segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Moro pede galeria inteira de presídio para novos presos da Lava Jato; são pelo menos 80 vagas. Por Kiko Nogueira


por : Kiko Nogueira



A entrada do Complexo Médico Penal do Paraná, onde estão os presos da Lava Jato

Sérgio Moro pediu toda uma galeria do Complexo Médico Penal de Pinhais, o CMP, na região metropolitana de Curitiba, para presos da Lava Jato.

A ordem é que ela seja preparada entre os dias 21 e 25 de novembro. Um mutirão está sendo organizado para atender o juiz. Detentos serão remanejados. A maioria é formada por idosos e cadeirantes.


Até o final de outubro, havia onze encarcerados ali na operação comandada por Moro. São 94 pessoas no total. Portanto, ele quer pelo menos 80 vagas.

Os “clientes especiais”, apelido dado por um carcereiro, incluem José Dirceu, o ex-tesoureiro petista João Vaccari Neto, o ex-deputado do PP Pedro Corrêa e José Carlos Bumlai. Dirceu já elogiou a polenta servida no marmitex.

Marcelo Odebrecht mudou-se para a carceragem da Polícia Federal, onde está Eduardo Cunha.

Passaram também pelo local executivos da OAS, Mendes Júnior, Camargo Corrêa e Galvão Engenharia, libertados por decisão do Supremo Tribunal Federal no final de abril e atualmente em regime domiciliar.

Cada cela tem espaço para três prisioneiros. A cama é de cimento, o banho é coletivo, de água fria, e as necessidades são feitas num buraco no chão conhecido como “boi”. Ao lado dele, fica um tanque.


Cela da Lava Jato

O CMP inteiro tem cerca de 740 detidos espalhados em seis galerias, além de uma ala feminina — onde esteve Mônica Moura, mulher de João Santana. Mônica recebeu uma Bíblia, que lia em voz alta.

A demanda de Moro indica que a Lava Jato terá uma aceleração nos próximos dias. Internamente, há uma apreensão sobre a presença de Lula entre os próximos alvos.

Na semana passada, o diretor do presídio, Roberto da Cunha Saraiva, foi afastado. Ele vinha se queixando de que não havia condições de abrigar Lula.

Saraiva costumava ponderar sobre a segurança deficiente do lugar. Os muros, de acordo com ele, não teriam como segurar uma invasão do MST, por exemplo. Seu substituto é Jeferson Domingues Walkiu, que, conforme apurou o DCM, “faz o que mandam fazer”.

As instalações são antigas e não estão nas melhores condições. O antigo Manicômio Judiciário foi inaugurado em janeiro de 1969, mudando o nome para Complexo Médico-Penal do Paraná em dezembro de 1993.

O formato, visto de cima, é o de uma metralhadora, como apontou o jornalista Fernando Rodrigues. Pode se transformar numa bomba.



O presídio, em imagem do Google

Sérgio Moro quebrou o retrovisor da justiça brasileira

MORO CONSTRANGE STF A CADA PRISÃO DA LAVA JATO – Artigo assinado pelo jornalista Jorge Oliveira e publicado originalmente no site Diário do Poder


Maceió – Sérgio Moro está fazendo escola. Antes um cavaleiro solitário visto com desconfiança pelos mais céticos que não acreditavam na evolução da Lava Jato, Moro virou celebridade, um exemplo para a magistratura brasileira, mas um transtorno para os ministros do Supremo Tribunal Federal. Enquanto em menos de dois anos, o juiz paranaense condenou políticos e empresários as mais severas penas, os ministros do STF continuam batendo boca em público. Brigam entre eles para impor suas ideias e levam para às ruas a roupa suja que deveriam lavar em casa.

Dormem em berço esplêndido na principal Corte do país dezenas de processos envolvendo políticos que sequer foram analisados. Um caso exemplar de leniência é o do Paulo Maluf. Procurado em mais de 100 países do mundo, com fotos estampadas nas telas dos computadores dos aeroportos internacionais, o deputado federal, que representa São Paulo, continua impune. Insisti em dizer que é inocente, mas o dinheiro resgatado nas contas lá fora é dele e da família. Se tivesse caído nas mãos do Moro, jamais teria saído da cadeia quando foi preso pela primeira vez.

Ninguém se entende no principal tribunal do país. Quando dois ministros deixam de discordar nos autos para colocarem suas divergências em público é porque existe uma desordem jurídica lá dentro. Gilmar Mendes não se conforma com a decisão casuística de Lewandowski em não cassar os direitos políticos da Dilma depois da votação do impeachment que a afastou da presidência. Discutem na Praça dos Três Poderes como vizinhos malcriados de ponta de rua. Na verdade, a Corte, que deveria ser a guardiã da nossa Constituição, está contaminada. Seus ministros parecem influenciados pelos políticos que os apadrinharam, restringindo suas ações lá dentro.

É por causa disso que eles não agem com autonomia e isenção quando têm que decidir sobre um processo que envolve um dos seus padrinhos. Não é o caso de Moro, um juiz concursado, qualificado, com cursos no exterior. Os ministros do STF não se reciclam. Burocratizam-se quando vestem a toga e dali só saem para um pijama. É assim e assim será enquanto não se mudar esse modelo de decisão monocrática de escolha dos membros do STF que aceita nos seus quadros até advogado reprovado em concurso de juiz.

Sérgio Moro quebrou o retrovisor da justiça brasileira. Está indicando outro caminho para o país. E aqueles que não querem enxergar essa nova realidade tendem a se constranger com as decisões corajosas de um juiz que até pouco tempo fazia assistência a ministros dentro do próprio STF. Cada sentença proferida por ele é um soco no estômago do tribunal que continua mantendo na gaveta os processos da Lava Jato.

Os últimos acontecimentos no Rio de Janeiro não deixam dúvidas da procriação de Moros pelo Brasil. Por decisão de outros juízes, está no presídio de Bangu o ex-governador Sérgio Cabral e Anthony Garotinho, outro ex, algemado numa cama de hospital. Quem, até a prisão dos dois, acreditava que tal fato fosse acontecer? Aconteceu e mais uma vez o STF assiste o noticiário constrangido, pois Cabral – pelo menos ele – é um dos mais citados na lama da corrupção da Petrobrás, acusado também do desvio de mais de 220 milhões de reais em obras federais.

Sempre que é questionado sobre a lentidão dos processos, o STF responde com a mesma ladainha: poucos juízes para muitos processos. Balela, desculpa esfarrapada. Se continuar a olhar pelo retrovisor, o tribunal corre o sério risco, ele próprio, de virar arquivo.

by Cristal Vox

domingo, 20 de novembro de 2016

2016 – Um ano de términos. Fim de um ciclo de 36 anos







Segundo a tradição astrológica, cuja origem se perde no tempo, um determinado planeta governa por um período de 36 anos. Isto significa que de 36 em 36 anos vivemos sob a dinâmica de um planeta e suas características irão imprimir seu tom por todo aquele período.

Desde 1981 estamos sob o domínio do Sol, o que significa que o espírito de brilho pessoal, egocentrismo, necessidade de marcar a individualidade no mundo têm permeado nossas consciências. Esse período tem seu término em 2016.

2016 é um ano importantíssimo, pois além de encerrar todo um ciclo planetário, pela numerologia, é um ano nove, número que também indica final de ciclo.

Todos os finais de ciclo veem acompanhados de perdas e renúncias. Nos últimos 36 anos, pudemos ver o individualismo (Sol) crescer a proporções exponenciais. Creio que nunca antes ouvimos tanto a palavra EU. Meus direitos, minhasescolhas, meus desejos, minhas necessidades...eu, eu, eu, meu, meu, meu. Tudo parece que girou em volta do indivíduo, com ou sem razão para tal. As selfies publicadas em redes sociais é o exemplo mais pronto e acabado desse símbolo do egocentrismo que nos tem permeado. 

O Sol tem a ver com a criança e, por conseguinte, com a “criança interior” de cada um, que não por acaso tem sido explorada e trabalhada em uma gama de teorias do autoconhecimento. Também, nunca a criança foi tão valorizada quanto nos últimos tempos, tudo é feito por e para as crianças até o limite do mimo exagerado e a incapacidade dos pais de colocarem limites aos filhos. Dormem a hora que querem, e podem quase tudo, interferindo de maneira questionável no mundo dos pais e dos adultos ao redor.

Para que possam entender o que tem acontecido ao zeitgheist dos últimos trinta e seis anos é interessante conhecermos os atributos do Sol, na astrologia.

Qualidades solares: vontade, decisão, propósito, intenção, criação. O modo de exprimir a energia criativa, a identidade própria, necessidade de ser reconhecido, de canalizar a sua vontade e a afirmação do Eu. O impulso de criar, de ser, de poder, de comandar, de ser consciente. É o senso de individualidade, de irradiação, é a nossa intenção.

Expressões negativas das qualidades solares: orgulho, ostentação, dominação, abuso de poder, egotismo, elogio exagerado a si mesmo, exaltação pessoal, esnobismo, presunção, ambição exagerada, prepotência, autoritarismo, orgulho.

As expressões negativas acontecem sempre que as qualidades intrínsecas do planeta extrapolam os limites. No caso do Sol, podemos dizer que o resumo da expressão negativa solar é o que os gregos chamavam de hübris, que significa; a arrogância perante os deuses.

O Sol é o centro do nosso sistema planetário. Ele dá a vida, mas também queima e cega. Todo excesso é destrutivo. Por estarmos há trinta e seis anos “treinando” nosso Sol pessoal, estamos no auge da necessidade de sermos o centro das atenções. Viramos mesmo, criancinhas muito mimadas e tudo nos ofende e nos convida a lutar por nossos “direitos individuais”. Em 2017 chega Saturno e começa a colocar os limites e veremos um movimento radicalmente oposto às características solares; a dissolução do ego. Entraremos em um período de menos ego e mais responsabilidade. Rigor, severidade, responsabilidade, justeza, dentre outros atributos são de domínio do planeta Saturno, a obrigação de ser feliz, de ser o cara, de se destacar por qualquer coisa estará em baixa para dar lugar a mais seriedade, mais competência, e menos egolatria. Para ganhar fama e destaque muito terá que se trabalhar.
Esse tempo em que vale qualquer coisa desde que se “apareça na fita” dará lugar a mais responsabilidade e rigor nos feitos, mais seriedade e amadurecimento nos atos. 

O Deus de amor e bondade, que está sempre pronto para atender o desejo dos seus filhos, dará lugar a um Deus mais exigente, que pedirá de seus filhos não mais orações arrebatadas, mas filhos mais maduros e responsáveis por seu amadurecimento espiritual. Mais trabalho e menos oba oba. O Deus que dá será substituído pelo Deus que cobra. As religiões evangélicas (as que mais vendem esse Deus que serve aos que nele creem) cairão em declínio ou, mudarão o discurso.

2016, como foi dito é um ano chave, no sentido literal da palavra: fecha e abre portas. Tanto por sua característica astrológica quanto numerológica. Será um ano em que as características solares, elencadas acima serão vividas à exaustão – é, além do mais, um ano governado pelo Sol - e, portanto, as características negativas do símbolo estarão mais exacerbadas para então sermos “castigados pelos deuses por nossa hübrys” e então nos recolhermos à nossa insignificância e pararmos com essa banalidade vaidosa e vulgar do culto à persona.
Em 2016 seremos desafiados a nos desapegarmos de tudo aquilo que na verdade não tem consistência para então vivermos o próximo período, sob Saturno. Será um ano muito duro, de muito teste aos governantes vaidosos e centralizadores. Lhes será exigido mais respeito, seriedade, responsabilidade e talvez uma volta ao conservadorismo possa acontecer. Saturno é o velho, a tradição, o passado.
A farra do vale tudo, desde que se tenha 15 minutos de fama, a partir de 2016 vai aos poucos se acabando. A tal arte contemporânea que teve sua máxima representação no círculo de “humanos” metendo o dedo no fiofó do parceiro da frente dará lugar a uma arte mais fina, mais rigorosa, mais séria e competente.

Até para mim, que escrevo esses prognósticos, me custa acreditar que esse comportamento está nos seus estertores. Me custa crer que essa egoidolatria possa se modificar, mas aguardemos... somos muito pequenos para racionalizar os desígnios dos tempos.

Claro que o ciclo solar não teve apenas as características negativas do planeta. Nos desenvolvemos como indivíduos, conquistamos muitas coisas no aspecto pessoal, aprendemos a nos valorizar mais como pessoas, independentemente da cor da pele, da raça, do sexo e do lugar pessoal na escala social. Aprendemos a cuidar mais e melhor de nós mesmos e a nos respeitar mais como indivíduos, a não engolir sapo por lebre, a nos posicionarmos mais pelo que somos e somos capazes de ser e de criar.
Porém estamos prestes a entrar na fase de menos ego e mais rigor.
Para entendermos o ciclo que iniciaremos a partir de 2017, é preciso conhecer as características de Saturno:



Qualidades saturninas: perseverança, paciência, firmeza, constância, resignação, segurança, solidão. O valor mais alto, a função social, o dever. Responsabilidade, reserva, experiência, seriedade, limitação, restrição, parcimônia, abnegação, o esforço contínuo, a construção, o envelhecimento, o esforço disciplinado, a aceitação dos deveres e das responsabilidades, a cristalização, a sabedoria e o respeito.

Expressões Negativas das qualidades saturninas: limitação, severidade, frieza, depressão, dogmatismo. Sombrio, temeroso, avaro, pessimista, cético, melancólico, exigente, indiferente, impotente, reservado, covarde, lento, pesado, restritivo.

O novo ciclo que se inicia a partir de 2017 sem dúvida nenhuma trará mais contenção, mais limitações, menos abundância, menos superficialidade e mais profundidade. Menos exuberância e mais limitações. Porém, para quem viveu à exaustão o ciclo do faço o que quero doa a quem doer, creio que teremos anos de não posso tudo o que quero, pois, minha liberdade termina onde começa a do outro. Isso é Saturno: o limite.

Que ele venha e que seja bem-vindo.

by astrologia e arte

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

“Não agrade os ingratos, nem sirva aos folgados”




Precisamos parar de tentar agradar aos ingratos, de servir gente folgada, de nutrir amizades duvidosas, para que possamos percorrer somente os encontros verdadeiros.
Passamos muito tempo fazendo a coisa certa para as pessoas erradas, sofrendo as consequências das péssimas escolhas pelo caminho, sofrendo à toa por coisas inúteis e gente sem conteúdo, alimentando vãs esperanças em relação ao que não tem a menor chance de vir a acontecer. Perdemos muito tempo investindo no vazio, esperando retorno do que não volta, aguardando sorrisos de quem nem nos olha direito. É preciso focar no que é real, pois, mesmo que não haja muito de verdadeiro nesses terrenos, esse pouco bastará.
Precisamos parar de tentar agradar aos ingratos, às pessoas descontentes e incapazes de receber algo de fora. Existem indivíduos que se encontram por demais fechados ao acolhimento do que não se encontra dentro deles, do que não faz parte daquele mundinho em que eles se fecham, presos a crenças e sentimentos que não mudam, não são repensados, não saem do lugar. Tentar alcançá-los é inútil.
É necessário evitar a servidão aos folgados, aos aproveitadores, a quem não sai do lugar por si só, a quem foge a qualquer tipo de responsabilidade, pois sabe que alguém sempre fará por ele. Temos que ter clareza quanto ao que realmente devemos e poderemos tomar para nós, ou acumularemos cargas de bagagens que não são, nem de longe, relacionadas às nossas vidas. Muita gente precisa de ajuda, sim, mas muitos precisam é de vergonha na cara.
Não podemos nutrir amizades duvidosas, com pessoas que não expressam a menor necessidade de nós, como se tanto nossa presença quanto nossa ausência fossem a mesma coisa, algo sem importância, invisível, dispensável. Nem todos de quem gostamos irão gostar de nós, o retorno da estima e da afeição nunca é uma certeza, portanto, há necessidade de que adentremos exclusivamente os encontros verdadeiros.
Não é fácil nem tranquilo conseguirmos acertar quanto ao que poderemos regar com a certeza de retorno e reciprocidade, uma vez que as pessoas, os acontecimentos, a vida, tudo é imprevisível. Embora muito do que acontecerá em nossas vidas não possa ser controlado, mantermos sob controle nossas verdades e a certeza de que merecemos ser felizes nos tornará mais fortes diante dos tombos, sem que desistamos de nossos sonhos.

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Ex-governador do Rio, Garotinho é preso pela PF


Prisão é resultado da operação Chequinho que apura compra de votos durante as eleições deste ano

By Veja




Anthony Garotinho: candidato a líder da bancada do PR (Leonardo Prado/Agência Câmara/VEJA)


O ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho, atual secretário de Governo de Campos dos Goytacases (RJ), foi preso na manhã desta quarta-feira pela Polícia Federal em seu apartamento no Flamengo, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A prisão é um desdobramento da Operação Chequinho, que apura a suspeita de compra de votos durante as eleições deste anoRosinha, esposa do ex-governador, é prefeita da cidade.

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