domingo, 18 de dezembro de 2022

As pessoas que imitam ou copiam outras procuram ser aceitas pelos outros

Você copia ou eles copiam você? Acredite ou não, tem suas vantagens, mas também grandes desvantagens.


Não me apercebi disso até que um dia a minha irmã e os meus amigos disseram-me que não era normal a minha melhor amiga ter-se tornado uma cópia idêntica de mim, como se fosse um clone. Ela usava os mesmos casacos, sapatos, blusas, comparava os mesmos acessórios e se maquiava igual; chegou até a ser namorada do meu cunhado na época.

Como uma abelha que se aproxima do mel, assim era minha amiga, 365 dias por ano e mais de 12 horas ela se encontrava em minha casa. Sua presença era tão óbvia que até meu pai a via como outra filha. Pouco a pouco, ganhou nosso carinho e amor, posso confessar que a amava como se fosse outra irmã; entretanto, as coisas mudaram ao prestar atenção em alguns de seus comportamentos estranhos.

Em algum momento, cresceu dentro de mim uma luta para recuperar minha identidade e minha própria personalidade, já que eu me sentia roubada. Foi difícil aceitar que ela não era o que eu pensava, já que era uma usurpadora. Não só desejava ter minha aparência física, mas queria ter minha família (meu pai e irmã), meus amigos e meu parceiro.
Imitar: algo que todos fazemos

O criminólogo e sociólogo francês Gabriel Tarde, em sua “Teoria da Imitação“, explica que as pessoas, de maneira consciente ou inconsciente, imitam as outras, fazem-no pelo desejo de refletir seus próprios anseios e serem aceitos.

Pode-se imitar por costume, por moda, por obediência, por educação, de maneira ingênua ou reflexiva. Imitar alguém começa por um laço social estreito, que se fortalece a partir dos gestos, atitudes ou movimentos.

Você pode até perceber que na sua relação de casal muitas vezes você consegue imitar certos comportamentos, gestos e atitudes do seu par. Fazemo-lo inconscientemente por sermos empáticos e desejarmos ser aceitos. O problema é quando imitar alguém chega a prejudicar a saúde física e emocional da pessoa, perdendo o controle da própria vida.

O mal
Uma pessoa que estuda todos os seus gestos, que copia seu sotaque ou vocabulário, que adota os mesmos hábitos, flerta com seus parceiros românticos imitando seu estilo e identidade, que copia seu mesmo look, compra os mesmos produtos, tenta entrar no seu grupo de amigos ou família e quer roubar as suas ideias, é totalmente prejudicial à sua saúde emocional.

Essas atitudes são insultuosas e assustadoras, pois podem interferir na sua vida diária e causar problemas desnecessários. Mas por que fazem isso?

1 Falta de segurança e baixa autoestima
Quando uma pessoa carece de segurança, é comum que imite alguém por quem tenha certa admiração, já que essa pessoa se converte no candidato perfeito para o que quer ser, absorvendo todos seus traços pessoais, seus gestos movimentos, frases e modo de falar.

O imitador deseja sentir essa segurança em si mesmo, já que não a encontra em seu interior; talvez, teve algum trauma na infância e por tal motivo deixou de acreditar que é capaz, assim, deseja fervorosamente converter-se nesse ídolo que admira.

Também a baixa autoestima fomenta a imitação de outra pessoa, pois deseja converter-se em alguém. O importante será trabalhar na autoconfiança para evitar imitar, já que pode prejudicar na tomada de decisões e na forma como resolvemos os problemas da vida.

2 Inveja e concorrência
Uma pessoa invejosa pelo seu sucesso fará o impossível para conseguir algo parecido com o que você tem, imitando tudo o que fizer. Em alguns casos, o imitador pode pensar que o seu sucesso esteja na forma como se veste, fala ou passa o tempo livre. Entretanto, é quase impossível que possam copiar suas conquistas pessoais fazendo exatamente o que você faz, já que cada pessoa é única e especial, já que agimos e pensamos diferente.

3 Obsessão
Imitar os outros com uma certa obsessão pode caracterizar um stalker (perseguidor); essa pessoa desejará envolver-se na sua vida romântica e cada coisa que fizer, fará igual a você. Planeja como se envolver com seus amigos e ser uma cópia de você. O problema é que essas ações podem prejudicá-lo, colocando-o em risco ao roubar aquilo que lhe pertence.

Copiar ou imitar alguém nem sempre é algo ruim, pode ser algo interessante e lisonjeiro em alguns casos. No entanto, quando a pessoa que o imita chega a prejudicá-lo, o melhor é cortar essa atitude. 
www.familia.com.br

sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

Servidor do Tribunal de Justiça vazou investigação para neonazistas em SC

Polícia cumpre mandados de busca e apreensão em endereços ligados a assessor jurídico que forneceu informações de inquérito para investigados  

BY VEJA





quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

O QUE VOCÊ HERDOU DOS SEUS FILHOS?




Eu herdei paciência
Capacidade de suportar desorganização e caos
Frieza pra lidar em situações críticas, como fraturas e cortes com sangue jorrando.
Herdei “desnojo” para limpar vômito e caca, e comer biscoito babado
Herdei medo de morrer
Medo de trânsito
Medo da noite
E o único medo de perder verdadeiro
Mas herdei coragem também, Muita
De um, herdei a necessidade de desacelerar
De outro, herdei atenção difusa
E de ambos, sagacidade para responder questões difíceis
Eu herdei vontade de montar árvores de natal, de aprender a fazer bolo de festa e assistir desenho animado
Herdei a capacidade de fazer remédio a partir de beijo, desespero e lágrimas
Eu herdei rugas, varizes, olheiras e estrias E as gargalhadas mais incríveis
Herdei emoções colhidas nas coisas mais bobas
Herdei força sobre-humana
Herdei sentidos mais apurados
Herdei um grito que se acha poderoso o suficiente para parar um trem
Herdei uma capacidade ilimitada de sentir culpa
E o cacoete irremediável de sempre olhar quando alguém grita "mãe"

Rita Almeida

Obs: Eu, Deise aprendi tb com os que poderia ter e não tive.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

Deputado e radialista José Antonio Daudt foi morto por dois tiros, porém até hoje não se sabe quem é o autor dos disparos


CRIME SEM CASTIGO

Áudios, datas e números: caso Daudt completa 30 anos sem solução
02/06/2018 - 15h03min
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GZH
Deputado e radialista, José Antonio Daudt morreu no dia 5 de junho de 1988Banco de Dados ZH

No dia 4 de junho de 1988, o deputado e radialista José Antonio Daudt recebeu dois disparos de espingarda na Rua Quintino Bocaiúva, área nobre de Porto Alegre, por volta das 22h20min. À 0h40min de 5 de junho, Daudt morreu aos 48 anos após agonizar no Hospital de Pronto Socorro (HPS). O assassinato deu início a uma das maiores cobertura da Rádio Gaúcha. Em 2008, o crime prescreveu sem que o autor dos disparos fosse descoberto. Passados 30 anos, o assassino de Daudt segue impune.

A seguir, ouça os três episódios do Arquivo Gaúcha - A Memória Viva do Rádio, de 2015, projeto multiplataforma que recupera áudios do arquivo da emissora, lembrando importantes coberturas jornalísticas ao longo dos últimos 40 anos.





A VÍTIMA

José Antônio Daudt era um radialista bastante conhecido pelo público. Pautava sua atuação no rádio e na tevê com fortes denúncias e dava socos na mesa do estúdio enquanto falava. Em novembro de 1986, foi eleito deputado estadual. Marcou sua atuação legislativa criando a lei que proibiu o uso de aerossóis contendo clorofluorcarbono, substância prejudicial à camada de ozônio. Com o assassinato, fatos da vida pessoal do Daudt, até então desconhecidos do grande público, vieram à tona. Segundo relatos feitos à polícia, Daudt era homossexual e tinha vida sexual movimentada. Chegara a registrar, em depoimento na Assembléia, que tinha um filho biológico. Foi descoberto, porém, que se tratava de um jovem modelo que apenas morava com ele.
Principais datas

4 de junho de 1988 - deputado e radialista José Antonio Daudt, recebeu dois disparos de espingarda na Rua Quintino Bocaiúva, área nobre de Porto Alegre, por volta das 22h20min. Instantes antes de ser baleado, o deputado estacionou o Monza num posto próximo de casa e, sozinho, atravessou a Quintino rumo ao Edifício Cristine. Ao passar pelo portão do prédio, levava na mão esquerda um exemplar de Zero Hora dominical. Na direita, o 38 no coldre. Daudt era canhoto. O atirador teria fugido em um Monza cinza-claro.

5 de junho de 1988 - À 0h40min, Daudt morreu aos 48 anos após agonizar no Hospital de Pronto Socorro (HPS).

20 de agosto de 1990 - Antônio Carlos Dexheimer Pereira da Silva, colega da vítima na bancada do PMDB, vizinho de porta na Assembléia. Médico de Erechim, Dexheimer também estava em primeiro mandato. Dexheimer tinha arma de caça e automóvel semelhante ao visto na cena do crime. Para ampliar as coincidências, Daudt teria confidenciado, dois dias antes de morrer, que estava sendo seguido por Dexheimer. O motivo seria passional. Ele estaria com ciúme de Vera, de quem se separara havia três meses, imaginando que a ex-mulher se envolvera com Daudt. Dexheimer se tornou o principal suspeito do caso. No dia 20 agosto de 1990, ele sentou-se no banco dos réus no TJ. Por ser deputado, foi julgado por 21 desembargadores. Durante três dias, o Estado parou para acompanhar os debates, transmitidos ao vivo por rádio e TV. Pela primeira vez no país, um tribunal permitia a transmissão ao vivo da sessão.

23 de agosto de 1990 - Foram 14 votos pela absolvição (oito por falta de provas e seis por entender que o réu não cometeu o crime) contra sete pela condenação. O 14º voto de absolvição foi proferido às 2h de 23 de agosto de 1990 pelo desembargador Tupinambá do Nascimento:

– Até o ano de 2008, quando completar 20 anos do crime, ainda dá para encontrar quem matou.

5 de junho de 2008 - Após 20 anos, o crime prescreveu sem que o autor do assassinato fosse descoberto.

Números
A Polícia Civil ouviu 99 pessoas na fase de investigações
O inquérito nº 35/88 somou 762 páginas
Durante a fase de instrução do processo, por um ano, a Justiça ouviu 36 pessoas
Dividido em 21 volumes, o processo nº 688062058 tem 3.601 páginas
Três livros foram escritos sobre o crime: 1) A verdade no Caso Daudt, do delegado Eduardo Pinto de Carvalho, chefe de Polícia na época do crime; 2) A morte à Procura de um Autor, de Daltro de Aguiar Chaves, promotor de Justiça que recebeu o inquérito policial; 3) 800 Noites de Junho, do jornalista David Coimbra, que narra o episódio a partir da versão de Antônio Dexheimer.

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