terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Aceitar as pessoas como elas são não nos obriga a conviver com elas

Marcel Camargo

Imagem: Evannovostro/shutterstock
É preciso tolerar e aceitar as pessoas como elas são, porém, conservando-nos o direito de nos afastar cordialmente de quem não nos agrada.
A tolerância é uma necessidade urgente neste mundo violento de hoje, em que uma simples discussão no trânsito pode chegar a provocar mortes. A intolerância é a mãe do preconceito, da exclusão, do racismo, de tudo, enfim, que segrega, separa e agride o que não se aceita, o que não se acha normal, o que incomoda sem nem haver razão. Sim, é preciso tolerar e aceitar as pessoas como elas são, porém, conservando-nos o direito de nos afastar cordialmente de quem não nos agrada.
Podemos entender que o outro tem a própria maneira de pensar, que sua história de vida é peculiar e suas bagagens podem ser totalmente diferentes das nossas. Podemos compreender que as verdades alheias, por mais que nos soem ilógicas e absurdas, são do outro tão somente e não necessariamente nossas. Desde que não nos firam, as escolhas do outro não nos dizem respeito. Desde que o outro esteja feliz, sem pisar ninguém, não temos como tentar intervir em estilos de vida que não são nossos.
Devemos saber discordar sem ofender, sem tentar impor o que pensamos como verdade absoluta – isso é arrogância burra. Necessitamos ouvir o que o outro tem a dizer, por mais que não enxerguemos ali razão alguma, mesmo que o que disserem ou fizerem seja exatamente o contrário de tudo o que temos como certo. Desde que não nos ofendam, nem ultrapassem os limites de nossa dignidade pessoal, os outros terão o direito de viver o que bem quiserem.
Por força maior, como o emprego ou a família, inevitavelmente estaremos sujeitos à obrigação de conviver ao lado de pessoas com quem não simpatizamos ou cujas idéias não se afinem minimamente com as nossas. No entanto, sempre poderemos escolher quem ficará ao nosso lado nos momentos mais preciosos de nossa jornada, enquanto construímos nossa história de vida, de luta e de amor.
Da mesma forma, conseguiremos nos desviar de quem nos desagrada, afastando-nos das pessoas que nada nos acrescentam, sem precisar criticá-las ou brigar com elas. Sim, podemos – e devemos – aceitar as pessoas como elas são, pois isso é o mínimo que se requer, em se tratando de sociedade, porém, não seremos obrigados a conviver além do necessário, além do suportável, além do adequado, com gente que enche a paciência e nos irrita. Isso seria masoquismo.

Montanhista vê de perto erupção do Vulcão Etna, na Itália


© All Rigths Reserved/Youtube/Storyful News
O vulcão do Monte Etna está ativo desde 23 de janeiro e explosões intensas fazem balançar a cratera do sudeste da montanha. O montanhista Giuseppe Famiani capturou imagens impressionantes de uma erupção enquanto escalava a montanha na última quinta-feira, 26. Confira no vídeo acima. 
Segundo autoridades, uma erupção maior pode ocorrer a qualquer momento.
O Etna é um vulcão ativo situado na parte oriental da Sicília, na Itália É o mais alto vulcão da Europa e um dos mais altos do mundo, a aproximadamente 3.350 metros de altitude, variando devido às frequentes erupções.

Mais de 40 são detidos por incêndios que devastam o Chile

'Estamos certos de que houve intencionalidade em alguns dos focos', afirma presidente chilena sobre maior catástrofe florestal que assola o país

© Rodrigo Garrido / Reuters
30/01/17POR NOTÍCIAS AO MINUTO
A polícia chilena prendeu, até o último domingo (29), 43 pessoas suspeitas de terem colaborado com os piores incêndios florestais da história do país. O fogo já destruiu milhares de equitares de sete regiões do centro e do sul do Chile.
De acordo com o G1, a maior parte dos suspeitos foi presa nas regiões de O'Higgins (sul), Maule (norte) e Biobío (sul), que foram as mais afetadas pelo fogo. As penas podem chegar a 20 anos de prisão.
"Estamos certos de que houve intencionalidade em alguns dos focos; vamos seguir as responsabilidades até o final", informou a presidente chilena Michelle Bachelet.
A matéria diz ainda que 90% dos incêndios no país são causados pelo homem, mas as chamas foram espalhadas mais facilmente por conta da incidência de ventos fortes, calor intenso e seca, que castiga a região cerca de oito anos.
118 incêndios ainda estão ativos por todo o país, sendo que 59 são combatidos, 51 já foram controlados e 8 estão extintos.
Até o momento, já são mais de três mil desabrigados, mais de mil residências destruídas e um prejuízo financeiro incalculável por conta do fogo, de acordo com a Corporação Nacional Florestal (Conaf).
Para conter a catástrofe, mais de 11 mil bombeiros voluntários, brigadistas (bombeiros florestais), militares, policiais, funcionários públicos e vizinhos, além de mais de quinhentos brigadistas estrangeiros, estão trabalhando para combater as chamas.

Trump anunciará indicação para Suprema Corte nesta terça

Atualmente, a composição do tribunal está dividida entre quatro juízes conservadores e quatro liberais, o que tem provocado empates em votações importantes

© Folhapress
HÁ 22 HORASPOR FOLHAPRESS
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que adiantará para esta terça-feira (31) o anúncio do nome que ele escolheu para a Suprema Corte. Ele havia prometido divulgar sua nomeação na quinta-feira (2).
"Eu tomei uma decisão sobre quem vou indicar para a Suprema Corte dos Estados Unidos. [A nomeação] será anunciada ao vivo na terça-feira às 20h [23h em Brasília]", afirmou o republicano no Twitter.
A indicação de Trump precisa ser aprovada pelo Senado, onde o Partido Republicano tem maioria.
A legenda controla 52 dos 100 assentos no Senado, e são necessários 60 votos para aprovar a indicação para a Suprema Corte. Caso a bancada republicana não consiga aprovar mudanças regimentais, diminuindo o número de votos necessários para a aprovação, deverá angariar o apoio de alguns congressistas democratas para validar a indicação de Trump.
As disputas em torno da indicação para a Suprema Corte devem criar um clima de batalha política em Washington. Atualmente, a composição do tribunal está dividida entre quatro juízes conservadores e quatro liberais, o que tem provocado empates em votações importantes.
O nome indicado por Trump deverá ocupar a vaga do juiz Antonin Scalia, morto em fevereiro do ano passado. O então presidente, Barack Obama, apontou um nome para substituí-lo, mas a indicação não foi aprovada pelo Senado, controlado pelo Partido Republicano. Com informações da Folhapress.

Presidente da Argentina assina decreto restringindo imigração

O decreto define um aumento de investimento na infraestrutura das fronteiras

© Folhapress
HÁ 22 HORASPOR FOLHAPRESS
O presidente da Argentina, Mauricio Macri, assinou nesta segunda-feira (30) um decreto que altera a Lei de Migração do país, colocando mais restrições à entrada de estrangeiros.
Voltado especialmente a imigrantes com antecedentes penais ou que venham de países com forte presença do narcotráfico (Peru, Paraguai, Bolívia e México), o pacote foi apresentado por Macri usando expressões parecidas às usadas por seu colega norte-americano, Donald Trump.
"Nossa prioridade é cuidar dos argentinos", "não podemos permitir que o crime siga escolhendo a Argentina como um lugar para vir e delinquir" e "precisamos saber quem é quem entre os que cruzam nossa fronteira", foram algumas das frases com as quais o presidente argentino justificou a necessidade do pacote.
O governo federal, porém, não está sozinho nessa decisão, que recebeu apoio de figuras de relevo do peronismo.
O líder dos kirchneristas no Senado, Miguel Pichetto, afirmou que o ajuste era necessário porque "a Argentina sempre funcionou como ajuste dos problemas sociais da Bolívia e nas questões de delitos do Peru". Já o peronista anti-kirchnerista e anti-macrista Sergio Massa também defende o aumento do controle à entrada de estrangeiros com registros penais.
O decreto define um aumento de investimento na infraestrutura das fronteiras. Será reforçado o policiamento e a logística dos locais de entrada ao país, e renovada a tecnologia por meio da qual se possa acessar uma base de dados sobre os imigrantes.
"Se um narcotraficante já cumpriu pena em seu país e não tem pedido de captura por parte da Interpol (polícia internacional), hoje não temos como ter acesso a seu prontuário e ele entra normalmente no país", diz o diretor de Migrações, Horacio Garcia.
Também haverá mudanças nos questionários a serem respondidos, que devem ser mais exigentes e requerer mais documentação.
Uma das principais mudanças, porém, é tornar mais ágil a deportação de imigrantes ilegais. Uma vez dentro do país, segundo o governo, a média de tempo para um processo de expulsão se completar é de 6 a 7 anos. Macri reforçou que esse tempo precisa ser encurtado.
Além dessas medidas, se prevê a construção de locais para abrigar imigrantes enquanto sua situação de irregularidade no país é verificada.
A Argentina é um dos países da América do Sul com mais ampla tradição migratória. Segundo o último censo nacional, a Argentina possui 4,5% de população estrangeira. Entre os grupos mais representativos estão 30,5% de paraguaios, 19,1% de bolivianos e 8,7% de peruanos.
O governo afirma que 21,35% da população carcerária argentina é estrangeira, ainda que nem todos tenham recebido condenação.
A Argentina também é recordista com relação à população estrangeira em suas favelas -nas de Buenos Aires, a média de habitantes de países da região é de 60%.
São nessas "villas miseria" que funcionam as sedes dos principais cartéis de produção de distribuição de cocaína do país. O comando desses cartéis é em geral exercido por paraguaios, segundo dados oficiais.
OPOSIÇÃO
Organismos de direitos humanos e algumas vozes independentes da oposição se posicionaram contra o decreto. Para o Cels (Centro de Estudios Legales y Sociales), o texto supõe uma "regressão para os direitos dos imigrantes" ao associar a imigração ao delito e facilitar a propagação de discursos xenófobos.
"Estamos nos aproximando das eleições (legislativas, no segundo semestre) e é preciso culpar alguém dos problemas. O imigrante é um bode expiatório fácil por conta de sua vulnerabilidade", diz a peruana Lourdes Rivadeneyra, da Rede Nacional de Migrantes e Refugiados de Argentina, radicada na Argentina há mais de 20 anos.
A deputada Margarita Stolbizer (GEN), ex-candidata nas últimas eleições presidenciais, disse que "restrições para pessoas com antecedentes penais pode ser razoável, mas temos de ter cuidado em levantar barreiras discriminatórias num país cuja Constituição garante a abertura à imigração".
Já Ricardo Alfonsín, da UCR (União Cívica Radical), considerou "perigoso apelar a esses sentimentos em que se consideram os estrangeiros como um perigo para os locais". Com informações da Folhapress.

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