domingo, 26 de outubro de 2014

Eleição do sucessor de Mujica poderá ser resolvida no 2o. turno no Uruguai



O Uruguai foi às urnas neste domingo para eleger o sucessor do presidente José Mujica e demais legisladores para o período 2015-2020, em eleições em que a esquerda no poder deve ser a força mais votada, embora talvez tenha de continuar disputando a presidência em um segundo turno.

Cercado por simpatizantes, Mujica foi um dos primeiros a depositar seu voto no popular bairro de Cerro (oeste de Montevidéu).

Como sempre, chegou em seu velho Fusquinha azul, acompanhado da esposa e senadora Lucía Topolansky.

"A eleição não é uma guerra, é uma passo importante para o país seguir em frente", comentou aos jornalistas o presidente que deixará o poder em março de 2015.

Ele assinalou ainda que está vivendo este momento com alegria e tranquilidade.

Recebido como um rock star, Mujica saudou os simpatizantes e autografou bandeiras.

O candidato da governista Frente Ampla, Tabaré Vázquez, 74 anos e que se tornou em 2005 o primeiro presidente de esquerda do país, também votou cedo, e não quis cantar vitória, mesmo liderando as preferência de votos, segundo todas as pesquisas.

"Esperamos pelo melhor, mas é o povo que vai falar", declarou, sorridente, o candidato que precisa de 50% mais um voto para evitar o segundo turno com Luis Lacalle Pou, candidato do Partido Nacional (centro-direita).

Um total de 2,6 milhões de uruguaios estão habilitados a eleger o presidente, 30 senadores e 99 deputados que integram o Parlamento, além de se pronunciar sobre um plebiscito para reduzir a 16 anos a maioridade penal.

Mas, segundo todas as pesquisas, nenhum dos candidatos teria mais de 50% dos votos e por isso, os dois mais votados terão que voltar a se enfrentar em um segundo turno, em 30 de novembro.

Vázquez é a aposta da coalizão Frente Ampla (FA) para se manter no poder, mas as pesquisas atribuem a ele entre 43% e 46% das intenções de voto, insuficientes para obter a maioria parlamentar com a qual a esquerda governou na última década e que lhe permitiu aprovar de reformas tributárias e na saúde à legalização do aborto e da maconha.

Os desejos de Vázquez estão ameaçados pelo candidato do Partido Nacional (centro-direita), Luis Lacalle Pou, um deputado de 41 anos, filho do ex-presidente Luis Alberto Lacalle (1990-1995), que com uma campanha que tem como lema "Ar fresco", se posicionou como o principal desafiante da supremacia do FA.

Embora Lacalle Pou reúna pouco mais de 30% das intenções de voto, ele já anunciou que, se passar para o segundo turno, buscará o apoio de Pedro Bordaberry, candidato do também tradicional Partido Colorado (centro-direita), que deve obter entre 15% e 18% dos votos.

Bordaberry, que espera ser a grande surpresa dessa eleição, é o principal promotor do plebiscito para diminuir a idade da imputabilidade penal.

Para ser aprovada, esta iniciativa deve contar com 50% mais um do total de votos.

Nestas eleições será aplicada pela primeira vez uma lei de cota de gênero, que busca dar maior participação às mulheres no cenário político.

aic/cd/cn

As eleições brasileiras também estão sendo acompanhadas com atenção pela imprensa venezuelana.


O jornal El Universal afirma que "a polarização beneficia a candidatura de Dilma Roussef", enquanto o Últimas Notícias destaca que "aqueles que deixaram a pobreza decidem futuro do Gigante (Brasil)".

Segundo o jornal, o pleito de hoje "depende de 40 milhões de brasileiros que se beneficiaram de programas sociais e hoje são classe média".

Já o El Nacional discute na capa o papel dos "indecisos" no resultado final do pleito deste domingo.

O jornal destaca ainda a preocupação de Argentina e Venezuela diante de uma eventual vitória do candidato do PSDB Aécio Neves.

O governador Marconi Perillo (PSDB) venceu a disputa para o governo de Goiás com 57,51% e foi reeleito no segundo turno.

RESULTADO - GOVERNADOR GO
O governador Marconi Perillo (PSDB) venceu a disputa para o governo de Goiás com 57,51% e foi reeleito no segundo turno.Iris Rezende teve 42,49% dos votos válidos.
Com 92,83% das seções apuradas e diante da distância entre os dois candidatos, não há mais como este resultado ser revertido.

Luiz Fernando Pezão (PMDB) foi eleito governador do Rio de Janeiro com 56,07%.


RESULTADO - GOVERNADOR RJ

Luiz Fernando Pezão (PMDB) foi eleito governador do Rio de Janeiro com 56,07%. Marcelo Crivella teve 43,93% dos votos válidos.

Com 94,41% das seções apuradas e com a atual distância entre os candidatos, não há mais como este resultado ser revertido.Chama a atenção no Estado o alto índice de abstenções: 22,31% dos eleitores não foram às urnas neste domingo, segundo a apuração feita até o momento.

Rodrigo Rollemberg, do PSB, é eleito governador do Distrito Federal

Candidato teve 812.036 votos, contra 649.587 de Jofran Frejat (PR).
Às 17h37 deste domingo, com 93% de apuração, senador já estava eleito.




Mateus Ferreira e Raquel Morais

Do G1 DF

Rodrigo Rollemberg (PSB), candidato ao governo do Distrito Federal, posa para fotos após votar em Brasília (Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)

Raio X do DF nas Eleições 2014 (Foto: Editoria de Arte/G1)
Rodrigo Rollemberg, do PSB, é o novo governador do Distrito Federal. O resultado foi anunciado às 17h37 deste domingo pelo Tribunal Superior Eleitoral, com 93% das urnas apuradas. Rollemberg registrava 55,56% dos votos válidos, contra 44,44% de Jofran Frejat (PR), que não poderia mais alcançá-lo. O percentual se manteve até o fim da apuração.

Com o resultado, Rollemberg foi o primeiro governador eleito no segundo turno. Veja aquia apuração dos votos no DF.

Ao todo, Rollemberg teve 812.036 votos, contra 649.587 de Frejat. Às 18h29, o DF já tinha 100% das urnas apuradas.
Rollemberg acompanhou a apuração dos votos junto com a família, no apartamento da mãe dele, na Asa Sul, em Brasília. O G1 registrou o momento em que ele matematicamente venceu a disputa: crianças que estavam na varanda do apartamento começaram a cantar e pular (veja o vídeo abaixo).
O novo vice-governador será Renato Santana, que já foi administrador regional de Ceilândia e secretário de Governo. Santana é secretário-geral do PSD no DF.
Foi a segunda disputa de Rollemberg ao governo da capital. Em 2002, o candidato conseguiu apenas 6,79% e ficou na quarta colocação – o pleito foi vencido por Joaquim Roriz.
Rollemberg assumiu a liderança da disputa para o Palácio do Buriti na reta final do primeiro turno, após a renúncia da candidatura de José Roberto Arruda (PR), que não conseguiu reverter a condenação por improbidade que o deixou na condição de ficha suja. A condenação se deu por conta da participação dele no esquema de corrupção que ficou conhecido como mensalão do DEM.

No primeiro turno, Rollemberg atingiu 45,23% dos votos e disputou todo o segundo à frente nas pesquisas de intenção de voto.
A disputa inicial envolvia seis candidatos. Além de Rollemberg e Frejat, tentavam a eleição o atual governador Agnelo Queiroz (PT), Luiz Pitiman (PSDB), Toninho (PSOL) e Perci Marrara (PCO).

Entre as propostas do governador eleito estão a adoção do turno integral em todas as escolas públicas, a redução do número de secretarias de governo, a implantação do bilhete único para transporte coletivo e a escolha de administradores regionais por meio de eleição. Ele também defende uma gestão baseada na estipulação de metas e no acompanhamento de resultados.
Biografia
O senador Rodrigo Rollemberg nasceu no Rio de Janeiro em 13 de julho de 1959. Na capital federal desde que tinha 1 ano, o candidato do PSB é formado em história pela Universidade de Brasília (UnB) e está filiado ao partido desde 1985.
Eleito deputado distrital em 1995, assumiu a Secretaria de Turismo do governo de Cristovam Buarque no ano seguinte. Concorreu ao Buriti pela primeira vez em 2002.
Em 2004, foi nomeado secretário nacional de Inclusão Social do Ministério de Ciência e Tecnologia, no governo Lula. Rollemberg foi eleito deputado federal em 2006. Depois do primeiro mandato, se candidatou a senador em 2010 e também foi eleito.

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