pode pensar que o seu sucesso esteja na forma como se veste, fala ou passa o tempo livre. Entretanto, é quase impossível que possam copiar suas conquistas pessoais fazendo exatamente o que você faz, já que cada pessoa é única e especial, já que agimos e pensamos diferente.

3 Obsessão
Imitar os outros com uma certa obsessão pode caracterizar um stalker (perseguidor); essa pessoa desejará envolver-se na sua vida romântica e cada coisa que fizer, fará igual a você. Planeja como se envolver com seus amigos e ser uma cópia de você. O problema é que essas ações podem prejudicá-lo, colocando-o em risco ao roubar aquilo que lhe pertence.

Copiar ou imitar alguém nem sempre é algo ruim, pode ser algo interessante e lisonjeiro em alguns casos. No entanto, quando a pessoa que o imita chega a prejudicá-lo, o melhor é cortar essa atitude. 
www.familia.com.br

sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

Servidor do Tribunal de Justiça vazou investigação para neonazistas em SC

Polícia cumpre mandados de busca e apreensão em endereços ligados a assessor jurídico que forneceu informações de inquérito para investigados  

BY VEJA





quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

O QUE VOCÊ HERDOU DOS SEUS FILHOS?




Eu herdei paciência
Capacidade de suportar desorganização e caos
Frieza pra lidar em situações críticas, como fraturas e cortes com sangue jorrando.
Herdei “desnojo” para limpar vômito e caca, e comer biscoito babado
Herdei medo de morrer
Medo de trânsito
Medo da noite
E o único medo de perder verdadeiro
Mas herdei coragem também, Muita
De um, herdei a necessidade de desacelerar
De outro, herdei atenção difusa
E de ambos, sagacidade para responder questões difíceis
Eu herdei vontade de montar árvores de natal, de aprender a fazer bolo de festa e assistir desenho animado
Herdei a capacidade de fazer remédio a partir de beijo, desespero e lágrimas
Eu herdei rugas, varizes, olheiras e estrias E as gargalhadas mais incríveis
Herdei emoções colhidas nas coisas mais bobas
Herdei força sobre-humana
Herdei sentidos mais apurados
Herdei um grito que se acha poderoso o suficiente para parar um trem
Herdei uma capacidade ilimitada de sentir culpa
E o cacoete irremediável de sempre olhar quando alguém grita "mãe"

Rita Almeida

Obs: Eu, Deise aprendi tb com os que poderia ter e não tive.

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