quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

Como Michel Temer operava no Porto de Santos, segundo ele mesmo e sindicalistas.

Publicado por Marcelo Auler
- 30 de março de 2018


ACM: “As coisas morais nunca foram o forte do senhor Temer”


Esta reportagem faz parte da série do DCM sobre o envolvimento de Michel Temer no escândalo do esquema de propinas do Porto de Santos, financiada através de crowdfunding. Foi publicada originalmente em 19/07/2016. As demais estão aqui

Desde que seu nome apareceu como beneficiário de propinas que empresas que operavam no Porto de Santos teriam desembolsado em troca de favores, Michel Temer, o vice-presidente que após o golpe do impeachment exerce interinamente a Presidência da República, tenta defender o indefensável.


Ele repete, com insistência, a tese de que jamais influenciou nas indicações políticas da Companhia Docas do Estado de São Paulo (CODESP), a estatal encarregada da administração do maior porto brasileiro. Mas seu próprio discurso coloca isto em xeque.


Temer insiste que as indicações para a diretoria do porto de Santos não tinham suas digitais. Quando muito, admitiu que encaminhava nomes sugeridos e aprovados pela bancada do PMDB paulista, sobre a qual ele sempre exerceu influência.

Mas, em março de 2001, ao defender-se na tribuna da Câmara dos Deputados das acusações de receber 50% das propinas pagas por empresas que atuavam – algumas continuam atuando – no porto de Santos, ele acabou por mostrar seu poder e sua influência no porto.

A acusação foi feita por Érika Santos, estudante de psicologia e ex-companheira de Marcelo de Azeredo, indicado por Temer para presidir a CODESP entre junho de 1995 e maio de 1998. Como mostrou o DCM na reportagem Por que Temer negou-se a dar explicações à PF sobre caso de propina em Santos, os problemas de alcova do casal acabaram por revelar as tenebrosas transações que aconteciam na administração portuária em Santos, como as propinas que se destinariam a Temer.


Embora ajuizada, provavelmente, em 2000, a ação e as denúncias só se tornaram públicas em março de 2001, na reportagem “Um rolo no porto”, de Rudolfo Lago, na revista Veja.

Na tribuna, ao tentar defender-se, Temer demonstrou que sempre teve interesses na CODESP.

“O que fiz eu? Assim que saiu a matéria, fui indagado, Srs. Parlamentares, pelo repórter — portanto, a revista, neste ponto, agiu com lealdade, porque antes me ouviu —, e esclareci todos os pontos. Esclareci os pontos dos desacertos do passado e esses desacertos, geradores de queixas minhas junto ao Governo, de maneira que houvesse modificações radicais, sendo que uma dessas modificações levou à Presidência da CODESP o nosso ilustre companheiro Deputado Wagner Rossi. E esta empresa, em face das minhas queixas, ao invés de ser ocupada partidariamente por vários partidos, passou a ser ocupada apenas por técnicos”. (grifo nosso)
O terminal de Libra no porto de Santos

Como admitiu, as suas queixas, portanto, levaram à substituição da diretoria da estatal. Com isso, assumiu sua presidência Wagner Rossi, ex- deputado estadual (1993/1991) e ex-deputado federal (1991/1999) pelo PMDB de São Paulo, que sempre sofreu influências de Temer.

A nomeação de Rossi ocorreu em abril de 1999, quando ele estava sem mandato eleitoral por não ter conseguido se reeleger no pleito de 1998. Logo, a queixa de Temer e a posse do peemedebista na presidência da CODESP, precederam o ajuizamento da ação na Vara de Família, onde constavam as denúncias da estudante de psicologia.


Acusações estas que, segundo o próprio Temer explicitou no discurso, ele só foi tomar conhecimento ao ser procurado pela reportagem da Veja em 2001.

Essa troca de comando na estatal que administrava o porto, promovida pela pressão que o próprio Temer confessa ter feito, também antecedeu outro episódio famoso: a briga com Antônio Carlos Magalhães, na época presidente do Senado.

Foi neste famoso bate-boca em público que ACM, com o sarcasmo que lhe era peculiar, cunhou o apelido de “mordomo de filme de terror” para o então presidente da Câmara.


Os ataques de ACM, como narraram, em junho de 1999, Andrei Meireles e Guilherme Evelin, em reportagem na revista Isto É, foram alimentados em um almoço entre ele e o então governador de São Paulo, o tucano Mario Covas. A dupla de repórteres descreveu:

“Há 15 dias, o presidente do Senado ressuscitou o movimento contra o PMDB. Foi a São Paulo e acertou durante um almoço com o governador Mário Covas (PSDB) uma estratégia para esvaziar a bola do partido. Voltou a Brasília com farta munição contra Michel Temer. Entre uma garfada e outra, Covas contou a Antônio Carlos que alguns pesos pesados do empresariado estavam revoltados com a ação dos peemedebistas na área portuária, um feudo do partido no loteamento de cargos do governo FHC.

Apadrinhados – O coordenador-geral da Ação Empresarial, Jorge Gerdau Johannpeter, chegou a enviar uma carta ao ministro-chefe da Casa Civil, Clóvis Carvalho, em protesto contra a decisão do ministro dos Transportes, Eliseu Padilha (PMDB-RS), de substituir oficiais da Marinha no comando dos conselhos de autoridade portuária de Santos, Rio Grande e Paranaguá. No porto de Santos, por determinação do Planalto, o ministro teve de voltar atrás e manter no cargo o capitão-de-mar-e-guerra Francisco Luiz Gallo. “As críticas não são procedentes. As mudanças são decorrentes da privatização dos portos”, justificou Padilha em conversas com assessores.


Na avaliação de Covas e ACM, Padilha promoveu as mexidas nos portos com o propósito de ampliar o raio de atuação do PMDB no setor portuário. Denúncias de irregularidades na Companhia Docas Porto de Santos, dirigida por apadrinhados de Michel Temer, estão sob investigação do Ministério Público e do Tribunal de Contas da União (TCU). Em maio, a construção do terminal II do porto de Santos foi suspensa pelo TCU por causa de aditivos contratuais com a empreiteira Andrade Gutierrez que encareceram em 141,21% o preço original da obra. “As coisas morais nunca foram o forte do senhor Temer. Se abrir um inquérito no porto de Santos, ele ficará péssimo”, disparou ACM na segunda-feira 14”.Everandy, presidente do Sindicato dos Empregados da Administração do Porto

Muitos destes processos continuam tramitando até hoje, como a ação de Improbidade Administrativa n° 2001.61.04.002408-2, na 4ª Vara Federal de Santos, que só agora chegou à fase das alegações finais. Nela, o procurador da República Pedro Antônio Roso denunciou os ex-diretores da CODESP Marcelo de Azeredo, Luiz Alberto Costa Franco, Francisco José Baraçal Prado, José Araújo Costa, Márcio Silveira Bueno, que em 1997 assinaram o 9º Aditivo a um contrato de 1988, com a Andrade Gutierrez.

O aditivo no contrato de ampliação do Terminal de Containers do Porto de Santos, segundo Roso, inseriu a importância de R$ 144.134.316,42 a mais, resultando num total de R$ 295.106.518,32, para o valor total contratado. Ainda houve uma prorrogação do prazo contratual por mais 38 meses a contar de 31.12.97,

Quando, portanto, em 1999, Temer pressionou o governo para substituir a diretoria da CODESP colocando na presidência o peemedebista Rossi, já se falava em diversas irregularidades, mas ainda não se tinha notícias das propinas que teriam sido pagas a Temer que Erika só denunciaria em 2000.

Aliás, Azeredo já não era o presidente da estatal. Ele foi substituído, em maio de 1998, por Paulo Fernandes do Carmo. Ambos, como também ACM fez questão de frisar, eram indicações que Temer insiste dizer que não fez. Contra Carmo também circularam muitas denúncias. Uma delas partiu justamente do Capitão dos Portos de Santos, Francisco Luiz Gallo, que Eliseu Padilha quis retirar do comando do Conselho de Autoridade Portuária de Santos.

Além destes dados incontestáveis e de outros registros em arquivos de jornais, há, principalmente, a memória de santistas que passaram a maior parte de suas vidas dentro ou em torno daquela área portuária, a também desmentirem Temer.

Um deles é Everandy Cirino dos Santos, 64 anos, no porto desde 73, e há 15 anos presidente do Sindicato dos Empregados da Administração do Porto. Ele explica por que não espera mudanças no porto de Santos com o governo interino de Michel Temer:

“Em termos do porto de Santos, este governo não é novo. Não é novidade, porque o Michel Temer já no governo Fernando Henrique Cardoso detinha o poder de indicação. Indicou vários presidentes e diretores. No primeiro governo Lula ele participou também com indicação, como parte da composição PMDB/PT. Além do Michel Temer, também o Eliseu Padilha, que foi ministro dos Transportes e quando ministro tinha gestão totalmente no porto. Inclusive, na sua gestão ele tentou privatizar a usina de Itatinga, que é histórica, fundada em 1910. Tentou privatizar a dragagem (…) Então não tem nenhuma novidade, não cria expectativa de melhora.”

Cirino continua:
“Na gestão que o Temer tinha o poder político em São Paulo foi o Wagner Rossi, foi o Marcelo de Azeredo, que inclusive tinha uma gestão péssima, e outros que agora me fogem o nome. Na gestão do Wagner Rossi foi concedida, sem licitação, a exploração do corredor de exportação para um pool de empresas. Ele também fez um acordo de exploração sem licitação, no terminal de Conceiçãozinha. Com o Marcelo de Azeredo teve várias (irregularidades) que para enumerar é muito difícil. O que nós estranhamos é que todas as irregularidades, supostas irregularidades que vinham do governo anterior, sempre tinha uma participação ativa do PMDB do estado de São Paulo”.

Temer, por apadrinhar o presidente da CODESP no cargo, ficava com 50% das propinas pagas em troca de facilitações às empresas. Foi o que teria ocorrido com a “Libra Terminais Ltda.”, operadora portuária, arrendatária dos armazéns 35 e 37. Conforme relatou Érika, com base em documentos que ela desviou do computador do ex-companheiro, somente da Libra, naquela época, Temer teria recebido R$ 640 mil, a metade do R$ 1,280 milhão desembolsado pela empresa: a Azeredo foram destinados 25% e outros 25% a um sócio de Temer, na época tratado apenas como “Lima” e que recentemente, no Conversa Afiada, Paulo Henrique Amorim identificou como sendo o coronel reformado da PM paulista João Baptista de Lima.
Sidney Verde, técnico portuário

Cirino fala deste caso também, comentando ainda o que se repete na chamada “rádio peão”:

“A Libra é o cartão de visita da gestão Temer no porto. Ganhou o terminal 35, posteriormente ganhou o 37 e hoje, ainda está em pendência jurídica com a CODESP . Está sem pagar quase R$ 2 bilhões de dívidas. A Libra continua operando no 35 e 37, com pendência judicial com a empresa. Ela (CODESP) não deveria nem manter ela operando, porque está em inadimplência pesada. A ‘rádio peão’ do porto, as más línguas. dizem que elas (empresas beneficiadas) são contribuintes, agora eu acho que no cadastro de doação (às campanhas políticas) deve ter isso aí. Temer sempre teve uma gestão de interesse político partidário com atuação no porto”.

Também Sidney Verde, técnico portuário, há 30 anos no porto, endossa os testemunhos da atuação política que Temer tenta negar:

“No governo Fernando Henrique Cardoso, ele é quem mandava no porto. Sempre mandou no porto. Fez indicações políticas, como o presidente Marcelo de Azeredo, que passou um mês usando helicóptero a favor dele, vindo de São Paulo. Gastou uma nota, até que o sindicato interferiu”.

Por mais que Temer tente vender a ideia de que não interferiu no Porto de Santos, fatos, documentos e testemunhos o desmentem e tornam sua “defesa” indefensável.

Ele desprezou três convites do delegado federal Cássio Luiz Guimarães Nogueira para, como testemunha, contestar todas essas denúncias no Inquérito Policial nº 5.104. Ao desprezá-los, acabou ajudando a manter viva a suspeita de se beneficiar do esquema fraudulento. Poderia ter aproveitado a oportunidade para provar que não se envolveu com o porto politicamente. Ao não fazê-lo, deixou nítida a impressão que suas digitais estão ali marcadas, como mostram documentos, notícias, processos e, principalmente, testemunhos.

Temer e o porto de Santos: defendendo o indefensável.

Publicado por Marcelo Auler em 19 de julho de 2016


Na segunda reportagem da série que o blog e o Diário do Centro do Mundo estão fazendo, mostramos as incoerências entre o discurso de Michel temer e a realidade da sua interferência no Porto de Santos. Reprodução.

Na segunda matéria que escrevi pelo acordo feito com o Diário do Centro do Mundo, mostramos como o discurso de Michel Temer, o vice-presidente que exercita a Presidência após o golpe do impeachment, não condiz com a realidade. Ele tenta passar a imagem de que jamais interferiu nas nomeações políticas para a diretoria da Companhia Docas do Porto do Estado de São Paulo – CODESP. Mas não é o que registros históricos, noticiário da imprensa e testemunho de santistas mostram.
A contradição entre o que ele diz e o que realmente aconteceu surge até mesmo nas entrelinhas de um discurso que fez na Câmara dos Deputados, após o jornalista Rudolfo Lago noticiar as denúncias feitas pela então estudante de psicologia Erika Santos, ex-companheira de Marcelo de Azevedo, que presidiu a CODESP por indicação do então presidente da Câmara, Temer.

A reportagem relembra ainda a briga de Antônio Carlos Magalhães (DEM-BA), que presidia o Senado, com o presidente da Câmara. Foi ACM quem cunhou para Temer o apelido de “mordomo de filme de terror”, como noticiaram à época Andrei Meireles e Guilherme Evelin. O senador baiano, depois de almoçar com Mario Covas, então governador de São Paulo, denunciou as irregularidades cometidas no Porto de Santos na gestão de presidentes indicados por Temer e concluiu: “As coisas morais nunca foram o forte do senhor Temer”.

Esta é a uma nova reportagem da série que nos dispomos a fazer com a ajuda dos leitores que podem contribuir para os gastos que estamos tendo através da nova campanha de crowdfunding do DCM. Outras matérias estão sendo preparadas.

Como na matéria postada anteriormente, A PGR omitiu-se na denúncia da caixinha do Porto de Santos para Michel Temer, não reproduzirei aqui a integra da reportagem postada na manhã desta terça-feira no DCM. Publico a abertura e o link para os leitores acessarem a página do blog.

Vale, porém destacar uma parte da fala do presidente do Sindicato dos Empregados na Administração do Porto de Santos, Everandy Cirino dos Santos, 64 anos, no porto desde 73:

Da Libra, segundo Érika, Michel Temer teria recebido R$ 640 mil, Foto. Marcelo Auler

“A Libra é o cartão de visita da gestão Temer no porto. Ganhou o terminal 35, posteriormente ganhou o 37 e hoje, ainda está em pendência jurídica com a CODESP . Está sem pagar quase R$ 2 bilhões de dívidas. A Libra continua operando no 35 e 37, com pendência judicial com a empresa. Ela (CODESP) não deveria nem manter ela operando, porque está em inadimplência pesada. A ‘rádio peão’ do porto, as más línguas. dizem que elas (empresas beneficiadas) são contribuintes, agora eu acho que no cadastro de doação (às campanhas políticas) deve ter isso aí. Temer sempre teve uma gestão de interesse político partidário com atuação no porto”.

Acrescento uma nova informação que não consta na edição do DCM:

Sidney Verde (esq.) e Everandy Cirino dos Santos, dois sindicalistas que testemunham as indicações políticas de Temer. Foto Marcelo Auler

Na verdade, não é apenas a “rádio peão”, nem tampouco são más línguas, como falou Cirino, que denunciam que a Libra ajudou eleitoralmente Michel Temer.

Em recente reportagem no Estadão, Daniel Bramatti, José Roberto de Toledo e Rodrigo Burgarelli escreveram, em 3 de janeiro último, na reportagem “Grupo doador de campanha de Temer recebe benefício de aliado em porto”.

“Mesmo sendo candidato a vice, Temer criou em 2014 uma pessoa jurídica para receber doações eleitorais e repassá-las a candidatos a outros cargos públicos, como deputados estaduais e federais. Sua conta recebeu R$ 1 milhão de dois dos sócios do Grupo Libra, arrendatário de uma área de 100 mil m² no Porto de Santos há mais de 20 anos.

O valor doado foi dividido igualmente em nome de Ana Carolina Borges Torrealba e Rodrigo Borges Torrealba, ambos herdeiros da companhia. (…) O contrato foi assinado em 1998, quando o grupo ganhou uma concorrência aberta pela empresa federal Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) para operar uma das áreas de mais fácil acesso rodoviário do terminal”.

Portanto, por mais que Temer tente vender a ideia de que não interferiu no Porto de Santos, fatos, documentos e testemunhos o desmentem e tornam esta sua “defesa”, indefensável. Aliás, voltando a repetir o que publicamos no DCM em Por que Temer negou-se a dar explicações à PF sobre caso de propina em Santos e aqui no blog – A PGR omitiu-se na denúncia da caixinha do Porto de Santos para Michel Temer – o hoje vice-presidente, que se aproveitando do golpe do impeachment está no exercício da Presidência da República, perdeu uma grande oportunidade de esclarecer de uma vez por todas esta questão. Abaixo a abertura da matéria no Diário do Centro do Mundo:
Por Marcelo Auler

Desde que seu nome apareceu como beneficiário de propinas que empresas que operavam no Porto de Santos teriam desembolsado em troca de favores, Michel Temer, o vice-presidente que após o golpe do impeachment exerce interinamente a Presidência da República, tenta defender o indefensável.

Ele repete, com insistência, a tese de que jamais influenciou nas indicações políticas da Companhia Docas do Estado de São Paulo (CODESP), a estatal encarregada da administração do maior porto brasileiro. Mas seu próprio discurso coloca isto em xeque.

Temer insiste que as indicações para a diretoria do porto de Santos não tinham suas digitais. Quando muito, admitiu que encaminhava nomes sugeridos e aprovados pela bancada do PMDB paulista, sobre a qual ele sempre exerceu influência.

Mas, em março de 2001, ao defender-se na tribuna da Câmara dos Deputados das acusações de receber 50% das propinas pagas por empresas que atuavam – algumas continuam atuando – no porto de Santos, ele acabou por mostrar seu poder e sua influência no porto.

A acusação foi feita por Érika Santos, estudante de psicologia e ex-companheira de Marcelo de Azeredo, indicado por Temer para presidir a CODESP entre junho de 1995 e maio de 1998. Como mostrou o DCM na reportagem Por que Temer negou-se a dar explicações à PF sobre caso de propina em Santos, os problemas de alcova do casal acabaram por revelar as tenebrosas transações que aconteciam na administração portuária em Santos, como as propinas que se destinariam a Temer.

Embora ajuizada, provavelmente, em 2000, a ação e as denúncias só se tornaram públicas em março de 2001, na reportagem “Um rolo no porto”, de Rudolfo Lago, na revista Veja.

trecho do discurso que Temer fez na Câmara dos Deputados em março de 2001. Reprodução

Na tribuna, ao tentar defender-se, Temer demonstrou que sempre teve interesses na CODESP.

“O que fiz eu? Assim que saiu a matéria, fui indagado, Srs. Parlamentares, pelo repórter — portanto, a revista, neste ponto, agiu com lealdade, porque antes me ouviu —, e esclareci todos os pontos. Esclareci os pontos dos desacertos do passado e esses desacertos, geradores de queixas minhas junto ao Governo, de maneira que houvesse modificações radicais, sendo que uma dessas modificações levou à Presidência da CODESP o nosso ilustre companheiro Deputado Wagner Rossi. E esta empresa, em face das minhas queixas, ao invés de ser ocupada partidariamente por vários partidos, passou a ser ocupada apenas por técnicos”. (grifo nosso)

Continua: http://www.diariodocentrodomundo.com.br/como-temer-operou-no-porto-de-santos-segundo-ele-mesmo-e-sindicalistas-que-falaram-ao-dcm-por-marcelo-auler/

sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

G1 Geomagnetic Storm Watch Estendido: Impactos prováveis ​​em 15 e 16 de janeiro

13 DE JANEIRO DE 2022

O equipamento da NASA pode ajudar os cientistas a determinar os impactos dos buracos coronais. Imagem: NASA

De acordo com o Space Weather Prediction Center (SWPC) da NOAA, uma tempestade geomagnética de classe G1 está prevista para impactar o planeta
na noite de sábado, 15 de janeiro e no domingo, 16 de janeiro. Na última atualização do SWPC, eles dizem que a área de impacto será principalmente em direção ao pólo de 60 graus de latitude geomagnética. Nesta região, flutuações fracas da rede elétrica podem ocorrer na Terra. No espaço, é possível um pequeno impacto nas operações dos satélites. Em outros lugares, a Mãe Natureza pode iluminar os céus mais ao sul do que o normal; aurora pode ser visível em altas latitudes em todo o norte dos Estados Unidos, como o norte de Michigan e Maine.

Embora se espere que uma tempestade de inverno significativa ocorra em partes do leste dos EUA no domingo também , não há relação direta entre esse evento climático espacial e o evento climático terrestre.

Gráfico mostrando as Escalas de Clima Espacial da NOAA para Tempestades Geomagnéticas. Imagem: NOAA

Na última Discussão de Previsão do Clima Espacial, o SWPC escreve: “Espera-se que os parâmetros do vento solar continuem nos níveis de fundo de 13 a 14 de janeiro, à medida que as condições ambientais do vento solar persistirem. Condições aprimoradas são esperadas no final de 15 de janeiro, pois um fluxo recorrente de alta velocidade do buraco coronal de polaridade negativa se torna geoefetivo (CH HSS).” Eles acrescentam: “No final de 15 de janeiro, as condições de tempestade geomagnética G1 (menor) se tornam prováveis ​​devido à chegada do buraco coronal mencionado acima”.



O satélite meteorológico GOES-16 é uma ferramenta que os especialistas em clima espacial usam para monitorar a atividade do Sol. Imagem: NOAA

Buracos coronais podem se desenvolver a qualquer momento e local no Sol, mas são mais comuns e persistentes durante os anos em torno do mínimo solar. Buracos coronais são mais prevalentes e estáveis ​​nos pólos solares norte e sul; mas esses buracos polares podem crescer e se expandir para latitudes solares mais baixas. Também é possível que os buracos coronais se desenvolvam isolados dos buracos polares; ou para uma extensão de um buraco polar se separar e se tornar uma estrutura isolada. Buracos coronais persistentes são fontes duradouras para fluxos de vento solar de alta velocidade, também conhecidos como “CS HSS”. À medida que o fluxo de alta velocidade interage com o vento solar ambiente relativamente mais lento, forma-se uma região de compressão, conhecida como região de interação co-rotativa (CIR). De acordo com o SWPC, da perspectiva de um observador fixo no espaço interplanetário, o CIR será visto liderando o CH HSS.

CIRs fortes e o CH HSS mais rápido podem impactar a magnetosfera da Terra o suficiente para causar períodos de tempestade geomagnética nos níveis G1-G2 (menor a moderado); embora casos mais raros de tempestades mais fortes também possam ocorrer.


A aurora boreal pode ganhar vida de maneira brilhante em lugares mais ao sul do que o normal durante a Tempestade Geomagnética.

Os meteorologistas da NOAA analisam uma variedade de dados solares de naves espaciais para determinar quais impactos uma tempestade geomagnética poderia produzir. Se a Terra está experimentando os efeitos de um buraco coronal e uma ejeção de massa coronal está prevista para impactar a Terra, os efeitos combinados podem resultar em um impacto mais significativo e tempestades geomagnéticas mais intensas. Analisar os dados do satélite DSCOVER e ACE é uma maneira de os meteorologistas saberem quando o vento solar aprimorado de um buraco coronal está prestes a chegar à Terra. Algumas coisas que eles procuram nos dados para determinar quando o vento solar aprimorado está chegando à Terra:
• A velocidade do vento solar aumenta
• A temperatura aumenta
• A densidade de partículas diminui
• A força do campo magnético interplanetário (IMF) aumenta

Embora esses eventos solares possam ajudar a iluminar o céu com auroras deslumbrantes, eles também podem causar danos consideráveis ​​a eletrônicos, redes elétricas e comunicações por satélite e rádio.Uma erupção solar vista pela espaçonave SOHO em 24 de julho de 1999, com a Terra inserida para dar uma sensação de escala à explosão. Imagem: ESA / SOHO / EIT

O incidente de 1859, que ocorreu de 1 a 2 de setembro de 1859, também é conhecido como o “Evento Carrington”. Este evento se desenrolou quando uma poderosa tempestade geomagnética atingiu a Terra durante o Ciclo Solar 10. Uma CME atingiu a Terra e induziu a maior tempestade geomagnética já registrada. A tempestade foi tão intensa que criou uma aurora extremamente brilhante e vívida em todo o planeta: as pessoas na Califórnia achavam que o sol nasceu cedo, as pessoas no nordeste dos EUA podiam ler um jornal à noite com a luz brilhante da aurora, e as pessoas tão ao sul quanto o Havaí e centro-sul do México podia ver a aurora no céu.

O evento danificou severamente as limitadas linhas elétricas e de comunicação que existiam na época; sistemas de telégrafo em todo o mundo falharam, com alguns operadores de telégrafo relatando que receberam choques elétricos.

Renderização artística da Parker Solar Probe no espaço, um dos recursos que os cientistas usam para entender melhor a atividade solar e seus impactos na Terra. Imagem: NASA

Um estudo de junho de 2013 do Lloyd's de Londres e da Atmospheric and Environmental Research (AER) nos EUA mostrou que, se o evento Carrington acontecesse nos tempos modernos, os danos nos EUA poderiam exceder US$ 2,6 trilhões, cerca de 15% do PIB anual do país.

Embora normalmente conhecidos por suas previsões meteorológicas, a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) e seu Serviço Nacional de Meteorologia (NWS) também são responsáveis ​​pelo “clima espacial”. Embora existam empresas privadas e outras agências que monitoram e prevêem o clima espacial, a fonte oficial de alertas e avisos do ambiente espacial é o Space Weather Prediction Center (SWPC). O SWPC está localizado em Boulder, Colorado e é um centro de serviços do NWS, que faz parte da NOAA. O Centro de Previsão do Clima Espacial também é um dos nove Centros Nacionais de Previsão Ambiental (NCEP), pois monitoram a atividade do clima espacial atual 24 horas por dia, 7 dias por semana, 365 dias por ano.

O Sol está constantemente agitando materiais e campos magnéticos que criam uma paisagem em constante mudança de características que duram de milissegundos a dias. A NASA desenvolveu este infográfico para ilustrar algumas das características mais comuns que podem ser vistas no Sol.
Imagem: NASA/Mary Pat Hrybyk-Keith

A FORÇA DE UM SER QUE DESPERTA





Pessoas despertas são indomáveis, intuitivas e possuem a serenidade e a confiança daqueles que aprenderam a ver a vida com os olhos da alma.

São pessoas que passaram por situações difíceis, viram sonhos que não se concretizaram, tiveram que se despedir de quem amavam e viram a vida colocar a prova toda confiança em si mesmas e na sua crença no bem. Ainda assim curaram cada ferida com a sabedoria de quem acolheu a dor como uma sábia conselheira, e optou por guardar os seus ensinamentos ao invés de um acumulado de mágoas e desilusões.

Por isso carregam um certo brilho no olhar, uma presença cheia de luz e de carisma e uma aura de aconchego que não passa despercebida.

São pessoas que não seguem o grande coletivo, não tem medo de parecerem ridículas por acreditarem no invisível e cuidam da sua energia, da sua mente, da sua alma e do seu coração como um templo a ser cuidado.

Uma pessoa desperta aprendeu a honrar a si mesma, ama quem é, tem orgulho da sua trajetória, já não dá mais poder para as críticas ou julgamentos, assim como tampouco perde seu tempo julgando os demais. Sabe que todos estamos entre a inconsciência e o despertar e que esse processo é algo sagrado e individual. Todos têm o seu tempo e seus próprios ‘despertadores’.

É esse motivo que a pessoa desperta agradece por tudo e todos que passaram por sua jornada: os que a amaram e os que a despertaram. Porque é inevitável.

Ninguém pode viver para sempre na esperança , na insegurança ou adormecido de si mesmo.

Às vezes a vida vai mesmo nos chacoalhar, pra que despertemos, para a nossa força, para o nosso poder, para a infinitude que habita em nós. É isso que traz a segurança da pessoa desperta. Não a segurança que menospreza a cautela, mas sim a segurança de quem está bem em ser quem é e que fez de si mesma um lugar de paz para se viver.

Uma pessoa desperta, ajuda a despertar o Mundo!

Discípulo Consolador

O PERÍODO CONTURBADO DA MÃE TERRA E DA HUMANIDADE




* Quando termina?

"De 13 de agosto de 2020 a 28 de MARÇO de 2022, as Energias Universais produzirão um período de experiência totalmente incontrolável para a humanidade. "Aqui relembro datas precisas da evolução do planeta e da Humanidade para outra órbita, outro Espaço dimensional.Tenho acompanhado e divulgado há alguns anos as precisas sinalizações energéticas de Alexandrian Kosmos. Aqui na minha Página basta pesquisar o seu nome que aparecerão todas as publicadas.

A única porta de saída, é o coração – não é o conhecimento, não é o karma. Para viver no coração é necessário estar despojado de toda a confusão espiritual gerada pelo Confinamento – a Anomalia Primária - a intervenção para a Queda do Paraíso terrestre - e apresentar-se sendo simplesmente Luz.”.

De 13 de agosto de 2020 a 28 de MARÇO de 2022, as Energias Universais produzirão um período de experiência totalmente incontrolável para a humanidade. O resultado dessa instabilidade levará ao equilíbrio completo da Mãe Terra no Universo 5D. O ATUAL PERÍODO CONTURBADO TERMINARÁ EM 28 DE MARÇO DE 2022; quando a Mãe Terra e a Humanidade serão “equilibradas”, harmonizadas, para manejarem a energia 5D no reino universal.

DE NOVEMBRO DE 2022 A MARÇO DE 2023 a ciência observará as oscilações na cor Branca que ocorrerão no registro da tecnologia de ressonância Schumann e que são os SURTOS DE ONDAS ILUMINADORAS DO NOSSO CENTRO GALÁCTICO IMPULSIONANDO a Humanidade para a Unidade na experiência da Quinta Dimensão do Universo..

Nosso mundo atual não será alterado por um evento externo. Em vez disso, será transformado completamente através de nossa individual mudança interna! Por 22 anos, começando em 3 de março de 2020 e terminando em 3 de fevereiro de 2042, a Mãe Terra aumentará seu atual Sistema 7 Chakras para um Sistema de 15 Chakras - assim como a Humanidade!

Estas são as datas do calendário gregoriano da Transformação da Mãe Terra, de 7 Chakras para 15 Chakras:

Chakra 1 .....   3 de março de 2020
Chakra 2 ..... 19 de agosto de 2021
CHAKRA 3 .. 4 DE FEVEREIRO DE 2023
* E está de acordo com a previsão cientifica da chegada na Marca dos 40 graus da mudança do Polo Norte magnético.
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Chakra 4 ..... 21 de julho de 2024
Chakra 5 ..... 6 de janeiro de 2026
Chakra 6 ..... 24 de junho de 2027
Chakra 7 .....  9 de dezembro de 2028
Chakra 8 ..... 27 de maio de 2030
Chakra 9 ..... 12 de novembro de 2031
Chakra 10 ....29 de abril de 2033
Chakra 11 ....14 de outubro de 2034
Chakra 12 ....31 de março de 2036
Chakra 13 ....16 de setembro de 2037
Chakra 14 ..... 4 de março de 2039
Chakra 15 ....19 de agosto de 2040

Realinhamento em 4 de fevereiro de 2042
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Alexandrian Kosmos
Usa a Astrologia do Futuro, Metastrologia, para prever o Fluxo das Energias Universais para o Trabalhador da Luz - e traz uma Cosmologia da Integração do Sistema Solar à Comunidade Universal, com precisão e insight para a nossa entrada na 5 ª D e Comunidade Universal.

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O significado de Amor Fati: estoicismo e o amor ao destino

"Aceite as coisas às quais o destino o prende e ame as pessoas com quem o destino o une, mas faça isso de todo o coração." - Marcu...

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